segunda-feira, 31 de março de 2014

PARA VOCÊ QUE É MÉDIUM



Costumeiramente, estamos envoltos em pensamentos que nos levam a lugares e situações diversas, nas quais somos interrogadores e interrogados ao mesmo tempo; senão, vejamos. Nas viagens que o médium faz dentro de si mesmo afloram muitas interrogações, como:

-     Será que sou um bom médium?
-     Por que não consigo sentir as entidades como eu queria?
-     O que devo fazer para melhorar meus contatos espirituais?
-     Como será a sessão de amanhã?
-     Qual será a minha entidade? Gostaria tanto de vê-la!
-     O que é ser certo? Será que é mudar o cotidiano de qualquer ser humano comum?

São interrogações frequentes e não desnecessárias, e muito menos vulgares. Essas viagens são de primordial relevância para nossa evolução. É certo que não devemos criar situações fenomênicas para nós, e perante outros, mesmo que isso nos traga uma satisfação passageira; o importante é servir sempre.

A curiosidade do amanhã, no médium, é muito frequente e ansiosa, só que ele no fundo sabe que já é o ontem, pois ele já viveu esses momentos, e as interrogações nada mais são do que a necessidade de aprimoramento mais rápido que precisa.

Nessas interrogações, quando sinceras, estamos sempre unidos, médium e entidades, e damos aquilo que o momento determina, mas uma verdade é clara e cristalina: traz uma felicidade muito grande.

As respostas para as interrogações mediúnicas são dadas em tempo exato, nem antes nem depois, no momento certo, para virem tranquilas e bem conscientes, pois para os médiuns com a chama da verdade, sempre terão uma resposta honesta de amigos espirituais, conquistados há tempos.

Mas todas as respostas, tanto quanto forem interrogações, traduzem-se numa única que faço, a todos agora: Vocês são felizes por serem médiuns? Se sim, e se a resposta for  do fundo d’alma, eis aí, então, a resposta de tudo e ninguém e nada poderá detê-los agora e para sempre.

Irmãos, é muito bom e reconfortante ser médium.

       Seja feliz.


                           Caboclo Sete Flechas









COLETÂNEA AELA 

sábado, 29 de março de 2014

FALANDO DA MEDIUNIDADE

  


Durante o acoplamento mediúnico, os mentores utilizam grande quantidade de energias, tanto as originadas dos condensadores energéticos do Templo, como as do médium e as atraídas pelo próprio mentor através de vários processos magísticos. Estas energias são direcionadas para a manutenção do contato mediúnico, para a consulta e ativações sobre o consulente e também como ajustes para o próprio médium. A Entidade responsável pelo mediunismo de seu discípulo sabe como ativar, paulatinamente, certos conteúdos do inconsciente do médium, possibilitando um aprimoramento psíquico e também expandindo gradualmente suas percepções do Plano Astral.

Quando um dos Mestres da Umbanda atua sobre seu médium, movimenta as variantes do Prana, de acordo com a sua vibração original e as forças que ele necessita para desenvolver determinado trabalho. Para que isto ocorra de maneira satisfatória, sem prejuízo para o médium, é preciso que o mesmo esteja com seus canais mediúnicos limpos, com seus condutores energéticos desimpedidos. Este canais mediúnicos e condutores energéticos referem-se aos Chakras no Organismo Astral, os Plexos no Organísmo Etério-físico e a pequenos canais com funções semelhantes às dos vasos sanguíneos ou fibras nervosas.

Para que um médium possa estar com seus reflexos energéticos adequados, duas condições devem ser observadas: 1º - o médium deve cultivar valores morais positivos, zelar por seus pensamentos e sentimentos, procurando conhecer-se e utilizando as práticas orientadas pelos mentores de sua casa em como proceder para atingir este objetivo; 2º - deve procurar os alimentos mentais, astrais e físicos apropriados para restabelecer o desgaste energético a que é submetido no dia-a-dia pelo exercício de suas atividades mediúnicas, isso se faz através de visualizações, cantos ou mantras, de magia vegeto-astro-magnética e pela frequência aos sítios da Natureza.
A atenção para esses fatores básicos impedem que o médium tenha suas forças exauridas, que se comporte como uma bateria elétrica que se descarrega e não mais funciona. Mantendo constantes esses princípios o médium será como um gerador de energia, capaz de transformar energias negativas em positivas.
Devido às dificuldades impostas pelo próprio médium, muitas vezes os Mentores não podem movimentar todo potencial energético de que dispõem, pois o médium com seus condutores alterados, oferecendo resistência à passagem de correntes , poderia ter sua constituição ameaçada em sua integridade. Este é um dos motivos pelos quais raros médiuns são qualificados como médiuns-magistas, tendo suas ações restritas a certas movimentações leves da magia etéreo-física, sem as chamadas Ordens e Direitos de atuação neste âmbito. Outro fator se prende ao fato de que nem todas as Entidades que atuam nos Templos de Umbanda têm também  esta Outorga. De qualquer forma, desde que o médium respeite suas capacidades, não se excedendo, nem pondo em risco seu trabalho, será sempre coroado de êxito em sua tarefa, ampliando cada vez mais seu potencial que se fará sentir vida após vida.

Como a tarefa mediúnica tem um caráter eminentemente evolutivo, devemos  aqui ressaltar que  na atuação sensata, o médium que realmente tem esse dom, terá seus contatos melhorados e mesmo mais sutilizados ao longo de seu mediunato.  São os chamados médiuns experientes, que tem uma boa simbiose com o Mentor que lhes assiste desenvolvida pela perseverança ao trabalho. Queremos deixar claro que na Umbanda não se doutrina que todos sejam médiuns, tampouco que essa condição seja um Dom dado aos “eleitos”. Não há eleitos para a Lei Divina, o que existe é trabalho e seus frutos. A Misericórdia Divina dá a oportunidade, antes da reencarnação para espíritos de vários graus, mas afins com este processo evolutivo, para receberem os ajustes necessários para a tarefa mediúnica. Estes ajustes são realizados sobre o corpo astral do indivíduo antes da reencarnação.

