domingo, 31 de março de 2013

PÁSCOA





OXALÁ MEU PAI


“A Páscoa representa a vitória da vida sobre a morte, o sacrifício pela verdade e pelo Amor.
Jesus de Nazaré demonstrou que não se consegue matar as grandes idéias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida.
A Vida só pode ser definida pelo Amor, e o Amor pela Vida.
Foi por isso que ele afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor”.
A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa.
Esta prática segundo alguns, se consolidou no final do século III, tendo sido citado no 1° Concílio de Nicéia, no ano 325.
 Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa.

Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, ressuscitado no Domingo de Páscoa.

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia.
 Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras.
Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O espírito da quaresma para os católicos deve ser como um retiro coletivo de quarenta dias, durante os quais a Igreja, propondo a seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, se prepara para a celebração das solenidades pascoais, com a purificação do coração, uma prática perfeita da vida cristã e uma atitude penitencial.,,” (Umbanda sem mistério)

“...Jesus, antes de iniciar sua vida pública, passou pelo ritual de purificação, foi ao deserto e jejuou quarenta dias e quarenta noites (Mateus 4,2) para preparar-se para sua missão. E depois, ressuscitado, permaneceu quarenta dias com os apóstolos (Atos 1,3) ensinando-os, renovando-os para a nova fase da missão.

E por que quarenta? Até a ciência moderna utiliza o termo quarentena para determinar o isolamento por perigo de contaminação de doenças. Os astronautas ficavam de quarentena (só que de 21 dias) quando voltavam da Lua. De onde vem esse número? Quarenta é o número de semanas que demora para a gestação de um ser humano, o tempo que levamos para adquirir vida, desenvolver um organismo apto a sobreviver. Coincidência? Creio que não!...” (Ciência e Religião - Mário Eugênio Saturno)
A quaresma é um período entendido e tratado de maneira peculiar na visão de diversas religiões, mas na sua essência representa um processo necessário na vida de todo ser humano, a reflexão buscando auto conhecimento.

Todo espiritualista sabe e se prepara para as alterações energéticas geradas durante os três ciclos (Carnaval, Quaresma, Semana Santa),

Se a Umbanda é uma religião Cristã, porque não deveríamos seguir o exemplo do nosso mestre, que antes de iniciar uma nova fase, um ciclo que deixaria marcas na eternidade, guardou silêncio, refletiu, lutou contra seus demônios interiores e venceu.

Cada umbandista sabe que a mudança faz parte do aprendizado e crescimento espiritual, devemos vencer os demônios da vaidade, inveja, egoísmo e tantos outros, para merecer a oportunidade de trabalhar na corrente de um terreiro.

Umbandista, entre nesta vibração que está sendo gerada pelos seguidores de várias religiões e retire o melhor que puder para sair renovado e ter condição de assumir a grande e difícil responsabilidade de ajudar o próximo, sem julgamentos, sem preconceito, seguindo mais uma vez o exemplo do mestre.

Quem sabe assim, com resignação e disciplina você também não deixe sua marca na história.



                                           FELIZ   PÁSCOA








sexta-feira, 29 de março de 2013

O TRABALHO E A DISCIPLINA NA CASA ESPÍRITA





Normalmente, quem frequenta um Centro Espírita não se sente cômodo em apenas receber atenção.
Chega o momento em que a pessoa, além de buscar auxílio para suas dores, entende que é necessário ir além e fazer algo em favor do próximo; é quando nasce o interesse pelos trabalhos sociais da Casa ou pela participação em reuniões e trabalhos focados em áreas específicas.
“Porém, é preciso lembrar que quando assumimos uma responsabilidade temos que cumpri-la até o fim, visto que há uma equipe que trabalha paralelamente ao nosso corpo funcional. Desistir ou fazer um trabalho pela metade somente atrapalha o trabalho da equipe (encarnada e desencarnada) designada para acompanhar e desempenhar a função.
 As afeições existem e podem ser prazerosas ou desagradáveis dependendo do nosso grau de sintonia e harmonização. Portanto, mantermos em equilíbrio é sinal de que estaremos sempre em sintonia com a espiritualidade.
A disciplina exigida dentro da Casa Espírita não é somente para nós freqüentadores encarnados. Ela é exigida de toda a equipe espiritual que trabalha na casa. Até mesmo Kardec na época da codificação da Doutrina Espírita se curvou á questão da disciplina para completar os trabalhos de pesquisa junto aos espíritos. “Quando Allan Kardec se propôs a investigar os fenômenos espíritas colocou-se logo em contato com os Espíritos Superiores que passaram a orientá-lo quanto aos trabalhos de pesquisa. Uma das primeiras questões que vieram á baila foi a da organização e de horários predeterminados.
Dessarte, passamos ao conhecimento das existências básicas para trabalhos de natureza mediúnica, repetindo-se nos recentemente Emmanuel (Guia espiritual de Chico Xavier) o ensinamento, quando, arguido sobre condições ideais para o trabalho de intercâmbio entre os dois mundos, respondeu-nos: “-

