sábado, 28 de novembro de 2015

A UMBANDA MUDOU SUA VIDA ?





– A Umbanda mudou sua vida?

Essa foi a pergunta que um parente fez outro dia para mim, quando falávamos da minha opção religiosa.

Achei meio injusta essa pergunta, considerando que eu conheço a umbanda a pouco mais de um ano, mas eu pensei no assunto.

O que havia mudado na minha vida com a umbanda?

– Primeiro eu descobri que tinha fé.

Antes eu tinha uma certa inveja daquelas pessoas que acreditavam cegamente em algo, porque eu não acreditava em nada de todo.

– Eu aprendi a não julgar ninguém.

Todo mundo tem uma historia, e essa historia a fez ser como é, agir como age ou fazer o que faz. Nem sempre somos ou fazemos as coisas conscientemente, somos manipulados pelos nossos sentimentos mais profundos e escondidos. Como dizer se essa ou aquela pessoa é certa ou errada, boa ou má, sem saber toda sua historia?

– Eu enxergo.

Acho que eu passei boa parte da minha vida cega. Eu não via as pessoas, apenas olhava para elas. Hoje eu as vejo! Entendo o que as motiva, percebo atitudes que antes eu não percebia, consigo separar muito bem o que é meu e o que é problema que outras pessoas estão transferindo para mim, aliás, eu percebo muito mais coisas, eu vejo as ruas e os prédios, eu vejo o sol e as estrelas.. eu vejo a vida.

– Eu aprendi o valor da meditação, da oração.

Antes da umbanda, rezar era algo que eu fazia só com os lábios. Hoje eu faço com o coração. E aqueles minutos que eu paro para me dedicar a mim, preparar me banho, acender minha vela, me ajoelhar e rezar, são momentos meus de meditação, de bons pensamentos, de bons fluidos, e isso anda fazendo muita diferença no meu dia a dia.

– Eu sinto desejo sincero de ajudar.

– Eu me sinto imensamente grata pela minha vida e as maravilhas que já consegui.

 Se a umbanda mudou minha vida?


Sim! mudou demais!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

TEM QUE SER DAR POR INTEIRO





Era uma vez um rapaz que tinha muitos problemas. Constantemente, em suas orações ele pedia que Jesus viesse visitá-lo no seu sofrimento. Um dia, Jesus bateu à sua porta e ele, maravilhado, convidou-o a entrar, e Jesus sentou-se no sofá da sala.

Na mesinha de centro, encontrava-se uma Bíblia aberta no Salmo 91. Numa das paredes, estava pendurado um bordado com o Salmo 23 e na outra um quadro da Santa Ceia.

“Senhor Jesus” – disse o jovem – “em primeiro lugar gostaria de dizer que é uma honra recebe-lo em minha casa, e conforme o Senhor deve saber, estou passando por algumas dificuldades e preciso muito da sua ajuda”.

“Filho,” - interrompeu Jesus – “antes de conversarmos sobre os seus pedidos, gostaria de conhecer sua casa. Onde é que você dorme”?

No mesmo instante o rapaz se lembrou que guardava no quarto umas revistas terríveis e se apressou em dar uma desculpa:

“Não Jesus, lá não! Meu quarto não está arrumado”!

Então Jesus falou: “Bem, e a cozinha, posso conhecer sua cozinha”?

O rapaz lembrou que na cozinha havia algumas garrafas de bebida que ele não gostaria que Jesus visse.

“Senhor, desculpe, mas prefiro que não” – respondeu o rapaz – “minha cozinha está vazia, não tem nada de bom para lhe oferecer”.

Neste instante, um barulho forte interrompe a conversa.

Era alguém que batia furiosamente na porta. O rapaz se levantou assustado e foi ver quem era. Abriu a porta meio assustado e viu que era o diabo.

“Sai da frente que eu quero entrar” - falou asperamente o tentador.

“De jeito nenhum” – respondeu o rapaz, e com muita dificuldade, conseguiu empurrar o diabo e fechar a porta.

