quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PARA QUE SERVE ESTA ERVA CABOCLO ?



O uso ritualístico  de ervas na Umbanda é muito comum. Qual consulente nunca saiu de um terreiro sem um indicação de um banho de limpeza ou equilíbrio energético?
O força vegetal está presente em todo a ritualística da Umbanda são empregadas em defumações, banhos, chás, amacis, no ritual de bate folha e até mesmo durante as giras através da manipulação dos guias.
Qual preto velho ou caboclo nunca pediu um ramo de arruda ou um galho de guiné?
Nossos queridos pretos velhos e caboclos quando nos indicam um banho de ervas por exemplo sempre tomam o cuidado de balancear as ervas entre quentes e frias ou mornas ou indicam um banho equilibrador após um banho de limpeza mais intensa.

Ervas quentes
São ervas que tem em sua estrutura energética energias e vibrações capazes de eliminar, limpar, dissolver, anular, cortar e, ou quebrar energias, vibrações, larvas astrais, que podem ser fruto de atuações espirituais ou não. A atuação dessas ervas é semelhante a de um ácido, que possui um alto poder de limpeza, porém leva tanto as energias e vibrações que nos são nocivas como os fluidos que nos são vitais.
Ervas mornas
Esse tipo de ervas tem a propriedade de equilibrar e restaurar nosso corpo energético quando da utilização de ervas quentes. Esse tipo de ervas pode ser utilizado diariamente sem restrições.
Ervas frias
Ervas frias são as ervas de uso específico, sem função ritualística, necessariamente, em geral sua função em muitos dos casos é medicinal.

Vamos a alguns exemplos das classes de ervas citadas acima.
Como ervas quentes podemos citar: erva de bicho, guiné, peregum roxo, arruda, aroeira, jurema preta, pinhão roxo, bambú, quebra demanda, espada de São Jorge, fumo, casca de alho, casca de cebola, entre outras.

Como ervas mornas temos: sálvia, alfavaca, alfazema, cana do brejo, erva de Santa Maria, manjericão, verbena, alecrim, manjerona, hortelã, calêndula (flor), camomila (flor), cipó de caboclo, umbaúba, angico, entre outras.
São ervas frias: macela (flor), algodoeiro, anis estrelado, jasmim, louro, noz moscada, losna, angélica, sândalo, erva de Santa Luzia, mil folhas, pichuri, imburana (semente), entre outras.
Essas ervas podem e devem ser utilizadas em banhos e defumações lembrando que para utilizar ervas nas defumações elas devem estar totalmente secas. Para banhos, tanto faz secas ou frescas, quando a água começar a borbulhar, na fervura, apagar o fogo, colocar as ervas e abafar.

BATE FOLHA


O Bate Folha é uma amarrado de ervas que são usados pelas entidades para limpeza do consulente que está em sua frente, ele pode ser feito com as ervas da escolha da entidade que estará atendendo naquele dia, e após escolher as ervas deverá amarrá-lo com palha.


















BLOG DO DANIEL
TEMPLO U.CABOCLO UBIRAJARA

terça-feira, 27 de novembro de 2012

CONSCIÊNCIA RELIGIOSA UMBANDISTA


Por que estudar UMBANDA?
Para aprender o que? Para se entender sobre o que?
Penso que é para se entender que a UMBANDA É UM ORGANISMO VIVO e em franco desenvolvimento. E este organismo vivo, vive dentro de nós, UMBANDISTAS.
Estudar e entender sua história é reconhecer a nossa própria história, é saber e dizer de onde viemos, por que viemos, e também vislumbrar um caminho por onde estamos indo. Pois já nos perdemos outrora, pela falta de conhecimento e de reconhecimento dentro da sociedade. Eu creio que estamos na fase da expansão da consciência religiosa UMBANDISTA, impulsionada por esta nova forma de ensinar a Umbanda, adotada pelos Templos Escolas, e destes novos formadores, que abrem cada vez mais o conhecimento aos novos UMBANDISTAS, como nós.
Nós, que adentramos recentemente nos trabalhos, não viemos apenas pelo AMOR OU PELA DOR. Viemos pelo conhecimento, pela grande magia desta religião DIVINA!
Já não nos contentamos em fazer. Queremos entender. O conhecimento abre portas e janelas, e a mente expansiva do médium, guiada pelos seus guias, se ilumina num arco íris divino sem véus, criando uma nova era para a religião. Uma era em que há o reconhecimento e o respeito, pois fazemos parte da sociedade, e já não aceitamos viver a margem desta sociedade.
Todas as nossas praticas religiosas são justificáveis, mas não é errado apropriarmos as nossas praticas ao bom convívio dentro desta sociedade da qual fazemos parte.
Faltou-nos em outros tempos a consciência de que fazemos parte de um todo e que devemos cumprir e honrar a nossa cota de participação. NO HINO UMBANDISTA DIZ: Avante filhos de fé, pois como a nossa lei não há! Qual é a nossa lei?
A nossa lei é a Lei de DEUS. E é muito mais abrangente porque nos dá muito mais responsabilidades, nos obriga ao exercício constante da fé e do amor incondicional, do respeito às diferenças, do olhar fraterno às minorias, da humildade e do reconhecimento de si próprios, do conhecimento, da transformação e da evolução.
Não aceito mais os termos pejorativos para comigo ou para com nossa religião, pois reconheço minha essência divina. Quero exigir respeito aos meus direitos, más para isto devo ter consciência de meus deveres. É A NOSSA LEI.
Não compactuo com praticas que agridem minha consciência, pois reconheço os fundamentos de minha religião, e estes são simples e abrangentes. Entretanto hoje também aceito os diferentes níveis de cada um e me reconheço em cada irmão movido pela ignorância, pois assim também me entendo, apenas escolhi o caminho do conhecimento e da reflexão.
Estudar de uma forma ampla é procurar adquirir o conhecimento de algo.
Preparar, examinar, ponderar, amadurecer. Observar cuidadosamente o fenômeno.
Dedicar-se à apreciação, análise e a compreensão. Entender o organismo vivo que habita o templo mediúnico (corpo do médium), é ter posse de sua certidão de nascimento, é apresentar seu RG a quem questione sua identidade, é saber e reconhecer de fato o seu PAI a sua MÃE, seus irmãos e a sua origem divina. Conhecendo nosso passado, construímos no presente.
E podemos olhar no horizonte um futuro promissor de respeito e reconhecimento para a nossa religião.









