Durante as comemorações de
fim de ano, levadas a efeito no mês de dezembro, é comum vermos nas diversas
praias de nossa orla marítima grande quantidade de terreiros homenageando, com
flores e essências, a grande mãe Iemanjá, pedindo a este grande Orixá que, com
suas águas, possa lavar e regenerar o coração e o mental daqueles que andam a
espalhar a maldade, o desamor e o egocentrismo
Rogam também forças e
resignação para o ano que se apresenta, pedindo paz, fraternidade e honestidade
para o mundo. Com suas águas, Iemanjá purifica e reequilibra os diversos
centros de força (chakras) de nosso corpo, reabastecendo nossas baterias para
as lutas do futuro.
É maravilhoso ver esta
expressão de espiritualidade, de simplicidade e de fé que os verdadeiros
umbandistas demonstram por Iemanjá.
Contudo, para que uma
sessão na praia seja segura, equilibrada e sem percalços, o ritual
necessariamente deve ter um preparo todo especial, tanto em relação aos médiuns
quanto ao espaço físico onde se realizará o evento.
O ideal seria que os
rituais de fim de ano fossem realizados em praias de difícil acesso à
população, pois se constituiriam em lugares onde o campo vibratório estaria
mais equilibrado, mais íntegro. Como do ideal ao real vai uma grande distância,
o jeito e fazer a cerimônia em lugares já frequentados. E é aí que os terreiros
devem redobrar os cuidados para com o equilíbrio pisco espiritual.
E por quê ? Porque devido
ao "avanço" de certos hábitos da coletividade, o campo vibratório em
questão tem sido alvo de contaminações de diversas espécies.
É nas praias que,
infelizmente, pessoas fazem suas necessidades fisiológicas, se drogam, fazem
sexo, vazam detritos, falam palavras de baixo calão, inundando a areia com
vibrações densamente negativas.
À par desta realidade
inequívoca, o certo é o que alguns poucos terreiros ainda fazem: delimitam um
espaço na areia onde será realizada a gira e, com uma antecedência de 24 horas,
começam a limpá-lo e prepará-lo para o dia seguinte.
São feitas defumações e a
firmeza do local, que não poderá ser pisado pelos transeuntes. Outros preceitos
poderão ser realizados, mediante ordem do Guia-chefe da agremiação umbandista,
para o fiel e correto uso daquela área, que é sagrada.
Lembrem-se que os seres
humanos é que precisam dos sítios vibracionais, e portanto o sitio natural deve
ser preservado tanto energeticamente ou seja: em forma de boas atitudes e bons
pensamentos, quanto fisicamente não deixando para trás no termino dos trabalhos
lixos tais como garrafas, copos, flores de plástico e etc. Iemanjá não quer
nada disso ela quer que seus filhos ao estar no seu sitio natural (praia) Leve
sim amor no coração e respeito e não bugigangas e quinquilharias que irão
poluir seu ambiente.
Por fim, devemos lembrar que os rituais
praianos à Iemanjá devem ser discretos, organizados, sérios e direcionados ao
bem e a caridade. Devem homenagear esta grande genitora (não esquecer que 2/3
do planeta são constituídos de água), que deve ser o único centro das atenções
e orações.
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