segunda-feira, 31 de julho de 2017

POR QUE JESUS FALAVA POR PARÁBOLAS






Ninguém gosta de ouvir conselhos, Jesus sabia disso com toda a certeza. As palavras quando são ditas em forma de conselhos são sempre ouvidas com desdém. A causa disso é a própria personalidade humana.

As pessoas gostam de dar conselhos, mas não gostam de seguir conselhos. As mesmas pessoas gostam de copiar exemplos e não gostam de ser copiadas. Mas o detalhe é esse mesmo: Quem quer ser ouvido ou seguido deve procurar se fazer copiar.

Isso vem com a resposta para aqueles pais que não sabem mais o que fazer para serem ouvidos pelos filhos ou filhas. Ou procurem dar exemplos, sem grandes 'verborragias', ou procurem falar que nem Jesus falava: por parábolas.

As parábolas são “estorinhas” curtas, as vezes apimentadas e prolixas e outras vezes longas e simplórias, mas o efeito é quase sempre alcançado: as pessoas adoram ouvir estórias e se colocam como atores delas na maioria das vezes. Assim, aquele que conta a estória não parece ser o autor da mesma, desse jeito aquele que escuta tira proveito, já que sua vaidade não foi enxovalhada.

O conselho é sempre antiprodutivo. Ou ele magoa ou ele põe em xeque a inteligência daquele para quem ele é direcionado. Por isso que ele não cola. Ninguém gosta de ser chamado de burro por tabela e ninguém gosta de saber de suas fraquezas, ainda mais quando elas são calculadas pela mente e pela boca de outra pessoa.

Se você é pai ou mãe atente para esse detalhe, pois os filhos, fofos ou fofas, não gostam de fragilizações e vão fazer de tudo para contrariá-lo, só para te provar que tu está errado ou errada, embora quebre a cara.

Você pode estar perguntando a razão disso. É a alma humana, a constituição da personalidade humana. A idade não interessa, se a personalidade não é soberba ela não é completa e o ser humano passa a não se reconhecer como indivíduo. 

Sabedor disso, trate os rebentos na base do exemplo e das estórias que envolvam fatos aos quais você quer direcionar a mente deles. Pode ser notícia de jornal, de ontem, de hoje ou de antigamente. Pode ser coisa bíblica ou de qualquer livro religioso, desde que vá ao encontro daquilo que você deseja.

Falar por parábolas e pedir a opinião do audiente sobre ela, buscando com isso o objetivo esperado, eis o que o Mestre fazia. Quando não falava por parábola, dizia: "Em verdade, em verdade vos digo", numa tentativa de, humildemente, sempre falar em nome de alguma coisa ou por alguma coisa, mas nunca por si mesmo. Que era para poder ser ouvido.











Por Marlon Santos

terça-feira, 25 de julho de 2017

ANTES DE ACENDER UMA VELA , LEIA ISTO









Instruções Gerais de Conduta Moral,Espiritual e Física dos Médiuns de Umbanda:

• Manter dentro e fora do Centro, isto é, na sua vida religiosa ou particular, conduta irrepreensível, de modo a não ser alvo de críticas, pois qualquer deslize neste sentido irá refletir no Templo e mesmo na Umbanda de forma geral.

• Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo os livros indicados pela Direção do Templo, bem como assistindo palestras e participando dos estudos.

• Conserve sua saúde psíquica, vigiando constantemente o aspecto moral.

• Não alimente vibrações negativas de ódio, rancor, inveja, ciúme, etc.

• Não fale mal de ninguém, pois não é juiz, e via de regra, não se pode chegar às causas pelo aspecto grosseiro dos efeitos.

• Não julgue que o seu guia ou protetor é o mais forte, o mais sabido, muito mais "tudo" do que o de seu irmão, aparelho também.

• Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, comentando, insistentemente, os feitos do seu guia ou protetor. Tudo isso pode ser bem problemático e não se esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda a sua conversa vaidosa ruir fragorosamente.

• Dê paz ao seu protetor, no astral, deixando de falar tanto no seu nome. Assim você está se fanatizando e aborrecendo a Entidade, pois, fique sabendo, ele, o Protetor, se tiver mesmo "ordens e direito de trabalho" sobre você, tem ordens amplas e pode discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas; e mesmo infringindo-lhe castigos materiais, orgânicos, financeiros e etc.

• Quando for para ao rito, não vá aborrecido e quando lá chegar, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de fé, de paz e, sobretudo, de caridade pura, para com o próximo.

• Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado pronto ou desenvolvido, é de sua conveniência tomar banhos propícios determinado por sua entidade. Se for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, o que será dado pela Direção do Templo.

• Não use "guias"(colares) de qualquer natureza sem ordem comprovada de sua entidade protetora responsável direta e testada no Templo, ou então, somente por indicação do médium chefe, se for pessoa reconhecidamente capacitada.

• Não se preocupe em saber o nome do seu protetor (tentar adivinhar) antes que ele julgue necessário. É muito importante para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma quaisquer gestos ou pontos riscados.

• Não mantenha convivência com pessoas más, invejosas, maldizentes, etc. Isso é importante para o equilíbrio de sua aura, dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é partilhar dela.

• Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar recompensa ou agradecimentos.

• Tenha ânimo forte, através de qualquer prova ou sofrimento, confie e espere.

• Faça “recolhimentos” diários, a fim de meditar sobre suas ações, pelo menos por 30 minutos.

•  Lembre-se de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e, portanto ligado à dor, a sofrimentos vários e conseqüentemente, às lições com suas experiências... Sem dor, sofrimentos, lições, experiência, não há carma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não erre mais, ou melhor, que não caia nos mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação: para isso, "mate" a sua vaidade e não se importe, de maneira alguma, com o que os outros disserem ou pensarem a seu respeito. Faça tudo para ser tolerante, compreensivo, humilde, pois assim só poderão dizer boas coisas de você.

• Zele por sua saúde física com uma alimentação racional e equilibrada.

• Não abuse de carnes vermelhas, fumo ou quaisquer excitantes.  

• No dia de rito, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar aos trabalhos espirituais, LIMPO DE CORPO E ESPÍRITO.

• De véspera e após a sessão, não tenha contato sexual.

• Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de HUMILDADE ou simplicidade NO CORAÇÃO (e não só nas palavras)

• A VAIDADE, O ORGULHO E O EGOÍSMO CAVAM O TÚMULO DO MÉDIUM.

• Aprenda lentamente a orar confiando em JESUS, o regente do planeta Terra. Cumpra as ordens ou conselhos de seu protetor. Ele é seu grande e talvez único amigo de fato e quer a sua felicidade.

• Seja pontual e não faltar aos ritos que tiver em seu terreiro.

• Mantenha um bom relacionamento com seus irmãos de fé evitando fofocas, dissabores e conversas improdutivas e invejosas.











Material retirado do livro Lições Básicas de Umbanda (Rivas Neto)

domingo, 23 de julho de 2017

ESCUDOS









Quando vamos a centros religiosos, sejam eles quais forem, sempre percebemos a presença de trabalhadores da casa que parecem dedicar sua vida toda a esse propósito.

De certa maneira, admiramos tais pessoas, nos perguntamos como é possível tanta dedicação para um único propósito. E isso pode se repetir em outras áreas de nossa vida. Um bom chefe, que sabe realizar o verdadeiro papel de um líder; um bom professor, que vê em cada aluno o seu grande potencial e sabe como trabalhar com isso; um chefe de família que sabe como exercer suas obrigações com maestria.

Com essa admiração, acabamos por ver somente esse lado bom das pessoas. Devemos sim, ter bons exemplos para nos guiar, porém, não devemos cair no engano de tornar nossos irmãos perfeitos deuses.

Todos nós temos nossos pontos fortes e fracos, e estamos juntos neste mundo, justamente para nos amarmos e aprendermos uns com os outros.

Talvez, aquela tarefa que nosso irmão encare com maestria, para ele seja algo banal, relativamente fácil, devido às suas experiências anteriores, dessa vida ou de outras.

O que devemos perceber, em nós mesmos, é quais são esses pontos, e no que devemos melhorar. Enxergando nossos pontos fortes, seremos capazes de trabalhá-los de maneira muito mais eficaz. Enxergando nossos pontos fracos, saberemos identificá-los e aprimorá-los.

Nossos pontos fracos, geralmente, se escondem atrás de escudos que criamos para as situações de nosso dia a dia. Talvez por algum trauma que passamos ou uma cicatriz que trazemos de outras existências, não nos damos a possibilidade de passar por certas situações por puro medo.

Uma decepção amorosa pode fazer com que criemos um escudo que não permita que outras pessoas se aproximem de nós. Sempre ficando com o pé atrás, não se permitindo conhecer uma nova paixão, que talvez seja a das nossas vidas.

