segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MENSAGEM DE ANTONIO DE PÁDUA





Era a manhã radiosa do dia 26 de junho de 1994, em Pádua, na Itália. O médium Divaldo Pereira Franco visitava o túmulo de Santo Antônio de Pádua quando, repentinamente, observou uma luz muito intensa que o envolveu. Joanna de Ângelis fez-se médium do Santo e transmitiu para Divaldo o texto a seguir:

CONVITE AOS MÉDIUNS

No princípio, acreditava-se que o mundo era responsável pelo pecado, fazendo-se necessário fugir dele, detestá-lo, entregando-se à maceração, aos flagícios.

O monastério era uma das poucas opções, senão a única, para se encontrar o caminho do reino dos Céus. Silêncios austeros, prolongados e atormentadores se impunham, ou contemplação profunda, morte em vida, como forma de auto anulação do ser.

A adoração se tornava um capítulo diário do livro da vida sacerdotal, e a oração recitada e a leitura do breviário constituíam os métodos de autocontrole dos anseios do sentimento e das propostas da razão. Os discursos extenuantes e as fórmulas externas do culto, nas demoradas cerimônias religiosas, tornavam-se terapias libertadoras para a tentação.

Os demônios, porém, venciam as receitas salvacionistas e resistiam aos exorcismos, ricos de palavras ameaçadoras e pobres de conteúdo espiritual, afligindo as almas e alucinando-as em intérminos conúbios obsessivos. Isto, porque, o corcel do pensamento disparava, acionado pelos instintos represados, devoradores... A mente se transformava em áspero campo de batalha com os sentimentos em brasa, embora a face da pessoa ostentasse a máscara da incorruptibilidade, da pureza, da vitória. As noites eram terrificadoras: gemidos, soluços, gritos, flagelação...

Somente aqueles que, na fé, buscassem viver o amor, encontrariam o equilíbrio entre a mente e o corpo, a fim de arrancarem o semblante patibular da aparência, para serem novamente humanos, afáveis e bons. O sorriso e a alegria no relacionamento social eram execráveis, deveriam ser combatidos, e o amor a Deus mantinha-se soturno, depressivo, quase detestável.

A criatura tinha que se comportar com se estivesse morta, a fim de viver, depois, plenificada, no Céu. O sofrimento constituía a tônica, e a autopunição representava a mais elevada expressão do amor a si mesmo, odiando-se. Compreende-se a existência de uma revolta surda no imo dos seres humanos, que explodia nas licenças morais perversas, nos castigos e punições desumanos, em expressões de prepotência, que culminavam nas aberrações mais chocantes.

A natureza humana é obra da Natureza Divina, que permite, ao ser, modelar a máquina que o ajuda no processo da evolução. Com certeza, Espíritos nobres conseguiram superar os limites das celas estreitas, a rigidez dos códigos de repressão à vida, as violentas castrações à alegria e ao encantamento diante da Criação, tornando-se conquistadores dos espaços e modelos para inumeráveis outros, que lhes seguiram as pegadas. Diversos, no entanto, mergulharam em demorados processos de loucura, que lhes roubou a existência física.
Santificar-se era um desafio ao homem interior, que anelava por Deus, embora o cárcere corporal, que o limitava. Assim mesmo, esses homens e mulheres, que buscavam Deus e o Seu reino, conseguiram colocar estrelas na imensa noite da ignorância, para que hoje brilhasse nova luz a guiar a Humanidade.

Agora, esclarecidas as manifestações espirituais e elucidados os fenômenos mediúnicos, abrem-se os portais da Imortalidade, e o intercâmbio entre os dois mundos faz-se natural, estimulado pelos próprios seres livres. A razão comanda a conduta, convidando à liberdade compatível com a evolução.

Restaura-se a fé com a mesma alegria dos primeiros dias do Cristianismo. A dor já não é punitiva, mas reparadora, iluminativa. Ruem as pesadas paredes do isolamento individuai, o mundo e as criaturas são as grandes metas a conquistar. A fraternidade rompe o claustro, enquanto o amor desata os nós que impediam os relacionamentos da ternura e da afeição.

As águas frescas desse amor acalmam as labaredas das paixões refreadas.

Ainda permanecem, é certo, focos de incêndio e de alucinação, no mundo, por liberação desequilibrada, fenômeno esse natural, após a demorada contenção. Jesus, porém, chegará a todos, através dos Seus discípulos novos, e a paz reinará soberana.

As forças da tentação - externa-interna -, os Espíritos ensandecidos, violentos, adversários do bem, serão conquistados suavemente e não expulsos ao impacto de veementes objurgações do ódio e da ignorância medievais. A mensagem de Jesus é sempre um hino de incomparável alegria, e entregar-Lhe a existência torna-se aquisição de um tesouro raro.

Esse amor, que é a Sua mensagem, feita de júbilo interior, irradia-se e penetra nas almas, mudando-as.

Para sentir-Lhe o seráfico olor e a bem-aventurada presença, deve o ser que O busca elevar-se, abandonando as paixões e desenvolvendo as virtudes no contato com as dores do mundo, balsamizando as feridas e erguendo os combalidos, atendendo a fome de pão, a sede de água e, sobretudo, as necessidades de entendimento, lado a lado com a carência, pelos caminhos das novas Galileias. Nessa grandiosa renovação que começa na Terra, sob o comando do Paracleto, ressuscita-se o intercâmbio intenso entre as criaturas e os imortais, repetindo os dias do Inesquecível Galileu.

Aos médiuns modernos- apóstolos da Fé racional- cabem as lutas silenciosas, o enfrentamento com as forças do Mal, a fim de que a vitória contra as tentações se patenteie na paz de cada um e no espírito de caridade, a nortear-lhes os passos pela senda da auto-entrega.

Oração, silêncio digno e ação santificante são os novos métodos para a taumaturgia, para a identificação do cristão com Jesus.


Médiuns da Terra:

Exultai ao chamado do Senhor! Rendei-vos ao apostolado do vosso serviço, certos de que a luta que travareis dar-vos-á a perfeita consciência da qualidade do vosso ministério.

Não relacioneis queixas, nem dores, nem renúncias. Encontrai no próprio serviço de amor o pão do reconforto e a paz do espírito lúcido, portanto, inteirado dos deveres a cumprir. Deixai que falem os imortais por vós, assim como dialogai com eles também.

Ide com a cruz da mediunidade e transformareis, pelo bem executado, as duas traves em que imolareis o egoísmo, o orgulho e a inferioridade, nas asas da vossa libertação.

O Vencedor do mundo e nós outros, aqueles que vos amamos, esperamos por vós. Tende coragem e fé!

Antônio de Pádua







Colaboração Carola Pinotti  

(Esta mensagem foi enviada por Divaldo Franco ao Centro Espírita Antônio de Pádua, por ocasião do seu 72° aniversário, comemorado com palestra e confraternização em 16 de fevereiro de 2013.)

3 comentários:

  1. tanta gratidão que nem cabe na esfera terrestre! te amo santo Antônio! obrigada Divaldo obrigada.

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  2. Muito obrigado amigos pelo testemunho muita paz e evolução para todos nós. Bem hajam

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