domingo, 1 de março de 2015

VAMPIRISMO ENERGÉTICO



Existem situações em que nós, infelizmente, nos deixamos levar pelo outro. Assumimos a responsabilidade por terceiros e nossos centros de força passam a trabalhar para eles. Chamo esse fenômeno de vampirismo. Você não imagina como isso é péssimo para sua evolução. Você fica estagnada e se anula, abastecendo o outro com a sua energia.

É possível, sim, ir contra essa influência. Como sempre digo, deixar-se influenciar depende somente de sua postura, atitude e modo de encarar a vida. Porque não existe essa história de vítima. Ninguém vai sugar sua energia se você não deixar. O vampiro só existe se a pessoa for “vampirizável“.

Preste atenção. Cada vez que você se depara com um vampiro, seu sistema sente e dá um sinal de alerta. E ele tem a capacidade de expulsar essas interferências. Então, assuma seu sexto sentido para dar um chega pra lá na negatividade. Só assim você conquistará a paz e chegará aonde quer. Mas prepare-se, pois existem várias versões de vampiros, que podem estar entre os amigos, no trabalho ou mesmo na família. Até você pode se identificar com alguns deles. Olha só:

Vampiro cobrador.

Ele já chega cobrando, antes de cumprimentar: “Pôxa, você nem me telefonou!”. E, se você é cobrável, começa a se desculpar e acaba sob o domínio dele. Cede de primeira e ele rapidinho a coloca na condição de devedora. Pronto, é o suficiente para a aura dele engatar na sua. Resultado: bate uma sensação de fraqueza, perda de energia. Chega a dar tontura. E como cortar essa influência? Reagindo! Não dê atenção às cobranças. A defesa é questão de posse. A melhor tática para lidar com vampiro é encará-lo e falar a verdade, ainda que seja deselegante. Não se deixe constranger.

Vampiro crítico.

É todo questionador: “Mas você vai sair assim?”, “Menina, como você fez aquilo?”. Ele critica, e você, para agradar, se justifica, permitindo que ele seja seu juiz. É impressionante, qualquer crítica nos afeta! Não queremos que pensem mal da gente, e isso é uma dificuldade de se impor. Pense: “Tenho minha visão e é ela que vale. O que o outro pensa não importa”. Assuma e se banque já, para que o outro não roube seu entusiasmo.

O vampiro reclamador se queixa de tudo e quer sua atenção. Você comenta qualquer coisa, diz que precisa ir, mas ele te segura e insiste em reclamar. Daí, você se coloca no lugar dele e dá dicas de como ser otimista. É isso o que ele quer. O coitadinho precisa de seu socorro, sua companhia, sua vida. Esse tipo é comum entre os idosos. Reclamam que se doaram a vida toda para os outros, mas pagaram caro. E fazem joguinho: “Vai sair e me deixar sozinho?”. Com pena e achando que é sua responsabilidade, você cede. Grande tolice!

Tem também o vampiro desesperado, o mais comum, mimado, mas não “ajudável”, pois nunca faz nada por si. Ele quer que você faça tudo por ele e ainda arma escândalo, faz barulho e se desespera tanto que acaba te deixando aflita. Daí, ele fica aliviado, e você, agitada e ansiosa, com a aura dominada pela energia negativa.

O vampiro adulador vem cheio de elogios: “Obrigado por existir. Você é a pessoa mais maravilhosa que conheço!”. Logo em seguida, vem a dentada. E por que ele quer pôr o seu ego lá em cima? Porque, quando mexe com sua vaidade, você não enxerga mais nada e se rende a qualquer pedido.  Cuidado!

A frase típica do vampiro impotente é: “Eu não consigo”. Ele já chega com um ar de que nada dá certo. Se você tenta levantá-lo, ele reforça sua impotência. Uma vez, eu estava com uma pessoa assim e, logo que percebi sua postura, disse: “Sua vida está uma droga e acho que você não quer melhorá-la. Está falando isso com tanto prazer!”. Quando você bate de frente, o sujeito empalidece, perde o rumo. É o que basta para não se deixar sugar.

Por fim, há o vampiro desencarnado, ou o encosto. Você está superbem e, do nada, fica irritada, crítica, começa a se cobrar ou sente outro desconforto. Se acontecer algo assim, pare e se pergunte: “Por que estou sentindo isso?”. Quando você descobre que se trata de um vampiro desencarnado, a questão está quase resolvida. Alguns encostos percebem que você se ligou e vão embora. Uma pena que, na maioria das vezes, a gente não se dê conta da existência deles. Por isso, antena ligada. Para se defender, entenda que esse estado de ânimo não é seu.











LUIZ GASPARETTO

TEXTO COLABORAÇÃO DENISE WEBER

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