O que é necessário? Três coisas: disciplina, disciplina, disciplina”.















Fonte: Revista Espiritismo outubro/2010 Ana Paula Pavão.

quinta-feira, 28 de março de 2013

O LAGO






O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal num copo de água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse noutra mão cheia de sal e a levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem atirou o sal para o lago. Então, o velho Mestre disse:
- Bebe um pouco dessa água.

Enquanto a água escorria pelo queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - disse o rapaz.
- Agora sentes o gosto do sal? - perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.

Em seguida, o Mestre sentou-se ao lado do jovem, pegou-lhe na mão e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos. Então, quando tu sentires dor, a única coisa que deves fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo. Torne-se um lago...

terça-feira, 26 de março de 2013

DESLIGANDO-SE DOS PROBLEMAS NAS SESSÕES







Nas reuniões que promovem trabalhos espirituais é importante que os envolvidos se abstenham de lembrar de seus problemas. Pois, tais ambientes precisam de paz e de concentração, e não de vibrações que tragam angústia e preocupação.

Entretanto, muitos podem perguntar como alguém com sérios problemas, como dívidas a pagar, desemprego, doenças e situações difíceis na família pode se concentrar devidamente frente a tantas questões.

Se, por outro lado, notarem que a pressa é inimiga da razão e que o desespero não é solução – se fosse, já estariam com os problemas resolvidos –, cabe lembrar que o raciocínio se processa com mais eficiência com a mente em equilíbrio.

Sendo assim, ao participarem de trabalhos mediúnicos, entendam que estão ingressando em breves momentos de tranqüilidade e de paz amparados pela espiritualidade, tão necessários ao equilíbrio das mentes, do corpo denso e do espírito. Abstenham-se de conturbar esse momento, tirando-lhes o próprio direito de algumas horas de serenidade.

E justamente nesses momentos de paz e de reflexão é que surgem muitas respostas, ou então, que são plantadas diversas soluções que vão frutificar com o tempo.

Dessa forma, quando se desligam dos problemas ao participarem de trabalhos espirituais, não estão apenas intensificando a caridade que praticam, fortalecendo boas vibrações. Estão plantando também, na própria mente, as sementes da razão num clima de paz, cujos frutos poderão lhes trazer a tranqüilidade que tanto almejam.








segunda-feira, 25 de março de 2013

A OSTRA E A PÉROLA




"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"...
As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia.
A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra.
Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada...
Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?
Você já sofreu os duros golpes do preconceito?
Já recebeu o troco da indiferença?
Então, produza uma pérola !!!
Cubra suas mágoas com várias camadas de amor.
Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.
Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras" Vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.
Um sorriso fala mais que mil palavras...





domingo, 24 de março de 2013

A CORAGEM MORAL E AUTO DISCIPLINA




A coragem é a manifestação silenciosa da disciplina interior que, com dignidade, tudo suporta, tudo sofre por lealdade, consciência da verdade e do dever.
A coragem moral realiza o ser humano plenamente, prontifica o espírito a indagar, a dizer a verdade, a ser justo, fraterno e honrado, a resistir à corrupção, cumprindo com alegria e otimismo o seu dever.
O ser humano que não alcançou o controle do seu interior, não consegue viver esta potencialidade que se chama coragem moral.
Cada ação da vida humana exige reflexão, consciência, coragem moral.
Sempre que o ser humano descobre e tenta expor a verdade, tem que lutar contra a detratação, a calúnia, a infâmia, a injúria e a perseguição.
Aquele que vive com coragem moral não se deixa abater, nem se intimidar com a difamação que possam lhe fazer às costas e às murmurações dos que se sentem incomodados pela verdade apresentada. Está disciplinado a suportar com visão crítica os conceitos emitidos em face de sua pessoa.
A fé em Deus fortifica o espírito, a disciplina interior representa reconciliação e pacificação do ser humano com sua consciência.
A coragem moral é a mais forte expressão do ser humano que se conhece.

