sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

TRABALHO NO MAR








Durante as comemorações de fim de ano, levadas a efeito no mês de dezembro, é comum vermos nas diversas praias de nossa orla marítima grande quantidade de terreiros homenageando, com flores e essências, a grande mãe Iemanjá, pedindo a este grande Orixá que, com suas águas, possa lavar e regenerar o coração e o mental daqueles que andam a espalhar a maldade, o desamor e o egocentrismo

Rogam também forças e resignação para o ano que se apresenta, pedindo paz, fraternidade e honestidade para o mundo. Com suas águas, Iemanjá purifica e reequilibra os diversos centros de força (chakras) de nosso corpo, reabastecendo nossas baterias para as lutas do futuro.

É maravilhoso ver esta expressão de espiritualidade, de simplicidade e de fé que os verdadeiros umbandistas demonstram por Iemanjá.

Contudo, para que uma sessão na praia seja segura, equilibrada e sem percalços, o ritual necessariamente deve ter um preparo todo especial, tanto em relação aos médiuns quanto ao espaço físico onde se realizará o evento.

O ideal seria que os rituais de fim de ano fossem realizados em praias de difícil acesso à população, pois se constituiriam em lugares onde o campo vibratório estaria mais equilibrado, mais íntegro. Como do ideal ao real vai uma grande distância, o jeito e fazer a cerimônia em lugares já frequentados. E é aí que os terreiros devem redobrar os cuidados para com o equilíbrio pisco espiritual.

E por quê ? Porque devido ao "avanço" de certos hábitos da coletividade, o campo vibratório em questão tem sido alvo de contaminações de diversas espécies.

É nas praias que, infelizmente, pessoas fazem suas necessidades fisiológicas, se drogam, fazem sexo, vazam detritos, falam palavras de baixo calão, inundando a areia com vibrações densamente negativas.

À par desta realidade inequívoca, o certo é o que alguns poucos terreiros ainda fazem: delimitam um espaço na areia onde será realizada a gira e, com uma antecedência de 24 horas, começam a limpá-lo e prepará-lo para o dia seguinte.

São feitas defumações e a firmeza do local, que não poderá ser pisado pelos transeuntes. Outros preceitos poderão ser realizados, mediante ordem do Guia-chefe da agremiação umbandista, para o fiel e correto uso daquela área, que é sagrada.

Lembrem-se que os seres humanos é que precisam dos sítios vibracionais, e portanto o sitio natural deve ser preservado tanto energeticamente ou seja: em forma de boas atitudes e bons pensamentos, quanto fisicamente não deixando para trás no termino dos trabalhos lixos tais como garrafas, copos, flores de plástico e etc. Iemanjá não quer nada disso ela quer que seus filhos ao estar no seu sitio natural (praia) Leve sim amor no coração e respeito e não bugigangas e quinquilharias que irão poluir seu ambiente.

Por fim, devemos lembrar que os rituais praianos à Iemanjá devem ser discretos, organizados, sérios e direcionados ao bem e a caridade. Devem homenagear esta grande genitora (não esquecer que 2/3 do planeta são constituídos de água), que deve ser o único centro das atenções e orações.












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