“Figa de guiné, patuá, pé de coelho, mandinga de olho ruim, se pegar,
quebra o espelho, meu Santo é forte, é quem manda no Terreiro... Um bom galho
de arruda sempre ajuda a clarear, mas é bom e não pode faltar a proteção dos
Orixás (...)”.
Os
quatro elementos - fogo, água, terra e ar – são os formadores de tudo o que
existe e, por trás do aspecto físico de cada um deles, há princípios universais
presentes em determinado grau. Logo, o que se vê no plano físico é apenas um
aspecto desses princípios. Os elementos são derivados do éter (Akasha), da
potencialidade suprema, sutil, onipotente, o vazio no qual tudo pode se
manifestar, espaço atemporal cuja vibração muda constantemente de acordo com a
forma e o local
Quando
se remete a essa composição universal, vemos que tudo está ligado e entendemos
como os objetos são influenciados, impregnados, imantados pelas vibrações
mentais, ambientais, espirituais que, com fluidos elétricos e magnéticos,
exercem influência direta em tudo e em todos ao redor. Por essa condensação
energética e pelas propriedades materiais (físico-químicas) específicas,
tornam-se condutores, emissores, refletores, transformadores, expansores, exercendo
funções de acordo com o direcionamento, a intenção.
Alguns
podem assumir duas ou mais propriedades de uma só vez, como é o caso de um
Congá. O fumo, outro exemplo, tem nele o fogo solar, a água, a terra e o ar,
tornando-se, por essa condensação, um exponencial material de limpeza de campos
deletérios. Os amuletos, objetos naturais já prontos, como cristal, trevo de
quatro folhas, pé de coelho, ervas, bem como os patuás que, a partir de
amuletos, são confeccionados pelo homem, são utilizados com várias finalidades,
como proteção, cura, atração de prosperidade, estimulador para o reforço ou
mudança de certos aspectos do ser, entre outros fins.
Quantas
vezes sentimos um peso no ambiente ou conosco quando colocamos ou portamos um
objeto que já tenha sido usado? Certamente ele vem impregnado de imperil, o
resultado energético de irritabilidades, mágoas, desavenças, apegos. Por isso,
faz-se importante a limpeza antes de seu uso. Há várias formas de limpeza
energética: radiestesia, benzimentos, orações, contato com a natureza,
cromoterapia, ervas, água, todos importantes mecanismos para que uma energia
indesejada não tome conta da pessoa e nem do ambiente. Mesmo objetos que não
possuem essa carga devem ser limpos e energizados. Há casos extremos de impregnação,
em que a única solução é a destruição. Nessa limpeza, cuidado com o uso de sal
grosso, pois ele limpa profundamente e neutraliza energias, sendo necessário
que o bem seja reenergizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário