segunda-feira, 26 de setembro de 2016

VIVA AS CRIANÇAS NA UMBANDA





Cosme e Damião - História

Sua festa é celebrada em 27 de setembro.

Cosme e Damião foram dois irmãos e médicos, martirizados, eram chamados de Anaryroi, ou seja, "os sem dinheiro" por causa dos seus serviços de caridade.

Eles estudaram medicina na Síria e ficaram famosos pelas suas habilidades, as quais eles usavam para curar pessoas sem cobrar nenhuma taxa ou consulta.

Algumas das suas curas são tidas como milagrosas.

Durante a perseguição aos cristãos, os irmãos foram presos e levados à frente de Lysias, governador de Cilicia em Cyrrhus (moderna Turquia). Eles foram torturados e por fim decapitados.

Diz a tradição que eles, milagrosamente não sentiam as torturas com fogo, água, óleo fervendo, ou a roda por isso foram finalmente decapitados.

As relíquias de Cosme e Damião, mais tarde foram levadas para Roma.

Na Idade Média muitas lendas as mais lindas, sempre os envolveram.

Na arte litúrgica da igreja eles são mostrados como médicos, segurando instrumentos cirúrgicos. Eles são os patronos dos médicos, junto com São Lucas, e padroeiros de Florença, dos químicos e farmacêuticos.

Alguns escolares os afirmam eram gêmeos e com isso eles são considerados também padroeiros dos gêmeos.

São muito venerados na Grécia, Rússia e na Igreja Ortodoxa.








Sincretismo

Na época da escravatura os escravos africanos criaram uma maneira engenhosa de enganar o Senhor do Engenho.

Invocavam os seus deuses Orixá, Oxalá, Ogum como Sebastião, Jorge e Jesus, e ainda outros como Crispim, etc. Isto é chamado de sincretismo.

Erê e Curumim eram invocados como Cosme e Damião e sua festa é celebrada por eles no dia 27 de setembro, dia de São Vicente de Paulo.

Parece que o costume de distribuir doces as crianças, no dia 27, também foi um costume introduzido pelo Candomblé.









TERCEIRA LINHA DA UMBANDA

YORI – A MANIFESTAÇÃO DA POTÊNCIA DIVINA

Representa para o ser humano o terceiro raio cósmico, a inteligência ativa. É a energia dirigida em ondas puras. É a inteligência e o domínio das ciências.

YORI é a energia dos anjos de Olorum, Deus supremo do povo iorubá, criador do mundo É a potência divina manifestando-se e formando a coroa dos inocentes do espaço.

Representa a manifestação da criação em toda a sua pureza ( da potência criadora do pai e da mãe nasce o filho). sendo considerada como a única linha que consegue realmente dominar a magia como um todo.

Todas as forças para entrarem ou saírem da aruanda ( céu, morada das entidades superiores) tem que passar pela vibração de criança. Uma criança do espaço brincando com um carrinho, uma bola está em trabalho de descarrego fluídico.

O sentido mágico desta força está na formação da palavra:

YO= vitalidade saindo da luz ou da energia e
RI= rei ou potência maior manifestando-se.

Isto significa que YORI é a força que representa a manifestação da potência que sai da luz ou da energia.


É a linha de grande força que irradia a alegria que ronda as matas, os rios, as praias, as pedreiras os campos floridos, os jardins e todos os lugares em que se fizer necessária a sua ajuda de força.











quinta-feira, 22 de setembro de 2016

MELHORANDO NOSSOS ATENDIMENTOS MEDIÚNICOS







Pequenas sugestões para melhorar nossos atendimentos mediúnicos:

Ter a oportunidade de conversar com uma entidade incorporada em um médium comprometido com a espiritualidade é um privilégio para o consulente, para o médium e até mesmo para o próprio guia.

Independentemente da condição em que nos encontramos todos, sem exceção, estamos em evolução e o que diferencia a evolução de cada um são nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações, enfim, as atitudes e posturas do nosso cotidiano.

Quando vamos ao terreiro sempre vamos em busca de algo e muitas vezes esquecemos que esse algo não vai vir de fora, não vai cair do céu. Com certeza vai depender do nosso merecimento e do nosso trabalho. Outra coisa comum de se esquecer é que nenhuma situação se forma da noite para o dia.