Vitorioso não é aquele que vence os outros, mas sim, o que vence a si mesmo, dominando seus vícios e superando seus defeitos.

Não dê às sombras do ontem, o poder de engolir o teu hoje. Saúda o Sol e agradece a cada minuto a tua vida, bendita seja!









Leocádio José Correia



sábado, 23 de março de 2013

AMOR PRÓPRIO




É verdade que já todos sabemos que é importante gostarmos de nós mesmos, nem sempre está clara a definição de amor-próprio. Ouvimos recomendações de especialistas em saúde mental, gurus disto e daquilo, e até de figuras públicas que nos aconselham a gostar mais de nós, mas o que é que isto quer dizer? O que quer dizer alguém que afirme que é impossível amar outra pessoa quando não gostamos de nós mesmos?

Algumas pessoas temem que, ao colocar-se a si mesmas no topo das suas prioridades se transformem em indivíduos auto centrados ou convencidos. Uma pessoa com amor-próprio ou com a auto-estima elevada é um egoísta capaz de atropelar os outros para concretizar os seus objetivos? Claro que não. Gostarmos de nós não é olhar apenas para o próprio umbigo e muito menos implica que nos centremos apenas na satisfação das próprias necessidades. De resto, uma pessoa que gosta de si mesma não tem de ver satisfeitos todos os seus desejos nem está permanentemente em estado de euforia.

Sejamos honestos: não há super-homens nem super-mulheres. Ter amor-próprio é gostar de nós, sim, mas ninguém gosta de si mesmo 24 horas por dia. As pessoas com níveis de auto-estima mais elevados reconhecem os seus erros, têm momentos de arrependimento e até de revolta consigo mesmas. Talvez seja precisamente a capacidade de experimentar emoções negativas em relação a nós mesmos que nos permite vivenciar o amor-próprio. O que diferencia uma pessoa com auto-estima elevada não é a inexistência de amarguras, mas sim a capacidade para sair desse estado. Quando gostamos de nós mesmos, aprendemos a relativizar, a gerir melhor os momentos de desespero, mas estes não desaparecem completamente.

Ter amor-próprio também implica sermos justos, sermos capazes de olhar para os nossos erros e emendá-los, reconhecer os obstáculos e arregaçar as mangas para os enfrentar. Quando gostamos de nós mesmos, somos capazes de:

Terminar uma relação quando a pessoa com quem estamos é violenta (física ou emocionalmente);

Mover recursos para progredir na carreira em vez de nos acomodarmos a situações que nos desvalorizam;

Reivindicar as nossas necessidades afetivas;

Pedir ajuda quando não estamos capazes de resolver os problemas sozinhos;

Exteriorizar a tristeza;

Implementar mudanças que contribuam para a nossa saúde física e emocional.






CLAUDIA MORAES

quinta-feira, 21 de março de 2013

ASSEPSIA DO MÉDIUM




Uma das feições inerentes ao Centro Espírita é a de hospital, o que sintetiza sua condição de local de tratamento moral de encarnados e desencarnados, vítimas de sua ignorância e imprevidência. Todos, sem exceção, estamos atingidos nesse contexto e por isto precisamos nos revestir da dose de humildade necessária para tornarmos eficaz o resultado do processo de retificação a que somos submetidos.

Em um hospital vigora a grande preocupação com a não proliferação de agentes nocivos à saúde, em razão da condição precária em que se encontram os seus hóspedes. Certamente, a responsabilidade para com a extensa lista de cuidados profiláticos envolve os diversos níveis de trabalhadores de uma unidade hospitalar, desde os auxiliares mais simples pela limpeza de cômodos e utensílios até aos médicos, com suas condições pessoais.

Esta analogia conclui pela importância do cuidado do médium com sua higienização, sobretudo, mental, pois neste campo é que se operará todo o trabalho mediúnico.