Cansado, o rapaz voltou para a sala e continuou:

“Então, Jesus” – disse ele, “como eu estava falando com o Senhor, estou precisando de tantas coisas...”

Mais uma vez as batidas furiosas retornam, agora vindas da janela do quarto.

O rapaz correu para ver o que era e ao abrir, viu novamente o diabo.

“Agora não tem jeito, eu vou entrar” – disse o inimigo.

E mais uma vez o rapaz se debateu com ele e conseguiu fechar a a janela do quarto.

“Senhor” – disse ele voltando à sala – “desculpe a interrupção, mas conforme lhe dizia...”

Outra vez, agora nos fundos da casa, se ouviu um barulho, como se quisessem arrombar a porta. Vieram os gritos: “Eu quero entrar”!

O rapaz lutou com ele e conseguiu mantê-lo fora de casa.

Ao voltar disse: “não entendo, o Senhor está na minha casa e o diabo insiste em entrar”?

Jesus respondeu: “Sabe o que é, meu filho? É que da sua casa você só me deu a sala”.

O rapaz humildemente entendeu a lição de Jesus e fez uma limpeza imediata no interior da casa para entregá-la ao Senhor. Após a faxina, o diabo bateu mais uma vez à porta. O rapaz olhou para Jesus sem entender, quando Jesus disse: “Deixa que eu vou atender”.

Quando o diabo viu que era Jesus que estava naquela casa, disse: “Desculpe, foi engano” e saiu rápido, desaparecendo.

Muitas vezes, é assim que acontece com o nosso coração, que deve ser a casa de Jesus. Mas inadvertidamente, entregamos a Ele só uma parte de nossa casa espiritual, ou seja, apenas a sala, que é o local das aparências. Ficando os nossos interiores que são o quarto com suas dúvidas, a cozinha em seus descasos, o banheiro, o quintal e a varanda com seus medos. Então lutamos contra os visitantes que querem habitar aqueles locais que lhes são propícios para o desenvolvimento de suas ações.

Infelizmente, a maioria de nós entrega ai Senhor apenas parte da propriedade que deveria ser totalmente Dele, que é o nosso coração.

Não esqueçam do que nos disse o Mestre: O Pai habita em vós. Tu é a casa de Deus. Os olhos do Pai passeiam por toda a Terra e todo o Universo para se mostrar forte e defender a casa daqueles cujo coração é inteiramente Seu.

















(FONTE: JORNAL ESOTERA - MAIO DE 2004)

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ATITUDES QUE DRENAM AS ENERGIAS






1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.


2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a autoestima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.


3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.


4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.


5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.


6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.


7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.


8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do autoconhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.


9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.





















segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CONDUTA DE UM MÉDIUM DE UMBANDA







Instruções Gerais de Conduta Moral, Espiritual e Física dos Médiuns de Umbanda:

 • Manter dentro e fora do Centro, isto é, na sua vida religiosa ou particular, conduta irrepreensível, de modo a não ser alvo de críticas, pois qualquer deslize neste sentido irá refletir no Templo e mesmo na Umbanda de forma geral.

• Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo os livros indicados pela Direção do Templo, bem como assistindo palestras e participando dos estudos.

• Conserve sua saúde psíquica, vigiando constantemente o aspecto moral.

• Não alimente vibrações negativas de ódio, rancor, inveja, ciúme, etc.

• Não fale mal de ninguém, pois não é juiz, e via de regra, não se pode chegar às causas pelo aspecto grosseiro dos efeitos.

• Não julgue que o seu guia ou protetor é o mais forte, o mais sabido, muito mais "tudo" do que o de seu irmão, aparelho também.

• Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, comentando, insistentemente, os feitos do seu guia ou protetor. Tudo isso pode ser bem problemático e não se esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda a sua conversa vaidosa ruir fragorosamente.

