terça-feira, 30 de abril de 2013

PORTA FECHADA





Porque a porta que dá acesso à assistência é fechada?


Isto é feito para que se feche o circulo vibracional que envolve as dependências do Templo de forma a oferecer maior segurança e tranqüilidade para o desenvolvimento dos trabalhos.

As pessoas da assistência representam uma segunda corrente e passam a ser envolvidas por forças espirituais presentes no ambiente as quais transmitem benefícios as pessoas.

Se a porta estiver aberta – e se houver o entra e sai das pessoas -  essa força espiritual não poderá atuar adequadamente e as pessoas não receberão os benefícios que vieram buscar.

De nada adianta uma pessoa chegar ao Templo na hora de ser atendida por alguma Entidade e em seguida retirar-se, como se fosse a uma consulta médica por exemplo. Há necessidade de concentração, exercício da fé e envolvimento com a ritualística e, principalmente, humildade.

As pessoas precisam urgentemente mudar seus maus hábitos e más atitudes, fazendo a reforma íntima. Caso não o façam, os benefícios recebidos tem efeito pequeno e de curta duração.

Um Templo deve ser um local de oração e recolhimento. Não deve ser encarado como um local em que se vai simplesmente buscar um benefício com hora marcada.







Caboclo Pena Branca


Recebido por Ivan Crocetti
Dirigente da Associação Espiritualista Luzes de Aruanda - AELA

segunda-feira, 29 de abril de 2013

MOCIDADE





Prática do bem não estipula idade determinada.
É mais valiosa a mocidade quanto menos vivida na indisciplina.
Quem se aplica a servir, desde os anos da juventude, muito antes da velhice é servido pela vitória na madureza.
Se a juventude é início da ação, a maturidade é reação do tempo, revelando os resultados de nossa escolha.
Só aproveita a juventude na Terra quem lhe desfruta as bênçãos procurando sazonar as próprias experiências.
As zonas purgatoriais da Espiritualidade, se recebem diariamente inúmeros anciães, acolhem também vastas fileiras de novos habitantes que deixam o corpo humano em plena floração das energias corpóreas.
O período da juventude terrestre é o mais propício às modificações da dívida kármica.
Entretanto, lamentavelmente, há grande número de vidas humanas que se transviam da meta preestabelecida, no alvorecer da mocidade.
Jamais desprezes as horas do dia, mesmo na seara verde dos próprios sonhos.
Quem confunde espírito juvenil com irresponsabilidade, cava o abismo da própria falência.
Sem prestigiar a tristeza ou o pessimismo, associa alegria e serenidade, entusiasmo e prudência.
A base correta é a firmeza da construção.
Jovem amigo, a expressão física da idade não exonera dos compromissos diante da vida eterna; começa agora o serviço do Cristo e te sentirás, mais cedo, na posse da Verdadeira Sublimação.



André Luiz espírito
Do livro "Sol na Almas", 19, F.C.X., CEC

sábado, 27 de abril de 2013

SOFRIMENTO HUMANO DE BUDA A CRISTO




Siddhartha Gautama, o Buda, nasceu no século VI a.C., no sopé do Himalaia, hoje o território do atual Nepal. Era filho do rei, e logo após seu nascimento, os sacerdotes do Templo identificaram em seu corpo os sinais de um grande homem, que libertaria a humanidade dos sofrimentos.

Aos dezesseis anos casou-se e teve apenas um filho. Em torno dos trinta anos resolveu empreender passeios sucessivos fora do Palácio onde vivia. E foi surpreendido por uma realidade que não conhecia.

Seus olhos se detiveram na figura de um velho trêmulo e enrugado, e assustado perguntou ao cocheiro o que era aquilo. O cocheiro lhe respondeu que era a vida, que todos passariam pela velhice, se não morressem jovens. Não sabia ele nada sobre a morte e nem sobre a doença, e sofreu um grande abalo ao constatar que o homem está invariavelmente sujeito a essas misérias.

Ao encontrar um monge mendicante, magérrimo e em farrapos, observou, que apesar da miséria e fome, tinha um olhar sereno, e conclui que há uma saída que conduz à libertação de todo o sofrimento humano.

Regressou, então, ao palácio e informou a seu pai sobre sua disposição de abandonar tudo e seguir um grupo de eremitas brâmanes, em busca da certeza e do absoluto que dessem um sentido à vida.

Tornou-se um asceta, seguidor de uma seita religiosa severa e extremista. Passou então, seis anos, entregando-se a jejuns e penitências mortificadoras. A lenda conta que, nessa época, alimentava-se com apenas um grão de arroz por dia.

Ao fim desse período, já totalmente esquelético, no limite de suas forças, compreendeu que o enfraquecimento do corpo e das faculdades espirituais não o levariam à libertação e à compreensão da Vida e que tanto as privações, bem como a satisfação dos prazeres mundanos não elevariam ninguém.