Se, principalmente, no dia da reunião, o médium não tiver a vigilância e a oração condizente a um obreiro do Senhor consciente, ele estará abrindo brechas na segurança montada pelo Plano Espiritual em face das peculiaridades de condições dos espíritos, a quem se destina as tarefas marcadas.

Cabe ao médium oferecer um campo mental favorável, limpo de impureza, de imagens deprimentes e negativas. Conduzir bem seu pensar, falar e agir é neste dia, como em todos os outros, mas em especial no dia das suas tarefas mediúnicas, a sua parcela de contribuição na influência benéfica aos irmãos mais necessitados, que desde cedo, já estão em processo de afinização fluídica com o medianeiro, que lhes será veículo do benefício que lhes couber, a ser ministrado pela direção espiritual.

Médium não significa ser diferente das demais pessoas em possibilidades, mas requer que traduzamos nossa compreensão para com o papel que nos cabe, através do esforço de alcançarmos ser instrumentos mais adequados na mão da Espiritualidade de Amiga, mesmo que isto signifique nos voltarmos com decisão contra nossas más inclinações, que muito bem conhecemos.

Isto deve ser feito em respeito a Deus, que nos investiu dessa tarefa, e por amor ao servir, única via de correção de nossos espíritos tão necessitados de educação.









CLAUDIO AMARAL - Centro Espírita Vicente de Paula (Caju-RJ)

quarta-feira, 20 de março de 2013

A CONDUTA NO TEMPLO




      O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.
      Os templos umbandistas são locais sagrados, especialmente preparados para atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática da caridade.
      Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos.
      Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem.
     Temos visto, para nossa tristeza, que alguns dirigentes de terreiros deixam muito a desejar no que se refere  ao assunto em pauta. Permitem que pessoas de má índole façam parte de seu quadro médiúnico; permitem aconchegos e conchavos; são muito tolerantes ao permitirem ingressar no salão de trabalhos pessoas com trajes incompatíveis com o que se realiza ou pretenda realizar.
      Permitem conversas paralelas, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas desqualificados, que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais.
      Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé.
      Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores. Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência.
      Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, tendo recorrido inclusive a médicos, sem êxito, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença.
      Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso. Que Deus na sua infinita misericórdia, abra estes os corações brutos à preciosidade dos trabalhos de Umbanda.
      Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como conseqüência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade.
      O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um.
      A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção.
       A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo a concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros em uma Casa de Umbanda.









Cartilha de Orientações AELA

terça-feira, 19 de março de 2013

O ATENDIMENTO AO PÚBLICO NA UMBANDA






Pela dialética da Doutrina Umbandista, é preciso respeitar todo e qualquer grau consciencial inerente a qualquer ser humano. Por isso a Umbanda tende a ser Universalista e procura criar oportunidades para que todos possam caminhar na senda da evolução espiritual.

As oportunidades se fazem sensíveis através da prática da Caridade Verdadeira que se manifesta pela orientação precisa dada pelas entidades militantes no Movimento Umbandista àqueles que buscam sua ajuda nos momentos de aflição e dor.

Da mesma forma, na medida que solucionam suas questões mais prementes, mesmo materiais, os consulentes recebem a semente viva da espiritualidade e da fé, calcada na razão e sentimentos equilibrados.

O contato direto com as Entidades incorporadas predispõe os consulentes a reflexão sobre suas próprias vidas e oferece à adoção de uma postura mais responsável perante sua existência, à medida que introduz visão mais próxima da realidade, tanto material como espiritual.

As Entidades que se apresentam na Umbanda vêm personificar a Simplicidade, a Pureza e a Sabedoria, em nome de Oxalá - O Cristo Jesus - o Tutor Máximo do Planeta Terra. Através de seus conselhos, exemplos e mesmo na movimentação das forças naturais, conseguem acender a chama da Fé, no coração dos consulentes que procuram os Templos de Umbanda.

A partir da fé e da razão incutem, gradualmente, na coletividade planetária, a compreensão dos mecanismos da reencarnação, das Leis Cármicas, das atrações por afinidade e sintonia e ensinam-nos os meios para caminhar seguramente em direção a nossa própria essência espiritual.