 




COLEGIO DE UMBANDA
Enviado por: Antônio Bispo
E-mail: antonio.bishop@terra.com.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

CHEGAMOS AO FIM DO MUNDO ?



“As grandes almas que ajudam invisivelmente na evolução da humanidade não fazem previsões funestas.
Em nenhum momento, suas orientações são direcionadas à questões de fim do mundo.
Seus ensinamentos são direcionados à manutenção da esperança e da Luz Divina que já habita todos os seres.
Suas inspirações são para ampliarmos o sorriso, para abrirmos flores em nossos chacras e para fluirmos pela existência com generosidade e bom senso".
Seus ensinamentos são claros: AMOR, AMOR, AMOR...
Sua bondade é inigualável e, por isso, eles dizem:
"Avancem no caminho... Estamos abraçando seus espíritos, estamos presentes em seus corações.
Nossa alegria é vê-los evoluindo em direção ao afloramento de seus potenciais divinos. Cresçam, meus irmãos!
Os medos, profecias e querelas humanas não governam os destinos do mundo.
A luz da humanidade está no coração e em seus próprios passos. O destino dos homens já está traçado desde a aurora dos tempos.
Ninguém tem alternativa a não ser evoluir..."
Para alguns, esse processo pode parecer demasiadamente lento.
Outros podem argumentar que há pessoas tão maléficas que o único caminho para elas é a destruição.
Todavia, é necessário olhar tudo isso com visão ampla, além de meras referências sensoriais e emocionais.
É preciso olhar com visão imortal, preciosa e livre de amarras psicológicas. Ninguém morre!
Onde, então, está esse fim de que tanto falam e profetizam?
O Universo pode desaparecer, quem sabe?
Mas as consciências permanecerão vivas e conscientes.
Não temos alternativa: somos imortais!
Se por ventura, eu souber de alguma catástrofe mundial, não me abalarei, pois sei que isso já aconteceu antes e estou vivo até hoje!
A Atlântida afundou, mas há tantas pessoas que desencarnaram lá e estão vivas hoje tanto quanto antes. Não me preocupa o fim do mundo, pois sou imortal. O que me preocupa é o fanatismo e o medo das pessoas. Como gostaria de ver o fim disso!
Vejo muitas pessoas profetizando o fim dos tempos, mas não as vejo falar de imortalidade. Vejo-as ameaçando o mundo, como se fossem "juízes da Nova Era".
Não sei se acontecerá alguma coisa amanhã ou depois, mas sei que meus olhos estão brilhando de compaixão. Não sei o que virá nos dias vindouros, mas sei que no presente momento devo crescer, sorrir, amar e lutar por idéias criativas entre os homens.
Não sou profeta, sou apenas um espírito vivendo por um tempo na Terra. Entro e saio de corpos há muitos milênios e vou seguindo... Se não existir mais este planeta, vou para outro. Já faço isso há um tempão. Terremotos, maremotos, furacões e morte não me perturbam. Se acontecerem mesmo em escala planetária, tenho absoluta certeza de que sobreviverei a eles, seja dentro ou fora do corpo. Aliás, não tenho alternativa mesmo: Deus me fez imortal!
Como disse antes, não sei profetizar e também não me considero um eleito espiritual diferente dos outros. Pelo contrário, preciso aprender muito com meus irmãos de caminhada.
Tenho mais simpatia pelo meu amigo Gilmar, balconista da padaria do Sr. Manuel, onde almoço, brinco e falo de futebol, do que pelos profetas de fim dos tempos.
Muitos deles se acham escolhidos espirituais diferentes dos outros seres humanos.
E além de ser amigo do pessoal da padaria, também sou amigo de vários seres espirituais.
São eles que me inspiram a sempre veicular idéias positivas ao mundo.
Bom, está na hora de concluir este texto.
Acho que vou ali na esquina, na pastelaria do meu amigo japonês que adora conversar comigo sobre aura e vida após a morte.
Deu-me uma baita vontade de comer um pastel.
E que dupla maravilha: o pastel não é iniciado ou extraterrestre, e eu não sou um escolhido da Nova Era!
Contudo, vou até a pastelaria cheio de alegria, e meus olhos estão brilhando, pois está neles a certeza de que sou imortal e o único "fim" que conheço é a marca do adoçante aspartame que uso no cafezinho.”











