sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

MEDIUNIDADE - PERGUNTAS E RESPOSTAS.




O que é a mediunidade na Umbanda?

     É um processo onde espíritos de luz, chamados de guias, utilizam de pessoas encarnadas (médiuns) como interlocutores para cumprir uma missão de caridade na terra.

É algum tipo de castigo ou punição?

    Não. A mediunidade na Umbanda é uma oportunidade de trabalho para evolução pessoal e resgate cármico do médium. Ninguém é médium para “pagar o que fez” em uma encarnação passada. É médium porque se propôs a colaborar com o trabalho divino no presente, em busca de um futuro melhor para todos.

Tenho medo. Isso é ruim?

     “O medo é parte integrante da mediunidade”. – O medo é útil quando traz cautela ao médium e o protege de eventuais perigos. É também perigoso quando enfraquece sua confiança e reduz sua sintonia com seus guias de luz. É preciso saber lidar com o medo a seu favor. Não tente eliminá-lo, pois ele só se fortalece. Exercite sua fé e amadureça seu espírito. Assim você vai ver o medo desaparecer gradativamente, sem você fazer força.

Posso “virar” médium se eu quiser?

     Médiuns todos são, embora alguns em grau mais suave. Mas ninguém pode se “candidatar” a médium de terreiro em algum momento da vida. Estas pessoas são escolhidas como instrumentos de trabalho antes de seu nascimento, sua encarnação nesta terra. Passam a ser cuidados e protegidos por seus guias até o momento de iniciar seu trabalho. Contudo, qualquer pessoa pode trabalhar na religião, desde que suas intenções sejam boas e sinceras. Há muitas outras tarefas na religião além do trabalho mediúnico, como: cambonos, ogãs, recepcionistas, palestrantes etc.

Por que os médiuns são chamados de cavalos?

     Esta é, na verdade, uma referência carinhosa dos guias para com seus protegidos. O cavalo é um elemento importante ao povo do interior. É um amigo fiel e instrumento vital ao sertanejo em todos os seus trabalhos. O cavalo é um instrumento vivo, um amigo que leva o sertanejo de forma rápida e segura e o permite alcançar terrenos onde seu condutor sozinho não poderia chegar. O bom médium representa a mesma coisa para seus guias de luz. Os médiuns também são chamados por outros nomes. Os mais comuns são: aparelho, matéria, burro entre outros.

Ser médium envolve algum risco?

     Sim. A mediunidade é a abertura dos canais energéticos do corpo astral para o contato com a espiritualidade. Se o médium se afinar com seres de luz, isso é extremamente benéfico. Caso isso não aconteça, ele pode ser usado também pela espiritualidade negativa e se transforma em um instrumento da sombra. Por isso, o cuidado com o médium é tão importante, em todos os momentos de sua vida, não só no terreiro.

Como posso me proteger?



     Na verdade, cada casa possui seus próprios métodos: banhos, estudo, conduta moral, trabalhos e mirongas. Mas todos eles se resumem em uma única vertente: Um médium bem cuidado é aquele que preserva sua ligação com as falanges de luz.


















quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

PASSES MEDIÚNICOS



 O passe nasceu nas civilizações das selvas e como um elemento no universo selvagem na mitologia das crenças primitivas  a agilidade das mãos em fazer e desfazer as coisas, sugeria a existência nelas de poderes misteriosos praticamente comprovados pelas ações cotidianas que chamava a dor  da pressão dos dedos estancando o sangue ou expulsando um espinho ou  o ferrão de uma vespa ou o veneno de uma cobra, os poderes brilhantes das mãos se confirmava também nas explicações aos Deuses que eram simplesmente os espíritos.

As bençãos e as maldições foram as primeiras manifestações típicas dos passes.

O selvagem primitivo não teorizava, mas experimentava instintivamente e aprendia a fazer e desfazer com o poder das mãos os Deuses o auxiliavam, socorriam instruíam em suas manifestações mediúnicas aprimoravam-se nas criaturas mais sensíveis e assim sugiram os Pajés, os xamâs, os mágicos terapeutas curandeiros.

