quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

A INATIVIDADE MEDIÍNICA PREJUDICA O MÉDIUM ?







O médium de prova é um espírito que antes de descer à carne recebe um "impulso" de aceleração perispiritual mais violento do que o metabolismo do homem comum, a fim de se tornar o intermediário entre os "vivos" e os "mortos". Assim como certos indivíduos, cuja glândula tireoide funciona em ritmo mais apressado - e por isso vivem todos os fenômenos psíquicos emotivos de sua existência de modo antecipado - o médium é criatura cuja hipersensibilidade oriunda da dinâmica acelerada do seu perispírito o faz sentir, com antecedência, os acontecimentos que os demais homens recepcionam de modo natural.

Compreende-se, então, o motivo por que o desenvolvimento disciplinado mediúnico e o serviço caritativo ao próximo, pela doação constante de fluidos do períspirito, proporciona certo alívio psíquico ao médium e o harmoniza com o meio onde habita. Algo semelhante a um acumulador vivo, ele sobrecarrega-se de energias do mundo oculto e depois necessita descarregá-las num labor metódico e ativo, que o ajude a manter sua estabilidade psicofísica. A descarga da energia excessiva e acumulada pela estagnação do trabalho mediúnico, fluindo para outro polo, não só melhora a receptividade psíquica como ainda eleva a graduação vibratória do ser.

O fluido magnético acumulado pela inatividade no serviço mediúnico transforma-se em tóxico pesando na vestimenta perispiritual e causando a desarmonia no metabolismo neuro orgânico. O sistema nervoso, como principal agente ou elo de conexão da fenomenologia mediúnica para o mundo físico, superexcita-se pela contínua interferência do períspirito hipersensibilizado pelos técnicos do Espaço, e deixa o médium tenso e aguçado na recepção dos mínimos fenômenos da vida oculta.

Deste modo, o trabalho, ou intercâmbio mediúnico, significa para o médium o recurso que o ajuda a manter sua harmonia psicofísica pela renovação constante do magnetismo do períspirito, à semelhança do que acontece com a água estagnada da cisterna, que se torna mais potável quanto mais a renovam pelo uso. Na doação benfeitora de fluidos ao próximo, o médium se afina e sensibiliza para se tornar a estação receptora de energias de melhor qualidade em descenso do plano Superior Espiritual.













Ramatís - do livro Mediunidade de Cura

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

TRABALHO NO MAR








Durante as comemorações de fim de ano, levadas a efeito no mês de dezembro, é comum vermos nas diversas praias de nossa orla marítima grande quantidade de terreiros homenageando, com flores e essências, a grande mãe Iemanjá, pedindo a este grande Orixá que, com suas águas, possa lavar e regenerar o coração e o mental daqueles que andam a espalhar a maldade, o desamor e o egocentrismo

Rogam também forças e resignação para o ano que se apresenta, pedindo paz, fraternidade e honestidade para o mundo. Com suas águas, Iemanjá purifica e reequilibra os diversos centros de força (chakras) de nosso corpo, reabastecendo nossas baterias para as lutas do futuro.

É maravilhoso ver esta expressão de espiritualidade, de simplicidade e de fé que os verdadeiros umbandistas demonstram por Iemanjá.

Contudo, para que uma sessão na praia seja segura, equilibrada e sem percalços, o ritual necessariamente deve ter um preparo todo especial, tanto em relação aos médiuns quanto ao espaço físico onde se realizará o evento.

O ideal seria que os rituais de fim de ano fossem realizados em praias de difícil acesso à população, pois se constituiriam em lugares onde o campo vibratório estaria mais equilibrado, mais íntegro. Como do ideal ao real vai uma grande distância, o jeito e fazer a cerimônia em lugares já frequentados. E é aí que os terreiros devem redobrar os cuidados para com o equilíbrio pisco espiritual.

E por quê ? Porque devido ao "avanço" de certos hábitos da coletividade, o campo vibratório em questão tem sido alvo de contaminações de diversas espécies.

É nas praias que, infelizmente, pessoas fazem suas necessidades fisiológicas, se drogam, fazem sexo, vazam detritos, falam palavras de baixo calão, inundando a areia com vibrações densamente negativas.