Renunciou o ascetismo e reequilibrou seus hábitos. Aos 36 anos teve um momento de Iluminação ao reconhecer no mal, a causa de todos os sofrimentos e vislumbrou os meios pelos quais poderia triunfar sobre eles, como por exemplo: o refreamento das tendências egoísticas e dos desejos que perturbam a mente de todo ser humano.

Seguiram-se 40 anos de intermináveis peregrinações e pregações de Buda e de seus discípulos, que foram se espalhando pela Índia.

Morreu aos 80 anos e não deixou nada escrito.

Tanto antes de Buda, como após ele, a humanidade foi alavancada (ou premiada) por inúmeros “Avatares”, que através dos tempos foram ensinando a humanidade, principalmente através de seus exemplos de vida, a progredir e a superar as dificuldades e os sofrimentos, em uma ascendente, mas lenta, evolução.

O sofrimento humano é inevitável pela própria condição planetária. Ex.: a velhice, que implica no desgaste orgânico, energético; a viuvez, a porcentagem do casal desencarnar junto é mínima, às vezes se separa bem antes de enviuvar.

Aquele que não aceita a condição do planeta de provas e expiações, sofrerá dobrado: sofre pelo sofrimento.

A humanidade em geral, sofre também, pela impermanência e pelos condicionamentos.

Esse tipo de sofrimento se baseia no fato do ser humano estar sempre ávido pela fruição de prazeres transitórios e se esquece que, tudo que se refere à matéria e ao corpo, passará.

As pessoas não se contêm na satisfação de seus desejos, se desesperam em conquistar bens transitórios. Há uma ânsia generalizada que as impulsiona a desejar mais e mais, para satisfazer a necessidades nem sempre explicáveis. São desejos materiais que não são permanentes, variam e crescem a cada dia. Ex.: Quem casa quer casa , depois quer casa maior, depois quer sítio, depois casa na praia, carro, dois carros.

Veem-se pessoas queixando-se constantemente dos preços ao invés de adaptarem seus gastos e suas necessidades aos seus proventos. Apegam-se a coisas que vão passar, que não são permanentes e sofrem pelos condicionamentos a que se sujeitam, como títulos, beleza, posição, e até sexo (pessoas que não aceitam ser homem ou mulher, pai ou mãe, etc.)

É a falta de ajuste, adequação ao novo momento reencarnatório, o problema de ser e o de estar: não sou homem, estou homem, na verdade sou um espírito.

Outros se empenham compulsivamente na satisfação de prazeres efêmeros e se comprometem por várias existências por não conseguirem abdicar dessa dependência. Ex.: cigarro, álcool, drogas, sexo desenfreado. É o sofrimento pela incontinência, não conseguem se conter diante de seus próprios desejos.

É preciso se questionar quais as causas da aflição, para evitar ser vítima de si mesmo.

Em tempos remotos, jogava-se a culpa das aflições e sofrimentos nos deuses. Evitava-se deixar um deus irado, pois ele podia se revoltar e causar transtornos à pessoa. Posteriormente, começamos a culpar o nosso semelhante mais próximo por nossas ”dores e desgraças”. Ex.: Bebo por causa de minha mulher, ela é perfeita demais; estou nas drogas por causa de meus pais, eles são quadrados e não me entendem, etc..

É fundamental detectar a causa de nossos sofrimento dentro de nós mesmos. Enquanto continuarmos acusando o próximo por nossa infelicidade, não cresceremos, não amadureceremos.

DEUS é tão bom, que colocou a solução para nossos problemas em nós mesmos, assim temos alcance para solucionarmos todos eles. Se a culpa fosse dos outros, não teríamos todas essas possibilidades de solução, pois estaríamos na dependência dos outros, quererem ou não nos ajudar.

Depois de conscientizados de que a causa de nossas aflições está em nós mesmos, precisamos entender que elas se originam de duas fontes: umas têm causa na vida presente e outras, fora dela.

A maioria dos males terrestres são conseqüência natural do caráter e da conduta daqueles que os suportam.

A maior parte são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Muitas vezes há males que parecem nos atingir por fatalidade, sem causa aparente, mas não podemos nos esquecer da Lei Divina da Causa e do Efeito, e se esses males não têm um motivo atual, com certeza a causa está em uma existência anterior, pois Deus é Justo e Bom e não permitiria sofrimentos a quem não os merecesse.

Como então, encontrar a felicidade, ao menos relativa, neste mundo de provas e expiações?

Simplificando a vida, renunciando o que é supérfluo, adequando-se às suas condições financeiras, familiares, profissionais, físicas, intelectuais, etc.

É preciso diferenciar as necessidades materiais em essenciais, interessantes ou supérfluas. Seremos infelizes se não possuirmos o necessário, roupa, alimento, emprego, e para isso é preciso lutar para tê-los.