A descoberta do passe acompanhava e auxiliava o desenvolvimento dos rituais da linguagem e da descoberta de instrumentos que aumentava o poder das mãos, podemos imaginar como fez André long. Um homem primitivo olhando intrigado o emaranhado de riscos da palma das suas mãos sem a mínima idéia do que aquilo poderia significar,

Seus descendentes iriam admitir mais tarde que ali estavam traçados os destinos de cada criatura, o mistério das mãos humanas foi um elemento essencial do desenvolvimento e da inteligência, especialmente da descoberta lenta e progressiva pelo homem de seus poderes internos dos tempos primitivos ate os nossos dias.

As mãos são o símbolo do fazer que nos leva ao saber, enquanto, a lua, o sol e as estrelas atraíam o homem para o mistério do cosmo , as mãos os levavam a mergulhar nas profundezas da natureza humana para um auto-aperfeiçoamento das leis na doutrina dos espíritos.


O passe é uma transfusão de energia físico-psíquica, uma operação de boa vontade dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu beneficio.Os passes possuem ação terapêutica isto é efeito medicamentoso.
















segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O BEM E O MAL NA ORDEM SOCIAL E MORAL






Em religião, ética e filosofia, a frase bem e mal refere-se a avaliação de objetos, desejos e comportamentos através de um espectro dualístico, onde numa dada direção estão aqueles aspectos considerados moralmente positivos e na outra, os moralmente negativos. O bem é por vezes visto como algo que implica a reverência pela vida, continuidade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários. Por definição, bem e mal são absolutos porque qualquer enunciado moral afirma ser válido, independentemente de quem o faz, e independentemente de qualquer objeto ao qual o enunciado se refira. Por exemplo, "assassinato é moralmente errado" afirma ser um enunciado objetivo visto que não é um declaração sobre o sujeito que o declara. O enunciado também afirma ser absoluto porque implica que assassinato é mau em geral, por contraste com assassinato ser moralmente errado para que uma pessoa o cometa e não para outra.

Não há consenso se o bem ou o mal são intrínsecos à natureza humana. A natureza da bondade tem recebido muitos tratamentos; em um deles, o bem é baseado no amor natural, vínculos e afetos que se desenvolvem nos primeiros estágios do desenvolvimento pessoal; outro, afirma que a bondade é um produto do conhecimento da verdade. Existem diferentes pontos de vista sobre o porquê do surgimento do mal. Muitas religiões e tradições filosóficas concordam que o comportamento malévolo é em si mesmo uma aberração que resulta da condição humana imperfeita ("A Queda do Homem"). Por vezes, o mal é atribuído à existência do livre arbítrio e da agência humana. Alguns argumentam que o mal em si baseia-se finalmente na ignorância da verdade (isto é, valor humano, santidade, divindade). Alguns pensadores do Iluminismo alegaram o oposto, sugerindo que o mal é aprendido como conseqüência de uma estrutura social tirânica.

Teorias da bondade moral investigam quais tipos de coisas são boas e o que a palavra "bom" realmente significa no abstrato. Como um conceito filosófico, a bondade pode representar a esperança de que o amor natural seja contínuo, expansivo e abrangente. Num contexto religioso monoteísta, é desta esperança que deriva um importante conceito de Deus—como uma infinita projeção de amor, manifesta como bondade na vida das pessoas. Em outros contextos, o bem é visto como algo que produz as melhores conseqüências na vida das pessoas, especialmente em relação a seus estados de bem estar.

     Origem do Conceito


Embora todas as linguagens possuam uma palavra expressando bem no sentido de "ter a qualidade certa ou desejável" e mal no sentido de "indesejável", a noção de "bem e mal" num sentido moral ou religioso absoluto não é antigo, e surge das noções de purificação ritual e impureza. Os significados básicos de "ruim, covardemente" e "bom, bravo, capaz" e seus significados absolutos surgem somente por volta de 400 a.C., com a filosofia pré-socrática, Demócrito em particular. A moralidade em seu sentido absoluto solifica-se nos diálogos de Platão, juntamente com a emergência do pensamento monoteísta (principalmente em Eutifro, o qual pondera o conceito de piedade, como um absoluto moral). A ideia é posteriormente desenvolvida na Antiguidade tardia, no Neoplatonismo, Gnosticismo e pelos Pais da Igreja.

