quinta-feira, 27 de setembro de 2018

SÍTIOS VIBRACIONAIS








Os Orixás são aspectos da Divindade, altas vibrações cósmicas que se rebaixam até nós, propiciando a apresentação da vida em todo o Universo. Cada um dos orixás tem peculiaridades e correspondências próprias na Terra: cor, som, mineral, planta regente, elemento, signo zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades astro magnéticas que fundamentam a magia na Umbanda por linha vibratória. Encontraremos nos sítios vibracionais dos orixás sempre os três reinos: animal, vegetal e mineral. Os sete sítios vibracionais principais são: mar, praia, rio, cachoeira, montanha, pedreira e mata, os quais descrevemos a seguir.

Mar: tudo no mar é movimento. Seu incessante vai e vem é a própria pulsação da vida, com sua expansão e contração, cheia e vazante, levando tudo o que é negativo, transformando-o e devolvendo convertido em positivo. Seu próprio som expressa essa possante e magnífica transformação.

Praia: tem praticamente a mesma composição do mar, sendo condensadora, plasmadora, fertilizante e propiciatória. Faz um potente equilíbrio elétrico, desimpregnado, descarregando excessos e promovendo o equilíbrio da energia interna do indivíduo.

Rio: condutor, fluente, sem ser condensador, faz as energias fluírem, e também vitaliza. É muito importante numa purificação astro-física do indivíduo e na eliminação da energia interno do indivíduo.

Cachoeira: encontramos elementos coesivos das pedras (mineral) e água potencializada na queda da cachoeira, que produzem ou conduzem várias formas de energia. Como as águas fluem num só sentido, purificam, descarregam, vitalizam, equilibram e fortalecem o indivíduo como um todo (no físico-etérico).

Pedreira: reestrutura a forma, regenera, fixa, condensa, plasma e dá resistência mental, astral e física ao indivíduo.

Mata: condensa prana (energia vital), restabelece a fisiologia orgânica, principalmente a psíquica, fortalece a aura, o campo astral, o eletromagnetismo, a saúde, o mediunismo, plasmando forças sutis.

Montanha: mesmo procedimento acima, havendo predominância dos elementos eólicos.











Fonte: Umbanda Pé no Chão, pelo Espírito Ramatis Norberto Peixoto.

domingo, 23 de setembro de 2018

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A CURA







É lícito buscar a cura, mas não se pode exigi-Ia, pois ela dependerá da atração e fixação dos fluidos curadores por parte daqueles que devem recebê-los. A cura se processa conforme nossa fé, merecimento ou necessidade. Quando uma pessoa tem merecimento, sua existência precisa continuar ou as tarefas a seu cargo exigem boa saúde, a cura poderá ocorrer em qualquer tempo e lugar, até mesmo sem intermediários (aparentemente, porque ajuda espiritual sempre haverá).

 No entanto, às vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo aquela dor ou limitação, que o reajusta e equilibra espiritualmente, o que nos faz pensar que nossa prece não foi ouvida. Para tanto, vejamos o que diz Emmanuel no livro Seara dos Médiuns, no capítulo "Oração e Cura": "Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus. A cura só se dará em caráter duradouro se corrigirmos nossas atuais condições materiais e espirituais.

A verdadeira saúde e equilíbrio vêm da paz que em espírito soubermos manter onde, quando, como e com quem estivermos. Empenhemo-nos em curar males físicos, se possível, mas lembremos que o Espiritismo cura sobretudo as moléstias morais". De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa sobre o assunto: "A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã.

O poder curativo está, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade, que, quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou espírito". Daí então se depreende que são quatro as condições fundamentais das quais depende o êxito da cura: o poder curativo do fluido magnético animalizado do próprio médium, a vontade do médium na doação de sua força, a influenciação dos espíritos para dirigir e aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé daquele que deseja se curar.



















terça-feira, 18 de setembro de 2018

MEDIUNIDADE NÃO É SINÔNIMO DE "MÁGICA"!







