quinta-feira, 31 de julho de 2014

DO QUE A UMBANDA PRECISA





Dia destes, ao final de uma gira de desenvolvimento mediúnico, manifestou-se Pai João de Angola, o Preto Velho regente da casa.

Como de costume, acendeu seu cachimbo, cumprimentou os presentes e chamou todos para bem perto dele e após se acomodarem ele pediu que todos respondessem uma pergunta simples:

“ – Do que a Umbanda precisa?”

E assim um a um foram respondendo:

“- Mais união...”

“ – Mais estudo...”

“ – Mais divulgação...”

“ – Mais respeito...”

“ – Mais reconhecimento...”

Mais, mais e mais...

Após todos manifestarem suas opiniões, Pai João sorriu e disparou:

“ – Muito se diz do que a Umbanda precisa, não é? E eu digo que a Umbanda precisa de Filhos!”

Silêncio repentino no ambiente.

Naturalmente os filhos ficaram surpresos e ansiosos para a conclusão desta afirmação.

Pai João pitou, pensou, pitou, sorriu e continuou:

“É isso, a Umbanda precisa sobretudo de FILHOS.

Porque um filho jamais nega sua mãe, sua origem, sua natureza. Quando alguém questiona vocês sobre o nome de sua mãe, vocês procuram dar um outro nome a ela que não seja o verdadeiro? Um filho nem pensa nisso, simplesmente revela a verdade. Assim é um verdadeiro Filho de Umbanda, não nega sua religião, nem conseguiria, pois seria o mesmo que negar a origem de sua vida seria o mesmo que negar o nome de sua mãe.

Um filho de Umbanda, dentro do terreiro limpa o chão como devoção e não como uma chata necessidade de faxinar.

Um filho de Umbanda dá o melhor de si para e pelo o terreiro, pois sente que ali, no terreiro ele está na casa de sua mãe.

Um filho de Umbanda ama e respeita seus irmãos de fé, pois são filhos da mesma mãe e sabem que por honra e respeito a ela é que precisam se amar, se respeitar e se fortalecer.

Um filho de Umbanda sente naturalmente que o terreiro é a casa de sua mãe, onde ele encontra sua família e por isso quando não está no terreiro sente-se ansioso para retornar e sempre que lá está é um momento de alegria e prazer.

Um filho de Umbanda não precisa aprender o que é gratidão. Porque sua entrega verdadeira no convívio com sua mãe, a Umbanda, já lhe ensina por observação o que é humildade, cidadania, família, caridade e todas as virtudes básicas que um filho educado carrega consigo.

Um filho de Umbanda não espera ser escalado ou designado por uma ordem superior para fazer e colaborar com o terreiro, ele por si só observa as necessidades e se voluntaria, pois lhe é muito satisfatório agradar sua mãe, a Umbanda.

Um filho de Umbanda sabe o que é ser Filho e sabe o que é ter uma Mãe.

Quando a Umbanda agregar em seu interior mais Filhos que qualquer outra coisa, estas necessidades que vocês tanto apontam como união, respeito, educação, ética, enfim, não existirão, pois isto só existe naqueles que não são Filhos de fato.

Tenham uma boa noite, meus filhos!”

Pai João pitou mais uma vez e desincorporou.

Diante dele, seus filhos, com olhos marejados, rosto rubro, agradeciam a lição.

Saravá a Umbanda, salve a sabedoria, salve os Pretos Velhos.
























BLOG ESPIRITUALIZANDOCOMAUMBANDA 

Por Rodrigo Queiroz

terça-feira, 29 de julho de 2014

SOLUÇÃO SIMPLES




Pra que chorar?

Por que se lamentar?

O tempo que você gasta derramando lágrimas é o mesmo que você ganharia construindo algo de positivo em sua vida.

Você fica ai chorando e reclamando, curtindo raiva e magoa e quem ao menos sabe que você é o maior prejudicado? Primeiramente perde um tempo muito precioso com essa lamúria toda, depois, meu filho, você passa por chato e fraco diante daqueles que elege para ouvir suas mágoas. E depois? Bem, assim se lamentando, perde a oportunidade de dar a volta por cima e fazer alguma coisa realmente boa de sua vida.