Este desenvolvimento do relativo ou habitual para o absoluto é também evidente nos termos ética e moralidade, ambos sendo derivados de termos para "costume regional" .

Campos descritivo, metaético e normativo

É possível tratar as teorias essenciais de valor pelo uso de uma abordagem filosófica e acadêmica. Ao analisar devidamente teorias de valor, as crenças cotidianas não são apenas cuidadosamente catalogadas e descritas, mas também analisadas e julgadas com rigor.

Existem pelo menos duas maneiras básicas de apresentar uma teoria de valor, baseada em dois tipos diferentes de perguntas que as pessoas fazem:

     •    O que as pessoas consideram bom, e o que desprezam?

     •    O que é realmente bom e o que é realmente mau?
  
As duas perguntas são sutilmente diferentes. Alguém poderia responder a primeira questão pesquisando o mundo através das ciências sociais, e examinando as preferências que as pessoas declaram.

Todavia, alguém poderia responder a segunda pergunta pelo uso do raciocínio, introspecção, prescrição e generalização. O primeiro método de análise é denominado "descritivo", porque tenta descrever o que as pessoas realmente vêem como bem ou mal; enquanto o segundo é denominado "normativo", porque tenta ativamente proibir o mal e valorizar o bem. Estas abordagens descritiva e normativa podem ser complementares. Por exemplo, seguir o declínio da popularidade da escravidão através das culturas é trabalho da ética descritiva, enquanto informar que a escravidão deve ser evitada, é normativo.

A metaética é o estudo das questões fundamentais a respeito da natureza e origens do bom e do odioso, incluindo a investigação da natureza do bem e do mal, assim como o significado da linguagem avaliativa. A este respeito, a metaética não está necessariamente presa às investigações do que os outros vêem como bom, ou que declaram que é bom.

Bem comum é o fim a ser atingido pela sociedade humana. Seu conceito foi formulado segundo a Doutrina Social da Igreja na encíclica Pacem in Terris, de 1963 pelo Papa João XXIII: O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana.

Segundo Dalmo de Abreu Dallari, foi assim formulado pelo Papa João XXIII: "conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana". É o fim das pessoas singulares que existem na comunidade, como o fim do todo é o fim de qualquer de suas partes. Ou seja, o bem da comunidade é o bem do próprio indivíduo que a compõe.

“É impossível que o mal provenha de Deus, uma vez que ele pode ser considerado como o absoluto Bem. Tampouco o mal pode provir de outro poder, pois este, ao efetivar-se, suplantaria o poder divino; uma vez que Deus é onipotente, isto não pode se dar. Diante dessas impossibilidades, Santo Agostinho concebe o mal como privação, ou como movimento em sentido contrário ao Ser, à Criação e à Deus. A alma humana é dotada de livre-arbítrio; assim, pode afastar-se do Criador. Tal afastamento, como movimento de modificação, constitui o mal. Contudo, não é pelo mesmo caminho, isto é, pela escolha humana, que a alma se reaproxima de Deus. A salvação somente pode vir mediada pela graça divina, uma vez que Deus é a única e absoluta fonte de todo bem. O homem é capaz de, por si mesmo, distinguir o certo do errado; mas somente a graça permite ao homem consumar o bem, transformando-o em fato. Esta tese serve para conciliar duas noções aparentemente contraditórias: por um lado, a liberdade de escolha humana e, por outro, a onipotência divina, e o fato dele ser o Bem por excelência”. Sto Agostinho

Pode-se dizer que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. O mal não é mais um atributo distinto do que o frio não é um fluido especial; um é o negativo do outro. Aí, onde o bem não existe, existe forçosamente o mal; não fazer o mal, já é o começo do bem. Deus não quer senão o bem; só do homem vem o mal. Se houvesse, na criação, um ser predisposto ao mal, nada poderia evitá-lo; mas o homem, tendo a causa do mal em SI MESMO, e tendo, ao mesmo tempo, seu livre arbítrio e, por guia, as leis divinas, evitá-lo-ia quando quisesse.