Uma decepção no trabalho, que nos deixa sem motivação e crença em um futuro melhor, fazendo assim nos fecharmos para novas possibilidades, perdendo cada vez mais a vontade de crescer.

Infinitos são os exemplos que poderíamos citar aqui. O mais importante, contudo, é termos a coragem de identificarmos os escudos que criamos, para assim aprendermos a baixá-los e nos permitir sentir novas sensações e oportunidades.

Isso se chama Fé. Fé em nosso Pai, no futuro que escolhemos para nós mesmos.













Por Vinicius Takacs

segunda-feira, 17 de julho de 2017

O PASSE NA UMBANDA





O passe espiritual é um ritual que quando feito corretamente tem propriedades espetaculares de cura, descarrego, harmonização dos chacras, canalização das energias espirituais, enfim; uma série de benefícios que somente os seres superiores poderiam nos conceder quando nos assistem nos diversos tratamentos espirituais.

O médium que vai aplicar o passe espiritual precisa estar equilibrado emocional e espiritualmente e, se dedicar ao seu precioso dom com amor, o que é extremamente necessário para que o médium possa fazer contato com seres ou espíritos superiores e assim transmitir energias realmente benéficas a quem recebe o passe.

O que acontece no passe espiritual?
Passe mediúnico ajudando nos tratamentos espirituais
No passe espiritual, geralmente feito com a imposição das mãos, e sendo a Umbanda muito rica em entidades, cada uma pode ter o seu modo próprio de dar o passe espiritual.

Algumas entidades utilizam-se de ervas e plantas específicas, outras de tabaco, outras apenas da “varredura com as mãos”, típicas dos Pretos Velhos que limpam e descarregam aqueles que tomam o passe espiritual.

No passe espiritual acontece uma troca de energias muito bonita e ampla tanto de quem dá o passe espiritual quanto de quem o recebe.

Existem os passes que não envolvem a incorporação de nenhuma entidade, e são praticados com a própria energia espiritual do médium que a transmite diretamente para quem está recebendo o passe.

Geralmente as pessoas que recebem o passe espiritual relatam muito conforto e relaxamento após o ritual, como se tivesse tirado “um peso dos ombros” – muitos dizem.


Sensações ruins que experimentavam antes de receber o passe, muitas vezes desaparecem completamente após o ritual.










quinta-feira, 13 de julho de 2017

UM POUCO SOBRE A AURA







A aura humana mostra-se à visão do clarividente semelhante a um  enorme ovo evanescente, resultante da própria irradiação psíquica do indivíduo. A sua forma característica, comumente oval, circunda o homem até 80 a 90 centímetros, esfericamente, em  torno do seu corpo. A aura humana não é o próprio indivíduo, mas apenas a sua irradiação a  síntese dos eflúvios de vários princípios energéticos que funcionam em diversos planos, inclusive a soma das radiações do desgaste e resíduos do próprio duplo etérico.

Todas as coisas e seres criados por Deus são centros de energia condensada e comprimida, conforme aventou Einstein. Porém, essa energia, condensada no estágio material da vida, acha-se  num estado "antinatural"; ela forceja continuamente por retomar ao seu plano original de energia  livre, onde, realmente, se manifesta em sua plenitude integral. Deste modo, o mundo exterior ou físico desmaterializa-se, segundo por segundo, ante a fuga incessante dessa energia, inerente à aura  de cada objeto, planta, ave, animal ou homem, variando apenas quanto ao tempo ou prazo de sua  libertação. Como outros minerais, o rádio extingue-se mais cedo no cenário físico, pois decorrido certo tempo, ele será apenas energia desintegrada e perde a sua forma transitória no mundo físico.

Mas continua a existir ainda mais vivo e poderoso no seu verdadeiro reino oculto do Cosmo! Todas as substâncias, coisas e seres têm uma aura de irradiação oriunda dos seus princípios elementares constitutivos, pois a expansividade e a fuga energética é seu determinismo de vida. A matéria, figuradamente, é uma coisa "anormal"; todas as formas do mundo palpitam em alta tensão, pois não passam de prisões transitórias de energia, a qual se esforça incessantemente para retomar ao seu plano de origem.

O conteúdo íntimo de qualquer objeto, forma ou ser, no mundo físico, vibra numa reação rebelde e constante para fugir da sua condição incômoda e anormal de matéria! É um esforço expansivo e incessante para regresso à sua autenticidade energética. Por isso, os hindus aconselham o homem a libertar-se de "Maya", a grande ilusão representada pelo mundo material, efêmero e instável, onde os mais atraentes aspectos e fascinantes prazeres não passam de formas transitórias a caminho de sua dissolução em energia!