São longos períodos sem ação e sem reflexão que exigem persistência e equilíbrio para superação das condições adversas. Dificilmente uma situação que demorou muito tempo para se formar se resolverá numa única consulta mediúnica.

Dependendo da ótica que você lê esse texto pode ficar a impressão de passividade e de que sempre estamos errados. Que temos que ter paciência, que temos que ser resignados.

Sim, temos que trabalhar tudo isso, mas se você, assim como eu, prefere ter uma atitude mais participativa, mais ativa, podemos pensar em algumas ideias para melhorar nossos atendimentos com os guias espirituais.

Algumas sugestões:


1) Organize seus pensamentos – Antes mesmo de chegar ao terreiro vá pensando nas suas prioridades. Durante a abertura dos trabalhos concentre-se e reflita (obviamente em silêncio) sobre o que você almeja e o que realmente você foi fazer lá.

Na frente do guia sabemos que muitas vezes dá o “branco” e nem sabemos direito o que falar, mas se já é difícil pra gente imagina para o guia entender o que passa dentro da nossa cabeça tendo ainda o médium como intermediário. Não duvido da capacidade da entidade, porém se podemos facilitar pra quê complicar? Uma boa consulta não é aquela que demora horas e sim aquela que é objetiva.


2) Carregue somente sua cruz – Estamos sempre pensando nos outros, nos nossos familiares, amigos ou mesmo inimigos.
Concentre-se em você. Não, isso não é egoísmo, é um caminho para solução dos problemas, primeiro porque você não interfere no livre arbítrio de terceiros e segundo porque é você quem está lá . Não dá para tirar os outros do buraco se você ainda estiver dentro dele.

O máximo que vai acontecer é os outros subirem sobre você para tentarem sair do buraco. De forma prática, acenda somente suas velas, prepare  seus banhos, faça  suas orações e trabalhe seu íntimo. Nem precisa dizer que trocar informações sobre sua consulta com o próximo é tão ruim quanto usar a receita médica de outro paciente para curar a sua doença.


3) Vista-se adequadamente – Grande parte da população normal usa trajes de acordo com a situação ou ocasião. No matrimônio utilizam-se roupas de casamento, para nadar utilizam-se trajes de banho e é assim para o trabalho, para dormir, para passear no parque ou praticar esportes.

Seguindo o mesmo raciocínio seria natural ir ao templo religioso com roupas adequadas para isso, ou seja, claras e sem decotes. Sim, vivemos num país predominantemente tropical e o calor beira ao absurdo, mas nada impede você de levar uma camiseta branca na sua bolsa ou mala e vesti-la instantes antes do atendimento.

Não fique preocupado se essa camiseta extra combina com o restante de seu traje, o atendimento é para o espírito e não para a etiqueta da vestimenta.


4) Não seja curioso – Durante o atendimento procure prestar o máximo de atenção no que está sendo dito para você.

Não tente escutar conversas de outras consultas e nem fique olhando para o que acontece do lado, mesmo que seja um descarrego daqueles “bem barulhentos”.

Quanto mais atenção você prestar no guia que está falando com você mais rápida e eficiente será sua consulta, você terá menos dúvidas e, de quebra, você não leva pra casa carga dos outros consulentes.


5) Se você não puder fazer os banhos, defumações, e tudo mais, diga ao guia.

Ele não vai ficar ofendido. Juntos vocês vão buscar outras alternativas viáveis. Agora se você se comprometeu a fazer o que lhe foi proposto então FAÇA e FAÇA DIREITO.

Tudo que lhe é passado para fazer em um atendimento tem um propósito, um objetivo e muito provavelmente tem prazo de validade.

Não dá para fazer neste carnaval o que foi pedido na Páscoa do ano passado. Ah, e tem outra… não fazer e falar que fez é o mesmo dizer que estudou pra prova e na hora H ganhar aquele zero. Mais cedo ou mais tarde a verdade aparece e quem sofre as maiores consequências é você e as pessoas que gostam realmente de você.