Tomemos um fato vulgar por comparação. Um proprietário sabe que, na extremidade do seu campo, há um lugar perigoso, onde poderia perecer ou se ferir aquele que ali se aventurasse. O que faz, para prevenir os acidentes? Coloca, perto do local, um aviso tornando proibido ir mais longe, por causa do perigo. Eis a lei; ela é sábia e previdente. Se, malgrado isso, um imprudente não o tem em conta, e passa além, se lhe ocorre algo mal, a quem pode imputar senão a si mesmo?

Assim ocorre com todo o mal; o homem o evitaria, se observasse as leis divinas. Deus, por exemplo, colocou um limite à satisfação das necessidades; o homem é advertido pela saciedade; se ultrapassa esse limite, o faz voluntariamente. As doenças, as enfermidades, a morte, que lhe podem ser consequentes, são, pois, o fato da sua imprevidência, e não de Deus.

O mal, sendo o resultado das imperfeições do homem, e o homem, sendo criado por Deus, Deus, dir-se-á, se não criou o mal, pelo menos a causa do mal; se houvesse feito o homem perfeito, o mal não existiria.

Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado, fatalmente, ao bem: ora, em virtude o seu livre arbítrio, ele não é levado, fatalmente, nem ao bem nem ao mal. Deus quis que fosse submetido às leis do progresso, e que, esse progresso fosse o fruto do seu próprio trabalho, a fim de que, dele, tivesse o mérito, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é o fato da sua vontade. A questão, pois, é saber qual é, no homem, a fonte da propensão para o mal.











Por Elí José Cesconetto, M.M. (G.'. 32)
M.'.P.'. Consistório dos Príncipes do Real Segredo Nº 7, Florianópolis – Brasil

Fonte: http://www.maconaria.net/

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A GUIA DE PROTEÇÃO DO MÉDIUM



Todos nós já tivemos oportunidade de ver aqueles "colares" coloridos, que os médiuns e os participantes de um Terreiro de Umbanda utilizam nos seus "trabalhos espirituais".

Algumas são feitos de contas coloridas de porcelana, outras de cristais, metais, sementes ou favas.

Esses "colares" são chamados de guias.

Alguns médiuns chegam a exagerar na quantidade e no tamanho destas guias coloridas, o que na realidade é desnecessário , para cumprir sua finalidade bastaria uma única guia.

Essas guias possuem suas características, qualidades e finalidades.

Entre suas finalidades destacamos as três principais , quais sejam: identificação da linha que pertence a entidade espiritual protetora do médium, elo de ligação entre médium e entidade espiritual ,ou seja , elemento material auxiliar no mecanismo de comunicação mediúnica entre o médium e a entidade espiritual e finalmente elemento de proteção do médium.

Neste texto nos preocuparemos somente com esta última característica ,ou seja, a guia com finalidade de proteção do médium. Na realidade a guia pode ser usada ,e é utilizada , não somente pelos médiuns "desenvolvidos" que já se encontram trabalhando na corrente do terreiro , como também pelos médiuns em desenvolvimento e também por todos os participantes do terreiro - os filhos do Terreiro.

Essas guias são consideradas objetos sagrados e devem ser tocadas somente pelo médium ou pelo chefe espiritual do terreiro.

Nunca se deve deixar uma pessoa estranha colocá-las ou mesmo manipulá-las. Essas guias são de uso exclusivo da pessoa e não podem ser trocadas ou colocadas por outros médiuns.

Normalmente as guias são guardadas pelo médium e são usadas somente nos trabalhos , podendo naturalmente haver alguma exceção em alguns terreiros,  mas de qualquer modo são consideradas objetos de valor e respeito.

