A Doutrina Espírita nos
mostra que somos Espíritos eternos e imortais. A morte então é uma passagem do
plano físico para o plano espiritual, para o descortinar de uma nova
existência, mais pulsante, mais bela.
O deve existir pelos
desencarnados é um sentimento de fraternidade, onde as expressões de carinho
não precisam ser realizadas no cemitério, nem em dias especiais. Existe entre
os que ficam e os que vão, o sentimento de verdadeira afeição, o laço de sintonia,
a troca de sentimentos e as preces, independente de ser dia de finados ou não.
A certeza de que nossos
queridos desencarnados, nossos pais, filhos, parentes e amigos, continuam vivos
e continuam em relação conosco através do pensamento é o que nos ensinam os
Espíritos de Luz. Não podemos aproveitar sua presença física, mas o sentimento
verdadeiro nos une.
Hoje, trazemos esse
depoimento, retirado do livro “Depoimentos do Além”, de Pablo Salamanca, para
dividir com nossos leitores um relato emocionado de alguém que se foi, mas que
continua vivo, em Espírito, para compartilhar conosco a magia da Eternidade!
VISITA À TERRA
Meu Deus! Estou na Terra
novamente! Com grande emoção retorno ao plano físico e desejo deixar uma
mensagem.
Anteriormente tive muita
vontade de visitar aos amigos que ficaram, mas fui impedido pelas necessidades
de evolução. Após a desintegração do meu corpo material, recobrei aos poucos a
memória de antigas vidas, percebendo que o meu apego excessivo aos bens
terrenos fora motivo de derrota várias vezes. Diante dos fatos evidentes que
relembrava, deixei um pouco de lado o desejo de voltar ao mundo, mas, hoje,
tenho equilíbrio e mérito para encontrar-me com pessoas muito estimadas que
ainda estão na carne, parentes queridos e alguns irmãos a quem devo desculpas.
Aproveito este momento,
para agradecer ao instrutor espiritual que me tutela, pela oportunidade de
aprendizado da comunicação através da escrita mediúnica. Atualmente, estou
bastante afinado com o campo vibratório da cidade que habito no plano do
espírito. Assim, noto claramente que a Terra é ambiente deveras pesado. Logo
após o meu trespasse, eu estava ainda intensamente preso à esfera física, não
percebendo o quanto as sensações materiais me eram familiares.
Neste instante em que me
comunico, em plena crosta terrestre, sinto-me como se vestisse uma roupagem
blindada. Em cada lugar percorrido, ouço pedidos de ajuda. Apelos de toda
espécie e gemidos são constantes, bem como algazarras as mais variadas.
Meus irmãos, não podem
acreditar no quanto a paz e a harmonia interiores são fundamentais para a
manutenção do equilíbrio das criaturas de Deus. Despeço-me desejando que o Amor
incondicional do Pai possa se tornar tão material quanto o possível no plano
físico. Que Deus abençoe a todos.
Josias
18/07/1998
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