Penitência, na realidade, o
que seria?
Esse termo é muito usado no Evangelho, incitando o cristão a praticá-lo. A penitência é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. É a pena que o confessor (padre) impõe ao confessado (penitente). Jejuns, macerações que alguém impõe a si mesmo. Punição, castigo infligido por alguma falta. Os católicos entendem a penitência como um ato de se privar de algo que se gosta, ou se oferecer algo que têm, e mesmo oferecer algum tipo de sofrimento corporal, para que se possa “pagar” um pecado, ou mesmo vivenciar essa enitência como forma de se chegar mais rapidamente à Deus.
Esse termo é muito usado no Evangelho, incitando o cristão a praticá-lo. A penitência é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. É a pena que o confessor (padre) impõe ao confessado (penitente). Jejuns, macerações que alguém impõe a si mesmo. Punição, castigo infligido por alguma falta. Os católicos entendem a penitência como um ato de se privar de algo que se gosta, ou se oferecer algo que têm, e mesmo oferecer algum tipo de sofrimento corporal, para que se possa “pagar” um pecado, ou mesmo vivenciar essa enitência como forma de se chegar mais rapidamente à Deus.
Para a Umbanda, penitência
tem uma conotação totalmente diferente. Sabedores da realidade da penitência, somos
da opinião que sem ela em nossas vidas, não conseguiremos galgar os patamares
da nossa evolução como humanos e como Espíritos. Para podermos ser merecedores
das graças das bênçãos de Deus em nossas vidas, precisaremos nos penitenciar
diariamente. Para que nossas orações e o Rosário das Santas Almas Benditas
sejam ouvidos e se tornem efetivos em nossas vidas, necessitaremos nos
penitenciar diariamente. Vamos então entender o que seria penitência na visão
umbandista, para que possamos agregá-la conscientemente em nosso dia-a-dia,
atendendo a máxima de Jesus: “Orai e vigiai para não cairdes em tentação”. No
Evangelho, em Mateus, cap. 3 vs. 8 e 11, São João Batista diz: “Fazei pois
dignos frutos de penitência” – “Eu na verdade vos batizo em água para vos
trazer a penitência; porém o que há de vir depois de mim é mais poderoso do que
eu; e eu não sou digno de lhe ministrar o calçado; ele vos batizará no Espírito
Santo: e no fogo. Eliseu Rigonatti nos explana:
“A todos os que queriam
tornar-se dignos do Reino dos Céus, João aconselhava que fizessem penitência.
Qual seria essa penitência, primeiro passo a ser dado em direção ao reino de
Deus? Não eram as longas orações, nem os donativos e esmolas; nem as
peregrinações aos lugares santos nem as construções de capelas; nem os jejuns
nem os votos nem as promessas; não era a adoração de imagens nem a entronização
delas. A penitência não consistia em formalidades exteriores, mas sim na
reforma do caráter e na retificação dos atos errados que cada um tinha praticado.
De que valem formalidades exteriores se o íntimo de cada qual permanece o
mesmo? As práticas exteriores podem enganar os homens, mas não enganam a Deus,
nosso Pai.
Qual o valor da confissão
de erros a um homem, que, geralmente, erra tanto quanto seus irmãos?
Permanecendo o erro de pé,
pode haver justificativa diante de Deus, nosso Pai?
A verdadeira confissão se
faz quando se procura a pessoa a quem se ofendeu e com ela se conserta o erro.
Roubaste teu irmão?
Restitui-lhe o que lhe roubaste.
Defraudaste alguém?
Entrega-lhe o que lhe pertence.
Cometeste adultério?
Purifica-te por um viver honesto.
Tens vícios? Abandona-os.
És mau, vingativo,
rancoroso? Torna-te bom, perdoas sê indulgente.
És rico? Ajuda o pobre.
És pobre? Não murmures
contra tua situação.
És sábio? Instrui o
ignorante.
És forte? Ampara o fraco.
És empregado Obedece
diligentemente.
És patrão? Sê humano para
com teus subalternos.
Sois pais? Encaminhai
vossos filhos pelas veredas do bem.
Sois esposos? Tratai-vos
com carinho, amor e amizade, fazendo do lar um santuário de virtudes, de
abnegação e de devotamento.
Sois filhos? Respeitai
vossos pais.
Estes são alguns dos
dignos frutos de penitência que João ordenava que se fizessem”.
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