Após ter iniciado suas atividades como médiuns, a maioria dos indivíduos tem ainda seus canais energéticos com certos estreitamentos locais, certas deformidades, que correspondem às imperfeições mentais e astrais do indivíduo e por atos em outras vidas, armazenados na memória astral e que influenciaram na organização etéreo-física do presente corpo.

 Através dos ritos de adestramento mediúnico, da doutrina e até da atividade prática, os mentores em contato mediúnico desfazem certos bloqueios energéticos e, por consequência ativam na memória astral inconsciente do médium os conteúdos que originaram estes bloqueios.   















AELA COLETANEA  (F. Rivas Neto)

quinta-feira, 27 de março de 2014

CABOCLOS - FORTALEZA E SIMPLICIDADE



Os caboclos de Nossa Umbanda, de modo genérico, são entidades possantes, envolventes, magnéticas, e portanto, muito procuradas, mormente nos casos que requerem energia. Podemos dizer que, a um nível mais externo e místico, que essas entidades ajudam, mas procuram sempre ensinar as pessoas a serem simples, fortes e decididas, ou seja, procuram ensinar a pescar e não simplesmente fornecem o peixe a qualquer hora.

Os caboclos em geral, se apresentam de forma ereta e além dessas atuações visíveis, a nível Astral as entidades que no terreiro se apresentam como caboclos possuem a maior corrente espiritual na Umbanda pois, dos sete Orixás ou linhas espirituais, cinco dessas linhas no aspecto sincrético se apresentam como caboclos.

Os caboclos de Oxalá transmitem mensagens que visam direcionar a humanidade para as grandes verdades espirituais pois, como ensina a doutrina oriental a matéria é ilusão, é apenas um estado transitório que presenciamos para que possamos aprimorar nossas almas. A única realidade absoluta é o espírito.

Os caboclos de Ogum, trazem mensagens de ânimo, coragem, bem como eliminam certas correntes negativas que atribulam as pessoas e que causam doenças a nível físico e psíquico. Ogum é o vencedor de demandas, é a corrente espiritual que impulsiona a humanidade para a evolução infinita.

Oxossi é o senhor da doutrina, o catequizador das almas, e seus caboclos manipulam com destreza as energias naturais, trazendo a cura do corpo e da alma, e acima de tudo, procuram despertar a  humanidade para a ética que proporciona a harmonia.


O caboclos de Xangô, quando incorporam em seus médiuns, predispõem os consulentes para a fortaleza inquebrantável que, proporciona a consciência de que somos capazes de vencer nossas mazelas. Além disso como o Orixá Xangô é associado com o poder de justiça, esses valorosos caboclos com suas poderosas falanges, afastam correntes de ódio provenientes de espíritos revoltosos e procuram germinar a misericórdia no coração dos humanos.










quarta-feira, 26 de março de 2014

A DIFÍCIL ARTE DE AMAR



Já recebi várias lições desta vida, mas nenhuma me foi tão difícil do que a pratica do amor incondicional. Tive que virar e revirar velhos conceitos em busca do amor real e verdadeiro.

No início confundi muito a linha tênue que nós humanos não conseguimos perceber entre amor e paixão. O amor é absoluto e abstrato ao mesmo tempo, ele é o que é, e, não aceita conceitos; ele é o tudo e o nada. A paixão nos escraviza e nos faz sofrer diuturnamente, pois ela é limitada e genérica; amamos mais a alguém ou alguma coisa, do que o todo. Estes conceitos foram forjados em mim a ferro e fogo e hoje vejo o tempo que perdi.

Deixei de dizer não quando devia e de dizer sim quando podia, vi o tempo passar sem acelerar o meu crescimento espiritual e senti saudades...

Saudades da época em que eu era feliz e não sabia, sempre que olhei para trás vi o quanto perdi em minha vida e o quanto deixei de ser eu mesmo para ser o nada. Hoje em frangalhos tenho uma dor profusa que abate meu peito, a dor do inválido de afeto, aquele que não conseguiu e não pode amar do jeito certo.

Mas uma coisa é bem certeira neste interem infeliz, a ferro e fogo percebi que amar é a primeira e única virtude, pena que minhas paixões não permitiram que eu me amasse em primeiro lugar.













BLOG UMABANDAUNIVERSALISMO

segunda-feira, 24 de março de 2014

OS AUXILIARES DE DEUS





Nos mundos perfeitos, habitados por espíritos puros e altamente evoluídos, seus habitantes são capazes de receber autonomamente tais vibrações e executarem diretamente as ordens do Criador, mas, em mundos inferiores como a Terra, Deus conta com a colaboração direta de espíritos de altíssima hierarquia, verdadeiros luminares, que são incumbidos de receber, interpretar e fazer executar a vontade soberana, colaborando, dessa forma, diretamente na obra da criação e da administração dos mundos.

Esses espíritos (dentre os quais figura Jesus) são na verdade administradores do planeta e, muitas vezes, são administradores de sistemas planetários inteiros, tal sua capacidade e seu grau de elevação na ordem da evolução.

Embora com capacidade para tal, não executam a tarefa sozinhos; ao invés disso, colocam sob sua orientação direta, espíritos de hierarquia imediatamente inferior, atribuindo-lhes a administração das tarefas correlatas a cada uma das sete vibrações, pois cada uma dessas vibrações se subdivide em inúmeras subvibrações, assim como um determinado espectro de onda se subdivide em frequências intermediárias.

É assim que essa cadeia de comando se multiplica, com espíritos de menor grau de evolução sendo encarregados de tarefas mais simples, até chegar aos chamados espíritos elementais que auxiliam no controle dos fenômenos da natureza.  O próprio Kardec recebeu do Espírito de Verdade a confirmação desse fato, que figura em O Livro dos Espíritos, livro II, Capítulo IX, título IX.