6) Vibre sempre energias positivas – O número da sua ficha de atendimento é 80 e ainda estão chamando o número 10? Parabéns! Isso significa que você terá mais tempo para refletir e pensar em como melhorar sua vida rezando num templo religioso!

Sim, toda energia trabalhada tem que fluir para algum lugar e graças à lei da afinidade você pode entrar no terreiro com um probleminha e sair com 80 novos problemões.


7) Sua consulta terminou ? Vá embora – Encontros sociais, conversas com parentes, discussões sobre política, religião e futebol ou mesmo matar saudade de conhecidos são coisas para serem feitas em lugares mais apropriados como uma lanchonete, um churrasco de domingo ou mesmo lá na padaria ou no café do supermercado 24 horas.

O baixo astral é persistente e age sempre na sutileza, portanto, quanto menos brechas você der melhor será pra você e para os guias que se esforçaram bastante para buscar soluções no seu atendimento.

8) Procure saber mais a respeito – Há quanto tempo você é assistido num terreiro? Muito? Parabéns de novo!

Leia um bom livro, entendendo mais sobre o assunto aumentam as chances de você fazer mais e melhor. Os problemas não vão acabar mas quanto mais desafios você superar nesta vida mais pleno ficará seu espírito e maior será sua contribuição para a evolução dos ser.




09) Não visite – Se você está procurando um terreiro por curiosidade, pra ver como é ou pra ver “se é bom”, por favor, não perca seu tempo. O trabalho espiritual é voltado para quem realmente precisa, tem fé, acredita, trabalha, tem paciência e a compreensão de que tudo que acontece na vida é por puro merecimento.

Quer resultados rápidos, amarrações e garantias? Procure por telefones nos postes da sua cidade, com certeza tem alguém vendendo o que você procura … só não vá falar que isso é Umbanda ou trabalho religioso porque respeito é o mínimo que um ser humano deve ter.



10) Confie em você mesmo e tenha fé – ninguém é obrigado a ficar em um terreiro onde não se sinta bem, mas ficar indo em vários terreiros ao mesmo tempo é igual a iniciar o tratamento de uma doença em diversos médicos simultaneamente: além de gastar tempo e dinheiro seu corpo sofre com medicamentos diferentes.

É preciso ter fé, acreditar, ser racional e paciente, portanto confie na sua escolha, analise e seja crítico consigo mesmo para não perder o seu tempo, o tempo dos médiuns e o tempo dos guias.


Precisamos sair da passividade e assumir uma postura mais centrada e inteligente para fazer da nossa Umbanda uma religião de respeito.


Clareza e verdade é bom pra todo mundo e disciplina, ao contrário do que muita gente pensa, não é escravidão, é liberdade!


Venha lhe aguardamos de braços abertos
















terça-feira, 20 de setembro de 2016

UMBANDA É PÉS NO CHÃO,MAIS VOCÊ SABE POR QUÊ ?





Todo Umbandista já deve ter ouvido a frase “Umbanda é pé no chão”. Mas será que todos sabem o porque de ficarmos descalços em nossos terreiros? São três motivos principais.

O primeiro é que o solo representa a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços tocando com os pés no chão estamos entrando em contato com estes ancestrais e, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.

O segundo motivo pelo qual tiramos os calçados é o respeito ao solo sagrado do terreiro. Imagine que vir da rua com os sapatos sujos e entrar com eles onde nossos trabalhos espirituais são realizados seria como alguém entrar em nossa casa carregando uma montanha de lixo que vai caindo e se espalhando por todos os cantos.

Diante desta situação você diria o quê? No mínimo que essa tal pessoa não tem respeito por você ou pela sua casa. O terceiro motivo é o fato de que naturalmente nós atuamos como “para-raios” e ao recebermos qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum material isolante entre nosso corpo e o chão, ela automaticamente se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule ou leve determinadas energias consigo. Além de tudo isso podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito Umbandista.

Vale lembrar que no início este costume, nos cultos de origem africana, tinha outro significado. Os pés descalços eram um símbolo da condição de escravo, de coisa,uma vez que o escravo não era considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do gado bovino das fazendas. Quando liberto a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos que eram o símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse incluso na sociedade formal.