• Dê paz ao seu protetor, no astral, deixando de falar tanto no seu nome. Assim você está se fanatizando e aborrecendo a Entidade, pois, fique sabendo, ele, o Protetor, se tiver mesmo "ordens e direito de trabalho" sobre você, tem ordens amplas e pode discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas; e mesmo infringindo-lhe castigos materiais, orgânicos, financeiros e etc.

• Quando for para ao rito, não vá aborrecido e quando lá chegar, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de fé, de paz e, sobretudo, de caridade pura, para com o próximo.

• Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado pronto ou desenvolvido, é de sua conveniência tomar banhos propícios determinado por sua entidade. Se for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, o que será dado pela Direção do Templo.

• Não use "guias"(colares) de qualquer natureza sem ordem comprovada de sua entidade protetora responsável direta e testada no Templo, ou então, somente por indicação do médium chefe, se for pessoa reconhecidamente capacitada.

• Não se preocupe em saber o nome do seu protetor (tentar adivinhar) antes que ele julgue necessário. É muito importante para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma quaisquer gestos ou pontos riscados.

• Não mantenha convivência com pessoas más, invejosas, maldizentes, etc. Isso é importante para o equilíbrio de sua aura, dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é partilhar dela.

• Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar recompensa ou agradecimentos.

• Tenha ânimo forte, através de qualquer prova ou sofrimento, confie e espere.

• Faça “recolhimentos” diários, a fim de meditar sobre suas ações, pelo menos por 30 minutos.

•  Lembre-se de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e, portanto ligado à dor, a sofrimentos vários e conseqüentemente, às lições com suas experiências... Sem dor, sofrimentos, lições, experiência, não há carma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não erre mais, ou melhor, que não caia nos mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação: para isso, "mate" a sua vaidade e não se importe, de maneira alguma, com o que os outros disserem ou pensarem a seu respeito. Faça tudo para ser tolerante, compreensivo, humilde, pois assim só poderão dizer boas coisas de você.

• Zele por sua saúde física com uma alimentação racional e equilibrada.

• Não abuse de carnes vermelhas, fumo ou quaisquer excitantes.  

• No dia de rito, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar aos trabalhos espirituais, LIMPO DE CORPO E ESPÍRITO.

• De véspera e após a sessão, não tenha contato sexual.

• Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de HUMILDADE ou simplicidade NO CORAÇÃO (e não só nas palavras)

• A VAIDADE, O ORGULHO E O EGOÍSMO CAVAM O TÚMULO DO MÉDIUM.

• Aprenda lentamente a orar confiando em JESUS, o regente do planeta Terra. Cumpra as ordens ou conselhos de seu protetor. Ele é seu grande e talvez único amigo de fato e quer a sua felicidade.

• Seja pontual e não faltar aos ritos que tiver em seu terreiro.

• Mantenha um bom relacionamento com seus irmãos de fé evitando fofocas, dissabores e conversas improdutivas e invejosas.












Material retirado do livro Lições Básicas de Umbanda (Rivas Neto)

domingo, 22 de novembro de 2015

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA AMÉM



Pois é, irmãos, a palavrinha Amém é recitada todo dia por milhares de cristão em todo o mundo, mas no fundo não paramos para pensar o que ela significa. Eu mesmo passei muito tempo sem saber ao certo o que quer dizer; muitos dos que leem esse post talvez já saibam o que significa, mas é sempre bom falar para anunciar aos que precisam saber.

Segundo a Wikipédia, Amém (Hebraico: אָמֵן, Árabe: آمين, ’Āmīn) é a palavra hebraica que indica uma afirmação ou adesão às vezes matizada de desejo, e pela qual terminam muitas orações no Cristianismo, no Islamismo e no Judaísmo. Pode traduzir-se em português, pelas expressões “assim seja”, “verdadeiramente” etc.









 Ou seja, toda vez que pronunciamos Amém no fim de nossas orações, estamos confirmando os nossos pedidos (que assim seja) a Deus, sendo sincero com Ele (verdadeiramente). É uma palavra forte, tão importante quanto a palavra Aleluia, indispensáveis no vocabulário de um cristão.