Assim se formam verdadeiras organizações no Astral, sendo que para administrar as ordens inerentes a cada uma das Vibrações Originárias, cria-se uma cadeia ou LINHA de comando. Como as vibrações originárias são em número de sete, na terra existem SETE LINHAS que formam a chamada Corrente Astral de Umbanda.














BLOG UMBANDAELUZ

sábado, 22 de março de 2014

O BANHO COMO UM PASSE




O contato da água no corpo provoca um estímulo magnético, que percorre todo o organismo, deixando-o calmo, e preparando-o para o sono reparador ou as lutas de cada dia.O banho diário, quando encontra na mente apoio, torna-se um passe.
Além das virtudes curativas da água, enxertar-se-ão fluidos magnéticos, de acordo com a irradiação da alma.
A disciplina dos pensamentos é uma fonte de bem-estar, na hora da higiene do instrumento carnal.
No instante do banho é preciso que se entenda a necessidade da alegria, que nosso pensamento sustente o amor, até um sentimento de gratidão à água que nos serve de higiene.
Visualize, além da água que cai em profusão, como fluidos espirituais banhando todo o seu ser.
O impulso dessa energia destampa em nosso íntimo a lembrança da fé, da esperança, da solidariedade, do contentamento e do trabalho.
Por este motivo, banho e passe, conjugados, são uma magia divina ao alcance de nossas mãos.
O chuveiro seria como um médium da água e, esta, o fluido que vivifica o corpo.
Poder-se-á vincular o banho ao passe, e ele poderá ser uma transfusão de energias eletromagnéticas, dependendo do modo pelo qual nós pensamos enquanto nos banhamos.
Uma mente ordenada na alta disciplina e pela concentração, em segundos, selecionará, em seu derredor, grande quantidade de magnetismo espiritual, e os adicionará, pela vontade, na água que lhe serve de veículo de limpeza física, passando a ser útil na higiene psíquica.
Observem que, ao tomar banho, sentimo-nos comovidos, a ponto de nos tornarmos cantores!
E a alegria advinda da esperança, nos chega da água, que é portadora dos fluidos espirituais, que lhes são ajustados por bênção do amor.
O lar é o nosso ninho acolhedor, e nele existem espíritos de grande elevação, cuja dedicação e carinho com a família nos mostrará como Deus é bom.
Essa assistência atinge, igualmente, as coisas materiais, desde a arborização, até o preparo das águas que no s servem.
Quantas doenças surgem e desaparecem sem que a própria família se conscientize disso?
É a misericórdia do Senhor pelos emissários de Jesus, operando na dimensão oculta para os homens, e encarregados de assistir ao lar.
Eles colocam fluidos apropriados nas águas para o banho, e nas que bebemos.
E, quando eles encontram disposições mentais favoráveis, alegram-se pela grande eficiência do trabalho.
Na hora das refeições, é sagrado e conveniente que as conversas sejam agradáveis e positivas.
No momento do banho, é preciso que ajudemos, com pensamentos nobres e orações, para que tenhamos mãos mais eficientes operando em nosso favor.
Se quisermos quantidade maior de oxigênio nitrogenado, basta pensarmos firmemente que estamos recebendo esses elementos, e a natureza nos dará isto, com abundância.
É o "pedi e obtereis" do Cristo. E, com o tempo, estaremos mestres nessa operação que pode ser considerada uma alquimia.
A alegria tem também bases físicas.
Um corpo sadio nos proporcionará facilidades para expressar o amor.
Quando tomar o seu café pela manhã, tome convicto de que está absorvendo, juntamente com os ingredientes materiais, a porção de fluidos curativos, de modo a desembaraçar todo o miasma pesado que impede o fluxo da força vital em seu corpo.
E sairá da mesa disposto para o trabalho, como também para a vida.
Despeça-se de sua família com carinho e atenção, e deixe que vejam o brilho otimista nos seus olhos, de maneira a alegrar a todos que o amam; assim, eles lhe transmitirão as emoções que você mesmo despertou neles e isso lhe fará muito bem.
Lembre-se de que um copo de água que tome, onde quer que seja, pode ser tomado e sentido como um banho e passe internos.
Não se esqueça de bebê-lo com alegria e amor, lembrando com gratidão de quem lhe deu essa água tão necessária pois, se ela vem rica de coisas espirituais, aumentará sua conexão com o divino poder interno.
É muito bom estar consciente a cada coisa que nos acontece e estar agradecido, se sentindo abençoado e cheio de amor.
A consciência, a gratidão e o amor são dois caminhos paralelos, que a felicidade percorre com alegria.
















quinta-feira, 20 de março de 2014

OXALÁ É JESUS





O CRISTO

O Cristo simboliza o ponto em que Deus e o Homem se tornam um só. É o símbolo da união divina. Neste ponto o homem está completamente livre da prisão da matéria e da roda das sucessivas reencarnações. Cristo e Buda possuem o mesmo significado filosófico. Sendo que um foi criado pelos extremos orientais hindus e o outro pelos místicos hebreus, que pregavam o Merkabah (carruagem) que era a carruagem que levava o homem ao encontro de Deus.

O Judaísmo sempre foi muito complexo e em sua sociedade existem várias escolas, pregando as mais diversas filosofias. Cada grupo influenciado por várias outras correntes da palestina: Mitraismo, Zoroastrismo, Osiris, Horus, Helenismo, Romanismo, Hinduismo, Gnostico, etc.... . Havia também os materialistas, os que pregavam a aplicação literal das escrituras. Entre estas escolas estão os Essênios, Fariseus e Saduceus. Cada grupo deste subdivido em vários outros subgrupos. Cada um pregando uma forma de conduta, da mais permissiva as mais revolucionarias.

