domingo, 24 de outubro de 2021

MEU PRIMEIRO TRABALHO DA MATA

 



O trabalho foi agendado para a manhã de domingo. Na noite anterior, começou a chover. “E agora? Que pena, já pensou, termos que adiar? ” Pensei nos irmãos que cuidaram do preparo do lugar ainda na manhã de sábado, e em como todos deveriam estar se sentindo. Pensei, também, que talvez não fosse a primeira vez que nossa Casa tivesse que lidar com as contingências da mãe Natureza, e que aceitar suas manifestações também é sinal de respeito e fé.

 

O domingo amanheceu com o sol se infiltrando por entre as nuvens; cuidei da minha firmeza e fui, confiante, encontrar meus irmãos em nossa Casa; tínhamos que levar algumas coisas conosco, e dividimos em alguns colos, bagageiros e porta-malas.

 Disposta a “logística”, seguimos em grupos para uma propriedade particular, fora da área urbana, gentilmente cedida por amigos da Casa. Pudemos contar com suas presenças respeitosas e simpáticas, com privacidade e com segurança, em local onde poderíamos garantir o respeito à conservação da área.

Nossas Entidades cuidaram de nossa segurança física e espiritual, e demos início ao trabalho; contamos com um bom número de filhos da Casa, e a animação era geral (e se alguém estava com sono, disfarçou bem…).

 

O trabalho era destinado à promoção de equilíbrio mediúnico, e a energia de nossa egrégora era intensa e vibrante. De fato, um trabalho na mata - em contato com a terra, as árvores, um curso d’água – coloca em ação um padrão vibratório incomparável.

  

A chuva não voltou, e o sol me presenteou várias vezes, com a visão de seus raios por entre as árvores a resplandecer nas roupas brancas e nos sorrisos dos irmãos.

Sim, foi cansativo: foram horas em pé (eu sou meio urbanóide, é fogo ficar tanto tempo descalça no mato, rsrs), com a fome chegando, com o sol ficando mais corajoso, com a manifestação dos Guias (estou desavergonhadamente sedentária, preciso me cuidar com urgência)… mas voltei pra casa com muitos presentes (um bem-estar oceânico, uma paz profunda, uma leveza enorme) e ostentando orgulhosamente alguns “troféus de guerra”: um dedão esfolado, umas picadas de formiga, uma calça branca toda enfeitada com apliques de barro, uma dorzinha no corpo, típica de quem carregou um caminhão de mudança (o caminhão, não a mudança, kkk).

 

Tenho muito a agradecer aos nossos  Guias Espirituais, pela oportunidade concedida; é muito importante a sensação de pertencer ao grupo maravilhoso, é fraterno, é caridoso, é estimulante. No plano individual, devo confessar que a experiência foi enriquecedora demais.







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