sexta-feira, 10 de agosto de 2018

SERÁ QUE SOU EU, OU SERÁ QUE É O GUIA ?





Com o tempo, a prática e uma boa orientação, essa dúvida costuma desaparecer. Mas se o médium não se conhece e não conhece os próprios pensamentos, a chance de interferir no trabalho do Guia permanece. Claro que as informações do nosso mental, nossa língua, nossos conhecimentos e nosso vocabulário são utilizados pelos espíritos que dão consulta através de nós. É muito mais difícil para o médium semiconsciente passar uma informação totalmente nova e sem precedentes, do que o Guia falar sobre algo que o médium já leu, estudou, ou ouviu. Mesmo assim, nossas opiniões, julgamentos e pensamentos não podem interferir.

Um dos caminhos para entender o seu papel e reconhecer a atuação dos Guias é saber observar os pensamentos e silenciar a mente.

Isso significa que devemos ouvir nossa mente. Como? Silenciando. No meio do turbilhão de atividades e ocupações de um dia, dificilmente nos damos conta sobre o que estamos pensando. Observar os pensamentos é parar, silenciar e prestar atenção ao que passa na mente. São dezenas de pensamentos em poucos minutos. Perceba quais são repetitivos, quais podem ser colocados no papel e esquecidos, quais são realmente importantes naquele momento. Conheça o funcionamento de sua mente.

Se estamos o tempo todo preocupados, analisando as situações, julgando o próximo, fazendo planos, remoendo o passado, nunca estamos realmente vivendo a situação presente.

Estar no presente é estarmos plenos, totalmente conectados com o que estamos fazendo agora. Um exercício é fazer uma atividade rotineira, como tomar banho, sem pensar em mais nada além do que você está fazendo naquele momento.

Preste atenção no sabonete, no seu corpo, nos movimentos dos dedos ao lavar os cabelos, nas sensações de cada toque ou de água caindo. Parece simples, mas nesses poucos minutos, vários outros pensamentos virão à mente. Preste atenção neles, como um observador.

Imagine um médium incorporado. Enquanto o Guia trabalha e dá consulta, o médium observa o que está acontecendo ao redor, pensa sobre o que o consulente está falando, lembra das situações semelhantes, julga o comportamento ou os fatos apresentados, isso se não tenta adivinhar qual o melhor conselho a dar. Impossível? Não. Acreditem, isso acontece. Se você consegue ser um observador dos próprios pensamentos, muito mais facilmente conseguirá ser um observador durante o trabalho mediúnico.

"Só quando mantém a calma e o silêncio em seu interior é que você pode alcançar a região de calma e silêncio em que vivem as pedras, as plantas e os animais. Só quando o barulho de sua mente silencia, você se torna capaz de ligar-se à natureza num nível profundo e ultrapassar a sensação de separação causada pelo excesso de pensamento. Na calma e no silêncio há uma dimensão adicional de conhecimento e de percepção que fica além do pensamento".

Ao ler isso, não penso só na possibilidade de acessar outras dimensões de conhecimento e percepção, outras dimensões sensoriais. Mas leio "natureza" como Tronos da Vida, como nossos amados Pais e Mães Orixás, e vejo essa real possibilidade de uma maior conexão com essas Forças e Poderes espirituais quando estamos silenciosos e vivendo o momento presente. Tente pedir ajuda a sua família espiritual. Tendo sua mente calma e tranquila, muito mais facilmente receberá uma intuição ou sentirá a resposta dentro de si. "Deus, nossos Orixás e Guias sempre nos alcançam no silêncio de nossos corações".


Encontre esse lugar de calma e silêncio dentro de sua própria mente. Observe seus pensamentos. Conheça-os profundamente. Assim não haverá dúvidas sobre quem é você e quem são os seus Guias.













Texto escrito por Marina B. Nagel

Nenhum comentário:

Postar um comentário