Havia nas escrituras uma referencia a um Cristo, um Messias, pregado nas profecias de Daniel e de Isaias. Sobre a figura deste mítico Messias pairavam as mais diversas especulações, para uns seria um líder revolucionário que livraria os Judeus do jugo de seus inimigos Romanos e governaria o Reino de Israel de forma Justa. Para outros se tratava de um líder místico, o Buda Judaico. Provavelmente os Cristãos Primitivos nasceram desta idéia, de acordo com os Manuscritos de Quaram. Desta escola eram os Essênios e suas variantes:

Havia grupos que também acreditavam no meio termo: O Cristo Místico e o Messias Revolucionário, um rei-sacerdote, que livraria Israel de seus inimigos pela força. Indícios nos levam a crer que o Homem que ganhou o nome de Jesus, o filho do homem, de acordo com o profeta Daniel foi um líder místico de uma destas escolas e que desagradou às tendências judaicas mais permissivas e mancomunadas com os romanos, além do próprio governo romano.

Esse Homem (Jesus) é o Cristo por excelência para nós, pois é o Governador do Planeta Terra, o Logos Planetário, Espírito Puro, já chegado à condição crística, unindo-se ao Seu Deus e Criador e cooperando com Ele na obra da criação.

Tomé (o gêmeo) perguntou a Jesus como conhecer o caminho para também ser uno com Deus, ele respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem (verbo indicando que ele já está ao lado do Pai) ao Pai a não ser por mim. Isso quer dizer que o comportamento justo, digno, humanitário e social é o caminho da união com Deus. Esse mesmo caminho que tantas filosofias religiosas sérias pregam. Como a Umbanda, o Budismo, Hinduísmo, etc... Não é a religião que leva ao Pai e sim o comportamento, a postura humana que eleva o ser humano.

Na Umbanda, a figura do Cristo místico, uno com o Pai, com toda sua bagagem filosófica cristã é base essencial de sua Doutrina. Jesus é, para o Umbandista, o Filho de Deus que como Governador, Cristo Planetário da Terra, derrama de Suas mãos amorosas as 07 Vibrações Sagradas e Divinas, com suas regências e hierarquias, sobre o Planeta Terra. Ele, o Senhor Jesus Cristo, reflete diretamente sua Luz sobre a Vibração de Oxalá, que irradia a Fé e a Religiosidade no nosso Planeta. Não se deve confundir Oxalá, regente da Vibração da Fé e da Religiosidade, com Jesus, o Cristo Senhor, Divino Senhor da Luz, que muitas vezes, erroneamente, também é chamado de Oxalá.

Oxalá é o Orixá do ar e está presente em toda parte. A condição humana a que Oxalá está ligado é a sabedoria, a paciência, a paternidade. O nome Oxalá significa literalmente Senhor do Branco. Jesus e Oxalá não são a mesma Entidade. Enquanto um é a irradiação da Fé para o Planeta Terra, Jesus é o Cristo Cósmico, o Verbo de Deus, Governador do Planeta e Logos Planetário da Terra. Ele, abaixo de Deus, é o Senhor Absoluto do nosso Planeta e de todos os espíritos encarnados e desencarnados aqui existentes, conduzindo-os pelos patamares da evolução.

Sua encarnação na Terra como Jesus de Nazaré visou precisamente nos ajudar na subida dessa íngreme escada evolutiva em direção da felicidade suprema em Deus. Por isso o nosso Cristo, em Jesus de Nazaré, tornou-se nosso Mestre Divino.

A importância da filosofia cristã para a Umbanda é fundamental e está na base de suas raízes, pois nos leva ao amor e respeito a Deus, à natureza e ao semelhante, bem como a ajuda ao próximo. São atributos essenciais para o bem viver social. Isso é o que permite que, apesar da imensa variedade de vivências e formas de entender e trabalhar na Umbanda, nenhuma delas perde o essencial, que une todas em torno da sua finalidade, que é a sua essência: Caridade, equilíbrio, fraternidade e paz da religião.

Na Umbanda, religião espiritualista cristã, Jesus é o Mestre espiritual, nosso modelo de espírito consciente de suas responsabilidades e deveres para com o bem comum. É o símbolo vivo, dinâmico, da espiritualidade, e sua presença na Umbanda é vital para conhecermos o caminho, a verdade e a vida, através de sua filosofia deixada e encontrada facilmente nos Evangelhos. A Umbanda não é Catolicismo, mas é Cristã, já que a figura de Cristo é essencial aos nossos ideais espirituais de trabalho.

Jesus é o Mestre umbandista que está sempre no alto do Congá, olhando nossos trabalhos, nos ajudando e se deixando ver, para que saibamos que não estamos sozinhos e desassistidos da ajuda divina.




Salve Oxalá,

terça-feira, 18 de março de 2014

A MELANCOLIA




Dentre os vários problemas com que se debate a Humanidade, está a melancolia.
A melancolia é um estado d'alma de difícil definição, porque se manifesta nas profundezas do sentimento.
Sabemos que não nos encontramos pela primeira vez na Terra. Já vivemos aqui em outras épocas, em outros países, na companhia de outras pessoas.
Viajores que somos da Eternidade, trazemos em nós as marcas das experiências vividas nas várias existências.
Hoje estamos na Terra novamente, num corpo diferente, talvez nesse país por primeira vez, numa situação social diversa da vivida em outras épocas.
Assim sendo, vez que outra nos deparamos com situações que tocam pontos guardados nos porões da nossa alma, e sentimos uma saudade de algo que não sabemos o que é.
Ou, ainda, sentimos uma vaga tristeza, uma depressão injustificável.
Fatos, situações, pessoas, música, perfume são indutores dessas incursões inconscientes no passado e, conforme tenha sido a experiência, será o sentimento.
Se o registro é de uma experiência feliz, nos sentiremos bem. Se, ao contrário, foram experiências malfadadas, teremos o sentimento correspondente.
Existem pessoas que, quando se deparam com o tempo nublado, frio e cinzento, sentem-se deprimidas.
Outras, o tempo chuvoso as faz sentirem-se muito bem.
Outras, ainda, quando ouvem uma música, sentem-se transportadas imediatamente de um estado d'alma a outro completamente inverso.
Por vezes, pessoas do nosso relacionamento nos dizem alguma coisa que nos deixa tristes, melancólicos, sem que exista motivo para tanto. Mas o problema não está no que dizem, e sim em como dizem.
Quando nos percebermos mergulhados em melancolia, devemos fazer esforços para mudar o clima psíquico, através da leitura edificante, de uma prece, da companhia de alguém que nos ajude a sair dela.
Jamais deveremos dar asas a esse tipo de sentimento, para que não mergulhemos nele ainda mais, a ponto de perdermos o controle da situação.
Nos momentos de depressão, quando inconscientemente mergulhamos no passado, Espíritos infelizes ou antigos comparsas podem tentar nos envolver nas mesmas teias dos equívocos por nós cometidos anteriormente, levando­-nos a estados de difícil retorno.
Por essa razão é que não devemos nos entregar aos braços da melancolia ou da depressão.
É imperioso que façamos esforços, que busquemos com muita vontade mesmo, mudar nosso clima mental, buscando a sintonia com nossos Benfeitores Espirituais, que sempre nos amparam e auxiliam em todos os momentos da nossa existência.
Agindo assim, guardemos a certeza que logo mais, num amanhã feliz, saberemos o quanto valeu a pena passarmos por essas situações com coragem e dignidade, porque, então, nos aguardarão de braços abertos, os afetos dos quais tanta saudade sentimos.
Expulse a melancolia da sua alma fazendo luz íntima. Acenda a lâmpada da Umbanda em sua mente, em sua vida.