Seu fígado funciona mal; você perde a noite de sono fazendo terapia com o travesseiro e, ao acordar, fica feio, com olheiras e de mau humor. Descobre então que seus problemas continuam os mesmos de antes e que perdeu a noite em vão.

Por isso, filho, pare com essa situação agora mesmo e arranque de você essa raiva. Vomite esse ódio e rancor, angústia e lamentação. Não permaneça mais tempo agasalhando dor.

Se você resolver agora identificar a causa de tanta angústia, choro e reclamação, aposto que não conseguirá mais saber a razão. É que você está acostumado a fazer tempestade em copo d’água. Cuidado, tem gente que se afoga nas próprias lágrimas.

Levante a cabeça e tome uma decisão inteligente. Aja com sabedoria. Você é filho de Deus e irmão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tem uma vida inteira pela frente aguardando você, para ser vivida com qualidade. Não perca tempo com lamentações... Levante-se e ande! Jesus espera você para transformar o mundo num lugar muito melhor, começando em você mesmo.

Em geral, a energia que se emprega para derramar lágrimas de lamentação é a mesma que você investe quando auxilia o próximo. Pense nisso, meu filho, e vá em frente. A felicidade aguarda por você.

Quem vem de lá e de tão longe?

É os pretos velhos que vêm trabalhar dai me força pelo amor de Deus!


Ó meu Pai, dai me forças pros trabalhos meus!














DO LIVRO SABEDORIA DE PRETO VELHO
ROBISON PINHEIRO

domingo, 27 de julho de 2014

A ARTE DO MATRIMÔNIO




Qual será o segredo dos casamentos duradouros? Casais que convivem há anos falam de paciência, renúncia, compreensão.

Em verdade, cada um tem sua fórmula especial. Recentemente, lemos as anotações de um escritor que achamos muito interessantes.

Ele afirma que um bom casamento deve ser criado. No casamento, as pequenas coisas são as grandes coisas.

É jamais ser muito velho para dar-se as mãos, diz ele. É lembrar de dizer te amo, pelo menos uma vez ao dia.

É nunca ir dormir zangado. É ter valores e objetivos comuns.

É estar unidos ao enfrentar o mundo. É formar um círculo de amor que una toda a família.

É proferir elogios e ter capacidade para perdoar e esquecer.

É proporcionar uma atmosfera onde cada qual possa crescer na busca recíproca do bem e do belo.

É não só casar-se com a pessoa certa, mas ser o companheiro perfeito.

E para ser o companheiro perfeito é preciso ter bom humor e otimismo. Ser natural e saber agir com tato.

É saber escutar com atenção, sem interromper a cada instante.

É mostrar admiração e confiança, interessando-se pelos problemas e atividades do outro. Perguntar o que o atormenta, o que o deixa feliz, por que está aborrecido.

É ser discreto, sabendo o momento de deixar o companheiro a sós para que coloque em ordem seus pensamentos.

É distribuir carinho e compreensão, combinando amor e poesia, sem esquecer galanteios e cortesia.

É ter sabedoria para repetir os momentos do namoro. Aqueles momentos mágicos em que a orquestra do mundo parecia tocar somente para os dois.

É ser o apoio diante dos demais. É ter cuidado no linguajar, é ser firme, leal.

É ter atenção além do trivial e conseguir descobrir quando um se tiver esmerado na apresentação para o outro.

Um novo corte de cabelo, uma vestimenta diferente. Detalhes pequenos, mas importantes.

É saber dar atenção para a família do outro pois, ao se unir o casal, as duas famílias formam uma unidade.

É cultivar o desejo constante de superação.

É responder dignamente e de forma justa por todos os atos.

É ser grato por tudo o que um significa na vida do outro.

* * *

O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio, vai se firmando dia a dia, através da convivência estreita.