A Umbanda ensina que sem Caridade não há salvação e que não se deve esperar a iluminação sem se desvencilhar do egoísmo, da vaidade e do orgulho. O caminho preconizado é o da Humildade e da Pureza. Uma via longa e penosa quando se pretende sair da ilusão e, realmente, partir para a conquista destes altos valores do espírito, capazes de nos libertar do obscurecimento consciencial a que estamos submetidos.

Tão difícil é esta via que seria praticamente impossível atingir estes objetivos sem o concurso dos Mestres da Simplicidade, da Humildade e da Pureza, transfigurados nas entidades que baixam nos terreiros de Umbanda.

Pela nossa condição moral não haveria como estes Mestres chegarem até nós a não ser pela mediunidade









Cartilha de Orientações - AELA

segunda-feira, 18 de março de 2013

SORRIA HOJE !






Muito se diz por aí, que ser feliz está sendo cada vez mais difícil. Encontramos diversas pessoas que dizem quando escutam, por exemplo, uma boa piada, “ah, eu nunca mais tinha sorrido assim”. Outras tantas exclamam: “com tudo o que acontece no mundo, sorrir é um caso muito sério”.

Para essas colocações, temos observações, que gostaríamos de expor, antes de falar em nosso assunto central, mas não temos a pretensão de induzir ninguém a pensar como pensamos, primeiro gostaríamos de mostrar que existe um outro lado e que muitas vezes nosso ponto de vista esta muito limitado.

Você já viu alguma casa bonita? – mas aquelas que você gostaria de viver? – aquela que possui o jardim ideal, a varanda ventilada, a sua cor preferida, já viu? – acredito que sim, então imagine-se morando nela e tendo que fazer uma reforma geral em toda a sua estrutura! Jardim, varanda, pintura, quartos e tudo mais. Então vamos começar a reforma, e como ela vai ficar durante a reforma? Bonita ou feia?

O que nos leva a entender que as coisas quando passam por reformas, ficam temporariamente sem sua beleza natural, ou pelo menos empalidece, para se tornar no amanhã algo ainda mais belo e melhor.

As construções do homem por serem, na grande maioria, egoísta e orgulhosa, tendem a obscurecer as belezas naturais, então de tempos em tempos as grandes reformas terrenas acontecem para equilibrar e rearmonizar o que estava desgastado e desarmonizado, para assim colhermos o que refletirmos em nossos atos tresloucados.

Mas, temas como esses não nos devem “murchar” as esperanças, pois, acreditar em nós mesmos é um desafio, um dever, que nos fará mais felizes.
Fazer mossa parte, mediante todas essas catástrofes é necessário, continuar vivendo e vivendo com qualidade.

Muitos dizem, que a paz deve começar efetivamente acontecer, mas pouco se preocupam em começá-la em si mesmos. Não há como cobrarmos as ocorrências externas se não as concretizarmos dentro de nós mesmos. Viver um dia feliz, nos pertence, sorrir para alegrar nossa vida e deixar fluir de nós força suficiente para empolgar os outros, é nosso dever.

Então, vamos olhar sob um novo prisma, os acontecimentos e ver que somos importantes, pois, temos condições de melhorar ou piorar os fatos, e só por isso, já temos certo “poder”.

Vamos começar um dia na luz da oração, e percebamos o dia como sendo mais uma oportunidade de ser feliz. O tudo sem Deus, é nada! O nada com Deus, é tudo!

Somos criaturas, criadas por Deus, criaturas especiais, feitas do Amor, para a felicidade.

Se te maculam a imagem com zombarias, o exemplo bem aplicado apaga mil conjecturações.

E te machucam com palavras duras, a tua ferida se cobrirá de balsamo, somente quando o perdão vier.

Se reclamam te contributo, auxilia mais.

Somente você tem a permissão de se deixar infelicitar pelas asperezas dos outros.

Levante a cabeça, sorria, hoje, faça a sua parte e siga adiante.
Sorrir, hoje, um ensaio para sorrir sempre.








Aluney Elferr Albuquerque Silva

sábado, 16 de março de 2013

É TEMPO DE RENASCER





A evolução da humanidade é pontilhada de inovações extraordinárias, fantásticas realizações. Ao refletirmos sobre elas, porém, poucas vezes pensamos sobre como foram geradas: Iniciativas de “estalo”?

