Todo aquele indivíduo que
traz em sua trajetória karmica o compromisso de, nesta encarnação, trabalhar com sua mediunidade, deve procurar
conscientizar-se de que tem um dever a cumprir em prol de seus irmãos encarnados
e desencarnados, em benefício de sua própria evolução.
Quando se fala em
trabalhar com a mediunidade, deve ser primeiramente observado dois aspectos,
que ao nosso ver estão intimamente ligados, ou seja, a conscientização de tal
compromisso e o livre arbítrio inerente a cada ser encarnado.
Conscientização, porque,
tal faculdade não será plenamente exercida se não houver a nível mental a
conscientização do indivíduo de que tem "algo mais" a exercer nesta
encarnação.
Livre arbítrio, porque, ao
ser encarnado é dada a faculdade de decidir seu próprio destino, sendo ele o único responsável por suas atitudes.
No tocante ao aspecto mediunidade/consciência, podemos observar:
Existem pessoas que são
portadoras de mediunidade, porém, não possuem consciência disso.
De uma maneira ou de
outra, por fortificarem em sua consciência dogmas contrários a teoria da
espiritualidade, repulsam integralmente tal faculdade, passando pela atual
encarnação como se não tivessem nada a cumprir, pois suas consciências estão
adormecidas e somente voltadas àquilo que é material.
Isso faz com que a
mediunidade volte ao seu estado primitivo, já que o indivíduo ao reencarnar a
rejeitou integralmente. É como que se tivesse procurado apagar de seus
registros esta condição.
Outros, porém, já com um
grau mais elevado de mediunidade, também não tendo consciência, e por
desconhecimento ou ignorância a rejeitam
e passam a sofrer com ela, porque não querem usufruir de seu livre
arbítrio, para conquistarem os caminhos que o tornarão melhor se vier a tratar
de sua mediunidade. Criam em seus inconscientes aspectos negativos no que diz
respeito a espiritualidade, como que tivessem herdado os traumas dos tempos da
inquisição, não podendo nem ouvir falar em tal assunto. Estes, coitados,
sofrerão sempre influências negativas do mundo astral e dirão que sofrem de
males físicos, vendo tudo como doença. Outros, poderão até mesmo tornarem-se
perturbados mentalmente. Tudo em nome de uma não conscientização.
Na relação
mediunidade/livre-arbítrio, encontramos aqueles que, embora conscientes de
serem portadores de faculdade mediúnica, travam uma grande luta interior contra
ela. Acham que cumpri-la é algo que requer muito sacrifício. Tornam-se pessoas
inconstantes, amarguradas e problemáticas. Em alguns momentos há praticam com
total entrosamento, noutros nem tanto, e o pior estão sempre achando
motivos para deixar de praticá-la. Para
justificar tal atitude comumente alegam falta de tempo ou certas decepções
pessoais em relação a sua mediunidade, chegando até mesmo ao cumulo de atribuírem culpa a outros pelo fato de não a
exercerem . Procuram usar de todas os argumentos para se convencer e convencer
a outros o uso de seu "livre arbítrio" pelo fato de deixar de lado a prática
mediúnica.
Assim, em relação a
prática da faculdade mediúnica, mais que pratica-la é preciso conscientizar-se
de sua importância para com nossa evolução espiritual.
Como alguém já disse, se
não a cumprimos na época oportuna, quando precisarmos novamente reencarnar
vamos ter que esperar por muito tempo para encontrar um espírito que se digne a
compartilhar conosco num novo reencarne o compromisso anteriormente não
cumprido.