O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura, não tende a acabar, mas amplia-se, uma vez que os envolvidos passam a conhecer vícios e virtudes, manias e costumes um do outro.

O equilíbrio do amor promove a prática da justiça e da bondade, da cooperação e do senso de dever, da afetividade e advertência amadurecida.



















sexta-feira, 25 de julho de 2014

A RESPONSABILIDADE DO MÉDIUM, COMO INTERMEDIÁRIO




“Orai e vigiai“, essas são as palavras que alguns de nós ouvimos com frequência. A prece é uma forma de meditação, e vigiar os próprios pensamentos, em busca de aproximar-se do ser equilibrado, livre de qualquer sentimento oposto à Religião (orgulho, preconceito, inveja, e etc.). Por que esses dois elementos são tão importantes? Se nós, médiuns, somos o instrumento pelo qual os orixás se comunicam com os demais, nos encontramos na mesma posição da Igreja na Obra anteriormente citada, o intermédio.

Ao ver deste mero escritor, que vos dedica esse simplório texto, o médium deve ser como uma linha de conexão sem interferências. Caso não medite sobre a sua condição e não vigie os seus pensamentos, ele, consequentemente, tenderá a interferir na mensagem enviada pelo Espírito de Luz. E quantas vezes não vimos este fato? O médium usa de seu orixá, um ser mensageiro, de luz esclarecedora e imparcialidade absoluta, para fins mesquinhos, como forçar a vontade alheia através de uma, suposta, sabida mensagem.

Dificilmente um médium ficará TOTALMENTE inconsciente quando incorporado. O caso se assemelha a água e óleo, que, colocados em um único copo, tem contato, tornando-se uma só porção, contudo não se misturam!

Essa visão sobre o objetivo do médium explica, ainda que de forma simplória, o verdadeiro motivo do “por que estudar sobre umbanda”. A compreensão do Livro dos Espíritos é tão importante como a do Livro dos Médiuns. A posição intermediária exige que o médium seja presente como ferramenta e ausente como formador de opinião, pois até mesmo a amizade entre o médium e a pessoa, que veio a esse em busca de uma mensagem, pode alterar a real Matéria dita pelo orixá, se não houver separação entre os interesses do médium e o objetivo central da prática.


Mas o que é necessário para a conduta imparcial do médium?


Acredito que não seja estranha a prática de banhos de ervas (objeto já tratado por nós), acender velas específicas (aos orixás ou ao anjo de guarda) ou, ainda, a leitura de livros indicados pela Casa de Caridade. Bem, esses são os principais fatores para a conduta do médium. Mas como um simples banho, um acender de velas ou um folear de páginas refletem nas atitudes?

Alguns de nós já fomos orientados sobre a necessidade de deixar os nossos problemas “da porta para fora” das casas de orações. Essa simples frase tem um fundamento imenso. O fato de não deixar que o seu cotidiano interfira na prática religiosa contribui, diretamente, na qualidade da conexão que se tem com os guias espirituais. Tal qual a preparação que se tem anteriormente ao trabalho, propriamente dito.

É comum termos a sensação, quando iniciantes, de ansiedade logo que acordamos e sabemos que é dia de gira. Afinal, não é qualquer dia, você irá ter contato com os Orixás. A forma com que o dia se procede é totalmente diferente dos demais, e de tempo em tempo olhamos para o relógio. Chega-se em casa, toma-se um banho de ervas, específicas para aquela gíria, coloca-se a roupa própria e se pega as guias (missangas). Quando, finalmente, chegamos no local do culto, cumprimentamos felizes, e, antes mesmo de começar o trabalho, fazemos uma oração. A abertura é feita e logo se tem contato com os orixás dos médiuns mais antigos. Uma mensagem é dada e nos faz refletir, comparando-a com uma outra vista num livro ou já comentada por outrem. A hora de incorporar chega e a cabeça vai à mil e as sensações são diversas, principalmente no começo. A gira chega ao fim, mas sabemos que tudo foi parte de uma grande experiência, e aguardamos a próxima, mais uma vez, ansiosamente.