Autoria: Wagner Borges
www.ippb.org.br

sábado, 24 de novembro de 2012

DESAJUSTES NA FAMÍLIA



A família é instituição social e humana comprometida com a realidade do Espírito, por constituir-se elemento primacial na construção do grupo que a compõe.
Organizada para o ministério de intercâmbio dos valores afetivos, é educandário e oficina onde se desenvolvem os valores éticos e espirituais do ser humano com vistas ao futuro eterno dos membros que a constituem.
Iniciada mediante a união dos sentimentos que vinculam os cônjuges um ao outro, abre-se enriquecedora para a prole, que passa a representar um investimento-luz de relevante significado em prol da felicidade dos pais e dos seus descendentes.
A sua preservação é de vital importância para o desenvolvimento moral da sociedade, que nela se apoia e a transforma em alicerce para a preservação das suas conquistas com o crescimento de outros valores.
Mesmo entre os animais selvagens o grupo familiar é de significativa importância, cabendo aos pais, por instinto, o sustento da prole e sua preservação até quando essa se encontra em condições de sobreviver utilizando os próprios recursos.
Na família, caldeiam-se os elementos constitutivos do Espírito em processo de crescimento moral, ampliando-lhe a capacidade de evolução ao tempo que lhe retifica equívocos e lhe aprimora sentimentos.
Todos aqueles que formam o clã estão, de alguma forma, vinculados entre si pelos fortes laços de experiências transatas.
Acontece, às vezes, iniciarem-se experiências novas com vistas ao programa da fraternidade universal.
No entanto, conforme o comportamento durante a vivência, estabelecem-se futuros programas de intercâmbio iluminativo e de capacitação para os desafios do processo de sublimação.
Por isso, nem sempre os membros que conformam a família são harmônicos, apresentando desalinhos de conduta, agressividade, animosidade, insegurança, rebeldia, ódio acirrado...
Nesses casos, identificamos adversários que se enfrentam mediante nova e abençoada oportunidade, nos tecidos biológicos do mesmo grupo, a fim de retificarem os erros, aprenderem compreensão e tolerância, reformularem conceitos sobre a vida.
Igualmente, quando o afeto esplende em todos os membros e a legítima amizade os irmana, acompanhamos o desdobramento de bases afetivas anteriormente estabelecidas, ampliando o campo de realizações para o futuro.
A sociedade é resultado do grupo familiar que se lhe torna célula essencial para a formação do conjunto, produzindo o coletivo conforme as estruturas individuais.
Por isso mesmo, quando a família se desestrutura sociedade só cobra.
Sem homens de boa formação moral e de caráter diamantino não é possível a existência de cidadãos equilibrados e dignos.
É, portanto, no lar, que se corrigem as arestas morais do pretérito, despertam-se sentimentos elevados que se encontram adormecidos, criam-se hábitos saudáveis e dignificantes.
Sem um lar bem estruturado o conjunto social dissolve-se, formando grupelhos de atormentados e prepotentes ou desleixados e destituídos de ideais que fomentam o desar da Humanidade.
A imaturidade psicológica de homens e mulheres que procriam sem responsabilidade é fator causal que prepondera no desequilíbrio que assusta a sociedade dos dias atuais.
Mais preocupados em fruir prazer do que assumir responsabilidades, os indivíduos, não equipados de compreensão dos deveres, transitam pelos conúbios sexuais sem identificar-lhes a relevante significação de mero reprodutor da espécie com altas responsabilidades para os seus promotores.
Unem-se, uns aos outros, mais atraídos pela ilusão da carne sedutora do que pelos sentimentos que sustentam a afetividade e trabalham pela alegria de participar de uma existência saudável ao lado de outrem.
Quando os filhos nascem, ultrapassados os momentos de encanto e de promessas emocionais, consideram-nos impedimento para mais prazeres e gozos, ou têm-nos na conta de pesados ônus financeiro, enquanto que, por outro lado, se permitem o esbanjamento nos jogos da alucinação em que se comprazem.
Noutras vezes, a simples constatação da gravidez desencadeia reações asselvajadas que os levam ao aborto criminoso, em tentativa infeliz de fugir à responsabilidade e ao compromisso espontaneamente estabelecido.
Como educandário, no entanto, o lar representa um verdadeiro núcleo de formação da personalidade mediante os hábitos que se implantam no comportamento daqueles que aí se encontram.
Pais agressivos ou negligentes, vulgares ou indisciplinados, emocionalmente inseguros ou rebeldes, tornam-se modelos nos quais os filhos formulam conceitos equivocados sobre a sociedade.
Nesse clima de irresponsabilidade e conflitos, desenvolvem-se nos educandos os sentimentos de animosidade e suspeita contra todos os demais indivíduos, que passam a refletir as imagens domésticas, ameaçadoras ou punitivas, atormentadas ou insensíveis, de que foram vítimas.
Quando, porém, os hábitos salutares são vivenciados pelos genitores, criam-se raízes de respeito e admiração entre todos, transferindo-se esses comportamentos para a sociedade na qual deverão viver.
Na sua feição de oficina, as ações são mais valiosas do que os discursos de efeito aparente, quando são propostos conselhos e orientações em momentos emocionais inoportunos, porque somente por meio do trabalho bem direcionado em relação ao caráter e aos sentimentos é que se fundem os significados psicológicos e morais de profundidade.
O mais eficiente método, portanto, de educação, é aquele que se associa ao exemplo, que demonstra a sua eficácia e significação na conduta do preceptor.
Os pais, em conseqüência, não se poderão evadir da responsabilidade para com a prole, sendo os esteios de sustentação da família ou a areia movediça sobre a qual erguem os frágeis ideais de convivência.
O ser humano é animal biopsicossocial que não se pode desenvolver de maneira eficiente sem a convivência com outrem da sua e de outras espécies.
Os relacionamentos emocionais e espirituais constituem-lhe fonte de inspiração e de equilíbrio para uma existência feliz.
A família é-lhe o primeiro contato com o mundo, que passará a significar o que aprende entre os seus, exteriorizando o resultado da convivência. A sua desagregação leva o indivíduo a uma recrudescência do egoísmo.
Célula fecunda de desenvolvimento dos valores eternos, os desajustes, por acaso existentes no lar, resultado de sementeiras de sombras no passado, devem ser superados pelas lições poderosas do amor e da solidariedade, construindo laços de verdadeira união que estruturarão os grupos sociais de maneira equilibrada para a convivência ditosa entre todos os irmãos em humanidade.