O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiam-se de novo na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.


Tenho certeza que agora entrar descalço no terreiro terá um outro valor e sentido. Não é mesmo?












domingo, 18 de setembro de 2016

AMACIS E BANHO DE ERVAS






O amaci é uma mistura de ervas maceradas acrescentada à água de cachoeira, que é devidamente magnetizada em ritual próprio na frente do congá, a fim de fortalecer o tônus mediúnico facilitando as incorporações. A aplicação do sumo extraído das ervas se dá atrás do crânio, massageado na altura do bulbo raquidiano, diretamente numa linha vertical com a glândula pineal, centro psíquico de recepção da mediunidade que está diretamente ligado ao chacra coronário.

Existem terreiros de umbanda que não fazem amaci, alegando que os espíritas manifestam espíritos e os dispensam. Essa comparação é estapafúrdia e sem nenhum fundamento, provavelmente oriunda do ranço preconceituoso dos espíritas por todo e qualquer tipo de ritual.

Sabemos inclusive que existem terreiros onde não se pode acender nem mesmo uma vela; outros dispensam os pontos cantados, bastando a "concentração" do médium. Se fosse um jogo de encaixar, tais posturas seriam como querer colocar um triângulo no buraco de um quadrado.

Temos de ter claro que o médium espírita, ao contrário do médium que labuta na umbanda, não trabalha com desmanche de pesados fluidos do Astral inferior, não desintegra campos de força magnéticos sustentados pelos despachos feitos com sangue e animais sacrificados, nem serve de escudo fluídico para energias jogadas contra consulentes que procuram os terreiros.

A verdade é que, em determinados momentos do calendário de atividades anuais caritativas, o medianeiro começa a sentir fraqueza generalizada, acompanhada de dor de cabeça, indisposição e desgaste geral. Além da re-energização regular junto à mata, cachoeira e mar, associada ao amaci, deverá tomar os banhos de ervas do pescoço para baixo, fortalecendo os seus chacras com plantas afins com os seus orixás regentes e guias em preceitos de fixação, consagração, proteção e descarga vibratória, para harmonizar o complexo fluídico (corpos e chacras).














(Umbanda Pé no Chão, Norberto Peixoto)

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

PONTOS DE UMBANDA





Na Umbanda, um dos mais importantes fundamentos é o ponto cantado, cantigas em louvor aos Orixás e as linhas de entidades trabalhadoras. Estes pontos são como mantras que evocam determinadas energias, servem para trazer as entidades como para se despedir delas, além de muitas outras finalidades. Selecionamos alguns dos mais tradicionais pontos cantados de cada linha para apresentá-los aqui.

Ponto de Firmeza

Este ponto deve ser cantado após todo o ritual de abertura da gira; é o momento em que pedimos a permissão dos orixás que trabalharemos naquela gira para lidar com os mensageiros dele (Caboclo-Preto-Velho) .
Não podemos confundir esse ponto com o de firmeza do guia ou do médium este ponto é de firmeza da linha.
Ex: Se vamos trabalhar com os caboclos de Oxóssi pedimos permissão a Oxossí e assim por diante.

Ponto de Coroa

Este é o segundo ponto a ser cantado nos trabalhos; é um ponto direcionado ao guia-chefe da casa. Naquela linha em muitas casas o guia-chefe incorpora neste momento, ai o ponto fica sendo como o de chamada para o guia-chefe, mas saibam que estamos cantando para o chefe da linha direcionado á coroa dele, pode ser um ponto com o nome ou falange dele.

Pontos de Chamada

Pontos cantados para que aconteça a incorporação nos médiuns, muitos chamam também de pontos de chegada. Para que aconteça a incorporação, não necessariamente temos de cantar o ponto de chamada, pois vemos que no durante os trabalhos, sempre acontece a incorporação e desincorporação, mesmo sem estarmos cantando os pontos para essa finalidade. Mas saibam que o correto é direcionar o trabalho e,no momento da incorporação cantar o ponto de incorporação (chamada).