De uma só pessoa? De uma equipe? Como começaram? Em que condições e circunstâncias foram conseguidas?

Cada uma dessas realizações tem uma história. Ou mesmo várias histórias, intrincadamente encadeadas.

Histórias de pessoas. Inventores, empresários, técnicos, colaboradores das mais variadas origens e profissões.

Conquistas de seres humanos normais. Seres humanos que inclusive têm seus momentos de fraqueza, de cansaço, dúvidas, inseguranças. Momentos em que se pergunta se tudo efetivamente vale a pena...

Quantos degraus ainda a superar? ... Para que tudo isso afinal?... Momentos de esmorecimento e de desistências...

Conquistas de pessoas que superam esses momentos e não desistem. Buscam reservas armazenadas no fundo de suas almas e chegam ao objetivo almejado. São pessoas que renascem nesses momentos. E tornam-se, no processo, pessoas especiais.

Pessoas que acreditam que vão conseguir. Pessoas que acreditam na força infinita do Ser Humano em superar-se. Pessoas que apostam numa visão e crescem no processo de realizá-la.

A própria evolução da humanidade nos mostra que obstáculos são oportunidades para crescer, ficar mais fortes. Rompendo barreiras e superando processos de transição nos quais tudo parece ficar pior, saltamos de patamar, desaprendendo muito para aprender e crescer ainda mais.

Vivemos hoje um período de transição. Não somente em nosso país, mas no mundo todo. Mudanças parecem acontecer todos os dias em ritmos cada vez mais espetaculares. Em velocidade sem precedentes na História. Muros de Berlim caem em poucos dias, países se abrem e quebram estruturas de muitos séculos. Produtos ficam obsoletos da noite para o dia. Novas tecnologias tornam possível o impossível.

Países saem da obscuridade de uma economia agrícola para o primeiro plano mundial em pouquíssimo tempo, alavancados por atividades focadas em alta tecnologia.

Atrás de cada uma dessas transformações... pessoas. Pessoas que encaram a realidade como ela é, de forma autêntica, verdadeira e honesta. Pessoas que agem sobre a realidade. Pessoas que, agradecidas, capitaliza criativamente o que possuem, em vez de lamentarem o que não têm, cheias de autocomiseração e revolta. Pessoas que não se acomodam e buscam evoluir a cada dia, em sintonia com a evolução do próprio mundo.

Mais do que nunca é tempo de criar. De estar o tempo todo alerta a tudo que ocorre à nossa volta e buscar novas soluções, com alto espírito empreendedor. É hora de iniciativa máxima. Iniciativa para gerar produtos aos novos tempos. Para atender a necessidades autênticas da sociedade. Para criar formas de incrementar qualidade, melhorar a produtividade, conservar/economizar dentro dos novos paradigmas. Iniciativa para contribuir ativamente ao processo de construção de um mundo cada vez melhor, em linha com os valores dos novos tempos.

Valores que privilegiam o ousar, o experimentar, o assumir riscos inerentes ao novo. Valores que abominam a rotina burocratizante. Valores que enfatizam a importância da flexibilidade, da abertura, da ousadia de ser diferente, da valorização da imaginação, da exploração de possibilidades.

É tempo de enfrentar o ambíguo e o desconhecido sem medos. Sem tentar super simplificar buscando driblar o complexo. É tempo de criatividade e de soluções refinadas, até revolucionárias. É tempo de soluções inéditas para desafios também inéditos. 

Hoje, mais do que nunca, não podemos nos acomodar, dormir sobre os louros. Mesmo porque mudanças repentinas sempre poderão alterar as condições externas significativamente, mudando toda a base do que foi conquistado... É preciso fortalecermo-nos o tempo todo, a fim de estarmos sempre prontos para os desafios que estão por vir. 

Atualizando-nos constantemente, desenvolvendo habilidades essenciais para o amanhã, aperfeiçoando-nos tanto profissionalmente como a nível pessoal. E, principalmente, sem esperar estímulos e orientação que venham de fora. Nunca foi tão importante adotar uma postura de busca e auto desenvolvimento.

É tempo de dar um salto à frente como ser humano, como indivíduo. Mas é tempo também de trabalho em equipe, ajuda mútua. Tempo de cooperação e alianças. De generosidade no ar, no oferecer ao outro, quebrando círculos viciosos que mantém as pessoas isoladas. É hora de dar o primeiro passo.