BLOG ESPIRITUALIZANDO COM A UMBANDA

domingo, 16 de março de 2014

O QUE É UM ESPÍRITO





O seu EU, a sua consciência, a sua inteligência, a sua mente é o que podemos chamar de Espírito. A energia inteligente que anima este monte de matéria orgânica é o seu espírito, é o que você chama de EU, é sua individualidade, aquilo que te faz ser uma pessoa única. Normalmente todas as pessoas conseguem perceber que estão dentro de um corpo mas não são exatamente o corpo onde estão.

Da mesma forma que tudo no universo os espíritos também foram criados. Apesar de serem coisas que tiveram um início sabe-se que eles nunca terão um fim. Desta forma você é um ser único, inteligente, imaterial e acima de tudo eterno.

O mundo dos espíritos é um mundo à parte do mundo em que vivemos. Este mundo espiritual ou este mundo das inteligências incorpóreas do universo é na verdade o mundo principal. O mundo material é um mundo secundário usado apenas para o aperfeiçoamento do espírito.

Mas se o mundo dos espíritos é o principal, para que existe a vida no planeta Terra e em outros planetas habitados neste mundo material onde vivemos?

O Espírito ao habitar um corpo sofre uma enorme quantidade de limitações geradas pelas próprias condições físicas da matéria neste universo material onde vivemos. E vivenciar estas limitações é como uma escola para o espíritos.

Ao nascer em um corpo o espírito tem suas capacidades limitadas pelos sentidos do corpo humano. Ele não consegue se lembrar do seu passado e sobre quem ele é. Isso permite começar novamente, permite reaprender tudo e concertar erros. O espírito encarnado só consegue ver dentro dos limites da visão. Só consegue ouvir dentro dos limites da audição humana, só consegue se locomover limitado por suas pernas ou pelos veículos humanos. Todas as suas virtudes e todos os seus defeitos podem ser testados e desafiados pelos instintos do corpo, pelos sentimentos primitivos do ser humano.

Então podemos dizer que nossa verdadeira identidade é espiritual. Nosso corpo é apenas uma roupa. Nossa vida na Terra é apenas um curso intensivo, um estágio, ou mesmo o cumprimento de uma missão. Estamos aqui sem nossos “super poderes” habitando uma coisa rustica, limitada e cheia de problemas e desafios que é o corpo humano e a sociedade humana.

A verdadeira vida, o verdadeiro mundo não é este aqui onde vivemos. Isso aqui é apenas um instrumento material a serviço da evolução das inteligências individuais do universo: Nós.


Deus - Onipotente, Oniciente e Onipotente - Infinito Universo.
















sábado, 15 de março de 2014

O FUNDAMENTO DOS CAMPOS VIBRATÓRIOS



Desde o advento da humanidade no globo terrestre, a natureza tem sido fonte inesgotável de recursos bioenergéticos para a criação, evolução e sedimentação dos vários organismos que a compõem. As antigas religiões orientais como o Bramanismo, Induísmo, Confucionismo, Budismo, além dos cultos Ameríndios e Africanistas, sempre valorizaram a natureza como essência catalisadora de energias para equilibrar a psico-fisiologia do ser humano.

É da natureza que se extrai os elementos necessários ao reajustamento das faculdades biopsicomotoras, tão importantes à mente, ao espírito e a parte corpórea. É na natureza que há uma maior interação entre o plano material e o astral. Em contato com rios, florestas, cachoeiras, mares, campinas etc., absorvemos as vibrações emanadas do Cosmo, que são recepcionadas por estes sítios de captação fluídico-espiritual. É na natureza que encontramos o habitat de certas formas espirituais, de evolução diferente dos seres humanos, chamados por alguns de gnomos, silfos, salamandras, ondinas etc., o que na Umbanda nomeamos Elementais ou Espíritos da Natureza.

Os Elementais são os responsáveis pela manipulação etérea dos materiais existentes nestes sítios vibracionais, condensando partículas energéticas que muitas vezes são utilizadas por Caboclos, Pretos-Velhos, Exus e Crianças, dentre outros, para trabalhos de cura, desobsessão, neutralização de demandas e assim por diante.

Tal importância têm os Elementais na dinâmica telúrico-cósmica que Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, no capítulo destinado à categoria e classe dos seres espirituais, cita a existência de seres (os Elementais) responsáveis pela proteção, cultivo e manipulação de elementos atinentes aos diversos campos vibratórios.