Agora, quando você orar, rezar ou fazer uma prece, já sabe o que significa Amém.


E que Assim Seja, Amém...

























quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O HOMEM QUE FAZ O BEM





"O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza.

Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Sabe que sem a sua permissão nada acontece e se lhe submete à vontade em todas as coisas.
Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.  

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos.

Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.

O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.

Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.

Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à ideia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.

Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.

É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."

Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.

Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.  

Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.

Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.

Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.

Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.

Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.

Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz."

















REFERÊNCIA:


O Evangelho Segundo O Espiritismo

terça-feira, 17 de novembro de 2015

A CURA SEM MILAGRES






No meio espírita não há santos e nem milagres!

A cura de doenças graves e enfermos já desenganados pela medicina local, através dos passes e preces, já não constitui novidade e sim uma esperança e doce expectativa no ambiente das Casas Espíritas. Também,  nenhum trabalhador espírita é tido por santo por haver materializado, por seu intermédio, a ajuda espiritual para que a cura ocorresse.

O medianeiro é  mero vaso que conduz o remédio. Nenhum Espírita ousaria se dizer autor de uma cura assim obtida, porque está ciente de que o socorro é prestado pelos Amigos Espirituais - Emissários de Deus -  em sagrada missão pelo nosso Planeta. Tendo como alto privilégio participar de eventos tão maravilhosos, o Médium dedicado ainda mais o considera quando se sabe, ainda, um ser impuro que busca o aperfeiçoamento e o crescimento espiritual.

Na cura espiritual não há milagre e não houve derrogação das Leis da Natureza. Realizaram-na os Emissários de Jesus em missão de socorro e caridade e, nesse mister, utilizaram energias físicas e espirituais que nós muito pouco conhecemos. Usar essas energias pode ser um privilégio, mas nunca um milagre.

"Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas", foi o que ensinou o Mestre Jesus.

A doença é um desequilíbrio energético que surge, inicialmente,  no corpo astral e deste se transfere para o corpo físico. A cura espiritual se processa da mesma forma, ocorre antes no corpo etérico, cujo reflexo denominamos aura, e só depois se materializa no corpo físico.

O Médium, mesmo sem dispor de conhecimentos específicos, coloca-se em sintonia com os Médicos Espirituais que farão o tratamento. Ele é o elemento físico imprescindível para a que a energia se transfira ao enfermo - na base do terra-a-terra. A natureza grosseira do corpo humano impõe que a energia seja transformada e aclimatada no ambiente da vibração do meio físico.


Com a graça de Deus - sem milagres - as curas, quase sempre, estão presentes nos tratamentos espíritas. Os tratamentos são ministrados e surtem bons e ótimos resultados, no entanto, só Deus sabe o que é melhor para a evolução espiritual de cada um dos enfermos, em face daquela doença.





















domingo, 15 de novembro de 2015

SALVE A NOSSA UMBANDA QUERIDA










No dia 15 de novembro de 1908 o médium Zélio Fernandino de Moraes estava em Niterói e foi surpreendido por uma paralisia inexplicável pela medicina e, logo em seguida, uma melhora igualmente inexplicável. Em visita à Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro recebeu, de forma mediúnica, a graça do contato com o Espírito que se identificou como Caboclo Sete Encruzilhadas, de quem recebeu a missão de fundar o novo culto.

Primórdios da Umbanda

José Fonseca, no texto ”A Umbanda Brasileira”, de 1978, fala sobre o dia da Umbanda com mais detalhes. Segue um trecho:

“Entre as datas sugeridas – 13 de Maio, consagrada aos Pretos Velhos –  e 22 de Novembro – dia de Arariboia –  venceu por unanimidade 15 de Novembro.  Nessa data,  em 1908,  manifestou-se pela primeira vez,  numa sessão da Federação Espírita,  em Niterói,  uma entidade que declarou trazer a missão de estabelecer um culto,  no qual os espíritos de índios e de escravos poderiam desenvolver seu trabalho espiritual,  organizado no plano astral do Brasil.