Muitos já devem ter presenciado quando a guia se rompe e suas peças voam para todos os lados. Em algumas ocasiões,  basta o ato de tocá-las e elas se rompem.

Nesse momento é muito comum um trocar de olhares entre as pessoas, o primeiro pensamento que ocorre é: Fulano estava carregado, ainda bem que a guia cumpriu sua função.

Que função é esta?

Esta função é a de proteger o médium, ou seja, aqueles fluidos negativos que eram dirigidos ao médium se descarregam na guia, provocando o seu rompimento.

As guias devem ser confeccionadas pelo próprio médium, sempre a pedido de seu protetor espiritual ou do chefe espiritual do terreiro.

Algumas pessoas podem comprá-las prontas, mas nem sempre é recomendável. Se isso acontecer, antes de serem utilizadas antes de serem utilizadas devem ser descarregadas na água com sal, podendo em algumas ocasiões serem "preparadas", conforme determinação do espírito protetor do médium.

Após este procedimento inicial as guias são "cruzadas" pelo protetor espiritual do médium e então passa a fazer parte da pessoa.

Neste momento em que a entidade protetora do médium "cruza" a guia ,ele está procedendo a movimentação de fluidos com a respectiva imantação de fluidos espirituais a guia.

Mas o que são estes "fluidos espirituais"?

Sem prolongarmos muito a questão, podemos dizer que todos nós trocamos energias com o mundo ao nosso redor.

Assim como um corpo quente troca calor com o ambiente, nós trocamos energias com tudo aquilo que se encontra ao nosso redor.

Experimente colocar um objeto quente dentro de um vasilhame onde exista água fria, após alguns minutos o corpo estará menos quente e a água estará menos fria, ou seja, eles buscarão o equilíbrio térmico.

Da mesma forma todos os corpos trocam energias entre si. Quando manipulamos determinado objeto, este passará a buscar um equilíbrio energético em relação a nós, de uma maneira simples podemos falar que ele passará a ter a mesma qualidade fluídica que nós temos.

Sabemos que os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos instrumentos de análise e à percepção dos nossos sentidos, feitos para perceberem a matéria tangível e não a matéria etérea.

Alguns há, pertencentes a um meio diverso a tal ponto do nosso, que deles só podemos fazer ideia mediante comparações tão imperfeitas como aquelas mediante as quais um cego de nascença procura fazer ideia da teoria das cores.
Mas, entre tais fluidos, há os tão intimamente ligados à vida corporal, que, de certa forma, pertencem ao meio terreno. Em falta de observação direta, seus efeitos podem observar-se, como se observam os do fluido do imã, fluido que jamais se viu, podendo-se adquirir sobre a natureza deles conhecimentos de alguma precisão.

Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som.

Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade.

Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis.

Tem consequências de importância capital e direta para os encarnados a ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais. Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.

É praticamente impossível fazer-se uma enumeração ou classificação dos bons e dos maus fluidos, ou especificar lhes as respectivas qualidades, por ser tão grande quanto a dos pensamentos a diversidade deles.

Os fluidos não possuem qualidades sui generis, mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos.

Também carecem de denominações particulares. Como os odores, eles são designados pelas suas propriedades, seus efeitos e tipos originais. Sob o ponto de vista moral, trazem o cunho dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de hipocrisia, de bondade, de benevolência, de amor, de caridade, de doçura, etc.

Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, soporíficos, narcóticos, tóxicos, reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, de propulsão, etc. O quadro dos fluidos seria, pois, o de todas as paixões, das virtudes e dos vícios da Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que eles produzem.

Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.














(Manoel Lopes)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

QUAL A ORIGEM DA MAGIA E DO OCULTISMO





A força, a arte ou o conhecimento que se convencionou chamar de magia está presente no mundo desde que surgiram os primeiros agrupamentos humanos.

Inicialmente era considerada manifestação sobrenatural ou do mundo oculto todo e qualquer fenômeno que a mente humana primitiva não conseguia compreender. Em épocas recuadas, o homem já consagrava oferendas às forças titânicas e, até então, indomáveis da natureza. Assim começa a história da magia.