É tempo de somar e multiplicar, de agir harmoniosamente como uma equipe autêntica de amigos e irmãos. Numa união na qual não há espaço para ações subterrâneas, politicagem, cinismo, ceticismo, críticas destrutivas, defensividade, desconfianças, falsidade, falta de ética e espertezas.

É tempo de respeito humano e muito diálogo. Tempo de gerar novas forças, colocando em prática o que de mais nobre e positivo temos dentro de nós. De sermos construtivos e nutrientes. Com humor, otimismo, boa vontade e prazer. Realmente desfrutando e valorizando cada pequena coisa do dia-a-dia.
É preciso estar acima das mesquinharias do dia-a-dia e buscar uma ordem maior. Um desenvolvimento harmonioso e equilibrado de todos, balanceando valores humanos e qualidade de vida com realizações econômicas. É preciso rever missões e objetivos. É preciso perguntar-se mais freqüentemente: “Por quê?”, “Para quê?”; “O que estou fazendo para ajudar a melhorar o que está a nossa volta?”.

Vivemos hoje uma era na qual a força de cada pessoa, de cada ser humano, é crucial para a evolução da sociedade. Temos, cada um de nós, nesse sentido, uma enorme responsabilidade.

É preciso influir no ambiente, em vez de sermos oprimidos por ele. Construir em vez de apenas reagir passivamente àquilo que ocorre à nossa volta. É tempo de visualizar o que se quer construir e buscar sua efetiva concretização.

É tempo de transformar, buscar novas realizações. De caminhar à frente. De agir, realizar, fazer acontecer.

 É tempo de crescer e criar.

 De Renascer.

 De Renascer a cada dia.












sexta-feira, 15 de março de 2013

ENVELHECER OU AMADURECER ?







No primeiro dia na Universidade nosso professor se apresentou e nos pediu que procurássemos conhecer alguém que não conhecíamos ainda.
Fiquei de pé e olhei ao meu redor,quando uma mão me tocou suavemente no ombro. Era uma velhinha enrugada cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser. - Oi gato, meu nome é Rose.Tenho oitenta e sete anos.
Posso te dar um abraço? Ri e lhe respondi com entusiasmo:- Claro que pode! Ela me deu um abraço muito forte. - Por que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem,tão inocente?
Perguntei-lhe. Rindo, respondeu:- Estou aqui para encontrar um marido rico,casar-me, ter uns oito filhos, e logo me aposentar e viajar. - Eu falo sério - disse-lhe.
Queria saber o que a tinha motivado a afrontar esse desafio na sua idade. E ela disse:- Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter! Depois da aula caminhamos ao edifício da associação de estudantes e compartilhamos uma batida de chocolate.
Nós nos fizemos amigos em seguida.Todos os dias durante os três meses seguintes saímos juntos da classe e falamos sem parar. Fascinava-me escutar esta "máquina do tempo". Ela compartilhava sua sabedoria e experiência comigo. Durante esse ano Rose se fez muito popular na Universidade,fazia amizades aonde ia. 
Gostava de vestir-se bem e se deleitava com a atenção que recebia dos outros estudantes. Desfrutava muito. Ao terminar o semestre convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Não esquecerei nunca o que ela nos ensinou nessa oportunidade. 
Logo que chamaram seu nome ela subiu ao palco e,quando começou a pronunciar o discurso que tinha preparado de antemão,caíram no chão os cartões onde tinha os apontamentos .
Frustrada e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente: - Desculpem que eu esteja tão nervosa.Deixei de tomar cerveja pela quaresma e este whisky está me matando!Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem, assim, se me permitem, simplesmente vou dizer-lhes o que sei. Enquanto nós ríamos, ela aclarou a garganta e começou: - Não deixamos de brincar só porque estamos velhos;ficamos velhos porque deixamos de brincar. Há só quatro segredos para manter-se jovem,ser feliz e triunfar.
Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias. Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer. Há tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem sequer sabem! Respirou profundamente e começou: - Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês tem dezenove anos e ficam na cama um ano inteiro sem fazer nada produtivo, se converterão em pessoas de vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e fico na cama por um ano sem fazer nada terei oitenta e oito anos. 
Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecermos encontrando sempre a oportunidade na mudança. 
Não me arrependo de nada. Os velhos geralmente não se arrependem do que fizeram, senão do que não fizeram. Os únicos que temem a morte são os que têm remorso. 
Terminou seu discurso cantando "A Rosa". Nos pediu que estudássemos a letra da canção e a colocássemos em prática em nossa vida diária. Rose terminou seus estudos. 
Uma semana depois da formatura, Rose morreu, tranqüilamente enquanto dormia. Mais de dois mil estudantes universitários assistiram às honras fúnebres para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou com seu exemplo que nunca é demasiadamente tarde para chegar a ser tudo o que se pode ser.


