terça-feira, 25 de outubro de 2016

MEDIUNIDADE E COMPROMISSOS







Compromisso espiritual

O primeiro e mais importante compromisso de um médium é o espiritual. Todo médium precisa saber-se espírito e, como tal, deve saber viver a sua vida física, sem, no entanto, se apegar ao mundo físico.

Embora tenha consciência do compromisso espiritual que tem, sabe que a vida física é parte dele e nunca a abandona, menospreza ou negligencia. Ao contrário, vive-a plenamente, com lucidez e discernimento, na certeza de que, vivendo-a dessa forma, estará também honrando seu compromisso espiritual de evoluir e, com a sua evolução, promover também a evolução de toda a Criação.

O médium sabe que é um ser espiritual vivendo uma experiência carnal e, desse modo, colocasse todos os dias em sintonia com o Criador, entendendo que somente n’Ele poderá, de fato, compreender toda a beleza da Criação.

Compromisso mediúnico

O segundo compromisso mais importante de um médium é com sua própria mediunidade. Todo médium deve saber que a mediunidade não lhe pertence e nem lhe foi concedida para seu uso exclusivo.

Por isso mesmo, tem consciência de que mediunidade é trabalho em equipe para o bem coletivo, o qual deve estar acima e vir à frente de todo e qualquer bem individual ou pessoal. Sabe também que nunca estará sozinho, seja para enfrentar os obstáculos, seja para colher as bênçãos da tarefa que executa. E usufrui dessa condição com equilíbrio e responsabilidade.

Como uma das pontes que une dois mundos muito próximos, embora aparentemente tão distantes, honra aos dois, sendo homem, sem deixar de ser espírito, e vivendo como espírito, sem deixar de viver como homem. E, como médium, procura ser homem e espírito dignos de respeito e confiança, por parte dos companheiros e parceiros que tem nos dois mundos.

Compromisso com a instituição e o grupo mediúnico

Tendo consciência de que a mediunidade é trabalho de equipe, tarefa de cooperação mútua, todo médium sabe também o quanto são importantes o grupo mediúnico e a organização em que atua.

Assim, ama-os incondicionalmente, respeita-os, preserva-os, sem esperar deles perfeição ou infalibilidade, por ter consciência de que são instituições humanas, como ele mesmo o é.

Trabalha sempre para o bem do grupo e o crescimento de todos, contribuindo da melhor forma para a manutenção, física e espiritual, da instituição que os abriga, respeitando os princípios que a norteiam, sem abrir mão de seu direito de pensar e, pensando, agir, assumindo as consequências dos próprios atos.

Assim, procura também respeitar as normas do grupo, sendo pontual, assíduo e interessado. Colabora em tudo que lhe é possível e tem consciência de que, embora não seja insubstituível, é importante na composição do grupo e na realização do trabalho, naquilo que melhor sabe fazer.

Compromisso com amparadores

Todo médium sabe que trabalha em parceria, com encarnados e desencarnados e, por isso, nunca se esquece daqueles companheiros que justificam sua condição de intermediário entre dois mundos: os amparadores.

Sabe que, além dos companheiros encarnados, também os amparadores contam com ele para a realização da tarefa. Sabe que, sem uma das engrenagens, a máquina não funciona e procura atender à sua função com amor e interesse.

Trata os amparadores com respeito e educação, obtendo deles também o mesmo tratamento.

Compromisso com necessitados encarnados e desencarnados

Todo médium sabe que seu trabalho não teria razão de ser se não pudesse ajudar, de alguma forma, a diminuir a ignorância e o sofrimento no mundo em que vive.

Consciente de sua responsabilidade para com o bem coletivo, trabalha para aliviar, orientar, esclarecer, ajudar, consolar e amparar o maior número possível de espíritos, estejam eles encarnados ou desencarnados.

Sem julgar, criticar, condenar ou fazer qualquer distinção, ajuda a todos indistintamente e tem consciência do quanto as pessoas contam com o seu trabalho.

Por isso, está sempre presente às reuniões, com disposição e boa vontade, ciente de que, mesmo que não possa ver, muitas criaturas esperam pelo seu trabalho para se recuperarem ou, simplesmente, tomarem outro rumo na vida.

No entanto, mesmo sabendo de tudo isso, tem consciência de que nada pode sozinho e sempre busca a ajuda dos amparadores e colegas encarnados para melhor desempenhar sua tarefa, pois sabe que, em conjunto, qualquer trabalho flui melhor.

Compromisso consigo mesmo

Ciente de todas estas implicações de sua tarefa, o médium jamais negligencia a si mesmo, pois sabe o quanto é importante para o grupo, para os amparadores, para a instituição, para os necessitados.

Parceria espiritual e parceria mediúnica

Mediunidade é trabalho de equipe, mesmo que o médium trabalhe fisicamente só e isolado. Não há como ser médium sozinho, pois mediunidade pressupõe sempre a interação entre, pelo menos, duas consciências. O médium, para ser, de fato, médium, ou seja, intermediário, depende necessariamente do contato e da interação com outra(s) consciência(s).



















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