Com a anunciação da Umbanda no plano físico em 15 de novembro de 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, forma fixadas diretrizes para o correto e integral desenvolvimento desta Corrente Astral. Dentre estas diretrizes, encontramos o culto, o trato e o usufruto, por parte de médiuns e espíritos, dos benefícios alojados nestes logradouros naturais.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas sempre orientava quanto a importância dos trabalhos efetuados nos rincões da natureza, no tocante principalmente a limpeza, reajustamento e fortalecimento dos centros de força (chakras) e plexos nervosos, desintoxicação perispiritual, e assepsia da aura.

Alguns pensam que as florestas, rios, mares, pedreiras etc. São lugares somente destinados a louvação dos Orixás, o que é um engano. Em realidade, quando nos direcionamos a estes lugares, somos nós, médiuns, que recebemos as graças e os cuidados que todo aquele que serve de medianeiro à ação dos espíritos bons necessita ter.

Durante um gira ou sessão nos campos vibratórios, somos ofertados por nossos Guias e Protetores com uma contínua carga de fluídos positivos, cujos elementos constitutivos são retirados das flores, folhas, raízes, água doce, água salgada etc. Neste aspecto, o trabalho de nossos amigos espirituais é facilitado, pois estando seus aparelhos em contato direto com a natureza, e por isto sujeitos à influência das energias dali emanadas, a missão de impregnação fluídica positiva torna-se mais eficaz, o que seria difícil acontecer longe destes campos. Devido ao acúmulo de cargas eletromagnéticas densamente negativas sobre as cidades, produto do atual estágio consciencional e comportamental das pessoas, os fluídos dos sítios vibratórios sofrem, quando direcionados a outro lugar, o ataque de energias negativas chamadas formas-pensamento e também de espíritos de baixa vibração (kiumbas desqualificados), que impedem, total ou parcialmente, que aquelas energias cheguem ao seu destino.


Desta forma, a natureza constitui-se em fonte de equilíbrio, reequilíbrio, harmonização, desintoxicação, assepsia, imantação e caridade, frente aos trabalhos de Umbanda.














BLOG ESPIRITUALIZANDO COM A UMBANDA

quinta-feira, 13 de março de 2014

O QUE É ESPIRITUALIZAR-SE






Espiritualizar-se é ir à Igreja?

Ir à igreja somente para lá estar presente não é se espiritualizar. Espiritualizar-se é uma tarefa diária, um misto de estudo e busca pessoal. Se a pessoa é católica, ela pode buscar nas lições do Cristo o guia para sua vida, lendo também as fascinantes biografias dos santos, que exemplificaram de forma tão sublime os ensinamentos do Médico de nossas Almas.
Quem não se emociona com a linda história de Francisco de Assis, que exercitou todos os ensinamentos do Cristo durante a sua sublime estada na terra.
Frequentando a igreja você receberá o benefício das energias positivas que lá são irradiadas, bem como o auxílio de espíritos que lá atuam.
Contudo, a intensidade do benefício recebido é diretamente proporcional ao estado daquele que busca ser ajudado, sendo imprescindível sua vontade de melhorar!!!

Espiritualizar-se é frequentar centros espíritas e tomar passe?

O centro espírita possui um trabalho mais OSTENSIVO em relação à ajuda espiritual. Temos também outro aspecto, se a pessoa frequenta um lugar como esse é porque acredita no outro lado da vida. Isso facilita no auxilio espiritual.
Nos centros espíritas os médiuns conversam, nas tendas umbandistas os pretos velhos e caboclos pacientemente ensinam. São dadas palestras e dificilmente somente o passe é recebido.
Tudo aquilo que é ouvido vai para o arquivo mental e os espíritos tudo fazem para influenciar na reforma interior. Porém, somente no recôndito do coração é que pode ser verificado se ocorre ou não a espiritualização. Ela está mais vinculada à mudança interior do que o lugar frequentado.

Espiritualizar-se é fazer trabalhos de caridade?

Aqueles que ajudam são ajudados. No pão, no carinho ou no estudo dado àqueles que nada têm, a alma se eleva e se purifica no ato de amor ao próximo.
Contudo, se espiritualizar é "dar com a mão direita sem que a esquerda saiba", isto é, fazer sem pedir nada em troca. É não ter orgulho ou vaidade do que faz. É fazer por fazer, é ajudar porque erguer o irmão que sofre é tão importante quanto se alimentar ou trabalhar.

Espiritualizar-se é fazer Tai Chi Chuan, Meditar ou fazer Yoga?

A meditação é, sem dúvida, o caminho para o encontro. Aqueles que conseguem se abster do pensamento e buscar Deus, encontram uma felicidade diferente.
Meditação exige disciplina, mudança de hábitos, melhora interior. Meditar somente está longe de se sentar e ficar parado. Buscar a meditação é buscar se espiritualizar. Não é o único caminho, mas é um deles.

Concluindo: para os católicos, espiritualizar-se significa se evangelizar, para os budistas, é iluminar-se, para os espíritas é purificar-se. Modificam-se as palavras e os ensinamentos, mas o objetivo é o mesmo. Caminhemos então juntos, ajudando sempre, que não tardará a transformação de cada um e do ambiente a nossa volta.

Espiritualizar-se, enfim, é buscar de qualquer forma libertar-se das ilusões temporárias da vida, renunciando ao irreal para viver na plenitude da realidade do espírito.

Acredito também ser muito importante estudar as doutrinas espiritualistas. O espiritismo tem uma base muito sólida e todos que o "buscam" deveriam ler o "Livro dos Espíritos", de Alan Kardec. A leitura dessa maravilhosa obra evita os erros básicos e a mistificação, tão bem exploradas por ele.

Se a maioria dos que vivem aqui, junto de nós, aceitassem a Lei do Karma e a Reencarnação, acredito que as coisas seriam diferentes.

O espírito que aceita essas duas leis básicas já se prepara para a vida maior, melhorando-se continuamente, sem agressão, porque sabe que o amanhã existe, e ele é consequência do hoje, e o hoje é consequência do ontem.