À par desta realidade inequívoca, o certo é o que alguns poucos terreiros ainda fazem: delimitam um espaço na areia onde será realizada a gira e, com uma antecedência de 24 horas, começam a limpá-lo e prepará-lo para o dia seguinte.

São feitas defumações e a firmeza do local, que não poderá ser pisado pelos transeuntes. Outros preceitos poderão ser realizados, mediante ordem do Guia-chefe da agremiação umbandista, para o fiel e correto uso daquela área, que é sagrada.

Lembrem-se que os seres humanos é que precisam dos sítios vibracionais, e portanto o sitio natural deve ser preservado tanto energeticamente ou seja: em forma de boas atitudes e bons pensamentos, quanto fisicamente não deixando para trás no termino dos trabalhos lixos tais como garrafas, copos, flores de plástico e etc. Iemanjá não quer nada disso ela quer que seus filhos ao estar no seu sitio natural (praia) Leve sim amor no coração e respeito e não bugigangas e quinquilharias que irão poluir seu ambiente.

Por fim, devemos lembrar que os rituais praianos à Iemanjá devem ser discretos, organizados, sérios e direcionados ao bem e a caridade. Devem homenagear esta grande genitora (não esquecer que 2/3 do planeta são constituídos de água), que deve ser o único centro das atenções e orações.












terça-feira, 3 de dezembro de 2019

O ESFORCINHO QUE FALTA







Sabemos que não estamos à toa num grupo Umbandista, ou pelo menos deveríamos ter essa noção. Para cada médium que trabalha num terreiro, tem pelo menos uns cem espíritos trabalhando no plano espiritual. E não estou exagerando. Basta a gente pensar nos guias que atuam em nossa coroa, fora os espíritos que estão aqui para auxiliar nos trabalhos, os espíritos que estão aprendendo a doutrina da seara umbandista, sem contar também os espíritos que precisam ser socorridos, e que são levados ao terreiro com a ajuda de espíritos socorristas.

Por outro lado sabemos que há também aquela falange de espíritos que não quer que o trabalho evolua, que não quer que o bem se propague, que não quer que a caridade seja praticada, pois isso coloca a Casa Umbandista e todos que dela participam num padrão vibratório elevado, resistindo às investidas dos menos evoluídos.

O médium de Umbanda deve sempre programar da melhor forma os seus dias de trabalho. Para isso, o dirigente do terreiro se incumbe de passar todo o calendário para que seus médiuns se programem, porque do lado espiritual, os guias também se programarão para estarem presentes no terreiro. No dia programado, o médium Umbandista procura sempre manter o seu equilíbrio e a sua serenidade para os trabalhos.

Mas há aqueles que colocam diversos empecilhos para comparecer ao terreiro: um mal estar, uma briga em casa, o cansaço, dores físicas aqui e ali, o excesso de trabalho, uma festinha que seria imperdível, o dia chuvoso ou muito quente, etc. E é aí que os espíritos contrários ao trabalho de Umbanda atuam. Pois sabem que aquele aparelho mediúnico vai desfalcar a equipe em pelo menos cem espíritos. E ainda vai sobrecarregar aqueles médiuns que conseguem superar as dificuldades do cotidiano para estarem presentes na Gira, renovando sua fé, e trabalhando a caridade na Umbanda.

O médium que não valoriza o dia de Gira ou Sessão como um dia sagrado, não dá valor à importância do seu próprio trabalho no terreiro. Dia de Gira para ele passa a ser um dia como outro qualquer. Que mal há em faltar um dia ou outro? Com isso ele falta uma, duas, três semanas, dois meses, três meses… e quando se percebe, ele já está completamente afastado da corrente mediúnica, prejudicando seu desenvolvimento e se entregando à sua própria “sorte espiritual”. Mas na Espiritualidade não existe sorte. Existe CAUSA e EFEITO.

E aí, quando esse EFEITO aperta-lhe os calos, o médium procura se reintegrar a corrente. Mas por quanto tempo? Até os próximos empecilhos?