Ponto de Saudação

Cantamos este ponto durante os trabalhos para exaltar as forças e as qualidades de um determinado guia; algumas pessoas chamam essa classificação de ponto primitivo,mas nós consideramos que todos os pontos que falam ou são passados pelos guias são primitivos e o momento é que determina a classificação do ponto.

Pontos de sustentação

 Este tipo de ponto é cantado para se comandar a gira,durante os trabalhos em si;são os pontos que cantamos para manter a sustentação energética da gira;pode ser ponto falando do guia,das forças do guia,de como ele trabalha,onde ele mora,como ele ajuda os filhos,pode ser ponto falando da falange a que pertence,pode direcionar para a coroa do guia ,pode saudar o guia,pois o momento é de sustentação energética .aqui entra a maioria dos pontos.

Pontos de subida

Pontos cantados para que aconteça a desincorporação dos guias nos médiuns. Também o classificam como ponto de partida ou despedida dos guias, mas o sentido é o mesmo.

Para todos os momentos dos nosso trabalhos existem pontos específicos a ser cantados.Os trabalhos na Umbanda são cantados desde o início,com defumação até o fechamento da gira ,por isso devemos buscar os pontos corretos para cada momento e não simplesmente cantar qualquer tipo de ponto.













terça-feira, 13 de setembro de 2016

BANHO DE ERVAS







Banhos de ervas não são exclusividade nos terreiros de Umbanda e Candomblé, de modo geral, temos banhos de todos os tipos ligados a diversas visões religiosas.

A troca de energia com os elementos da natureza é feita a todo momento, mas num mundo tão urbanizado, lançar mão deste recurso pode ser um atalho e um método fortificador de se alcançar algum equilíbrio.

Nós, da Umbanda, temos vários tipos de conhecimentos, portanto, banhos diversos, que devem ser feitos sob orientações corretas e cada um para sua finalidade específica. Os mais comuns são o banho de descarrego, banho de proteção ou defesa, banho de energização ou re-energização.

Funções dos banhos de ervas da Umbanda
É claro que os nomes variam de lugar para outro em que se busca, mas o mais importante continua sendo a finalidade verdadeira e a intenção no coração de quem toma os banhos de ervas da umbanda.

O banho de descarrego costuma ser o mais procurado e o primeiro a ser tomado. É, essencialmente, um banho de limpeza espiritual e, assim como um banho comum, leva consigo a sujeira, mas também os elementos benéficos, e não descarrega apenas as energias negativas. Este é um banho de descarrego completo!

O banho de energização convém para aqueles que tiveram a necessidade de um descarrego mais poderoso e poderia ser chamado de “banho de recarrego”, já que sua função é restabelecer as energias positivas que foram embora no descarrego ou pelo simples desgaste cotidiano. Seria comparável a passar um hidratante após o banho pois os óleos naturais e benéficos à pele se foram junto com a sujeira. Veja exemplo desse banho aqui.

O banho de proteção tem, obviamente, o propósito de manter os chacras protegidos após a limpeza, é semelhante a usar um protetor solar para sair pelas ruas pois estaremos expostos, novamente, a todo tipo de impureza.
Há ainda alguns banhos reservados a médiuns e iniciados na Umbanda ou mesmo em outras religiões, mas para todos, médiuns ou não, iniciados ou leigos, recomenda-se os banhos com elementos naturais e essências como foram falados acima.

A saúde do espírito é tão valiosa quanto a do corpo, porém exige maior atenção, só porque muitas vezes é negligenciada, mas é o equilíbrio e o cuidado com os dois lados da existência que traz o verdadeiro bem-estar.









sábado, 10 de setembro de 2016

FAZER O BEM







Com efeito, todos estamos em condições de fazer o Bem, nada importando que sejamos brancos, negros, amarelos ou vermelhos; pobres, miseráveis ou ricos; investidos de poder temporal ou não; intelectuais ou sem nenhum estudo, etc.
E fazer o Bem, ao contrário do que à primeira vista possa parecer, não é somente doar um pedaço de pão a quem tem fome, um par de sapatos a quem está descalço, um agasalho a quem não tem onde se abrigar ou, como é mais comum, repassar algum dinheiro para as necessidades mais urgentes de outrem, conquanto tudo isso seja excelente e deveras importante, servindo também, no mínimo, de treinamento para o desapego dos bens materiais, que ninguém levará para o outro lado da vida, a vida espiritual, de onde todos proviemos e para onde todos retornaremos, e, simultaneamente, valendo como exercício da caridade que, no dizer do apóstolo Paulo de Tarso, "é o amor em ação".