O que eu acabei de descrever, acredito eu, foi vivenciado pela maioria dos médiuns, ainda que as situações se limitassem à “semelhante”. Mas a pergunta ainda não foi respondida: Como tudo isso pode influenciar? A preparação espiritual no dia, descrito no parágrafo anterior, deixa o médium em estado neutro, pronto para executar a sua função com harmonia com o meio, sem nenhuma carga negativa que o impeça. O banho de ervas tem a função de equilibrar as energias, a vela específica para o orixá cultuado no dia gera uma conexão preliminar e os ensinamentos cultivam a doutrina, tornando o médium hábil, mentalmente, para conciliar e discernir suas próprias ideias as mensagens.

O banho, as velas e os livros são fatores importantes sim, mas os sentimentos solidários estão acima, são os elementos que refletem a conduta do médium. Um médium com verdadeira vontade solidária, não permite a sobreposição da sua vontade a mensagem do Guia, ainda que a verdadeira mensagem seja oposta aos seus pensamentos, pois ele sabe que a Fonte age em prol do bem, e aquela pessoa que veio a ele em busca do guia, acreditou na sua capacidade mediúnica de transmitir a mensagem sem interferência alguma, como se, de fato, a pessoa-médium não estivesse mais ali.
          

Hoje, como na época do Padre Antônio Vieira, a obrigação de transmitir a mensagem está intrinsecamente ligada à absorção do destinatário. Se o método deve atualizar-se na medida em que a realidade muda, devemos nós, umbandistas, agir conjuntamente aos nossos guias na medida das nossas funções. Porque nas diferenças entre as nossas e as funções dos orixás encontram-se o encaixe perfeito, que ao ver deste mero palpiteiro, tornando possível a prática da verdadeira Umbanda.














UMBFEVERDADEIRA.BLOGSPOT

quinta-feira, 24 de julho de 2014

LENDA DAS LÁGRIMAS




Contam as lendas que, quando o Criador concluiu a sua obra, dividiu-a em departamentos e os confiou aos cuidados dos Anjos. Após algum tempo, o Todo Poderoso resolveu fazer uma avaliação da sua criação e convocou os servidores para uma reunião.

O primeiro a falar foi o Anjo das luzes. Postou-se respeitosamente diante do Criador e lhe falou com entusiasmo:

"Senhor, todas as claridades que criastes para a Terra continuam refletindo as bênçãos da sua misericórdia. O Sol ilumina os dias terrenos com os resplendores divinos, vitalizando todas as coisas da natureza e repartindo com elas o seu calor e a sua energia."

Deus abençoou o Anjo das luzes, concedendo-lhe a faculdade de multiplicá-las na face do mundo.

Depois foi a vez do Anjo da terra e das águas, que exclamou com alegria:

"Senhor, sobre o mundo que criastes, a terra continua alimentando fartamente todas as criaturas; todos os reinos da natureza retiram dela os tesouros sagrados da vida. E as águas, que parecem constituir o sangue bendito da sua obra terrena, circulam no seio imenso, cantando as suas glórias."

O Criador agradeceu as palavras do servidor fiel, abençoando-lhe os trabalhos. Em seguida, falou radiante, o Anjo das árvores e das flores.

"Senhor, a missão que concedestes aos vegetais da Terra vem sendo cumprida com sublime dedicação. As árvores oferecem sua sombra, seus frutos e utilidades a todas as criaturas, como braços misericordiosos do vosso amor paternal, estendidos sobre o solo do planeta."

Logo após falou o Anjo dos animais, apresentando a Deus seu relato sincero.

"Os animais terrestres, Senhor, sabem respeitar as suas leis e acatar a sua vontade. Todos têm a sua missão a cumprir, e alguns se colocam ao lado do homem, para ajudá-lo. As aves enfeitam os ares e alegram a todos com suas melodias admiráveis, louvando a sabedoria do seu Criador."

Deus, jubiloso, abençoou seu mensageiro, derramando-lhe vibrações de agradecimento.

Foi quando, então, chegou a vez do Anjo dos homens. Angustiado e cabisbaixo, provocando a admiração dos demais, exclamou com tristeza:

"Senhor, ai de mim! Enquanto meus companheiros falam da grandeza com que são executados seus decretos na face da Terra, não posso afirmar o mesmo dos homens... Os seres humanos se perdem num labirinto formado por eles mesmos. Dentro do seu livre-arbítrio criam todos os motivos de infelicidade. Inventaram a chamada propriedade sobre os bens que Lhe pertencem inteiramente, e dão curso ao egoísmo e a ambição pelo domínio e pela posse. Esqueceram-se totalmente do seu Criador e vivem se digladiando."

Deus, percebendo que o Anjo não conseguia mais falar porque sua voz estava embargada pelas lágrimas, falou docemente: "Essa situação será remediada".

Alçou as mãos generosas e fez nascer, ali mesmo no céu, um curso de águas cristalinas e, enchendo um cântaro com essas pérolas líquidas, entregou-o ao servidor, dizendo:

"Volta à Terra e derrama no coração de meus filhos este líquido celeste a que chamarás água das lágrimas... Seu gosto é amargo, mas tem a propriedade de fazer que os homens me recordem, lembrando-se da minha misericórdia paternal. Se eles sofrem e se desesperam pela posse passageira das coisas da Terra, é porque me esqueceram, esquecendo sua origem divina."

... e desde esse dia o Anjo dos homens derrama na alma atormentada e aflita da humanidade, a água bendita das lágrimas remissoras.

A lenda encerra uma grande verdade: cada criatura humana, no momento dos seus prantos e amarguras, recorda, instintivamente, a paternidade de Deus e as alvoradas divinas da vida espiritual.














(FONTE : Livro "Crônicas de além-túmulo", cap. 22)

terça-feira, 22 de julho de 2014

AJUDE SEMPRE




Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.

Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.

No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.

Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.

Não adote a incerteza, perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa.

Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.

Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.

Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante.

Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra.

É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.










Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

domingo, 20 de julho de 2014

MEDIUNIDADE É ASSUNTO SÉRIO E NUNCA SERÁ UMA PROFISSÃO



A mediunidade não é uma arte, não é talento, portanto nunca poderá tornar-se uma profissão. DEUS leva em conta o devotamento e os sacrifícios da mediunidade e sente repugnância por aqueles que fazem da mediunidade uma escada, por onde possam subir materialmente. A moral do médium é tudo o que ele possui, não apenas no sentido de cobrar por ela, mas em  todo  e qualquer abuso, seja no orgulho, na vaidade, no egoísmo e principalmente, no desrespeito às leis de DEUS.  A moralidade do médium refletirá diretamente em seu desenvolvimento mediúnico. Uma vez moralmente incorreto, irá cercar-se de espíritos da mesma faixa vibratória e esse fato irá trazer-lhe SÉRIOS TRANSTORNOS em sua vida presente e futura.

Nunca aceite qualquer retribuição por trabalhos que realizar.  Se ocorrer um dia, de vir a ser presenteado por alguém, aceite o presente,  para não entristecer quem o presenteia por gratidão, em seguida, presenteie aquele que necessitado está do objeto.

No tocante ao desrespeito às leis de DEUS, a moralidade do homem está a essas leis diretamente ligada. O conceito de moral diverge de uma civilização para outra, o que  é imoral para uma civilização pode não ser em outra. Os Umbandistas seguem  a doutrina de Jesus Cristo (Oxalá na Umbanda), desta forma o Evangelho Cristão é o Evangelho  do Umbandista.

Jesus expulsou os vendilhões do Templo para deixar como exemplo, que religião não é comércio.  Esse exemplo de Jesus se transformou em lei. E a lei uma vez desobedecida causa aumento pesado de Karma em seu infrator.  Não abuse da pouca liberdade que possui. Nossos Guias espirituais sempre nos transmitem o seguinte ensinamento:

DEUS O OBRIGARÁ A CEIFAR AONDE ELE NUNCA PLANTOU.