VOCÊ É UM BOM EXEMPLO







(* Questão de O Livro dos Espíritos)
Livro:Lições para a Felicidade
Psicografia:Divaldo Franco

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

EQUILIBRIO VIBRATÓRIO DO CAMBONO


 Como trabalha principalmente com energias – que movimenta com os seus pensamentos e sentimentos o cambono, médium de sustentação deve ter um padrão vibratório médio elevado, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e poder ajudar o grupo quando necessário.
Para isso, deve observar sempre a prática do Evangelho no Lar, ou algo similar, bem como a preparação necessária na noite que antecede o trabalho e no dia propriamente dito, cuidando do descanso, da alimentação, da higiene física e mental, dos banhos ritualísticos, da firmeza da sua guarda, etc.
Compromisso com a casa, o grupo, os Guias Espirituais e os assistidos
O cambono, médium de sustentação deve lembrar-se de que, mesmo não tomando parte direta nas assistências, tem alguns compromissos a serem observados:
     Com a casa que trabalha: conhecendo e observando os regulamentos internos a fim de seguí-los. Explicá-los, quando necessário, e fazê-los cumprir, se for o caso; dando o exemplo na disciplina e na ordem dentro da casa; colaborando, sempre que possível, com as iniciativas e campanhas da instituição.
     Com o grupo de trabalhadores em que atua: evitando faltar às reuniões sem motivos justos, ou faltar sem avisar o dirigente ou o seu coordenador; procurando ser sempre pontual nos trabalhos e atividades relativas; procurando colaborar com a ordem e o bom andamento do trabalho.
     Com os Guias Espirituais: lembrando que eles contam também com os médiuns cambonos de sustentação para atuar no ambiente e nas energias necessárias aos trabalhos a serem realizados, e que, se há faltas, são obrigados a “improvisar” para cobrir a ausência. Os Guias Espirituais devem ser atendidos com presteza e respeito.
     Com os assistidos: encarnados e desencarnados, que contam receber ajuda na Casa e não devem ser prejudicados pelo não comparecimento de trabalhadores. Todos deverão ser recebidos e tratados com esmero, dedicação, respeito e educação.

Ausência de preconceito
O cambono, médium de sustentação não pode ter qualquer tipo de preconceito, seja com os assistidos encarnados ou desencarnados, seja com os dirigentes, mentores, etc.
Ele não está ali para julgar ou criticar os casos que tem a oportunidade de observar, mas para colaborar para que sejam solucionados da melhor forma, de acordo com a sabedoria e a justiça de Deus.

Discrição
O cambono, médium de sustentação nunca deve relatar ou comentar, dentro ou fora da casa, as informações que ouve, os problemas dos quais fica sabendo e os casos que vê nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada, não só por respeito aos assistidos envolvidos, encarnados e desencarnados, como também por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a trabalhadores, provocando desequilíbrios.
Os comentários só devem acontecer esporadicamente, de forma impessoal, como meio de se esclarecer dúvidas e transmitir novas informações a todos os trabalhadores, e somente no âmbito do grupo, ao final dos trabalhos.

Coerência:
Tanto quanto o médium de incorporação, o cambono, médium de sustentação deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora da casa em que trabalha, para que não seja alvo da cobrança de entidades desequilibradas, no intuito de nos desmascarar em nossas atitudes e pensamentos.
Como vemos, as responsabilidades dos cambonos, médiuns de sustentação são as mesmas que a dos médiuns ostensivos, e exigem deles o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.

CONCLUSÃO
Como vimos, não é tão fácil ser um cambono. Para ser um, é preciso aprender tudo sobre os Orixás, os Guias Espirituais, a Umbanda, o Templo e, principalmente, sobre a conduta que deve adotar para, depois, se for o caso, ser um bom médium de incorporação e alcançar a evolução espiritual até o Pai Maior.