Todo Guia de Umbanda tem um compromisso firmado no Astral Superior de desenvolver em seus médiuns e tutelados, as condições necessárias para que ambos exerçam suas tarefas no plano físico.

Todo médium de Umbanda, muito embora faça parte de uma coletividade, passa por um aprendizado individual e um aprimoramento constante, a fim de assumir as responsabilidades com seus Guias e Protetores com outorga desse mesmo Astral Superior.

Para que haja uma boa sintonia e um bom aprendizado, o médium deve buscar ser dedicado, assíduo, perseverante e paciente.

Através da dedicação ao trabalho o médium ampliará a sua faixa de sintonia com os seus Guias e Dirigentes Espirituais da Casa que faz parte, colocando-se à disposição para o serviço que não começa e nem tampouco termina no momento do transe mediúnico.

A questão da assiduidade firmará no médium a disciplina, que é elemento indispensável na execução dos trabalhos. Quando o médium age com assiduidade a Espiritualidade sabe que sempre terá com quem contar.

A perseverança fará o médium compreender que aconteça o que acontecer, ele, o médium deve permanecer na caminhada abraçada independentemente da compreensão de outras pessoas.

Embora muitas vezes esteja rodeado de outros irmãos o médium vai se sentir sozinho, pois ele tem um caminho interior a trilhar cabendo só a ele escalar as etapas que se sucederem, bem como as montanhas da "calúnia", da "inveja", e do "comodismo alheio".

A paciência auxiliará ao médium na busca da serenidade, renunciando assim a irritação e ao imediatismo mediúnico que tanto prejudicará o bom andamento do seu aprendizado.

Mediunidade não é sinônimo de "mágica" e, portanto, o médium não sabe tudo. Claro que há os mais experientes por terem começado sua caminhada nos primeiros toques dos clarins, tendo já vivenciado alguns ensinamentos, porém sempre estarão aprendendo.

Ainda vemos hoje, muitos irmãos se perguntado: por que meus Guias não se apresentam logo? Porque não riscam seu ponto? Porque não me mostram logo tudo? Porque que eu que estou a mais tempo na Casa não sinto e nem percebo o que esse irmão que tem menos tempo sente e percebe? E assim seguem fazendo mais umas tantas perguntas...

Mas será que ao invés de só perguntarem, esses médiuns buscam responder para si mesmos como está o seu procedimento ou sua conduta como médium?

Guias e médiuns trabalham em parceria. A época do "guiísmo" já passou. E assim como as Entidades esperam o tempo dos médiuns, estes devem aprender o significado do silêncio por parte de seus Guias.













quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O FUNDAMENTO DOS CAMPOS VIBRACIONAIS







Desde o advento da humanidade no globo terrestre, a natureza tem sido fonte inesgotável de recursos bioenergéticos para a criação, evolução e sedimentação dos vários organismos que a compõem. As antigas religiões orientais como o Bramanismo, Hinduísmo, Confucionismo, Budismo, além dos cultos Ameríndios e Africanistas, sempre valorizaram a natureza como essência catalisadora de energias para equilibrar a psico fisiologia do ser humano.

É da natureza que se extrai os elementos necessários ao reajustamento das faculdades biopsicomotoras, tão importantes à mente, ao espírito e a parte corpórea. É na natureza que há uma maior interação entre o plano material e o astral. Em contato com rios, florestas, cachoeiras, mares, campinas etc., absorvemos as vibrações emanadas do Cosmo, que são recepcionadas por estes sítios de captação fluídico espiritual. É na natureza que encontramos o habitat de certas formas espirituais, de evolução diferente dos seres humanos, chamados por alguns de gnomos, silfos, salamandras, ondinas etc., o que na Umbanda nomeamos Elementais ou Espíritos da Natureza.

Os Elementais são os responsáveis pela manipulação etérea dos materiais existentes nestes sítios vibracionais, condensando partículas energéticas que muitas vezes são utilizadas por Caboclos, Pretos-Velhos, Exus e Crianças, dentre outros, para trabalhos de cura, desobsessão, neutralização de demandas e assim por diante.