O ensinamento é claro; Deus não nos ensina o mal, porém uma vez praticado o mal, colheremos o resultado de nossos atos através da lei de causa e efeito e o seu consequente aumento da carga kármica.






















sábado, 19 de julho de 2014

ORAÇÃO DA FORÇA





Que eu continue com vontade de viver,mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, uma lição difícil de ser aprendida.

Que eu permaneça com vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles vão indo embora de nossas vidas.

Que eu realimente a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar essa ajuda.

Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos.

Que eu realimente a minha garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são ingredientes tão fortes quanto o sucesso e a alegria.

Que eu atenda sempre mais à minha intuição, que sinaliza o que de mais autêntico eu possuo.

Que eu pratique mais o sentimento de justiça, mesmo em meio à turbulência dos interesses.

Que eu manifeste amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exige muito para manter sua harmonia.

E, acima de tudo…

Que eu lembre sempre que todos nós fazemos parte dessa maravilhosa teia chamada vida, criada por alguém bem superior a todos nós!

E que as grandes mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas parcelas cotidiana de todos nós!

Que Assim Seja!












Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 17 de julho de 2014

" UM COM A BANDA "





“UM com a BANDA", religião que renasce em terras brasileiras numa tentativa que a espiritualidade faz de “reunificar” os ensinamentos sagrados que se fragmentaram através dos tempos. É o resgate da magia dos grandes mestres ancestrais que nela se apresentam na simplicidade dos espíritos guias e protetores, usando a mediunidade dos encarnados com o objetivo de alentar, ensinar e socorrer os espíritos residentes no planeta Terra, no plano físico e astral, enfraquecendo assim as forças trevosas, visando à melhoria da vibração e à evolução dos seres.”

“Todas as religiões foram criadas com o objetivo de auxiliar na evolução da humanidade, mas a maioria delas se perdeu no caminho do materialismo, graças ao orgulho dos homens. É o “religare” que tenta subsistir no tempo. A Umbanda, por ser universalista, abrangente e não dogmática, caracterizada pela simplicidade nas formas de apresentação, e tendo como ferramenta o mediunismo herdado principalmente por aqueles que precisam consertar erros pretéritos dentro da magia, torna-se ferramenta útil e apta à necessidade presente no planeta. E, justamente porque as religiões se perderam no caminho tornando-se elitizadas e dogmáticas, então num esforço supremo, as hostes de luz, os grandes magos brancos, orientados pelos orixás, fizeram descer às terras do Cruzeiro a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, desmistificando os “mistérios” que envolviam até então as religiões existentes e deturpadas. A Umbanda veio de modo simples para alcançar os corações dos simples, dando-lhes oportunidade de religação com o Criador. Porém, a Umbanda não é mais que ninguém; é apenas um caminho. Tudo evolui, sempre. Nada está estagnado no universo. A Umbanda é regida e dirigida do Alto por espíritos luminares, sob o comando direto dos orixás, que são as emanações do próprio Criador. Justamente por se apresentar aqui na Terra de modo tão simples, é que demonstra sua evolução, tentando assim sustentar a verdade que os homens insistem em desaprender: o orgulho e o materialismo são as vendas que os impedem de enxergar a luz. Entretanto, é necessário que os filhos que labutam dentro da Umbanda não se esqueçam que a evolução é contínua. Por isso, se fazem necessários a busca diária de aprendizado e crescimento.”

“Evolução é a linha reta que iniciamos lá atrás, quando ainda em outros reinos. É a sucessão de erros e acertos que nos leva ao aprendizado, senão pelo amor, mas pelo burilamento da dor. É a nossa passagem por todos os estágios necessários, deles saindo sempre melhores em algo e, assim, melhorando o mundo ao nosso redor.”

“Para ser um bom umbandista, um bom católico, um evangélico ou qualquer outro religioso, é preciso cumprir as obrigações e seguir os ensinamentos de sua religião. E todas ensinam a Lei do Amor. Os títulos que o seguidor vai adquirir dentro da Umbanda devem servir apenas para organizar e dinamizar as atividades do local, nunca para engrandecer a ninguém. Como diz o ditado popular, quanto maior a altura maior o tombo. Os mais endividados diante das leis é que precisam de fardo maior para carregar.”