Na época,  esses espíritos aproximavam-se das reuniões espíritas,  mas as suas mensagens eram recusadas,  por serem eles considerados atrasados,  tendo em vista a condição de humildade com que se identificavam. A entidade,  que se apresentou aos videntes como um mentor espiritual,  deu o nome de Caboclo das Sete Encruzilhadas.

No dia seguinte,  verdadeira multidão compareceu à residência do médium – um jovem de 17 anos,  Zélio Fernandino de Moraes,  de tradicional família fluminense.  A entidade manifestou-se e determinou as normas do novo culto,  que teria o nome de “Umbanda”, declarando fundado o primeiro “terreiro de Umbanda”,  cuja prática seria exclusivamente a caridade espiritual,  através de passes, desobsessões e curas de enfermos.”

Estabelecia-se, então, uma religião tipicamente brasileira, como a sociedade misturada que é em todos os seus aspectos, que aceitava Espíritos de todos os graus de evolução e passaram por várias experiências e encarnações, talvez até mais próximas da realidade nossa de seres encarnados, eternos aprendizes.

Como todos os Umbandistas sabem, a história não é, realmente, tão simples quanto conta-la, pois o preconceito vindo de todas as partes continua sendo um elemento complicador do exercício da Umbanda. Muitas fábulas e contos narram diálogos entre espíritos ainda muito humanizados, seguindo o pensamento descrito por Fonseca, e representantes renomados do Espiritismo.

O Dr. Inácio Ferreira, conhecido psiquiatra Espírita, à frente do Sanatório Espírita de Uberaba narra, em seu livro psicografado “Sob As Cinzas Do Tempo”, o encontro com o espírito que se identificou como Pai Jacó, quando incorporado pela médium umbandista amiga do médico. Este era um nome intrigante para Dr. Inácio, pois o espírito disse-lhe ser alguém já conhecido por ele, mas que agora se apresentava com outro nome. Ora, o próprio Chico Xavier desfaz o preconceito em sua entrevista para o programa Pinga-Fogo, da década de 70.








A orientação dada pelos espíritos a Allan Kardec, encaminhador do Espiritismo, é a de que deve-se dar nome a cada nova existência. Daí muitos espíritas dizerem que Umbanda não é Espiritismo e se incomodarem com algumas religiões que, por outro lado, se dizem “religiões espíritas”, por acreditarem em um plano espiritual, mas que nunca se deram ao trabalho de ler o “Livro dos Espíritos”.

Os fanáticos, tão pouco tolerantes, acreditam-se muito puros ao defender Deus, mas não percebem que ao dizer que os espíritos são coisas do mal estão admitindo a existência dos próprios espíritos que temem. A Umbanda sofre ainda com seus sincretismos, incompreendidos, às vezes mal usados para camuflar a vergonha em se assumir uma crença em divindades de nomes africanos.





Umbanda ou Espiritismo?

O Dalai Lama disse recentemente que nenhuma religião pode ser universal, pois está submetida à cultura dos homens que a criaram. Se for feito um estudo unificador sério, é bem provável que o resultado seja a destruição das religiões, pois os personagens e as interpretações, estes cabem aos homens, e são incontáveis! Mas as histórias são as mesmas, repetem-se os ensinamentos, pois estes cabem a Deus.

Apesar disso, muitos ainda entram em discussões sobre o que é Umbanda, uma religião Espírita ou não? A dificuldade em se definir cada coisa em detalhes se dá por motivos mundanos como orgulho ou vaidade. Há casas de Umbanda que seguem as orientações do Espiritismo, outras não, e atualmente o pessoas do mundo inteiro se servem de ferramentas de diversas religiões para melhorar suas vidas ou buscar a Verdade.

Crenças são simplesmente ensinamentos, orientações, de seres superiores e não cabe aqui o orgulho. Consulte seus guias, vamos refletir sobre aquilo em que acreditamos realmente, aquilo que é comum a todos os seres humanos: a capacidade de fazer o mal e o bem.