Trabalhemos, portanto.

O trabalho para o bem se transforma em felicidade, ocupa a mente.

As aflições têm por objetivo trabalhar nossos potenciais, desenvolver nossa plenitude. Como saber se temos capacidades, se não passamos por testes e avaliações?

Podemos vencer as aflições possíveis de serem vencidas e exercitarmos a resignação para aceitar o inevitável.

Portanto as aflições não são castigo Divino, e sim testes e aprendizados.

De nada vale sofrer revoltado ou em forma de vítima. Muitos nem mesmo reclamam, mas possuem uma postura mental de derrotados, vítimas sofredoras, que atraem cada vez mais vibrações negativas para si.

Diante de um sofrimento, coragem, confiemos em Deus, esperemos mais de Deus, sejamos pacientes e perseverantes.








Helaine Ciqueto
(Revista Cristã de Espiritismo – Ano 01/N.º 5)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O CONHECIMENTO DO FUTURO




Se a lembrança das vidas passadas e o conhecimento do futuro fossem de essencial importância para o progresso do homem encarnado, a natureza nos teria dotado de um sentido para tal.

Vejamos, então, o que nos falam os Espíritos sobre o conhecimento futuro.

Dizem-nos eles que em princípio o futuro é oculto ao homem e só em casos raros e excepcionais permite Deus que seja revelado.

A finalidade de se conservar o futuro oculto ao ser humano reside no fato de que, se o conhecêssemos, negligenciaríamos o presente e não obraríamos com a liberdade com que agimos, porque nos dominaria a idéia de que, se uma coisa tem que ocorrer, inútil será ocupar-se com ela, ou então procuraríamos obstar a que tal coisa não acontecesse.

A certeza de um acontecimento venturoso nos lançaria na animação e a de um acontecimento infeliz nos encheria de desânimo. Não podemos esquecer de que uma das provas pela qual o espírito passa é a do livre arbítrio.

Se nossa liberdade de agir fosse influenciada por alguma coisa, aponto de entravá-la, a responsabilidade da ação seria menor ou nula. Por isso é que tanto o nosso passado espiritual quanto o conhecimento sobre o nosso futuro só são revelados em casos excepcionais e de forma natural, e isso quando o conhecimento prévio facilite a execução de alguma coisa.

Além de tudo, nunca devemos nos esquecer de que assim como os acontecimentos do presente, têm sua causa na nossa vida passada, os acontecimentos do futuro têm como base as nossas ações presentes. É a lei de Ação e Reação.

Assim, não há razões para o homem viver em busca de informações sobre seu futuro. Tal atitude revela falta de confiança nos desígnios divinos. O que ocorre é que, na maioria das vezes, encontrará exploradores e enganadores da boa fé alheia.

Se cremos em Deus, por conseqüência cremo-lo justo e infinitamente bom. Nada melhor que, em todos os lances da vida, exercitarmos a confiança irrestrita nele.











Lucien Marques

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CONHECENDO SEU GUIA NA UMBANDA




É muito comum no inicio das incorporações, quando a gente está ansioso, com medo, curioso e inseguro para saber quem são nossas entidades, como trabalharam, nomes, etc. Todos nós médiuns já passamos por isso…..Quando há as incorporações o médium fica mais que atento a qualquer palavra que saia de sua boca “se eu falando ou a entidades, o que vai acontecer agora, o que ele tá fazendo” ….. tudo isso faz parte do inicio, pois ser consciente é perfeitamente normal e não é sinal de “falta de firmeza, ou imaturidade nas incorporações, ou fraqueza do médium.

E é nessa fase onde o médium atua muito junto com a entidade, por sua participação ,”interatividade” que é peculiar nesse inicio, ocorre maior incidência de uma interferência do médium , sobrepondo a da entidade.

Porém, com o passar do tempo, o médium vai ganhando confiança, vai aprendendo a ficar mais alheio das manifestações da entidades, pois para ele não terá mais mistérios e se reservará da total abstenção de qualquer tipo de interferência, inclusive de sua própria opinião do que a entidade deveria agir, falar ou conduzir numa consulta.

Muitas pessoas desistem no inicio, por não aceitar sua consciência e não conseguir trabalhar psicologicamente essa questão e achar que é ele ali e não a entidade. De não insistir e entender que as incorporações vão se firmando com o tempo. Pois nossa forma de trabalhar mediunicamente é muitíssimo diferente de Candomblé e Espiritismo  e para a Umbanda a afinidade e sintonia nas incorporações é de fato, mais demorada. 

E nesse processo de ajustes, equalizações e estabelecer uma sintonia satisfatória, o médium deve entender que haverá sim erros, o seu sobrepor a própria entidade, o animismo, porque faz parte desses ajustes. Por isso o médium não deve ser permitido ao estarem sob influência das entidades; beber, fumar e principalmente, dar consultas e atender o público, quando essa sintonia não se estabelecer de fato, avaliado pelo dirigente e guias chefes da casa.