“A Umbanda é uma só. UM com a BANDA! A diversidade de culto varia de acordo com as tendências dos filhos que trabalham e dirigem o templo, advindos de outras religiões e que inevitavelmente trazem consigo e introduzem ali seus aprendizados e preferências. Isso não diminui o mérito da caridade realizada através dos aparelhos mediúnicos, desde que essa diversidade não venha a ferir o respeito, a ordem e principalmente a Lei da Criação, em que se deve priorizar sempre e somente o “bem” de todos os seres vivos e da própria natureza. E quando isso não existir no culto, que seja dado a ele qualquer outro nome, menos Umbanda. A MELHOR PRÁTICA DE UMBANDA, O MELHOR TEMPLO É ONDE A LUZ, E SOMENTE A LUZ, COMANDA.”
“A Umbanda veio mesmo para alentar os desvalidos, e faz isso de maneira simples por meio da benzedura do preto velho, da chamada à razão do caboclo e da alegria das crianças, que procuram a pureza ainda existente no âmago de todos os filhos da Terra. A melhor postura seria a conscientização de ambas as partes, dos que trabalham na umbanda e dos que se beneficiam dela, no sentido de buscarem ali a sua evolução, a sua religação com o Todo. Porém, cada um tem sua maneira de buscar isso, e muitos como não aprenderam a evitar a doença, ainda precisam do remédio para curá-la. Cada coisa a seu tempo! A Umbanda não faz milagres, faz caridade dentro do merecimento de cada um.”

“Ninguém tem o poder de mudar o outro, mas pode e deve mudar a si próprio e que a mudança seja sempre para melhor. Mas a melhor maneira de ensinar é o exemplo. O dia quando nasce nos fornece nova chance, e quando termina leva com ele aquilo que fizemos, irreversivelmente. Por isso, a encarnação é oportunidade ímpar de reajuste íntimo na escola evolutiva. Quanto mais cedo se aperfeiçoarem, mais cedo sairão da roda reencarnatória. Mas enquanto nela estiverem, abençoem o corpo físico que lhes permite adquirir novos aprendizados e ao mesmo tempo drenar os desajustes cármicos do corpo espiritual.”

“Quanto ao chamado “fim dos tempos”, sabemos que a vida criada por Deus não tem fim, portanto, não há o que temermos em relação àquilo que nada mais é do que “acontecimentos necessários à evolução” dos mundos. Sempre houve e sempre haverá, em todos os globos, reestruturação e transformações na matéria de acordo com aquilo que foi semeado por seus habitantes. De quando em quando, um planeta que se encontra saturado precisa desafogar e limpar a casa, a fim de que os novos habitantes possam sobreviver nele. Consequentemente os velhos e viciados serão transferidos para locais a eles adequados. Nosso planeta está estremecendo, saturado com as energias densas que seus habitantes deseducados insistem em emanar no seu éter, somado ao lixo que acumulam na matéria, destruindo toda a natureza. Tudo é questão de plantio e colheita, e quem planta ventos... Não há o que temer em relação à vida, mas há o que se mudar em relação à hábitos, pensamentos e sentimentos. O poder tão cobiçado pelos homens, pelo qual guerreiam e se corrompem, fica tão efêmero e nulo diante das forças revoltas da natureza, mas, mesmo assim, sofrendo as catástrofes, eles continuam cegos e brigões. Haverá mudanças cada vez maiores e urge aos homens mudarem também, a fim de que possam aproveitar a bonanza que se dará após o temporal com a casa limpa outra vez. E haverá paz para quem promoveu a paz. Não haverá fim de mundo, mas fim de um tempo ruim para iniciar um novo tempo, uma nova consciência, e isso já está se dando entre dores e tremores. Porém, importa agora não pararmos o trabalho, preocupados com o futuro, mas intensificar os esforços para renovar as esperanças e acalmar as dores que sofrem atualmente. Esta é a nossa tarefa, pois somos os trabalhadores da última hora.”


