A desintegração atômica é somente a libertação prematura da energia prisioneira da condição matéria; isto é, graças à intervenção violenta da ciência humana no campo da força nuclear, então é feito de modo apressado aquilo que seria feito a longo prazo! A configuração exterior do Cosmo é apenas energia comprimida, a qual escapa ou sublima-se sem descanso, para retomar à sua fonte real. Disso resulta a aura esferoide ou ovalada que se irradia de tudo, ultrapassando sempre o espaço ocupado pelas coisas e pelos seres vivos. A aura lembra a chama que se evola esfericamente do pavio da vela, o calor irradiado de uma estufa, o perfume evolado de uma flor ou a luz de uma lâmpada!

A aura é somente a irradiação de um núcleo, veículo ou corpo central, que gera ou mobiliza as energias em incessante desgaste. Todos os seres vivos, inclusive os vegetais, são dotados de um duplo que lhes configura a forma e também traça os limites do seu crescimento e expansividade. Assim como o homem é portador de um perispírito, que lhe dá a forma humana e o mantém equilibradamente no meio onde habita, as espécies vegetais também possuem um corpo etérico provisório nutrido pelo prana ou vitalidade, o qual se desata da semente e expande-se até um limite peculiar.

Se o homem não fosse um perispírito limitado na sua configuração humana, é óbvio que ele cresceria indeterminadamente em todos os sentidos e durante a sua existência física, tornando-se a humanidade terrena um conjunto de gigantes em relação à sua estatura tradicional por nós  conhecida. Em breve, o orbe terráqueo estaria saturado e superpovoado por tais gigantes e coberto por uma vegetação em incessante crescimento. No entanto, graças ao perispírito, que funciona à guisa de um "cartucho" ou "molde" invisível a impedir o crescimento anormal do homem e do animal, e o duplo etérico que contém os vegetais, a Terra ainda é planeta suficiente para ser povoado e cultivado por incontáveis milênios.

 Evidentemente, se não fosse o perispírito, o homem que cresce 1,70 m. em 20 anos, então deveria atingir 3,40 aos 40 anos, 5,10 aos 60 anos e 6,80 caso chegasse aos 80 anos! Isso é a prova suficiente da imortalidade da alma, que situada no mundo oculto disciplina e sustém o corpo físico.














Magia de Redenção       Hercílio Maes         Ramatís

domingo, 9 de julho de 2017

NOMES DAS ENTIDADES E SUA MANIFESTAÇÃO





A coisa mais comum é um consulente dar preferência a certa entidade que já tenha familiaridade, ainda mais se ela trouxer um nome na qual o consulente já tenha confiança. Porém, essa questão de nome das entidades, também traz algumas dúvidas básicas, pois como pode um Caboclo Arranca-Toco estar incorporado aqui e em outro terreiro? Ou ainda pior, como pode no mesmo terreiro ter dois Caboclos Arranca-Toco trabalhando juntos?

A resposta para essas perguntas é simples: É porque são entidades diferentes que se utilizam do mesmo nome!


A ideia pode parecer óbvia para quem já frequenta o terreiro há muito tempo, porém o mesmo não é verdadeiro quando se tratam dos inciantes. Os guias espirituais se utilizam na verdade de nomes simbólicos, que representam a sua falange e linha de atuação. No caso do caboclo do exemplo ele é um, entre muitos, caboclos Arranca-Toco. São espíritos que têm afinidade com o caboclo Arranca-Toco original, que pode até ser mesmo um ser encantado – um espírito que pode nunca ter vivenciado uma existência humana. Na verdade, o Caboclo Arranca-Toco que incorpora no médium João, pode ter sido André em uma vida, e o Caboclo Arranca-Toco que incorpora no médium José, pode ter sido Sebastião, mas quando tomados pelo arquétipo da sua linha de atuação, tomam para si os trejeitos e a forma de agir do Caboclo Arranca-Toco original, que seria o sustentador dessas entidades com esse mesmo nome. Mas mesmo assim, algumas particularidades fazem com que as manifestações sejam próximas, similares, mas nunca idênticas. Isso se deve ao que é comumente conhecido como terceira energia.