Nós sabemos que fazer a caridade exige dedicação e, algumas vezes, sacrifício por parte dos médiuns, porque trabalhamos sem receber nenhuma paga material. Mas o que se ganha no astral é algo que nada na Terra vai pagar. E isso vai ajudar o médium a trilhar seus caminhos. Portanto, médium de Umbanda, antes de esmorecer na primeira dificuldade, tenha fé na religião que abraçou, nos guias da Casa, nos seus guias. Se você acha que já está se esforçando muito para ir ao terreiro e não está adiantando, faça aquele esforcinho a mais.

Quanto mais o mundo “conspirar” para você não ir ao terreiro, acredite, maior será a sua necessidade de você estar no terreiro. E depois de ajudar irmãos que vêm na assistência porque tem problemas maiores que os seus, após receber as bênçãos e a energia do gongá de sua Casa, você voltará para casa mais pleno. Os problemas podem não desaparecer por completo. Mas você saberá que, se o mundo material “conspira” contra você, o mundo espiritual está vibrando por você.

Ah, independentemente de quando será a próxima sessão no seu terreiro, comece a pensar nisso agora.






quarta-feira, 27 de novembro de 2019

A UMBANDA É PARA TODOS , MAS POUCOS SÃO PARA A UMBANDA









Em todos estes anos de terreiro, aprendi a observar e a aceitar o fato de que nem todos absorverão, no tempo, os ensinamentos da Umbanda. São indivíduos – assistência e médiuns da corrente – sem “porosidade”, não lhes entra internamente as orientações dos Guias Espirituais. Não conseguem mudar o padrão, são vítimas de si mesmos, do “destino”, estão enredados em comportamentos enrijecidos, não mudarão. São mais externos, dos ritos para fora, do movimento…Tem sérios bloqueios para a interioridade, para a mudança de hábitos…
Aceito isto com resignação, sabedor que ninguém pode modificar ninguém, nem Deus!!!

REFLEXÃO DE TERREIRO

Indiferente de segmento, vale a pena ler!

Quem não está para doar também não está para receber…
Todos querem…

Todos querem incorporar o Erê mais fofo, o Caboclo mais forte, o Pai-Velho mais sábio, o Exú ou Pomba Gira mais temível..

Poucos incorporam as doutrinas, os ensinamentos, os alertas, os conselhos, as recomendações…

Todos querem fazer trabalhos nas matas, nas praias, nas montanhas, nos rios, nas estradas, no cemitério….

Poucos querem varrer o chão, tirar o lixo, lavar a louça, arrumar as cadeiras, justamente no Terreiro onde os Orixás, Guias e Protetores trazem sua luz…

Todos querem trabalhar com oferendas de velas, ervas, alguidares, elementos mágicos….

Poucos querem raspar a tábua, esvaziar os cinzeiros, lavar os alguidares, raspar o respingo de vela..

Todos querem aprender mirongas, banhos, encantamentos, fórmulas, pontos riscados…

Poucos querem respeitar a hierarquia, acatar as normas, saudar e respeitar o chão santo…

Todos querem ver, ouvir, sentir, receber intuição…

Poucos querem ouvir as razões, ver as fraquezas, sentir a sensibilidade, intuir as carências de seu irmão…

Todos querem firmar o congá, cruzar imagem, vestir o branco, cantar pontos, bater palma, riscar a tábua…

Poucos querem ter humildade, serenidade e sinceridade…

Todos querem a roupa mais vistosa, a Guia mais elaborada, o chapéu, o brinco, a capa, a saia, o instrumento mais exótico…

Poucos querem se vestir com a armadura da fé, se vestir com as armas da coragem… e pior ainda, não querem se despir do orgulho, da vaidade e da arrogância…

Todos querem, poucos fazem.

Todos querem, poucos recebem.

Todos reclamam, poucos aprendem.

Poucos olham pra dentro de si mesmos ou para o lado…

A UMBANDA quer ser para todos,

mas a UMBANDA, infelizmente, é para poucos…











quarta-feira, 13 de novembro de 2019

TAREFAS FÍSICAS NO TERREIRO









Você sabe por que o seu terreiro necessita da sua colaboração na realização de tarefas físicas, como limpeza, manutenção, organização administrativa, e outros ?