Haverá um dia em que a espiritualização não terá mais o rótulo religioso. Os filósofos, os cientistas, os artistas, todos buscarão a espiritualização com as suas respectivas "tendências", não mais competindo, somente completando.

Os templos serão erguidos para os adeptos afins com a "forma" de se encontrar com Deus e todos se respeitarão mutuamente, porque sabem que se encontraram no topo da montanha, onde o Cristo aguarda a todos nós.

Espiritualizar-se também é respeitar todas as formas de expressão da divina presença.











            Gustavo Martins

terça-feira, 11 de março de 2014

A CARIDADE





A caridade não se faz, se pratica. A cada novo dia, a cada hora da vida. Não se leva nada do mundo a não ser a lição aprendida, a sabedoria absorvida, as emoções guardadas e a caridade que se pratica – fundamental para todo aquele que conhece e descobre que a caridade é a fonte da alma que ilumina o caminho. Nenhuma força maior da natureza rompe ou desfaz quem atua com a caridade, pois ela é reconhecida e contemplada, e nada e nem ninguém contraria ou desvirtua este comportamento sereno e firme.

A caridade é a semente de proveito e de resultado, no entanto, não se comercializa, não é gerada à força e nem pela brutalidade. Aquele que vive com a culpa não conhece a caridade, mas sim com a fútil e desagradável ação de fazer, pois deve e se cobra. Aquele prefere bens materiais ou ter atos egoístas, não conhece a caridade, mas sim o bem de consumo, a palavra que negocia a alma em momentos breves e fugazes.

Pare, pense e remonte seus ideais. A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Plante sementes de caridade como: dar uma palavra, saber ouvir uma palavra, sentar ao lado de alguém, acompanhar alguém, ter tempo para dividir com alguém, manter uma porta aberta para receber alguém, e para acolher uma alma. Na próxima esquina que passar e surgir um pedido como: “você tem um tempo para mim?”, pense e analise, mas não se afaste.

A caridade é iniciada no lar, acompanha os amigos, os colegas, os dependentes do seu trabalho, os vizinhos e toda pessoa que passar em sua vida. Todos estão ligados a esta força, pois a caridade nada mais é que uma fonte que incentiva, alegra, gratifica e nos torna almas evoluídas e carismáticas.

Abençoado é aquele que pratica a caridade com o coração e a razão, pois tudo no universo é equilíbrio, fonte do ser e do saber.












Texto de Tacia Izind

segunda-feira, 10 de março de 2014

A MEDIUNIDADE EM TODOS OS SEGMENTOS RELIGIOSOS




A Mediunidade deve ser estudada com cuidado, sendo que o primeiro passo é observar como ela se manifesta. Para isso observe o que acontece nas Igrejas, nos grupos, nos centros espíritas e em todos os lugares que tratam de espiritualidade.

Nos cultos e pregações acontecem as manifestações mediúnicas pelos dons de palavra, de profetização, de expressão de línguas estranhas, de cura ou de regozijo, os quais tem elevado teor sentimental.

Os crentes afirmam que estão em contato com o chamado espírito de Deus, o Espírito Santo.

Nas chamadas canalizações, se supõe o contato com um ser intergaláctico, com um Mestre Ascencionado, com um Avatar ou mesmo com um Arcanjo ou Anjo.

Em ambos os casos, na verdade, a pessoa está exposta às energias de um Ser do Astral, próximo em vibração, a si mesma.

É muita pretensão dizer que contata o Espírito Santo, ou um Arcanjo. No primeiro caso porque as vibrações do Espírito Divino são tão elevadas que o organismo humano não as suportaria, e no segundo caso devido que um Mestre não se dá ao trabalho de gerar fantasias na mente das pessoas.

Na maioria dos casos não acontece a incorporação, que é um processo de perda da consciência e com o qual já estamos acostumados a ver, mas todos, sem exceção, são manifestações mediúnicas.

A pessoa já não age somente por si, mas em função da personalidade que exerce alguma influência sobre a psique do médium.


Acreditamos que estas pessoas, expostas a estas manifestações, que, supostamente, estão em contato com a força do Espírito Santo ou que atingiram a face de Deus, podendo falar com Mestres como Jesus, o Budha e outros, estão na verdade, expressando diferentes graus de contato com seres do Astral imediato.

E AFIRMAMOS MAIS AINDA: Que estes contatos permeados de mentiras, de fantasias, revelando pseudos planos de salvação para as pessoas, podem ser perigosos devido que estão vindo através de seres não evoluídos, escravos de vícios e perniciosos, que fazem uso da mente desses médiuns despreparados para se manifestarem. 






sábado, 8 de março de 2014

A NOSSA FAMÍLIA




Sem uma correta compreensão da importância da família fica muito difícil nos ajustarmos a ela, quaisquer que sejam as bases desse ajuste. Além de ser o núcleo fundamental da sociedade encarnada, a família é para todos nós a primeira escola, o primeiro hospital; uma representação em escala menor da sociedade de um modo geral. Se não aprendermos a administrar nossos conflitos no seio da família, dificilmente o faremos no relacionamento interpessoal da comunidade humana.

O Espiritismo, que temos usado como diretriz fundamental para o presente texto, nos esclarece com muita propriedade que existem duas concepções distintas de família: a família terrena, constituída pelos parentes ligados pelos laços consanguíneos, e nem sempre afins, no que diz respeito às tendências e aptidões, e a família espiritual. Esta sim, formada pelos Espíritos afinizados, que possuem semelhança de gostos, de formas de entender a vida, ligados, em última análise, por laços afetivos que remontam a encarnações passadas.

Sendo a Terra, mais exatamente a esfera física de existência, o ponto de encontro de Espíritos de variadas categorias espirituais, nada mais lógico que a família represente o comitê de recepção do reencarnante disposto a um estágio na carne.