Não é que não podem, é normal as entidades não darem nomes de suas falanges no inicio, pois o médium ainda não está preparado mediúnicamente falando … demora-se um tempo para estabelecer uma sincronia entre a faixa vibratória da entidade com a do médium e somente quando houver harmonia, e com menos risco de animismos por parte do médium, é que elas trazem sua falange.

Antes de tudo cada guia que incorpora é único, cada um é um espírito em particular, com seu jeito de agir e pensar. O nome de que se utilizam é apenas um indicativo da forma que trabalham de sua linha e irradiação. Por isso podemos ter vários espíritos trabalhando com o mesmo nome, sem que sejam por isso um só espírito.

É como ser um médico, engenheiro, etc… Todos possuem um conhecimento comum, além do conhecimento individual. E isso faz com que trabalhem de forma diferente, mas seguindo a mesma linha geral. A mesma coisa acontece com nossos guias, então é comum escutar:

- Como é o Caboclo X?
- Me conte a estória do Preto Velho Y
- Como é o ponto riscado do Exú Z?

Isso pode ocasionar vários problemas no início do desenvolvimento, o médium lê uma descrição de que o Caboclo Y fuma. E ele fica com “isso” na cabeça, assim que chega no momento de trabalhar com o seu guia o Caboclo Y (também) ele pede um charuto, e  daí fica mais difícil de romper essa barreira anímica criada pelo médium.

Ou então o médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha no chão, aí pensa, “nossa o que eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do seu guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento.

Pra resumir, a melhor forma de conhecer seu guia e através do tempo, do desenvolvimento e do trabalho com ele, assim pouco a pouco você vai se inteirando de como ele é, como gosta de trabalhar, etc.










Publicado por Carol Walent em abril 17, 2009

terça-feira, 23 de abril de 2013

SALVE OGUM GUERREIRO







Pai Ogum maior é sinônimo de Lei Maior, Ordenação Divina e retidão, porque é gerado na qualidade eólica, ordenadora do Divino Criador. Como ordenação divina, age apenas com energia, tanto atrativa como repulsiva, ordenando desde a estrutura de um átomo até a estrutura do Universo.

Seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão, a emoção e a ordenação dos processos e procedimentos. É o senhor do movimento, o senhor dos caminhos e das estradas, senhor que quebra as demandas, que arrebenta as amarras e nos liberta. Ele faz nossa vida se movimentar e, como ordenador, coloca as nossas prioridades à frente, na hora certa.

Ogum é a divindade que aplica a lei Maior, é o regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos. É a divindade que aplica a Lei maior. Ele ordena a Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Evolução e a Geração. Por isso, está em todas as outras qualidades divinas.


OGUM É CHAMADO DE “SENHOR DAS DEMANDAS”

É o Guardião do ponto de força que mantém o equilíbrio entre o que está no alto e o que está embaixo, positivo e negativo, Luz e as Trevas, a paz e as discórdias. Tudo no mundo gira e em torno do equilíbrio entre Luz e Trevas, Bem e Mal, positivo e negativo, alto e baixo, direita e esquerda , etc.

Se uma pessoa assume uma forma contemplativa de vida, está se colocando como mero observador do desenrolar do dia-a-dia da humanidade.

Como não é possível nem aconselhar nem assumir tal postura, o melhor a fazer é procurar Ogum como nosso guia de viagem na senda da Luz. Ele sempre nos avisará quando sairmos da linha do equilíbrio que divide a Luz das Trevas.

OGUM É O SENHOR DOS CAMINHOS – DAS DIREÇÕES

Os caminhos são o ponto de força, os santuários naturais de Pai Ogum. Por caminhos devemos entender as vias evolutivas, a evolução dos espíritos. Pai Ogum é o vigilante do caminho daqueles que empreenderam sua caminhada pela senda da Luz, mas vigia tanto o caminho para cima como para baixo. Ele é como um escudo protetor e luta para não deixar cair quem ele está protegendo. Se procurarmos Ogum como nosso guia de viagem na senda de Luz, ele sempre nos avisará quando sairmos da linha de equilíbrio que divide a Luz das Trevas. Quando auxiliamos, temos Ogum atrás para nos guardar, porém quando odiamos, temos Ogum à nossa frente para nos bloquear.

                                             
                                             
                                                     

OGUM TAMBÉM É UM EXECUTOR DO KARMA

Pai Ogum vigia a execução dos carmas e tem sob suas ordens tanto a Luz como as Trevas. Como guardião do ponto de força do equilíbrio, comanda as entidades atuantes no nosso plano como agentes kármicos, ou seja, os Exus de Lei da Umbanda.











São Jorge - O santo guerreiro
Dia: 23 de abril


História

Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."