Basicamente por um único motivo: o seu terreiro não tem condições financeiras de contratar mão de obra externa para realizar todas essas atividades; e elas são necessárias e imprescindíveis! E, se não forem feitas, a casa ACABA! Sim! É isso! Não tem meio-termo! Ou essas atividades são feitas por alguém, ou não há como manter as portas abertas! Sendo assim, para continuar atendendo a todos (incluindo a você), ou o terreiro conta com a sua ajuda ou é obrigado a dobrar ou triplicar o valor das mensalidades dos médiuns para poder contratar mão de obra externa. Simples assim! Não há outra forma... E temos que convir, o aumento das mensalidades não pode ser considerado nem a única e nem a melhor solução, certo?


Até aí, tenho certeza de que o entendimento é unânime e que todos compreendem e concordam. O problema começa quando saímos da conversa e vamos para a prática.

É no dia a dia, durante a necessidade de realização de determinadas tarefas, que são percebidos os problemas...



Sem dúvida, há os que realizam suas tarefas com compromisso e alegria, mas há também, infelizmente, os que reclamam de tudo, os que acham que estão fazendo um favor à direção da casa, os que acham que estão sendo explorados, os que colocam qualquer outro compromisso à frente da sua tarefa, os que arrumam desculpas, os que simplesmente não comparecem, os que ficam comparando sua cota de trabalho com o trabalho dos outros,  etc.

Para mim, esses tipos de comportamento só tem uma única causa: falta de CONSCIÊNCIA; e é por isso que vou tentar explicar melhor o que os olhos não veem, o coração não sente e a consciência não registra!

Bom, além de estar colaborando para que a casa não feche as portas, você sabe o que mais acontece enquanto você está dentro do seu templo realizando as atividades materiais? Você NUNCA está sozinho! Você está sendo observado pelos seus Guias; e eles veem com enorme carinho o seu esforço por manter em boas condições a CASA DELES, o local onde se encontram semanalmente com você. E, como uma mão lava a outra, tenho certeza que, na “hora do sufoco”, quando a coisa apertar para o seu lado, seus Guias terão ainda maior satisfação em tentar te ajudar - e o mais rápido possível -, não como troca de favores, mas porque terão visto o quanto você está se esforçando por cumprir suas obrigações e a força que está fazendo para colocar de lado o orgulho, a preguiça, os afazeres pessoais, o comodismo e o egoísmo, ao dedicar aqueles minutos ao trabalho não remunerado em função da espiritualidade. E não se engane: em tudo na vida, “quanto maior o esforço, maior a recompensa!”.

Além disso, enquanto você trabalha fisicamente dentro do seu terreiro, sua aura, suas energias e seu campo vibratório estarão sendo atuados pelas vibrações naturais da sua casa espiritual, pelas defesas “antissépticas” das firmezas da tronqueira e pelos amparadores que estarão ali, trabalhando invisivelmente durante esse período.

Por essas explicações, fica claro que o trabalho físico no terreiro não deveria ser considerado como OBRIGAÇÃO, mas sim como OPORTUNIDADE, pois, apesar de você estar ajudando o terreiro a não fechar as portas, na verdade o maior beneficiado não é o terreiro, mas sim você que, além de continuar tendo uma casa a lhe amparar, será vibrado, descarregado de sujeiras espirituais, energizado positivamente, intuído e ainda conseguirá o reconhecimento de seu esforço pelos seus próprios Guias.





terça-feira, 5 de novembro de 2019

A IMPORTÂNCIA DA VIBRAÇÃO NO TERREIRO








´´E Deus pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das suas vítimas, e os Espíritos malignos se retiravam” (Bíblia).

Desde os tempos mais antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Jesus fez largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo.

Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco sobre a prática desse costume.
Os Espíritos superiores explicaram o porquê das coisas.

Ensinaram que as mãos serviam como um instrumento para a projeção de fluídos magnetizados, doados pelo operador, e fluidos espirituais trazidos pelos Espíritos.

Segundo eles os fluídos curativos são absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais (chakras), acumuladores e distribuidores de energias, localizados no períspirito e pelo próprio corpo astral que age como esponja.