Quando estudamos o passado histórico das civilizações podemos compreender quanto a ignorância dos homens primitivos contribuiu para desencadear o desenvolvimento de crenças e lendas, que, de algum modo, procuravam dar sentido às percepções e aos fatos incompreendidos. São histórias, personagens, superstições que nasceram da incapacidade momentânea dos povos da Terra de explicar ou compreender as leis da natureza, nas mais diversas épocas e culturas. A história da magia em sua manifestação mais elementar confunde-se com esse estado de ignorância dos fenômenos naturais. Nasceram, assim, os deuses e demônios, os seres considerados sobrenaturais e detentores de poderes e conhecimentos além do alcance dos simples mortais.

Mais adiante no tempo, homens cujo psiquismo era mais desenvolvido que os demais de sua comunidade aprenderam a captar intuições ou foram guiados por mestres daquela época no contato com o mundo oculto em manipulação de fluidos, elementos essenciais na prática dessa espécie de magia. Os feiticeiros, xamãs ou curandeiros, sacerdotes e sacerdotisas, após passarem por etapas de aprendizado e algum processo iniciativo, estariam capacitados a manipular ervas, fluidos e até mesmo o psiquismo de seus companheiros de tribo ou nação.

Consultados os registros do mundo astral - aquilo que os esoteristas costumam designar de registros areádicos, pode-se ver que foi no lendário império da Atlântida que esses sacerdotes-médiuns alcançaram grande expressão no conhecimento dos elementos da natureza na manipulação das chamadas forças ocultas.

Tais forças ocultas não passam de elementais, isto em fases embrionárias de evolução, assim como de fluidos e magnetismo, utilizados em larga escala por mentes acostumadas a longos processos de disciplina.

Como a multidão não tinha acesso ao entendimento dos elementos da vida oculta, pelas características da iniciação, criou-se a aura de mistério que cerca os sacerdotes da Antigüidade. As pesquisas a respeito das ervas, pós e poções, beberagens e seus efeitos no organismo humano e na própria mente, assim como alucinógenas, aumentaram ainda mais o poder dos magos e iniciados, que, ao longo do tempo, passaram a abusar do conhecimento que detinham.
Surgem, na lendária Atlântida, os rituais sagrados e as primeiras manifestações da chamada magia negra.

Ao conhecimento a respeito da natureza oculta, das ervas, dos fluidos e de certos elementos extrafísícos, juntou-se a experiência de alguns pesquisadores a respeito dos astros. Anteviram, através de suas pesquisas, eventos naturais e cataclismos, conhecidos com antecipação pelo olhar mais atento e observador, investigativo. Dá-se início, na Terra, a era dos profetas, adivinhos e prognosticadores, que guardavam, cada um, a característica de sua cultura e suas crenças.

Segundo consta na tradição espiritual do planeta, elementos psíquicos descontrolados aliados aos abusos das inteligências da época atraíram os cataclismos responsáveis pelo fim daquele período, quando o continente da Atlântida mergulhou nas águas do oceano.

Prevendo o fim próximo, alguns estudiosos de então transportaram seu conhecimento para outras terras, outras nações. Caravanas de iniciados, guardando o tesouro de suas pesquisas e experiências transcrito em papiros e pergaminhos da época, empreenderam a viagem dos magos e chegaram às regiões correspondentes à Índia, ao Egito e à antiga Pérsia, onde fundaram escolas iniciativas que buscavam preservar as tradições de seu povo.

As Torres do Silêncio, na Pérsia, os templos iniciativos do Oriente ou os conselhos de sacerdotes egípcios e de outros povos da Antigüidade formavam o reduto do conhecimento oculto. Poucos eram aqueles admitidos no círculo restrito de iniciação ao chamado ocultismo. Na época mais recente da história humana, muitos representantes dos sacerdotes e magos da Antigüidade transformaram-se em precursores dos atuais cientistas, através da reencarnação.

Em partes do planeta onde o homem estacionou por mais tempo em sua caminhada evolutiva, também deixou de progredir o contato com o mundo oculto, e as práticas do ocultismo acabaram se degenerando em interesses mais imediatos.