Como  Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303. Sua sepultura está na Lídia, Cidade de São Jorge, perto de Jerusalém, na Palestina.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

Lendas: um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade trazendo-lhe a morte com seu mortífero hálito. Para ter afastado tamanho flagelo, as populações do lugar lhe ofereciam jovens vítimas, pegas por sorteio. um dia coube a filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.

O valente Guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem levou preso numa corrente, até dentro dos muros da cidade, entre a admiração de todos os habitantes que se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados.

Datas Marcantes No século XII, a arte, literatura e religiosa popular representam São Jorge, como soldado das cruzadas com manto e armadura com cruz vermelha, nobre um cavalo branco, com lança em punho, vencendo um dragão. São Jorge é o cavaleiro da cruz que derrota o dragão do mal, da dominação e exclusão.

Desde o século VI, havia peregrinações ao túmulo de São Jorge em Lídia. Esse santuário foi destruído e reconstruído várias vezes durante a história.

Santo Estevão, rei da Hungria, reconstruiu esse santuário no século XI. Foram dedicadas numerosas igrejas a São Jorge na Grécia e na Síria.


A devoção a São Jorge chegou à Sicília na Itália no século VI. No séc. VII o siciliano Papa Leão II construiu em Roma uma igreja para S. Sebastião e S. Jorge. No séc. VIII, o Papa Zacarias transferiu para essa igreja de Roma a cabeça de S. Jorge.

A devoção a São Jorge chegou a Inglaterra no século VIII. No ano de 1101, o exército inglês acampou na Lídia antes de atacar Jerusalém. A Inglaterra tornou-se o país que mais se distinguiu no culto ao mártir São Jorge...

Em 1340, o rei inglês Eduardo III instituiu a Ordem dos cavaleiros de São Jorge.
Foi o Papa Bento XIV (1740-1758) que fez São Jorge, padroeiro da Inglaterra até hoje.
Em 1420, o rei húngaro, Frederico III (1534) evoca-o para lutar contra os turcos.

As Cruzadas Medievais tornaram popular no ocidente a devoção a São Jorge, como guerreiro, padroeiro dos cavaleiros da cruz e das ordens de cavalaria, para libertar todo país dominado e para converter o povo no cristianismo.

Seu dia foi colocado no Calendário particular da Igreja, isto é, celebrados nos lugares de sua devoção.

O Sr. Cardeal D. Eugenio Sales, assim se pronunciou: "A devoção de São Jorge nos deve levar a Jesus Cristo". Pela palavra do Cardeal Sales sentimos a autenticidade do Culto a São Jorge.

A quem ajuda: é a força de Deus na luta dos excluídos e marginalizados da sociedade.




Oração a São Jorge



Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.


Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.


Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.


Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.


São Jorge Rogai por Nós.







domingo, 21 de abril de 2013

EU E O EGO





Eu gostaria de me sentir sempre feliz! E quem não gostaria? Gostaria de sentir dentro de mim aquele sentimento de plenitude que experimento quando me sinto imensamente grata por aquilo que estou recebendo. Quando recebo amor, carinho, conforto, quando tenho paz em meu coração! É assim que gostaria de me sentir, sempre. No entanto, a vida é cheia de paradoxos, e nós sabemos que não podemos estar sempre cem por cento felizes, pois no dia-a-dia muitas vezes choramos de tristeza, sentimos dor pela falta de amor, pela falta de alimento e de conforto.

Nossa existência nos leva a experimentar a tristeza para que possamos reconhecer a felicidade. Sim, creio que precisamos do preto para reconhecer o branco, precisamos da fome para reconhecer a saciedade, precisamos da carência afetiva para reconhecer a felicidade de amar. Mas somos gratos por aquilo que recebemos? Bem, essa é outra historia! Normalmente nos esquecemos de agradecê-Lo por aquilo de bom que recebemos, mas nos queixamos, sim, nos queixamos muito por aquilo que não temos. De manhã, quando abrimos os olhos, nos lembramos de agradecer a Deus pela vida? Normalmente o Eu interior agradece, mas o Ego não. Sabem o por quê? O Ego é o outro eu, ou seja, é um eu imaginário, criado não à imagem e semelhança de Deus, mas à imagem e semelhança dos outros!