A família terrena, criada e mantida pelos laços do sangue, constitui o esforço de regeneração espiritual de um grupo de seres que normalmente programam com antecedência, ainda na Espiritualidade, o seu reencontro com o objetivo de se ajustarem, de se entenderem, a partir dos vínculos familiares e graças ao esquecimento do passado. Nesse novo contexto existencial, os Espíritos envolvidos em processos de resgate ou reparação de faltas mútuas, beneficiados pelo amortecimento das lembranças do passado e assim, na condição de pais e filhos, reiniciam a reeducação espiritual conjunta, quase sempre em ambiente de conflito.

É comum encontrarmos pela vida a fora pessoas com quem nos damos muito bem. Algumas parecem ser mais parentes que aqueles que nos aguardam em casa. De fato o são. São parentes espirituais, constituem membros de nossa família espiritual, sempre muito mais ampla que a família terrena. Esses entes, espiritualmente queridos, reencarnam cada um de acordo com as próprias necessidades evolutivas, mas a misericórdia divina nos concede a bênção do reencontro no tempo certo, para restabelecimento do convívio e alívio das angústias geradas pelas experiências do cotidiano.

Muitos daqueles que constituem nossa família espiritual não reencarnam ao mesmo tempo e permanecem como nossos “anjos da guarda”, nossos amigos espirituais, que farão todo o possível para que tenhamos sucesso em nossa passagem pela Terra. Muitas vezes, durante o sono do corpo, nos encontraremos com eles para troca de idéias e aconselhamento.

Percebe-se então que não podemos esperar a felicidade completa na vida familiar estabelecida pelos laços físicos. Essa família, aliás, se extingue com a morte do corpo, com cada um retornando ao seu habitat espiritual específico. Ainda assim, é essencial entendermos que a família terrena não se constitui por acaso. Seremos levados a conviver com as pessoas certas, no lugar certo e na hora certa, não sendo aconselhável fugir aos nossos compromissos de aprendizado mútuo.

Em cada família - é fácil observar - existem aqueles que se dão relativamente bem, aqueles que funcionam como verdadeiros esteios espirituais, e aqueles que parecem nada ter a ver com o grupo. Estão ali quase na condição de estranhos no ninho.

Muitas vezes são, realmente, Espíritos sem grandes ligações do passado, mas que contam com a nossa colaboração e compreensão para progredirem ao nosso lado. Serão fatores de constantes desequilíbrios, de conflitos e preocupações, pois são como crianças, ainda aprendendo o abc da convivência. Com eles os mais adiantados espiritualmente poderão exercitar as virtudes já conquistadas e adquirir outras, mesmo que ao preço de muito sofrimento e desgaste. Quanto a esses aprendizes da vida, aprenderão pelo exemplo, mais que através de palavras e exortações. Normalmente, não são seres razoáveis, são pessoas de índole difícil, que sempre necessitarão de uma boa dose de tolerância e paciência.

Há no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, da autoria de Allan Kardec, um capítulo muito importante que trata justamente das questões de ordem familiar. Trata-se do capítulo XIV (Honra a teu pai e tua mãe). Nele são tratados vários assuntos que permanecem atualíssimos, principalmente a questão da ingratidão dos filhos e os laços de família.

Realmente, por mais que nossos pais tenham errado conosco, sempre merecerão pelo menos o respeito devido a qualquer ser humano, e o amparo na velhice. No entanto, quantas vezes a intimidade gerada pelo convívio leva a desatinos com conseqüências previsíveis, espiritualmente falando.

Violência física e verbal entre os membros da família quase sempre são indícios de que o propósito da reencarnação em conjunto não está atendendo aos objetivos esperados. Soma-se a isso as influencias de adversários invisíveis, que nada mais querem que ver o circo pegar fogo e teremos um prognóstico sombrio para todos os envolvidos.

Nunca se pode esquecer que os pais de hoje também já foram crianças e adolescentes. Foram jovens com sonhos e esperanças.

Casaram-se em atendimento às suas necessidades espirituais, receberam outros Espíritos como filhos e vivem como podem, fazendo o que podem. Ao notarmos seus erros de conduta ou no processo educacional adotado na família, após uma análise mais madura da situação com um mínimo de envolvimento emocional, concluiremos que somos vítimas de vítimas. Nossos pais, por sua vez, também não tiveram uma educação muito boa e, além disso, como Espíritos, trazem suas virtudes e más tendências a evidenciarem-se no convívio diário.

Ainda há muito por fazer no aperfeiçoamento da instituição familiar. Os candidatos a pais deverão pensar um pouco mais nas responsabilidades de constituir família e, enquanto filhos, procurar entender os próprios pais, reconhecendo neles seres em evolução, com a diferença meramente circunstancial de terem reencarnado antes deles, tendo sempre em mente que não devemos esperar a felicidade completa na Terra, apenas momentos e eventos felizes.

O presente capítulo tem por título: Família - a casa e o lar. Há alguma diferença? Sim, há muita diferença. A maioria das pessoas ligadas por laços de consanguinidade têm uma casa e não um lar. A casa é meramente a estrutura física que nos abriga das intempéries. É onde nos reunimos para fazer as refeições, repousar, providenciar os cuidados com o corpo e retomar nossos afazeres. Poucos têm um lar. O lar implica a existência de um componente afetivo que se reflete na própria psicosfera doméstica. Se costuma dizer que até os animais de estimação refletem o estado do ambiente; mansos e tranquilos se o ambiente é espiritualmente saudável; inquietos e agressivos se ocorre o contrário. Deixamos a cargo do leitor comprovar a procedência ou não desse dito popular, mas ele não é de todo ilógico.

Cabe dizer, que a felicidade na Terra, com todo o seu relativismo, é conquista pessoal. É possível ser feliz dentro de certos limites. Contudo, a felicidade, qualquer que seja sua concepção, será sempre uma construção pessoal, dependente de nosso amadurecimento interior. Isso exige uma compreensão mais ampla da vida e o estabelecimento de um código de conduta compatível com nossa vivência pessoal, além de tempo. 
















LIVRO  ADOLESCENTE, MAS DE PASSAGEM
(Um ensaio espírita sobre a adolescência e a juventude)

Paulo R. Santos