Entre os seguidores de Allan Kardec, a imposição das mãos sobre uma criatura com a intenção de aliviar sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente fortalecê-la, ficou conhecida como “passe”

Dentro de nossa  ritualística de Umbanda, o método de “passe” é incorporado a elementos e fluídos do médium e do ambiente, bem como das forças sutis da natureza trazidas pelas Entidades, formando uma poderosa concentração de energia que é irradiada  aos consulentes, de modo capaz de produzir verdadeiros prodígios à aqueles que com fé se apresentarem a este tipo de atendimento, pois o mesmo restaurar o equilíbrio do corpo físico e espiritual  proporcionando-lhe salutar alívio para suas mazelas.

A  fé racional e a certeza no amparo dos Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no coração de todos aqueles que desejam este tipo de atendimento.

O corpo mediúnico designado a transmitir “vibrações” devem doar-se com sinceridade à tarefa sob sua responsabilidade, vendo em todo irmão uma alma carente de amparo e orientação. Seu auxílio deve ser distribuído a todas as criaturas.

Como todos podem observar, para esse tipo de atendimento as Entidades preparam o ambiente com uma espécie de magnetização, que irá atuar diretamente no períspirito das pessoas, afastando enfermidades ou perturbações.

Assim o necessitado não recebe somente fluidos magnéticos de médiuns/Entidades, em sim também de outros espíritos que se  encontram  no ambiente, bem como de forças sutis da natureza, o que não é empregado no passe Kardecista.

Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos aos  irmão  no  atendimento  por “vibração”,  em       termos espirituais, nada deixam a desejara em relação a um atendimento individual. A única diferença está na orientação verbalizada que as Entidades procuram passar aos consulentes.

O serviço de atendimento por vibração   requer critério, discernimento e responsabilidade, pois além de tudo é um complemento aos recursos do autoconhecimento e de reeducação espiritual.

Contudo, é preciso levar em conta que nenhuma das formas de atendimento (atendimento coletivo “vibração” ou atendimento individual), surtirá efeito se os médiuns e demais irmãos que compõem a corrente mediúnica não tiverem dentro de si a vontade de ajudar.


Reflexão:

“Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe, que em substância, é ato sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro”. (Emmanuel).

Saravá.







segunda-feira, 28 de outubro de 2019

QUANDO VOCÊ MORRER, NÃO SE PREOCUPE!







Não se preocupe com o seu corpo porque os seus parentes, cuidarão do que for necessário.

Eles:
Vão tirar suas roupas.
Vão te lavar.
Vão te vestir.
Vão te tirar da sua casa.
Vão te levar para a sua nova morada...

Muitos virão se "despedir" de você no seu funeral. Alguns cancelarão seus compromissos e até faltarão ao trabalho e compromissos por causa do seu enterro.

Embora a maioria deles nunca o tenha feito enquanto estavas em vida.
Seus pertences, até aqueles, que você não gostava nem de emprestar, serão queimados, jogados fora sem a menor cerimônia. Alguns de um pouco mais valor, alguém até irá ficar com eles ou talvez doá-los.

Suas chaves
Seus livros
Seus CDS
Suas malas
Seus sapatos
Suas roupas...

Se sua família for inteligente e solidária os doarão em caridade para que possam obter para alguém algum benefício.

E tenha certeza:

O Mundo não vai parar para chorar por ti.
A economia vai continuar.
Em seu trabalho, serás substituído, outra pessoa com as mesmas capacidades, ou melhores, assumirá seu lugar.
Seus "Bens" irão para seus herdeiros.
Considerando que você continuará a ser: Citado, julgado, questionado... sobre todas as pequenas e grandes ações em vida.

Haverá 3 tipos de "LUTO" sobre ti:

As pessoas que te conheciam apenas pelo valor da face, dirão:

Pobre Homem...
Seus amigos vão chorar por dias, ou no máximo horas, mas depois retornarão ao riso.

Aqueles "amigos" que te encorajavam a pecar vão esquecer de ti mais rápido.
Seus animais serão doados, se apegarão ao novo dono, e aos poucos sua lembrança será apagada.

Suas fotos:

"Por algum tempo" ficarão penduradas numa parede, ou sobre algum móvel.
Mas logo serão guardadas, esquecidas, em caixas, ou no fundo de uma gaveta.
Seu sofá, mesa, ou cadeira preferidos, certamente serão doadas.Ou... Queimadas.