 Os nomes, em alguns casos, podem ser interpretados, trazendo assim uma maior compreensão sobre as linhas de atuação, Orixás e forças que regem aquele espírito-guia. Por exemplo, o Orixá patrono da linha dos Caboclos é Oxóssi, independente para qual linha que o Caboclo trabalhe, Oxóssi sempre será seu sustentador. Prosseguindo no nome temos o Arranca e Toco, Arranca pode ser considerado como uma chave para a energia de Ogum, pelo gesto de força que representa essa palavra e Toco é o que restou de uma árvore morta, podendo ser atribuído a Omulu. Logo esse caboclo é apadrinhado por Oxóssi em sua linha, ainda sendo um caboclo de Ogum e Omulu, militando nessas forças. Assim dizemos que é um Caboclo de Oxóssi cruzado com Ogum e Omulu, apesar de que na Umbanda Tradicional apenas Oxóssi, Ogum e Xangô, arregimentam caboclos. Ogum é a Ordem e Lei, Omulu pode ser considerado o paralisador, transmutador, desmagnetizador e outras coisas mais. Então podemos ter que esse caboclo traz em seus atributos combater a paralisação através da ordem e também atuar trazendo a ordem para seres que se encontram paralisado em suas negatividades. Poderíamos desdobrar mais e mais ainda, falando que ele é um caboclo que traria a paralisação dos seres negativados de forma ordeira e de acordo com a lei, porém em alguns casos com ímpetos de força.

Mas, essa não é uma ciência exata, devido a algumas entidades militarem em mais forças do que simbolizam seus nomes, pois eles podem optar por ocultar alguns atributos, que muitas vezes acabam sendo representados em seus pontos riscados; ou então podem se utilizar de nomes simbólicos mas fechados. Como Pai Joaquim de Angola. Não dá pra determinar as forças que Pai Joaquim trabalha só pelo seu nome. Nesses casos devemos nos atentar para a simbologia em seus pontos riscados ou, melhor até, perguntar para a própria entidade.


O estudo detido do nome da entidade, sua linha de atuação, seu ponto riscado, entre outros traz para o estudante – como todo médium deveria ser – uma maior assertividade nos trabalhos.











quinta-feira, 6 de julho de 2017

CATIVEIRO DA ALMA









Cativeiro. Palavra difícil, essa.

Muitas vezes meus filhos julgam que o cativeiro é somente aquele em que os homens, geralmente os brancos, subjugavam negros e a eles impingiam toda sorte de sofrimento, de acordo com o mando do senhor dos escravos.

Quanto engano.

Há tantas formas de cativeiro...

O   jugo   que   o   homem   impõe    sobre   o   outro,   tentando   oprimir   as consciências, espalhando a infelicidade dentro dos corações. O cativeiro das idéias,   quando   o   ser   se   faz   escravo   de   certos   pensamentos,   já ultrapassados, ou mesmo das próprias idéias, que nem sempre dignificam quem está com a razão.

Existe a escravidão de um povo, de uma raça, de uma comunidade, de uma família ou de um indivíduo, quando se recusa a seguir o progresso da vida e estaciona no tempo. Mas há também a escravidão daqueles que se julgam sábios, que repetem coisas belas filosofias copiadas de outros e que são incapazes de realizar algo em benefício próprio, como a transformação íntima de suas tendências, seus costumes e idéias, pois se acham escravos de si mesmos.
Na verdade, o cativeiro da escravidão pode ter passado. No entanto, quem sabe Isabel, a princesa, tenha apenas aberto um caminho para que os homens não mais continuassem cativos de seus modismos, medos, ânsias e angústias; de sua pequenez sem sentido?

É preciso que os meus filhos se encarem no espelho. Não naquele espelho no qual costumam olhar-se pela manhã, mas no espelho do eu, na própria alma. Observar se não estão com grilhões atados na mente, na alma ou no coração.

E preciso liberdade. Mas liberdade não é o resultado de um decreto ou de uma assinatura em uma folha de papel. A verdadeira libertação é a da alma, que poderá um dia voar livre como as andorinhas no céu de sua própria   vida.  

Sem   grilhões,   sem   cordas,   sem   muletas. 

É preciso voar e voar alto, dentro de si mesmo.







Sabedoria de Preto Velho Pai João de Aruanda

Robson Pinheiro

segunda-feira, 3 de julho de 2017

ENTENDENDO O QUE SÃO PONTOS RISCADOS NA UMBANDA.







A Umbanda tem muitas coisas que pode nos passar despercebidas, mas que tem extrema importância para o ritual tão maravilhoso voltado a caridade dessa religião divina.     E uma dessas coisas são os Pontos Riscados.