O Ego se espelha nos outros, pois é criado em nós pelo ambiente, pela sociedade em que vivemos, pela mãe e pelos parentes que nos rodearam quando crianças. É através dessas pessoas que construímos o Ego. São eles, aqueles que nos rodeiam, que permeiam nossa mente de modelos para nos servirem de espelho. O Ego nos é útil, faz parte de nossa personalidade e não podemos prescindir dele, pois vivemos numa sociedade e precisamos estar inseridos nela, nos espelhando e nos adequando a ela. Por exemplo, vamos trabalhar de manhã e nos vestimos de acordo com as regras desta sociedade. Se vivemos no Brasil ou noutro país ocidental, estaremos vestindo um terno (os homens) uma roupa discreta e elegante (as mulheres) e nos sentiremos assim inseridos no contexto. Se vivemos num país oriental, estaremos nos vestindo de outra forma, nos comportando de outra forma, de acordo com outras regras, não é mesmo? Não são somente as regras de vestir, mas todo nosso comportamento é moldado e resulta no nosso Ego. Assim, pouco a pouco, ao crescermos, construímos em nós uma identidade, como se fosse um outro Eu. E acabamos acreditando ser esse nosso verdadeiro Eu! Mas o Eu interior, aquele que é alimentado pela centelha divina dentro de nós, este é diferente, único, não precisa de espelho, não precisa de regras, recebe alento somente do Criador. O Eu está sempre feliz!

Por essa razão, podemos fazer essa constatação: o Eu não sofre, quem sofre é o Ego. Vamos fazer um exercício: quando experimentarmos algo ruim, uma dor, por exemplo, vamos nos perguntar: é o Eu que está sofrendo ou é o ego? Creio que o Eu sofre ao ver outro ser humano sofrer e então sente aquela dor como sua e corre para aliviar o sofrimento alheio. A isso chamamos de Amor Universal, que nos faz sentir solidários, integrados ao TODO. O Ego, por sua vez, sofre porque vê outro ser humano ‘ter’ algo que ele não tem. O Ego sofre mais que o Eu e se aprendermos a reconhecer essa dor, esse sofrimento, se aprendermos a fazer essa diferença então viveremos mais serenos.


Então, quando estiver sofrendo por alguma coisa pensem: Puxa, não sou Eu quem está sofrendo, é o meu Ego!. Saber reconhecer essa diferença nos faz viver em Paz, aceitar o sofrimento como experiência necessária para o crescimento, nos torna mais serenos, alivia imediatamente a dor. No momento em que reconhecermos essa diferença a Luz Divina estará nos ajudando e aliviará nosso sofrimento. Vocês já repararam na serenidade que vemos no rosto de algumas pessoas iluminadas? Em todas as religiões existem pessoas iluminadas que espalham ao redor de si essa sensação de harmonia e serenidade. O Dalai Lama é um dos exemplos, o Papa João Paulo II também o era, assim como outros tantos de todas as raças e cores, provenientes de todas as religiões do mundo! Eles estão SEMPRE com o Eu Interior conectado com o Todo e reconhecem a diferença entre o Ego e o Eu. Assim, vivem serenamente.







GRAZIELLA MARRACINNI

sábado, 20 de abril de 2013

O EDUCADOR E O JOVEM




"Há uma reação muito comum entre os adultos para com a juventude: é um desprezo autoritário, que se revela em frases como: "ele não sabe nada da vida", "é ainda um moleque", " ainda tem muito o que aprender". Essa falta de respeito para com a dignidade do jovem, que é também um ser humano, com direito a ter opiniões próprias, e que tem idade espiritual que não corresponde necessariamente à do corpo, revela no fundo grande despeito.

Muita gente, já às portas da velhice, sente irresistível inveja da mocidade. Não se conformam de já terem perdido a sua, não se desapegam de certos prazeres e desejos, que já deveriam ter sublimado a certa altura da existência e sentem raiva cega daqueles que podem usufruí-los. Sua visão da mocidade é distorcida; trata-se para eles de um período de aproveitar a vida, atirando-se sofregamente a toda espécie de futilidades e prazeres, sem qualquer noção de responsabilidades".

Tal consideração que a educadora Dora Incontri faz em sua obra "A Educação Segundo o Espiritismo", demonstra que a grande maioria dos adultos ignora a real importância da fase juvenil para o Espírito. Aliás, provavelmente, esquecem-se que aquele ser humano só é jovem na aparência física, pois sendo Espírito imortal é multimilenar.
Muitas vezes tem uma sabedoria muito maior sobre a Vida do que aqueles que se encontram na fase adulta, traz agasalhado na acústica da alma noções de responsabilidade e dever, que muitos não conseguirão adquirir nem mesmo no final da existência atual e na consciência já possui diretrizes morais que servirão de parâmetros para toda uma jornada de realizações no Bem.

Esse é o período em que o Espírito exercitará a vontade em busca da autonomia. A necessidade de estabelecer uma identidade sobre ideais próprios e um senso único de si são os mais importantes. O maior desestímulo que uma pessoa pode fazer a um jovem será o ridículo. Isso se consegue, muitas vezes, com o simples pronunciar de frases como aquelas no começo do texto. Quando o jovem se sente ridicularizado sua auto-estima fica abalada. Pode provocar um comportamento de rebeldia, podendo também aparece o sarcasmo e o cinismo.

Há ainda no final desse período o reconhecimento maduro da capacidade de pensar por si mesmo. Eis porque o jovem deve ser convidado a pensar, raciocinar e refletir sobre a Vida nos seus mais diversos aspectos, demonstrando-lhe que ele é o mais importante, o mais responsável e o maior herdeiro dela.