A dor "profunda" na sua casa durará uma semana, duas,
um mês, dois...
E depois disso sua família vai te adicionar apenas
às memórias deles.
E então, sua história aqui, terminou...
Terminou para este mundo...
Terminou para este mundo, entre as pessoas.
Mas a sua história com a sua nova realidade, começa.
E essa realidade, é a vida (após a morte.)

E estas coisas ficarão para trás:

Corpo
Beleza
Aparência
Sobrenome
Conforto
Crédito
Status
Posição
Conta bancária
Casa
Carro
Profissão
Carreira
Títulos
Diplomas
Medalhas
Troféus
Amigos
Lugares
Cônjuge
Família...
E lá, do outro lado, nenhuma destas coisas lhe fará falta ou terá valor algum, de nada, lhe servirá.

Por isto Cuide:
Do seu Espírito.
Da sua vida com Deus.
Da sua alma.
É ela, que sofre e sente dores.
Faça o bem.
Perdoe.
Seja justo.
Busque-o.
Siga-o.
Ore, fale com Deus
Aprenda sobre Deus
Pratique o que Deus, ensinou.
E afaste-se de qualquer ato que desagrade a Deus.

E tudo aqui para trás ficará.







quarta-feira, 23 de outubro de 2019

SER MÉDIUM RESOLVE TODOS OS MEUS PROBLEMAS?








Ser médium resolve todos os problemas? Médium tem proteção especial? Quantos médiuns já não foram questionados por aí sobre o porquê de sua vida estar ruim, ou por quê tem tantos problemas já que é médium? Um médium deveria ter uma vida perfeita, sem problemas?

Muitas pessoas têm essa visão extremamente distorcida da realidade do médium. Mas, na verdade, assumir e trabalhar com a mediunidade é um ato de doação do médium. Um médium, geralmente, assume uma missão de emprestar seu corpo e seu tempo às suas entidades e Orixás em prol da caridade, para ajudar as outras pessoas. Assim, em troca, ele recebe a satisfação de estar fazendo o bem a quem precisa e o fortalecimento de sua fé, para que consiga passar por quaisquer problemas que surjam, sabendo que o que é de seu merecimento virá no tempo certo; e também sabendo que, pelo quer que passe, estará sendo amparado para vencer os obstáculos e não desabar.

Confira abaixo, um lindo texto, de autor desconhecido, que aborda o assunto e nos faz refletir sobre o pesado fardo assumido pelos médiuns.

“…Ué, você é médium e está desempregada!?.. …Ué, você é médium e ficou doente!?… …Ué, você é médium e sua companheira lhe traiu!?!?… …Você é médium e está sem dinheiro!?!?… …Você é médium e não sabia que iria acontecer!?!?… …Onde estão as Entidades que você tanto fala que lhe protegem e lhe ajudam!?!?… …Cadê seu Exu, sua Pomba Gira, seu Caboclo, seu Preto Velho, seu Erê, que não estão vendo isso pelo que você passa?Achar que, só porque somos médiuns, temos que estar livres e impunes a tudo e todos…

Só porque eu sou médium, eu não posso perder o emprego ou ficar doente… Se nós médiuns fôssemos superiores aos demais, qual a finalidade então da reencarnação e da evolução espiritual???

Temos que ter ciência e deixar claro, para aquelas pessoas que têm pouco conhecimento sobre nossa amada Umbanda, que o fato de sermos médiuns não nos torna melhores ou piores que eles. Pelo contrário: nossa responsabilidade é dobrada, pois nós mesmos, antes de reencarnamos, pedimos para vir nesta condição de médium, para evoluir e cumprir as dívidas de outras encarnações.

Sejamos mais coerentes e sábios para não transferirmos nossos problemas para o nosso Sagrado.