Fazer o Bem é ser útil, na medida do possível; é doar-se, doando um pouco do seu tempo, da atenção, do carinho, da amizade, do respeito, da compreensão, do amor... E todos, sem exceção, podemos ser úteis, doando-nos, como, por exemplo, quando ouvimos com atenção e interesse o interlocutor aflito, desejoso de conhecer outra opinião ou, pelo menos, de desabafar, aliviando-se da angústia ou da ansiedade. Por igual, quando conseguimos impor silêncio à tentação de reclamar, o que seguramente aumentaria a confusão, pacificando quanto possível o ambiente em que nos encontramos, optando pelo entendimento, sempre.

Também podemos ser úteis no dia-a-dia, nas mínimas coisas, prestando informação correta a quem não seja da cidade; auxiliando um cego a atravessar a rua; visitando um doente que esteja hospitalizado, levando-lhe uma palavra de esperança; oferecendo-nos para a realização de trabalhos diversos, nos mais variados campos, sem esperar pela convocação; trabalhando, enfim, com capricho em tudo o que fizermos, nas tarefas simples ou nas complexas, cumprindo por esse modo a nossa parte e contribuindo para a harmonia e o equilíbrio das relações sociais, uma vez que vivemos em regime de interdependência, vale dizer, dependemos uns dos outros. E, que não se perca de vista, "toda ocupação útil é trabalho", como bem o define a veneranda Doutrina Espírita (questão 675 de O Livro dos Espíritos), que, com ênfase, nos ensina: "O mérito do Bem está na dificuldade em praticá-lo.

Nenhum merecimento há em fazê-lo sem esforço e quando nada custe. Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com outro o seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá do que lhe sobra, disse-o Jesus, a propósito do óbolo da viúva" (questão 646 da mesma obra básica), alertando-nos, igualmente, que devemos fazer o Bem no limite de nossas forças, porquanto responderemos por todo mal que haja resultado de não termos praticado o Bem (questão 642 de O Livro dos Espíritos), ficando claro, assim, que não basta deixar de praticar o mal.

Não praticar o mal, portanto, é um bom começo, mas não é por si suficiente. Não basta. É preciso, é absolutamente indispensável, que haja a prática do Bem. E, a despeito das aparências em contrário, só o Bem é real e permanente! Não praticar o mal, portanto, é um bom começo, mas não é por si suficiente. Não basta.

















 (Jornal Mundo Espírita de Junho de 1998)



sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A Procura do Milagre







É comum ouvir-se o desabafo humano diante da ineficácia dos “terreiros” da vida. Desalentados confessam que já fizeram de tudo, cumpriram ao pé da letra todas as instruções recebidas das entidades e nada de solução para os graves problemas que os assolam. Chegam à conclusão de que tudo não passa de um engodo, de encenação, de um circo onde atores amadores fingem que recebem seus guias, se é que eles existem.

Pobres criaturas! Quem somos nós, pequenos humanos diante da insondável vastidão do Universo? Que concepção errônea fazemos de Deus Pai e das sublimes manifestações do Astral permitidas por Ele!

Não percebemos que a solução e a procura da verdade encontram eco dentro de nós. É em nosso âmago que nos deparamos com a resposta. É necessário que deixemos aflorar a vontade de se modificar, de se organizar interiormente. Enfim, toda base dessa procura deve ter origem no “dentro de nós”, no “dentro para fora”.

A transformação só ocorre se limparmos, arejarmos, perfumarmos, imantarmos com pensamentos positivos a nossa casa interior, associada à vontade férrea de conquistá-la e tê-la.

Não se é possível alcançar a saúde física, o equilíbrio emocional num relacionamento, a vitória no campo material se ocorre o desequilíbrio intrínseco.
Conscientes do desejo de mudança, façamos uma análise profunda. Errar, todos erramos. Não tenhamos vergonha de admitir nossas fraquezas. Não nos esqueçamos de que é mais cômodo colocar a culpa das mazelas no ombro do outro, na vida, na sociedade, no governo...