É importante a compreensão de que aquele Espírito que ora encontra-se manifestando em um corpo jovem é alguém que possui dentro de si, adquiridas ao longo das reencarnações, experiências das mais variadas :vitórias e derrotas, êxitos e frustrações, sentimentos felizes e infelizes, virtudes e vícios, alegrias e decepções, entre outras coisas. Respeitá-lo (opiniões, idéias, jeito de se vestir...) e propiciar um ambiente saudável (acolhedor, alegre, dinâmico...) para que possa se manifestar e ser estimulado a renovar os sentimentos que lhe traz dissabores é um dos objetivos da Mocidade Espírita, possibilitando a ele a sua identificação como Ser imortal que é.

No entanto, para que tal fato ocorra é necessário que o evangelizador se encontre sinceramente interessado em trabalhar consigo – é preciso ter humildade, alegria, ideais e motivações nobres...- para que possibilite ao jovem desenvolver-se e expressar-se, não sendo ele (o evangelizador) uma figura repressora e autoritária, copiando, assim, estruturas que são encontradas pelos jovens no seio familiar, na escola, no trabalho e em tantos outros lugares.











Hérin Andréas
Incontri, Dora –A Educação Segundo o Espiritismo –1º Edição, págs 56 e 57.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS





Não podemos esquecer que a imprudência e a ociosidade se responsabilizam por múltiplas enfermidades, como sejam os desastres circulatórios provenientes da gula, os quadros infecciosos pela ausência da higiene comum, os desequilíbrios nervosos da toxicomania e o depauperamento decorrente de vários excessos.

De modo geral, porém, as doenças perduráveis, que destroem o corpo físico, têm suas causas no corpo espiritual, pois as energias na nossa alma expressam as chamadas dívidas cármicas, por serem conseqüências das causas infelizes que nós mesmos plasmamos, e são transferíveis de uma existência para outra, uma vez que é a nossa mente, através da energia do nosso pensamento, que, de forma inconsciente, muitas vezes, nos cobra ou nos absolve das faltas cometidas, lançando-nos ou tirando-nos da “zona de remorso”.

 Existem casos em que, mesmo em estado de recuperação perispirítica, a presença de pessoas desafetas responsáveis por essas zonas pode levar a violentos choques psíquicos, com o que as emoções se lhe desvairam afastando-se da necessária harmonia.

A mente desorientada perde o controle da organização perispirítica e dos elementos fisiológicos, assumindo condições excêntricas, dispersando as energias que lhe são peculiares.

Essas energias passam a atritar-se e a emitir radiações de baixa freqüência, aproximadamente igual a de que lhe incide o pensamento das vítimas, trazendo, conseqüentemente, as mais variadas repercussões no corpo somático.

Devemos também lembrar que não apenas os pensamentos voltados para nossas ações pretéritas mantêm-nos presos a esse circuito fechado do pensamento do qual falamos.

O pensamento é muito mais amplo do que a nossa consciência pode alcançar. Subsistem aqueles (o pensamento) em que se fazem inconscientes em nossa mente, também trazidos por lembranças das faltas por outros cometidas, que nos atingiram, deixando marcas no nosso corpo espiritual e que, hoje, ao depararmo-nos em um novo reencontro, sentimos no corpo carnal os efeitos desses males, efeitos estes apresentados muitas vezes na forma de simples sintomas ou mesmo de uma enfermidade instalada.

O pensamento, como uma modalidade de energia sutil atuando em uma forma de onda, com velocidade muito superior à da luz, quando de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito fechado, trazendo-nos, assim, de volta as sensações desagradáveis hauridas ao contato de qualquer ação desequilibrante.

Isso tudo acontece porque, quando nos rendemos ao desequilíbrio ou estabelecemos perturbações em prejuízo dos outros, plasmamos nos tecidos fisiopsicossomâticos determinados campos de ruptura na harmonia celular, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade e, conseqüentemente, toda a zona atingida torna-se passível de invasão microbiana.












Grupo Espírita Socorrista Euripedes Barsanulfo


quarta-feira, 17 de abril de 2013

O EXERCÍCIO INTELIGENTE DO LIVRE ARBÍTRIO




O livre-arbítrio é uma lei divina, à qual todos, sem exceção, encontram-se subordinados. Em verdade, trata-se de um princípio universal que se bem utilizado torna-se importante alavanca do progresso individual, na medida em que pode permitir a vivência plena dos sentimentos mais enobrecidos mobilizados de acordo com a vontade e o senso de maturidade moral que cada um alcance.

O comportamento humano, em seus múltiplos aspectos, decorre do exercício pleno da liberdade de ação, contingência a ser respeitada por todos, uma vez que liberdade é apanágio dos seres inteligentes.