Pelo Espírito Vovó Benta - Extraído do Livro “Enquanto dormes” psicografado por Leni W. Saviscki

terça-feira, 15 de julho de 2014

A UMBANDA E O EVANGELHO DE JESUS




A Umbanda vivencia o Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e desequilíbrios das mais variadas ordens.

A Umbanda convida o homem a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança do estado de consciência.

Por isso, transformar significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.

Dar sem esperar reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na “individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.

Somos o somatório dos nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.

A Umbanda pratica o Jesus consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de bem que existe dentro de cada um de nós.

Quando Jesus se aproximou de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado” por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos que avalizam os amacis na Umbanda.

















Texto extraído do livro “Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís ( Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da T.U.Caboclo Pery)

domingo, 13 de julho de 2014

PROCESSOS ADVINHATÓRIOS




"Todos os processos advinhatórios têm sua origem num primeiro mecanismo de interpretação que foi perdido e ocultado com o passar das eras. Nos dias de hoje, por isso tanto faz o material usado nos processos de contato com o Divino, sejam cartas, ou os búzios ou os dendês; o que importa realmente é a interpretação correta dos Arcanos expressos nos signos configurados em determinada posição do jogo e não o material, questão essa secundária pois, se o suposto Sacerdote não conhece os segredos das combinações, de nada adianta usar-se isto ou aquilo para se obter um resultado satisfatório.

Além disso, aquele que se aventurar em jogar búzios ou tarô ou qualquer coisa, tem de ter ordens e direitos para isso. Estas ordens e direitos devem ser fruto de um convívio intenso com Mestres ou profundos conhecedores do assunto.

É preciso, ainda, um profundo estudo do Oráculo ao qual se quer dedicar e mais importante: há a real necessidade de se ter trazido no “Karma” a outorga para se manipular as forças que qualquer método advinhatório gera, pois todos são coisas seríssimas, apesar de estarem fragmentados.

Mexer com destinos e com os sentimentos dos consulentes é estar se compromentendo seriamente com os Tribunais Kármicos regentes dos destinos coletivos.

Entendam os irmãos que direcionar, aconselhar alguém a tomar um rumo é o mesmo que tomar para si próprio as responsabilidades que esta pessoa terá, ou as decisões que terá que tomar, de bom ou ruim para sua própria vida. A cautela é sempre necessária ao direcionar-se um consulente, pois isto exige um tato muito especial, uma consciência correta e diretamente voltada para o bem e para a luz.

Ao se revelar o passado ou o futuro de alguém, está se ligando e praticamente assumindo para si problemas da outra pessoa, pois de que adianta desvendar-se e  “adivinhar” o problema do consulente sem dar-lhe o caminho adequado sem resolver-lhe a situação?

Muitos dizem resolver cobrando fortunas, ou pedindo dinheiro para que sejam comprados uma lista interminável de materiais, que em verdade nunca são adquiridos e se é o consulente quem compra, vão para o estoque de tal “Pai de Santo”, sendo que o problema só será resolvido mesmo no pé do pobre Pai Preto em algum terreiro de Umbanda.

Aproveitando-se da Lei de Amasara ou Lei de Salva,  na qual o verdadeiro Mago se alicerça para estipular preço pela realização de trabalhos é que muitos resolvem viver do sacerdócio e explorar mais e mais seu semelhante, sem resolver o problema de ninguém. Mas dia virá em que estes terão de responder aos Tribunais Kármicos, pois talvez não saibam ou nem cogitem de que todos desencarnamos um dia e aí ...

Os mistérios estão ligados diretamente ao trabalho e ao merecimento ...

O trabalho deve vir do coração, diziam antigos Patriarcas. E com certeza, os trabalhadores do coração encontrarão as verdades que seu merecimento lhes couber. “


















Resumo de Artigo de autoria de Wilian Carmo Oliveira
APOSTILA AELA