Difundiram-se na Terra as manifestações da magia negra, que outra coisa não é senão a manipulação dessas mesmas forças e dos elementos da vida extrafísica, mas associada a inteligências vulgares, que cultivam interesses infelizes e mesquinhos. Empreende-se o intercâmbio com forças e energias bastante primitivas, primárias e materializadas.

Entidades cuja vibração se afina a tais interesses egoístas estabelecem ligação mais intensa com seus médiuns, os magos negros, a fim de vampirizar suas energias. É comum observar, em casos assim, processos de simbiose espiritual. Os parceiros do conluio tenebroso passam a vibrar em conjunto, alimentando-se um do outro durante longos períodos, até que o elemento dor os desperte e coloque limites nos desregramentos e abusos cometidos.















Fonte: Livro: Aruanda – Robson Pinheiro

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

SARAVA OXOSSI


No sudeste do Brasil, Oxossi é sincretizado a São Sebastião. Quanto ao sincretismo, a história informa que São Sebastião nasceu em Milão e foi oficial da guarda pretoriana em Roma. Foi cristão convicto e ativo e por esse motivo padeceu também sob o domínio do imperador Diocleciano. Denunciado como cristão, São Sebastião foi levado perante o imperador e confessou publicamente a sua fé em Jesus Cristo. Acusado de traição foi condenado a morte. Amarrado a um tronco teve seu corpo varado por flechas. No dia seguinte constataram que não havia morrido. Levado novamente frente a Diocleciano, reafirmou novamente a sua fé, o imperador mandou então açoitá-lo até a morte. Esse fato ocorreu por volta do ano 284.

Na Umbanda, Oxossi é conhecido como o senhor das matas e da grande maioria dos caboclos. Sua cor é o verde, representando as matas das quais é o senhor absoluto. No Candomblé é conhecido como o “caçador” ou o protetor dos caçadores. Na Umbanda também é conhecido como o caçador, mas não de animais e sim, de almas e de homens, sendo a catequese seu maior objetivo. No aspecto espiritual, se Ogum é conhecido por sua enorme força, ele, porém, é muito agressivo. Oxossi já é conhecido por aliar a força com o bom senso, essas características emanam de Oxossi que se manifesta nos trabalhos de Umbanda, principalmente na manifestação dos caboclos e suas falanges. De Oxossi emana a altivez que encoraja a todos os seguidores da Umbanda, transmitindo grande segurança aos seguidores de nossos cultos.

As matas são para o umbandista os domínios de Oxossi. A função vibratória das matas é afirmar ou dar resistência a trabalhos ou consolidar trabalhos e obrigações.

Os enviados de Oxossi ao nosso plano físico, são normalmente os caboclos, os índios de diversas nações de nossas matas e guerreiros africanos. Esses enviados são os grandes conhecedores dos grandes segredos (raramente revelados) que fazem curas, afastam influências negativas e protegem os seguidores da Umbanda.

A altivez do caboclo, a sua autoridade, a seriedade, a força, a coragem, a perseverança, o sentido de lutar para vencer, provém diretamente de Oxossi, pois essas são algumas de suas características.

Oxossi como Ogum, é um grande guerreiro, é um grande lutador, destemido, corajoso e sempre pronto para defender os seguidores da Umbanda ou aqueles que sob a sua guarda se colocam.

Nos trabalhos dirigidos unicamente por caboclos, nota-se a força e a altivez que emana de Oxossi. Quem o evoca e sob a sua proteção se coloca, jamais cai, fazendo valer o ditado umbandista:



“Filho de Umbanda (correto) não cai”.







Oração a Oxóssi

Meu pai Oxóssi! Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!
Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária para suportarmos as dificuldades a serem superadas!Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.
Dai-nos paciência para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!
Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!
Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!




segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

ORAI E VIGIAI




Vocês sabem ou já ouviram falar em demanda mental ou até mesmo projeção de miasmas e larvas astrais?

Aposto que a resposta da maioria é que sim, sabem do que se trata ou já ouviram falar.