Tal importância têm os Elementais na dinâmica telúrico-cósmica que Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, no capítulo destinado à categoria e classe dos seres espirituais, cita a existência de seres (os Elementais) responsáveis pela proteção, cultivo e manipulação de elementos atinentes aos diversos campos vibratórios.

Com a anunciação da Umbanda no plano físico em 15 de novembro de 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, forma fixadas diretrizes para o correto e integral desenvolvimento desta Corrente Astral. Dentre estas diretrizes, encontramos o culto, o trato e o usufruto, por parte de médiuns e espíritos, dos benefícios alojados nestes logradouros naturais.

O Caboclo das Sete Encruzilhadas sempre orientava quanto a importância dos trabalhos efetuados nos rincões da natureza, no tocante principalmente a limpeza, reajustamento e fortalecimento dos centros de força (chakras) e plexos nervosos, desintoxicação perispiritual, e assepsia da aura.

Alguns pensam que as florestas, rios, mares, pedreiras etc. São lugares somente destinados a louvação dos Orixás, o que é um engano. Em realidade, quando nos direcionamos a estes lugares, somos nós, médiuns, que recebemos as graças e os cuidados que todo aquele que serve de medianeiro à ação dos espíritos bons necessita ter.

Durante um gira ou sessão nos campos vibratórios, somos ofertados por nossos Guias e Protetores com uma contínua carga de fluídos positivos, cujos elementos constitutivos são retirados das flores, folhas, raízes, água doce, água salgada etc. Neste aspecto, o trabalho de nossos amigos espirituais é facilitado, pois estando seus aparelhos em contato direto com a natureza, e por isto sujeitos à influência das energias dali emanadas, a missão de impregnação fluídica positiva torna-se mais eficaz, o que seria difícil acontecer longe destes campos. Devido ao acúmulo de cargas eletromagnéticas densamente negativas sobre as cidades, produto do atual estágio consciencional e comportamental das pessoas, os fluídos dos sítios vibratórios sofrem, quando direcionados a outro lugar, o ataque de energias negativas chamadas formas-pensamento e também de espíritos de baixa vibração (kiumbas desqualificados), que impedem, total ou parcialmente, que aquelas energias cheguem ao seu destino.

Desta forma, a natureza constitui-se em fonte de equilíbrio, reequilíbrio, harmonização, desintoxicação, assepsia, imantação e caridade, frente aos trabalhos de Umbanda.















domingo, 9 de setembro de 2018

CONDENSADORES ENERGÉTICOS






“Figa de guiné, patuá, pé de coelho, mandinga de olho ruim, se pegar, quebra o espelho, meu Santo é forte, é quem manda no Terreiro... Um bom galho de arruda sempre ajuda a clarear, mas é bom e não pode faltar a proteção dos Orixás (...)”.

Os quatro elementos - fogo, água, terra e ar – são os formadores de tudo o que existe e, por trás do aspecto físico de cada um deles, há princípios universais presentes em determinado grau. Logo, o que se vê no plano físico é apenas um aspecto desses princípios. Os elementos são derivados do éter (Akasha), da potencialidade suprema, sutil, onipotente, o vazio no qual tudo pode se manifestar, espaço atemporal cuja vibração muda constantemente de acordo com a forma e o local

Quando se remete a essa composição universal, vemos que tudo está ligado e entendemos como os objetos são influenciados, impregnados, imantados pelas vibrações mentais, ambientais, espirituais que, com fluidos elétricos e magnéticos, exercem influência direta em tudo e em todos ao redor. Por essa condensação energética e pelas propriedades materiais (físico-químicas) específicas, tornam-se condutores, emissores, refletores, transformadores, expansores, exercendo funções de acordo com o direcionamento, a intenção.