É preciso, contudo, bem ajuizar os procedimentos corriqueiros e a conseqüente repercussão do emprego da liberdade usufruída, visando, sobretudo, a não ultrapassar os limites daquilo que deve ser considerado prazeroso ao ego, mas que fere a sensibilidade alheia e compromete a felicidade e a harmonia do semelhante.

Os anseios evolutivos se alicerçam graças à observação responsável das Leis Morais da Vida, caso contrário nos defrontamos com atitudes consideradas antiéticas e geradoras de ações culposas prejudiciais à harmonia consciencial do infrator.

Uma estreita afinidade com o bem é a melhor maneira de se preservar a tranqüilidade de espírito e de se evitar situações conflitivas decorrentes de um inter-relacionamento pessoal inadequado.

Qualquer iniciativa prática aqui na Crosta gera, obrigatoriamente, repercussão benéfica ou não, na dependência do bem patrocinado ou do grau de prejuízo imposto a outrem. Isto nos permite inferir que o uso do livre-arbítrio encontra-se subordinado aos fatores reguladores do comportamento humano, com o objetivo de proteger a comunidade planetária dos excessos cometidos aleatoriamente pelos invigilantes.

O exercício individual do livre-arbítrio deve respeitar a chamada zona fronteiriça, além da qual se encontra o espaço que circunscreve a liberdade de consciência do próximo. A partir de então, é aconselhável existir o consentimento pessoal do outro, para que as idéias e ações executadas sejam devidamente aceitas e compartilhadas harmoniosamente, na ausência de prejuízos, mágoas e ressentimentos.

O uso inadequado do livre-arbítrio desencadeia, no faltoso, reações profundamente desarmônicas do tipo arrependimento e remorso, contingências responsáveis por sofrimentos prolongados, desde que o indivíduo não se proponha a reparar, assim que possível, o mal cometido.

Nem sempre nos damos conta dos prejuízos psicológicos decorrentes de atitudes incompatíveis com as regras da moral evangélica. O ato prejudicial voluntariamente praticado contra o próximo gera repercussões negativas que se fixam indelevelmente no psiquismo do infrator, muito embora as mentes cristalizadas no mal não admitam tal possibilidade.

Em qualquer circunstância, o bom senso evidencia que o cometimento do mal é uma atitude irracional, pois a ação culposa, com o passar do tempo, termina por gerar o arrependimento, e este, por sua vez, estrutura no inconsciente a desagradável e opressiva sensação de remorso.

Significativa parcela da Humanidade sofre os mais variados desequilíbrios em conseqüência de atitudes eticamente inadequadas praticadas nesta ou em vidas anteriores, em conseqüência do mau uso do livre arbítrio.

O remorso equivale a uma certa quantidade de energia desequilibrada a vibrar nos fulcros localizados na intimidade do corpo espiritual, constituindo-se naquilo que ordinariamente denominamos de morbo energético.

Eis aí a causa de inúmeros distúrbios psicopatológicos, que poderiam ser evitados se o homem levasse em conta a necessidade de melhor aproveitar o seu livre-arbítrio de uma forma sempre inteligente, ou seja, em bases condizentes com o Evangelho de Jesus.












Reformador – Junho de 1998

terça-feira, 16 de abril de 2013

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO





Durante a vida , o Espírito se acha preso ao corpo pelo seu envoltório semi material ou perispírito.

A morte é a destruição do corpo somente, não a desse outro invólucro. Que do corpo se separa quando cessa neste a vida orgânica.

A observação demonstra que, no instante da morte, o desprendimento do perispírito não se completa subitamente; que, ao contrário, se opera gradualmente e com uma lentidão muito variável conforme os indivíduos. Em uns é bastante rápido, podendo dizer-se que o momento da morte é mais ou menos o momento da libertação.

 Em outros, naqueles sobretudo cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito menos rápido, durando algumas vezes dias, semanas e até meses, o que não implica existir, no corpo, a menor vitalidade, nem a possibilidade de volver à vida, mas uma simples afinidade com o Espírito, afinidade que guarda sempre proporção com a preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria.

É, com efeito, racional conceber-se que, quanto mais o Espírito se haja identificado com a matéria, tanto mais penoso lhe seja separar-se dela; ao passo que, a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida do corpo, de modo que, em chegando a morte, ele é quase instantâneo.

Tal o resultado dos estudos feitos em todos os indivíduos que se tem podido observar por ocasião da morte.

Essas observações ainda provam que a afinidade, persistente entre a alma e o corpo, em certos indivíduos é, às vezes, muito penosa, porquanto o Espírito pode experimentar o horror da decomposição.

Este caso, porém, é excepcional e peculiar em certos gêneros de vida e a certos gêneros de morte.

Verifica-se com alguns suicidas”.














Trecho extraído do livro “Na Hora do Adeus”
Luiz Sérgio