APOSTILA AELA
Pai Juruá

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

É IMPORTANTE ENXERGAR MAIS DO QUE O ÓBVIO


 Faltavam dez minutos para as vinte horas, quando um estranho alarido chamou-nos a atenção. Granjearam entrada para inúmeras entidades de aspecto sofredor e fisionomias amarguradas. Parecia que tinham recolhido todos os mendigos, abandonados e desfavorecidos de toda a sorte daquelas redondezas. Eles deixavam-se conduzir sem qualquer percepção do cuidado e carinho de que eram cercados; eram incapazes de reconhecer o local em que estavam entrando; suas mentes estariam, certamente, fixadas nas reminiscências desagradáveis que aquele estado tão desgraçado havia provocado.
A atmosfera balsamizante, que eu tanto havia admirado momentos antes, não os afetou de nenhuma forma.  Confusos, deprecantes, lamurientos, todos eles foram mantidos em local apropriado, limitados por largas faixas de barreiras magnéticas. Pouquíssimos, notando a existência dessas barreiras, exclamavam-se presos e rogavam por liberdade. As entidades tutelares que os acompanhavam, de semblante austero e lábios silenciosos, assumiram posição de vigilância, confundindo-nos quanto à sua intenção: se era evitar a saída de algum deles ou a entrada de outras entidades naquele local.
Até então os demais quatro espaços permaneceram vazios.
- É mínimo o número de visitantes encarnados, você não acha? Já está quase na hora de começar e vemos tão somente aquelas duas jovens senhoras – retruquei ao meu parceiro.
- Sim, Eusébio. Também noto alguma displicência no grupo de médiuns, pois daqui podemos ver aqueles outros quatro irmãos lá fora em jocosa conversação. Ah, se os “vivos” pudessem perceber a extensão dos trabalhos “neste lado”. Decerto ficariam envergonhados com tal procedimento se pudessem ver-nos. Como encarariam saber que as suas sessões, nem bem iniciadas, já contam com o esforço e a dedicação de mais de vinte entidades do nosso plano?  Como agiriam sabendo que dezenas de sofredores e mais outros tantos aprendizes, como nós mesmos, hoje estão a observar-lhes as atitudes, exprobrando-lhes ou vangloriando-lhes os méritos?  Pensam eles que o único trabalho levado a efeito é o da incorporação?
Os questionamentos de Cláudio têm razão de ser: a organização, a estrutura, os esforços e a dedicação de tantos espíritos esclarecidos demonstram que a Doutrina Espírita deve ser compreendida e praticada muito além do exercício de fenômenos e habilidades mediúnicos.
Nosso orientador, o assistente Jerônimo, repete-nos perseverantemente a importância de buscar e oferecer a renovação interior dos homens, para a construção de um mundo mais ditoso. Em última análise (e até sob certo ponto de vista uma análise egoísta) será nossa própria herança em reencarnações futuras.
Pontualmente às vinte horas, aquela que nos parecera ser a médium dirigente dos trabalhos rogou a atenção dos presentes – ao todo, quatorze médiuns, oito visitantes encarnados e mais de quarenta desencarnados – para a leitura de um texto do admirável Emmanuel, psicografado por Chico Xavier. Enfim, sentíamos a expectativa do início de um importante estudo, cujos objetivos, ainda incógnitos, pressentíamos que seriam inesquecíveis. E jamais poderemos olvidar nossa relutância em superar pequenos dois degraus.


Ééé… Como vimos os trabalhos não acontecem somente dentro do congá, com a gira aberta ou na frente do Guia; como vimos os consulentes de um Terreiro não são apenas os encarnados; como vimos uma gira não é algo simples. Só mesmo com muito respeito, orientação, determinação e boa conduta para se manter firme e forte na Umbanda.












Recanto de Luz
Obra mediúnica inspirada pelo espírito Eusébio
ao médium Luis Carlos Rapparini
Blog minha Umbanda