Já fui questionado: onde estão suas Entidades? Eu, com um sorriso no rosto respondi:

Estão comigo o tempo todo!
Meu Exu está me dando o Equilíbrio…
Minha Pomba Gira está me dando Alegria…
Meu Caboclo está me dando Forças…
Meu Preto Velho está me dando Sabedoria…
E meus Orixás estão me dando Fé, para que eu não deixe de acreditar que, com um joelho no chão, eu consigo vencer na vida!!!!
Entendam isso pessoas religiosas e fora de nossa religião.”
















quinta-feira, 17 de outubro de 2019

QUEM ACENDE UMA VELA É O PRIMEIRO A SE ILUMINAR







Toda religião parte do princípio do "religare", ou seja, de ligar-se novamente à Deus e à sua origem criadora. Ao realizar certos rituais, como acender uma vela, estamos ativando nossos chacras e direcionando nossas energias a esse princípio. Em outras palavas, nos ligamos a Deus e, consequentemente, nossas energias são fortalecidas e renovadas.


Acender uma vela, entregar uma flor em uma cachoeira, carregar um rosário, fio de contas, crucifixo ou patuá não se trata, portanto, de simples fetiche ou idolatria.  Quando canalizamos nossa fé nesses objetos eles superam a condição de fetiches e assumem a condição de sagrados, pois servem de elo entre nós e a divindade à qual os direcionamos.


A Umbanda tem fundamento, portanto é preciso entender que atos como o de acender uma vela ou fazer uma defumação não consistem simplesmente em acender um pavio ou jogar ervas secas na brasa.  É preciso firmeza de pensamento, é preciso fé e convicção de que esses atos, tão simples, estão nos ligando ao princípio do "religare". Aí sim, nessas condições somos os grandes beneficiários de pequenas atitudes, mas que nos proporcionam grande volume de energia e luz.










quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O BANHO DE SAL GROSSO







O banho de sal grosso é provavelmente o mais popular de todos. Basta alguém passar por um dia difícil que já vem logo alguém dizendo que é bom tomar um banho de sal grosso. Mas será que é tão simples assim?

O sal grosso é um poderoso agente neutralizador, usado desde tempos memoráveis - não apenas como banhos, mas até mesmo em batizados de alguns cultos, por se acreditar que seu forte poder neutralizador seria capaz de promover uma limpeza energética tão grande a ponto de limpar o ser do próprio "pecado original" .

A verdade é que, como já foi falado, o sal grosso é um poderoso agente neutralizante e realmente é eficiente na retirada de energias. Mas como tudo que existe no meio espiritual e também material, deve ser usado com conhecimento e cuidado. Não é por qualquer motivo, um simples dia difícil no trabalho, por exemplo, que já se vai tomando um banho de sal grosso.

Em primeiro lugar, por ser um agente neutralizante, ele "limpa" o campo espiritual da pessoa de TODAS as energias, tanto as negativas e indesejadas, quanto as positivas e que nos dão proteção. Traduzindo: ao tomar um banho de sal grosso, você retira sim as energias negativas, mas tira também as suas proteção, pois já que ele é um neutralizante, ele não faz a distinção entre o que deve e o que não deve retirar.

Depois é preciso observar o modo como se toma esse banho: sempre do pescoço para baixo, nunca jogando na cabeça, evitando assim atingir os chacras coronal e frontal.

É preciso observar também a regularidade com que se faz esse banho. Não se deve abusar, pelas razões já descritas: evitar de neutralizar as energias positivas e protetoras. Evite fazer esse banho mais de uma ou duas vezes por mês.

Por fim, e talvez o mais importante, SEMPRE que fizer o banho de sal grosso, faça em seguida um banho de ervas, para repor as proteções neutralizadas por ele. Pode ser banho de alecrim e manjericão macerados (não fervidos), também do pescoço para baixo, feito sempre APÓS o sal grosso. O banho de sete ervas também é recomendado nessas situações.

Então, cuidado com aquilo que parece popular demais. Atrás de uma verdade popular podem existir perigos que desconhecemos. Use sim o banho de sal grosso, mas com parcimônia e da forma correta. Assim conseguirá se livrar daquilo que o incomoda e terá as proteções que necessita.








Douglas Fersan

terça-feira, 1 de outubro de 2019

CONDUTA FORA DO TERREIRO







Como é bom ser um médium de Umbanda, não é mesmo? Após grande procura, indo de lugar em lugar, passando por diversas denominações religiosas, encontramos um grande abrigo no coração da querida Umbanda.