Assim, as sábias mensagens do Astral Superior que nos vêm sob a roupagem de Criança, Caboclo e Preto-Velho envolver-nos serenamente trazendo um alento para nossas angústias, o passe fluídico, a palavra amiga terão ressonância dentro de nós, porque assim o permitirmos e nos predispusermos. Sentiremos em nosso ser vibrar com Força Divina a Luz da Umbanda vinda através da pureza das Crianças, da fortaleza do Caboclo e da sabedoria de vida do Pai-Velho.

Quem tiver ouvidos para ouvir, que ouça; quem tiver olhos para ver que veja; quem tiver força interior, que deixe vir o despertar conscencional para começar a viver a Mensagem Sampientíssima de Zambi, Cristo Oxalá e seus Mensageiros.


















quarta-feira, 7 de setembro de 2016

FIRMAR A CORRENTE






Se você é pai no santo ou médium frequentador de algum terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer:  - "Olha a corrente, gente! Vamos concentrar"!
Você sabe realmente o que isso quer dizer? Muita gente (até as que falam) não sabe! O que é essa tal de "corrente"?

Será uma corrente de ferro ou de fibras que se forma no invisível? Será uma corrente que vai prender os espíritos? Será? Será?

Na verdade, quando um dirigente (quando bem preparado) chama a atenção para a "corrente" é porque ele sentiu uma queda ou diminuição na energia ambiente (EGRÉGORA) que deve ser mantida pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de auto-preservação.

Numa gira de Umbanda ( e em outros cultos), um grupo de pessoas deve estar UNIDO POR UM MESMO IDEAL. Isso é a base de tudo!

Criada a egrégora (pela união dos pensamentos direcionados aos mesmos fins), cada vez mais energias de mesma sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas atuam imediatamente nas pessoas que ali estão, e em alguns casos, se for bem forte já começam a operar alguns "milagres", desde que as pessoas estejam em estado de recepção (concentradas no ritual e ansiando por receberem um bem).

As entidades afins (os seres espirituais) penetram e até são atraídas para o interior. Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma força invisível (a energia) que a princípio é incompatível com suas vibrações (isso se tudo estiver "correndo bem").

Obs.: se a corrente mediúnica estiver fraca, as pessoas com pensamentos confusos, dispersos, distraídos, ou com maus pensamentos, então um caos poderá se implantar, podendo ocorrer ataques de entidades inferiores que sempre esperam uma oportunidade para atrapalharem os trabalhos e até fazerem o mal as pessoas ali presentes – nota da blogueira.

Se uma entidade inferior for atraída para dentro da egrégora, ela fica de certa forma subjugada pela força desta e desse modo se consegue lhes dar um melhor encaminhamento para outros planos espirituais.

As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os que ali estão na medida de suas possibilidades.

A técnica usada nos terreiros de Umbanda e Candomblé para formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem dirigidos) está baseada nos rituais de "abertura".


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Fazer com que a assistência de um terreiro participe ativamente ( assistência = nome dado ao publico em geral que procura ajuda ), pensando positivamente, deve ser parte obrigatória de TODAS as giras de Umbanda. Essa, no entanto é uma prática esquecida e o que se vê em muitos terreiros é uma assistência quase sempre alheia, só participando em alguns momentos, de preferência quando vem ao encontro do que lhes interessa.

Dessa egrégora são retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada.

Por outro lado, se a corrente ou egrégora das "giras" não for suficiente, várias complicações podem acontecer com o passar do tempo, sendo que, o (a) dirigente, por ser o centro maior das atenções e para quem convergem as maiores quantidades de energia ali geradas e mesmo as trazidas pelos assistentes, é quem sofre, por assim dizer, as maiores consequências dos trabalhos realizados sem a devida segurança.


Muito sérias, são as consequência de uma corrente fraca num terreiro, fazendo com que muitos médiuns que não estão com o pensamento firme, positivo, e de elevado teor, saiam do terreiro piores do que quando entraram.