Reflexão:Não esqueçam que
ENVELHECER É OBRIGATÓRIO;AMADURECER É OPCIONAL.

quinta-feira, 14 de março de 2013

O PROBLEMA DO DESTINO




Uma questão que se apresenta para todos os seres humanos é o "porquê" do seu destino. Por que alguns são tão afortunados e outros não?
Qual a razão de termos tantas diferenças de nascimento entre os seres humanos, principalmente a grande desigualdade dos talentos e das fortunas?
Por que tanta diferença na vida, onde para uns parece sorrir a sorte e para outros tudo sair errado ?

A resposta para esta questão, intimamente ligada ao problema da existência da dor e do mal, parece impossível de ser encontrada pela mente ocidental. Como compatibilizar tanto sofrimento, tanta injustiça, com a existência de Deus?

Pois bem, a questão do destino não é tão complicada como se imagina , sua solução escapa dos pensadores quando estes restringem o seu próprio campo de visão, seja pelas doutrinas materialistas que professam - doutrinas que nada admitem além da morte - seja por apegarem-se a antigos dogmas religiosos, para os quais o homem vive apenas uma vez sobre a terra.

Uma vez que se admita a pré-existência do espírito, e sua jornada evolutiva através das reencarnações, o problema se coloca em outro prisma. Nosso destino atual nada mais é do que o resultado do que fizemos ontem e o nosso dia de amanhã será determinado pelo nosso modo de agir no agora. A lei de causa e efeito, dando a cada um conforme suas obras, estabelece o equilíbrio na criação e garante justiça para todos os seres.

O problema da existência do mal, também deixa de ser tão impressionante, para se revelar o resultado da existência em nosso planeta de uma população de espíritos endividados perante a lei eterna, recapitulando experiências difíceis, que deixaram de aprender pelos caminhos do bem. O mal, em si mesmo, é apenas o resultado da ausência de bem, da ignorância, do mesmo modo que as trevas são apenas a ausência de luz e não um poder antagônico a ela.

Determinando o destino, além da lei de "Causa e Efeito", há a lei do "Progresso", que impulsiona todos os seres para a perfeição. Na sua forma mais visível é esta lei que leva instintivamente todos os seres a buscarem a felicidade e a libertação do sofrimento. Nesta busca incessante desenvolvem suas capacidades e progridem.

Assim, o destino do homem é construído por ele mesmo. Da mesma forma o destino das sociedades é o resultado das ações coletivas de seus membros. A história, em essência, é o registro das causas e efeitos provocados ao longo do tempo pelo esforço das coletividades humanas em busca do progresso.

Como nem sempre o progresso intelectual é feito ao mesmo tempo que o moral, as circunstâncias variam enormemente na história dos povos. 

Grandes progressos intelectuais podem ser seguidos de grandes catástrofes morais.

Outras vezes séculos de penúria material trazem grandes progressos morais. A trama do destino é complexa e seu conjunto completo escapa da nossa visão restrita. Presos ao plano material perdemos a visão dos atos intermediários que se passam no plano espiritual e não temos a capacidade de abranger em nossa análise todos os milênios de aprendizado que cada um de nós tem por detrás de si.

A filosofia Espírita respondendo ao problema do destino, coloca diante do homem a responsabilidade de mudá-lo. Se nós mesmos fazemos nosso destino, é a nós que cabe criar o mundo melhor do amanhã. Ao espírita não basta apenas o conhecimento, é imprescindível a vivência desse conhecimento.









(Publicado no Boletim GEAE Número 451 de 11 de março de 2003 )