Entramos nas suas fileiras com o pensamento de se melhorar, de aprender e de ajudar o próximo e então, todo dia de gira é o mesmo ritual, abstenção sexual, jejum de carnes ou de carne vermelha, não beber bebidas alcoólicas, ter bons pensamentos e boas palavras, para o trabalho que se desencadeará naquela noite.

Então, vem a hora da gira, atendimento fraternal a todos os irmãos em sofrimento, compaixão pelos seus dissabores e muito sorriso e caras de empatia. Acaba a gira, então você pega apressadamente seus pertences, entra no carro e parte em direção a sua casa, para um descanso merecido após toda a caridade prestada, quando você vê que riscaram o seu carro. Seu primeiro pensamento é xingar o “maldito” que fez isso.

Enquanto está indo para casa, para em uma lanchonete drive thru, pois o estômago está colando nas costas, afinal, comer só frutas e alimentos leves não te satisfaz, então você entra na fila e reclama do tempo que demoram para te atender. Quando é atendido pede dois combos de hambúrguer com refrigerante e batata-frita e parte em direção ao seu lar, comendo no caminho, quando percebe que a atendente não tirou o picles do seu lanche e xinga ela mentalmente de incompetente.

Chegando em casa você abre a porta com cuidado para não acordar a família e tira os sapatos, então pisa em uma peça de lego e segura um grito contra seu próprio filho e vai dormir bravo por todo esse infortúnio passado. Pois bem, parece um cenário fictício, mas garanto que muitos lerão isso e se reconhecerão nessas palavras.

Percebam, quão antagônicos vocês estão sendo com o “personagem” que vestiram para servir na Umbanda? O Umbandista, infelizmente, tem a grave ilusão de acreditar que o trabalho de Umbanda se restringe ao dia da Gira.

Sinto lhe informar, mas você é Umbandista o tempo todo. Você é médium?

Então você é médium 24 horas por dia, 7 dias por semana!

Obviamente não se espera de nenhum ser humano que ele se torne um anjo-de-candura, simplesmente por fazer parte de uma religião. Este é um trabalho delicado, demorado e muito difícil que se chama reforma íntima. Contudo é um trabalho e um exame de consciência importante e que deverá nortear o trabalhador de Umbanda, dentro das Leis e Princípios que regem essa religião espiritualista.

Não adianta ter atitudes antagônicas dentro do terreiro e fora dele, pois a cobrança (da sua própria consciência) estará sempre presente. Além disto, seus mentores espirituais estão sempre tentando de alguma forma lhe inspirar bons pensamentos para que você tome boas decisões na sua vida. Isso não quer dizer que eles estão ao seu lado o tempo todo, como babás espirituais.

Somos humanos e, justamente por isso, teremos muitas falhas e erraremos, porém isso não pode servir de desculpa para nossa conveniência e nossa preguiça. Devemos lutar contra essas falsas sensações de segurança na ofensa, na agressividade e na falta de compaixão. Devemos lutar contra essa mentira de que somos assim porque somos falhos! Oras, isso nós sabemos, mas justamente por isso devemos nos aprimorar.

O ideal é fazer um exame detido da sua consciência e para isso existe um exercício que ajuda muito. Escolha um pequeno caderno e anote neste, todos os dias, as dificuldades que você passou e como você as encarou. Seja sincero e certifique-se de manter um diário das datas em que tais fatos ocorreram.

Ao final de um mês, releia seu mês! Nem todo dia você irá colocar alguma dificuldade, porém muitos dias estarão preenchidos. Leia, novamente o seu caderno ao final do ano e repare como diminuíram as dificuldades. Faça isso todos os anos e irá reparar que o caderno passa a sobrar para mais de um ano. Sabe por que isso ocorre?

Ocorre porque você para refletir nas situações em que já esteve envolvido e aprende a lidar de formas diferentes, ou lembra, de como lidou – se certo ou errado é outra questão – o que o ajudará a tomar novas decisões e, de forma indireta, estará trabalhando sua reforma interior.

A isso associe as metas de boa convivência, as metas fraternas e de compaixão e assim você conseguirá entender que a vivência de Umbanda não acontece só dentro da gira ou de forma mediúnica, mas todos os dias, nos remetendo a seres melhores.

Vamos começar a reflexão?