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O INICIO DE UMA JORNADA



Sexta-feira, são 6h35 e o relógio despertador começa a tocar.
Ele ainda cansado e sonolento bate a mão no aparelho pra que desligue…mais alguns minutos e se levanta. Ao escovar os dentes sua memória o alerta: – Hoje tem trabalho no Centro, preciso terminar tudo o mais rápido, hoje quero chegar no inicio, vamos ver o que ocorrerá. Um leve arrepio percorre pelo seu corpo e uma ansiedade já começa a lhe tomar conta… O dia só está começando.
No plano Astral, Aruanda, alguns espíritos combinam a noite que viria e como seriam os preparativos para a gira logo mais.
- Olá Sr. Fogo!
- Saudações Tupinambá.
- Amigo, hoje precisaremos de você lá no templo pra gira de hoje, apenas conduzirei os trabalhos do lado espiritual e você comandará se utilizando do nosso mediador em comum.
- Isto por algo especifico?
- Sim, aliás, muitos, hoje muitos encarnados serão encaminhados pra lá e suas necessidades são mesmo consciênciais, além do que temos em especial o desabrochar de um médium que nos é importante e vamos focar muito no que deveremos fazê-lo sentir.
- Compreendo, conte comigo.
- Ótimo Fogo, lá trabalhará com seus amigos falangeiros as emoções das pessoas, faze-las através de vosso magnetismo, repensar seus atos e começar a reequilibrar pensamentos, atitudes e emoções.
- Tupinambá, isto é o que faço, será um prazer.
- Muito bem, será um grande dia.
Caboclo do Fogo se dirigiu ao templo em questão e começou a localizar aberturas negativas que deveriam ser “queimadas” neste dia. Foi até o médium responsável, do qual se serviria para a noite e iniciou todo o trabalho de inspiração e preparação para a noite.
Tarso, em seu emprego, sentia-se ancioso, estranhamente fica imaginando como seria a noite e se estranhava por tamanha vontade que o tomava em querer que chegasse rapidamente o horário.
De longe, seu mentor tutor emanava vibrações e fluídos em sua direção para ir preparando seu corpo até o momento certo. Tarso não sabia, mas estas sensações que sentia, provinha destas emanações… Tarso como há muito tempo não fazia, começava a recordar a sensações mediúnicas sentidas á 10 anos atrás… Muitas desventuras o desanimaram e o afastou da Umbanda…a pouco tempo retornava a freqüentar um Templo de forma bastante expectadora.
Caboclo Ubiratan, recostado numa árvore próximo ao leito de um córrego de água cristalina e irradiante, segurava sua pedra portal por onde emanava seus fluidos até o tutelado.
- Salve Ubiratan, é hoje?
- Saudações Tupinambá, sim, hoje espero ser o grande dia, meu grande amigo está de coração aberto e ansiando me sentir. Não podemos perder esta grande oportunidade, não é a todo momento que um coração endurecido se permite a bater vivo.
- Temos muitas expectativas amigo, isto representa renascimento no coração de meu amigo tutelado e o reencontro mágico de dois espíritos que vivem nesta encarnação como irmãos consangüíneos e que juntos trazem uma irmandade espiritual para beneficiar milhares de pessoas.
- Sim amigo, então hoje tocaremos seu coração, estou o preparando.
- Logo mais nos dirigiremos ao templo.
Já são um pouco mais da metade do dia, Tarso acelerando seus afazeres e com a mente na noite, uma ansiedade que não se explicava, mas que o fazia sentir-se bem. Concentrado em seus afazeres, atrás dele chega Ubiratan, que o toca no peito, seu corpo físico capta este toque como uma descarga eletromagnética onde reage com um arrepio a percorrer o corpo e uma leve sensação de frio na barriga, voltou a pensar na noite.
Assim, muitos e muitos espíritos guias preparavam seus mediadores para a noite, onde mais uma gira de caridade seria realizada em nome da Sagrada Umbanda…
Passaram-se as horas, Tarso encerrou seu expediente e apressado seguiu para sua casa afim de tomar banho e seguir estrada, a caminho da cidade vizinha onde o Templo se localiza. Seu coração por vezes acelerado e sentia-se inquieto, pensamentos do passado com uma gostosa lembrança insistiam em não sair de sua mente.
São 20h00 e é dado o toque de início dos trabalhos. O médium dirigente já sabendo da presença do Sr. Caboclo do Fogo, sem entender prosseguia com o ritual. Defumação, preleção inicial, oração, hino da umbanda, cantos de firmeza…
Tarso já está atrasado e perdendo a paciência…
No astral do templo, luzes multicoloridas circulam freneticamente ao redor da corrente mediúnica.
Quando num toque de chamada de Orixá, uma explosão se faz no meio do templo e uma labareda se forma indo a direção da médium concentrada… Mãe Egunitá (sua intermediária), mediuniza a mulher e com a aceleração do toque no tambor, começa emanar faíscas de energia que são absorvidas pelos médiuns e consulentes presentes, é tudo muito rápido e intenso, a médium sai do transe, mas a labareda permanece acesa no meio do templo, isto claro, do lado espiritual. Continuam algumas saudações.
Tarso chega e seu corpo já começa a vibrar, senta-se e aguarda ser chamado…
Ubiratan vai a sua direção, Ubiratan aparenta uma forma física de 50 anos de idade e é um trabalhador de Oxalá. Aproxima-se de seu tutelado e continua emanando seus fluídos…
O médium dirigente inicia:
Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem…
Oi toca fogo na mata, chama, chama que ele vem…
Caboclo do Fogo sai do meio da labareda e projeta seu cordão conector no plexo frontal do médium o levando ao transe, já mediunizado inicia seu trabalho, de suas mãos flamejantes saíam pequenas salamandras que corriam pelas paredes e pulava nas pessoas para “comerem” os cascões energéticos mais grosseiros, dessa forma sutilizando o espírito dos presentes…
A curimba entoa:
Portão da aldeia abriu…para os caboclos passar…
Portão da aldeia abriu…para os caboclos passar…
Do lado do Congá se abre um portal por onde começam chegar os mentores trabalhadores da noite e vão indo mediunizar seus instrumentos…
Firmam os pontos riscados, se preparam…
Caboclo do Fogo abre seu ponto riscado que do lado astral projeta luzes e energias que aos olhos do menos desenvolvido aparentava uma imensa fogueira ateada…
O trabalho transcorre…Tarso está ansioso… chega sua vez.
Ubiratan projeta suas vibrações na direção do médium incorporado pelo Caboclo do Fogo, este percebe o que está prestes a ocorrer…
Tarso é colocado dentro desta “fogueira” agora combinado com as vibrações de Ubiratan, seu corpo começa a vibrar…
Urubatan da Guia que com seu manto ele vem saudar…
Ele arrebenta cadeia de bronze e de aço…
Urubatan não encontra embaraço…
Ubiratan aproveita a entrega de seu tutelado e o abraça, transmitindo sua forma física…Tarso carranca a face e sente seu corpo enrijecer e ter a sensação de estar crescendo…Ubiratan se apresenta aos olhos do médium dirigente que mesmo incorporado se emociona…
Ali por alguns minutos Ubiratan envolveu profundamente seu tutelado e inspira em sua mente:
- Estamos sempre juntos filho, você precisa pensar sobre isso que está sentindo…
Tarso perde os sentidos por alguns momentos, se entrega e felicita-se em poder estar sentindo todas aquelas sensações…
Após alguns minutos, Ubiratan desliga seus cordões de Tarso e o mesmo retorna á consciência, ainda sentindo o corpo grande e pesado…
Caboclo do Fogo, sem dialogar o abraça e beija…Tarso sente seu coração acelerar e segura as emoções e ainda consegue soltar uma frase:
- Como ele se chama Sr.?
- Ubiratan filho!
Assim começa um processo de desabrochamento de mais um mediador da luz na Umbanda…que venham…