Alguns podem assumir duas ou mais propriedades de uma só vez, como é o caso de um Congá. O fumo, outro exemplo, tem nele o fogo solar, a água, a terra e o ar, tornando-se, por essa condensação, um exponencial material de limpeza de campos deletérios. Os amuletos, objetos naturais já prontos, como cristal, trevo de quatro folhas, pé de coelho, ervas, bem como os patuás que, a partir de amuletos, são confeccionados pelo homem, são utilizados com várias finalidades, como proteção, cura, atração de prosperidade, estimulador para o reforço ou mudança de certos aspectos do ser, entre outros fins.

Quantas vezes sentimos um peso no ambiente ou conosco quando colocamos ou portamos um objeto que já tenha sido usado? Certamente ele vem impregnado de imperil, o resultado energético de irritabilidades, mágoas, desavenças, apegos. Por isso, faz-se importante a limpeza antes de seu uso. Há várias formas de limpeza energética: radiestesia, benzimentos, orações, contato com a natureza, cromoterapia, ervas, água, todos importantes mecanismos para que uma energia indesejada não tome conta da pessoa e nem do ambiente. Mesmo objetos que não possuem essa carga devem ser limpos e energizados. Há casos extremos de impregnação, em que a única solução é a destruição. Nessa limpeza, cuidado com o uso de sal grosso, pois ele limpa profundamente e neutraliza energias, sendo necessário que o bem seja reenergizado.









terça-feira, 4 de setembro de 2018

FALANGES NA UMBANDA










"É importante esclarecer algumas dúvidas mais comuns quanto à formação das falanges na umbanda. Numa determinada falange pode haver centenas de espíritos atuando com o mesmo nome, aos quais denominamos de falangeiros dos orixás. A falange de Cabocla Jurema, por exemplo,   é   constituída   de   milhares   de  espíritos   que   adotam   este   nome,   como   se  fossem procuradores diretos da vibração do orixá Oxossi. Então, sob o comando de um espírito, existe uma quantidade enorme de outros espíritos que se utilizam dessa mesma "chancela" ou "insígnia" - uma espécie de autorização dos Maiorais que regem o movimento umbandista e que identificam os que já adquiriram o direito de trabalho nas suas frentes de caridade no orbe. Na verdade, quando um médium incorpora uma Cabocla Jurema, ele se enfeixa na falange que tem uma vibração peculiar. Por isso, pode ocorrer a manifestação de centenas de caboclas juremas ao mesmo tempo, pelo Brasil afora, inclusive dentro de um mesmo terreiro.

Considerando que é possível um mesmo espírito atuar em diversas falanges com mais de um nome, de acordo com sua missão e evolução espiritual, percebemos o quanto é grande o  osso apego às entidades que nos assistem quando ouvimos corriqueiramente a seguinte afirmação de muitos médiuns: "meu guia", "meu caboclo", "meu exu". Na realidade, eles é quem nos escolhem do "lado de lá". A opção sempre parte do mundo espiritual. Quantas vezes nos achamos privilegiados por ter como guia o caboclo mais forte, quando ele está se manifestando bem ao nosso lado, no médium mais simples e prestativo do terreiro, como um humilde pai velho, por não encontrar mais no seu antigo aparelho o campo psíquico livre da erva daninha que é a sorrateira vaidade.

Da mesma forma, um espírito pode estar atuando manifestado mediunicamente em vários aparelhos ao mesmo tempo, numa diversidade de terreiros. É possível a certas entidades vibrarem numa espécie de multiplicidade vibratória (ubiquidade), pois as distâncias e o tempo do "lado de lá" diferem em muito do plano físico. Imaginemos uma mesma fonte geradora de eletricidade que alimenta muitos fios que levam a energia para vários bairros. A mesma força que entra na mansão de João, entra no casebre de José, na choupana de Maria, na casa do feirante, no apartamento do médico, sendo a origem fornecedora a mesma, ainda que mude a luminosidade e a cor aos nossos limitados olhos."






Umbanda Pé no Chão
Ramatís
 Norberto Peixoto