O que vocês não sabem é que quando vocês sentam para almoçar e começam a falar mal daquele colega de trabalho, ou quando sentam para tomar aquela “cervejinha” no final de semana e “malham” essa ou aquela pessoa, estão justamente mandando altas cargas de energias negativas para aquela pessoa.

Os maus pensamentos tomam formas horríveis e escurecidas e vão direto ao encontro da pessoa citada nessas conversinhas “sem maldade” e se a pessoa não estiver com suas forças em dia e o seu equilíbrio espiritual em perfeita harmonia levam um choque energético daqueles.

E vocês sabem que em lugares onde geralmente as pessoas se encontram para tomar a cervejinha no final de semana esta repleto de seres espirituais que adoram se alimentar dessas energias negativas que são desprendidas nessas conversas “sem maldade” e pegam carona nessa onda magnética e vão direto bater no corpo espiritual da pessoa citada?

Sabedores disso tudo, já podem imaginar o quanto mal vocês podem causar a uma pessoa apensas por essas conversas “despretensiosas”, mas que na verdade se tornam armas poderosíssimas do baixo espiritual, então pensem muito e reflitam antes de escolher alguém para “malhar” na sua próxima conversa, e fique também sabendo que aos olhos da lei e da justiça divina não há diferenciação entre a demanda mental ou aquela que se usam elementos.

A lei e a justiça julgam de acordo com o malefício causado a um semelhante, portanto fica aqui o meu conselho “ORAI E VIGIAI”

















sábado, 17 de janeiro de 2015

ALICERÇANDO A ESTRADA





Para bem exercer o compromisso com a Umbanda todo adepto deve se lembrar em primeiro que tudo de se exercitar na humildade. A humildade tão esquecida e que nada custa aos filhos.

Que digo! Para o filho que está em alerta custa muito e o custo baseia-se no sentimento de poder viver com a consciência tranquila por já ter entendido que todos são viajores de eras milenares em contínuo estágio evolutivo.

Aportar no seio do Brasil tento essa Mãe Terra por abrigo é dádiva que nenhum filho deve desperdiçar.

Para muitos já soaram os clarins convocando ao trabalho, outros ainda esperam o toque dessa convocação e outros há que passam alheios a tudo que acontece ao seu redor embora, a tecnologia esteja caminhando sempre a passos largos.

Quantos não há que esperam receber os benefícios das Entidades que militam na Umbanda para só depois buscarem trabalhar em prol do seu semelhante. Quanto engano! Quanto tempo perdido! Quantas lágrimas muitos filhos já não poderiam ter enxugado!

Está na hora de mudar conceitos pré-estabelecidos meus filhos! Pois o trabalho na querida Umbanda não é de escambo, mas, sim de parceria, de doação.

Se nego veio num tá errado, há uma melodia cantada por todos suncês que assim diz: " Umbanda é paz, é amor, é um mundo cheio de luz, é força que nos dá vida e a grandeza nos conduz". Nego veio então pergunta meus fios: como ser grande sem ter aprendido a viver na simplicidade das pequenas coisas? Como ser grande sem aprender a ser humilde?

A gota de orvalho faz sua parte no roseirá! E os filhos de Umbanda como estão alicerçando sua estrada?












POR PAI FIRMINO DE UMBANDA

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DE SEU ANJO DA GUARDA



Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?

Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E esse acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, enfim vêm contra nós, os Orixás, Guias, Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.

Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.

É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham a pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Esse reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os *ataques* da demanda.


E para os médiuns?

Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprias  Entidades.

Quando o médium vai incorporar, para que o Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando o Entidade está incorporado no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias da Entidade que está ali.

Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.


O seu anjo da guarda, sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger; embora você não o veja.

O que chamamos de intuição, muitas vezes é a manifestação de nosso Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).

O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter acesa uma vela com um copo d’água ao lado em um local alto, e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.

Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, esse pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.


O céu não tem entradas, lá não precisamos bater; pois, chegando ao fim da jornada, sempre há alguém para nos receber.