Esqueça-se por um momento dos nomes e rótulos. Pergunte-se “Quem sou eu? O que eu quero fazer?” Depois de refletir sobre isso, verá que não importa o nome que se dá às coisas, mas sim para que elas servem. Encha o peito de ar puro e descubra seu caminho. Pergunte-se “O que eu posso fazer de melhor? Como posso fazer?”, Deus, então, te guiará!











UMBANDA MINHA


Caminhando eu vinha.
Trôpego o meu passo, quanto cansaço tinha
Quando te encontrei, Umbanda minha!

E se cantavam hinos e pontos e se cantavam
saravando Iansã
E as contas das guias a luz das velas brilhavam
Como orvalhos na manhã.

As velas jogavam luz nas flores, nos ramos
Havia perfume no ar, a cruz era venerada
E muito amor para se dar.

De repente de cores vestidos ficávamos de branco
E orávamos como pretensos anjos
E tão bem ficávamos assim unidos
Que até esquecíamos como estávamos vestidos.

Assim tão simples sem atavios
Olhando as velas em seus humildes pavios.

Umbanda, vou te amar-te sempre!
Mesmo que longe de ti me veja
Ou pela minha pequenez, muito
Longe de mim estejas.
Amarei teus Pretos-Velhos,
Arcados, encarquilhados,
cheios de sábios conselhos
Sempre os senti como espelhos!

Teus caboclos, cheios de força e de amor
Com um ramo verde ou uma flor
Emprestando a nós, pobre mortais
Grandes esperanças, nobres ideais!

Umbanda minha, aqui estou para servir-te
Pelo simples desejo de contigo estar
Agradecer o que de ti ganhei
Obedecer a tua santa lei
Aprender como se deve dar.

Tanto me ensinaste Umbanda
A grande força que há na natureza
A poderosa mão de Oxalá
O rio na sua correnteza
A pureza das águas do mar.

Xangô na sua justiça
Assentado na pedreira
Que passe uma vida inteira
Hei de sempre saravá

Da resina do pinheiro
Ao forte odor do cedro
No altar improvisado
O eco de um ponto cantado

Saudando o povo da mata
Falando da flecha e do arco
Do capacete de penas
E da cabocla jurema.

Reunidos nas brancas areias
Em volta do velho mar
Cantando as nossas sereias
E a nossa mãe Iemanjá.

Ah! Umbanda minha
Amparo dos desvalidos
Aquela que enxuga os prantos
E aos vencidos força dá.

Corrige-nos enquanto é tempo
Enquanto a hora se faz
Faz nosso teu juramento
De muito amor e paz.

Ogum com sua espada
Venha sempre nos defender
Na noite escura calada
Na dor de nosso viver.

Meu Pai Oxalá, abençoa nossos terreiros
E nos conserva de pé
Mostrando sempre nosso bom Pai
A verdade, a justiça, o amor
Guia seus filhos de fé.

Faz  nosso Templo humilde como senzala
Que nele haja a fé que não se abala
A fortaleza do povo da mata
A firmeza que há em Ogum
A limpeza das águas do mar.

Faz brilhar nossa estrela
Poderoso Pai Oxalá
Que possamos por ti sermos guiados
Para podermos guiar.

Conserva nossas esperanças
Em nossos protetores do espaço
Firma as nossas andanças
Situando os nossos passos.

Pai Supremo, nosso Deus
Livra-nos de todo o mal
Permita, se merecermos
Sermos por ti ajudados
Ampara nosso Congá

Que nele possa, meu Pai
A estrela da fé brilhar
O nosso coração que ele ilumine
 E brilhe em nosso olhar.

Possamos agradecer sempre
Aquilo que nos ensinaste
E cuidarmos com terno zelo
A semente que em nós plantaste.

As sete linhas saravando
As sete forças do universo
Que eu possa sempre cantar-te
Umbanda Minha, em meu verso.

               (Psic./Ieda Passos Bandeira/1984)