Mas o que seriam Pontos Riscados, quais os seus significados, qual a sua representação? 

Abaixo vamos colocar resumidamente um pouco dessa demonstração de várias coisas para todos os Umbandistas.   

Pensando da forma do ser humano, do ser físico poderemos colocar da seguinte forma:

Uma pessoa tem identificações no caminhar de sua vida, identificações documentadas que representam o ser alguém. 

Como poderemos usar como exemplo, o nascimento de uma pessoa, logo teremos a sua primeira identificação documentada, que seria a sua certidão de nascimento, e a partir dai teremos, carteiras de estudante, carteira de motorista, certidão de casamento, carteira de identidade (RG), CPF entre outras identificações da pessoa, e assim quando chegarmos em um local que não somos reconhecidos fisicamente, apresentamos nossa documentação para que possamos ser vistos como o ser eu, e não sermos confundidos com um outro alguém.

Bem, isso na Umbanda, dentro de uma gira, na chegada de uma Entidade de Luz, estando incorporada em um médium, a Entidade faz com que ela seja reconhecida, e para isso usa-se o Ponto Riscado, que a grosso modo é a identificação da Entidade de Luz para seus consulentes. Para assim ser demonstrado que quem está ali é realmente uma Entidade de Luz e não um Espirito sem luz tentando enganar o consulente e o próprio médium.  

Esses Pontos Riscados são constituídos de riscos e símbolos gráficos, e as Entidades de Luz se servem deles para tal identificação. 

Eles normalmente são traçados ou riscados em tábuas ou no próprio chão. Essas ditas tábuas podem ser de madeira ou até mesmo em mármore, e são feitos com uma espécie de giz, que na Umbanda se da o nome de Pemba.

Essas pembas podem ser de várias cores, e a Entidade usa a cor determinante a linha que trabalha e ao Orixá que a rege.     Essas Entidades se utilizam de símbolos como: Sóis, Estrelas, Luas, Flechas, Arcos, Lanças, Triângulos, Folhas, Raios, Ondas, Cruzes entre outros.

Pode não parecer, mas os Pontos Riscados são os instrumentos dos mais poderosos dentro da Umbanda, pois uma vez sem ele, nada se poderia ser feito com segurança, uma vez que é com a Pemba que se tem o poder de fechar, trancar e abrir os terreiros conforme seja a exigência determinada do trabalho que será praticado. 

É também através do Ponto Riscado que uma determinada Entidade de Luz demonstra a sua graduação hierárquica, na qual também mostra toda a Falange de trabalhadores, que a suas ordens trabalham em prol a caridade e auxilio num trabalho que foi determinado ou pedido por alguém que necessita de uma ajuda espiritual.

Os Pontos Riscados nos demonstram, se a Entidade é um Preto Velho, um Caboclo, um Exú ou qual for a Entidade presente, essa demonstração nos é dada através da grafia, dos símbolos utilizados, e ainda ´por esse meio poderemos identificar qual seria o Caboclo, ou o Preto Velho ou qualquer Entidade de Luz manifestada no médium.

Os Pontos Riscados são extensos códigos registrados, firmados e sediados no plano espiritual, e cada um deles tem sua função específica.     Normalmente somente os Pais de Santos, realmente preparados, ou a Entidade firmada que sabem identificar com certeza e segurança, qual a Entidade de Luz riscou o ponto, da mesma forma em dizer com segurança qual Falangeiro de Orixá está na incorporação no momento a trabalho da caridade. 

Através do Ponto Riscado se pode dizer e confirmar a identificação da Falange da Entidade, também seus poderes e suas atividades.  

Cada linha e traço tem seu significado e muita importância no Ponto Riscado pela Entidade, portanto não se pode ser riscado por alguém  não preparado, sem conhecimento devido, ou por alguém que não seja a Entidade de Luz atuante. Caso não for dessa forma, o que será feito não passará de apenas riscos e rabiscos, sem a menor importância para as regras da Religião de Umbanda, a segurança de suas Giras, e a demonstração de suas Entidades. 


Conforme dito acima, os Pontos Riscados são traçados pelas Pembas, e essas Pembas são uma espécie de giz, elas são confeccionadas com calcário, ela tem uma forma cônica arredondada e diversas cores.     A Pemba é dita dentro da Umbanda que é um elemento puro, e ´por essa pureza é um dos poucos elementos que pode tocar na cabeça do médium, sendo ela utilizada para as lavagens de cabeça, assim como também em banhos de descarrego entre outras coisas.