 




Retirado do blog do Irmão Rodrigo Queiroz

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ORAÇÃO DE UM MÉDIUM



“Clareia meus pensamentos, Pai, mesmo que tarde eu tente compreender Tuas Coisas, Teus Mistérios, a Minha vida, os meus irmãos e o mundo;

Sutiliza meus sentimentos, Pai, mesmo estando tão pesados, pois desejo elevá-los para o Amor;

Esteja sempre comigo, Pai, enviando seus Anjos da Luz, amparando as minhas ações, mesmo que elas ainda estejam carregadas pelo egoísmo, cólera, inveja, cobiça incompreensões e outros vícios, para que eu possa fortalecer minha fé em Ti e poder contribuir na construção do Seu Universo de Amor;

Protejam-me Orixás Senhores da Luz de Olorum, dos perigos que não sei e daqueles que acho que sei;

Ampara-me com sua bandeira branca, Pai Oxalá, para que eu me relacione com as trevas sem ser coagido, imantado ou perseguido por elas;

Permita Pai que as Altas Vibrações de Ti e dos Teus Sagrados Orixás me acompanhem sempre para que eu seja realmente um legítimo instrumento da Tua Luz;

Anule meu egocentrismo para que a humildade verdadeira seja a real amostra do Poder Divino perante as ilusões da vida perecível;

E que os meus recalques e erros do passado não mais me negative, todavia, me dê forças na experiência do perdão incondicional para que, de agora em diante, acerte fazendo o Bem que deva ser feito, e para quem, mas nunca vicejando o mal para ninguém;

Orientai-me a ser um fiel guardião dos instrumentos, conhecimentos e imantações a mim doados por Ti para que o respeito às Tuas Leis façam a harmonia e a felicidade nas bifurcações dos caminhos, tanto dos meus como no dos irmãos que confiar a este humilde candidato a servidor da Luz;

Peço sua Benção, agradecendo e que este sentimento de gratidão seja infinito para que eu possa me aproximar mais de Ti.
Obrigado Pai Olorum. Obrigado Mentores da Luz, Obrigado Sagrados Orixás. Saravá!”






 




Psicografado por Douglas Elias

sábado, 17 de novembro de 2012

UMBANDISTA VERDADEIRO X UMBANDISTA DE FINAL DE SEMANA





Dentro dos milhares de terreiros espalhados por esse país e pelo mundo, podemos encontrar casas cheias de “médiuns”, todos, ou quase todos, presentes no dia de sessão, a fim de cumprir, por mais uma vez sua missão.
Entretanto, podemos identificar facilmente dois grandes grupos de Umbandistas: o Umbandista Verdadeiro e o Umbandista de fim de semana.  Apesar de ser impossível verificar apenas na aparência em qual grupo determinado médium se encontra as atitudes, os pensamentos, a preparação do adepto deixa claro sua classificação. Essa classificação deve ser feita intimamente por cada um que se diz “Umbandista”, colocando em uma balança seus atos.
Mas, genericamente, podemos defini-los dessa forma:
O Umbandista verdadeiro, não deixa de ser Umbandista quando os trabalhos daquele dia terminam. Ele continua vivenciando sua religião mesmo fora do templo sagrado. Pois sabe que é aqui fora que se deve por em prática todos os ensinamentos dados pelos guias na sessão, é o momento que se realiza a grande e verdadeira Gira da vida.
O Umbandista de fim de semana, além de reclamar da duração do trabalho, pois é cansativo ficar em pé algumas horas a cada semana, ou a cada quinze dias, deixa de ser Umbandista com o término dos trabalhos. Não vê a hora de ir embora e voltar para sua rotina habitual. Quando indagado sobre sua religião, tem vergonha, esconde, mente ser de outra, e não faz questão nenhuma de por em prática aquilo que aprendeu.
O Umbandista verdadeiro é aquele que se orgulha de sua religião, não teme assumi-la publicamente, ou ajudar aquele que precisa. É aquele médium interessado, que sempre busca aprender mais, questionar mais, buscando compreender melhor como funciona sua religião e a espiritualidade.
O Umbandista verdadeiro tem amor à sua casa religiosa, pois entende que é nesse solo sagrado que seus Orixás e seus guias se manifestam, além de ser uma escola onde desenvolve sua mediunidade e aperfeiçoa sua moral.  Busca auxiliá-la em tudo que precisa, tem zelo, tem capricho.
O Umbandista de fim de semana lembra-se de seu terreiro apenas nos dias de sessões, e não se preocupa se tudo está em ordem, ou se a casa encontra-se em bom estado, pois, apenas quer “ficar” àquelas horas ali e ir embora.
O Umbandista verdadeiro conta os dias para que chegue a próxima sessão.Programa sua vida incluindo os dias de trabalho, para que nenhum evento ocorra nesse dia, pois, trata-se de um dia sagrado. E quando chega o dia, o Umbandista verdadeiro desde o momento em que acorda, já está em sintonia com o astral superior, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e fumo e fazendo seu banho de descarga, pois sabe que os irmãos espirituais já estão agindo em seu templo e em sua matéria. Precisa estar bem, para socorrer aqueles que lá estarão precisando de auxílio.
O Umbandista de fim de semana quando nota que naquele fim de semana terá sessão, já faz cara feia e pensa “não acredito, isso de novo!Nem deu para descansar”. Qualquer motivo é motivo para não ir ao terreiro. Se o tempo está frio, chuvoso ou muito quente, não vai. Se “não está afim” arruma qualquer desculpa e não vai. Se espirrar, se pegar uma gripe ou resfriado leve, também não vai. E esquece-se, que muitos irmãos doentes procuram nossas casas em busca de alívio para seus males. Qual seria a lógica de um filho de fé não ir, se seria essa a oportunidade de encontrar sua cura? O Umbandista de fim de semana no dia de sessão age como se fosse mais um dia comum. Cultiva vícios, más palavras, más atitudes e intrigas. Não tem noção de que a espiritualidade já está agindo e que seu comportamento prejudica seriamente seu desenvolvimento.
O Umbandista verdadeiro realmente acredita naquilo que professa.  Sabe que a espiritualidade está em todos os lugares e tudo que faz, faz com fé e amor, pois tem a certeza que os espíritos estão ali e irão, de alguma forma, auxiliá-lo, mesmo não sendo da maneira que ele esperava. Não se desespera com as provações, com os contratempos, com as peripécias da vida, pois sabe que é nos momentos difíceis que realmente somos lapidados.
O Umbandista de fim de semana duvida do que professa. Não tem certeza das manifestações. É aquele que acredita que sendo Umbandista, nunca mais terá problema de saúde, que nunca mais terá problemas financeiros. Quando tais problemas aparecem, revolta-se e mais uma vez põe em dúvida sua religião. É aquele que acredita serem as entidades verdadeiros “gênios da lâmpada”, que tudo que ele pedir e quiser, elas terão que dar... Acredita que não haverá mais contratempo e que não passará por provações, pois as “entidades não vão o deixar sofrer”.
E você meu irmão de fé? Em qual grupo de Umbandista está?

Se está na dos Umbandistas Verdadeiros, parabéns, continue buscando o aperfeiçoamento de sua fé e cumprindo sua missão.
Mas, se você está no grupo dos Umbandistas de fim de semana, é sinal que algo em sua vida está errado. Ainda é tempo de mudar! Aproveite essa oportunidade, pois o Reino de Oxalá é grandioso e iluminado, mas temos que merecer estar lá. Todos podem lá chegar, desde que façam sua “reforma íntima”, mudando a maneira de agir e de pensar, confiando mais naquilo que professa, cultivando as coisas positivas, buscando a elevação e entendendo que a Umbanda é a oportunidade que Deus nos deu para corrigir nossos defeitos, livrar-nos de nossos vícios e alcançar o progresso espiritual.
Ainda há tempo! Avante filhos de fé!










soufelizporserUmbandista. blogspot

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DIA DA UMBANDA




 
PALAVRAS DO CABOCLO 7 ENCRUZILHADAS

 "A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa.
 Umbanda é humildade, amor e caridade - esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxósse, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxósse, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda.
 Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que safram desta Casa.
 Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos.
 Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria.
 Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".




                               Eu sou Umbandista… Mas o que é isso? O que é ser Umbandista?
É não ter vergonha de dizer: “Eu sou Umbandista”.
É não ter vergonha de ser identificado como Umbandista.
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro, um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo, mas todos os terreiros, centros e casas de Umbanda, representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado, é saber amar para ser amado ,é saber ouvir para ser escutado, é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres, quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação, mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios, tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo, confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade, com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado, de sujo, de ignorante, conservador, alienígena, louco. E ainda assim amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico, espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo, de Satanás, de servo dos encostos e mesmo assim levantar a cabeça, sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zambi para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar mesmo nos piores momentos, com a pior das doenças, estando um caco espiritual e material, que os Orixás e os guias, mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali, ao nosso lado, momento a momento nos dando força e coragem; ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias, pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim, onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda, mesmo que seja diferente da nossa, mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar, sorrir, andar, respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você, mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata, nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade, seja no terreiro, seja numa encruza, seja na calunga, seja no cemitério, seja na macaia, seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa, mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras, sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques, sua vibração, sua importância, sua ação, sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia, nós Umbandistas, acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz, sua prática, sua fé, sua doutrina, seu acreditar, sua dedicação, seu suor, suas lágrimas e sacrifício, não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você,mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer, pensar e ser, ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não vê cor, não vê raça, não vê status social, não vê poder econômico, não vê credo. Só vê ajuda, caridade, luta, justiça, cura, lágrima… e bom, mal e bem…Os problemas, as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre; não tem dono, não tem Papa, mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda, mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda.







DIA NACIONAL DA UMBANDA    AGORA É LEI





Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos
Institui o Dia Nacional da Umbanda.
           A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
          Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional da Umbanda, que será comemorado, anualmente, em 15 de novembro.
          Art. 2o  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
          Brasília,  16  de  maio  de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROUSSEFF
Anna Maria Buarque de Hollanda
Luiza Helena de Bairros





HINO DA NOSSA QUERIDA UMBANDA