sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

AUTO CONHECIMENTO E DISCIPLINA






Toda tenda de Umbanda, possui um ritual e embora estes rituais se modifiquem de terreiro a terreiro, é preciso que se norteie estes modos de se realizar uma gira, uma disciplina, ou seja, devem haver normas conhecidas por todos os integrantes do Templo, desde o Dirigente até o Iniciado que acabou de ingressar na Umbanda. Este deve ser orientado o máximo possível com relação a sua postura dentro do terreiro, bem como de suas obrigações e deveres para com seus irmãos e, claro, sobre as normas básicas de respeito, tratamento e conhecimento correto de quem são nossos mentores espirituais.

O primeiro a ter respeito por tudo e por todos dentro de uma tenda de Umbanda não é o médium que se achega, que desconhece quase tudo o que acontece no interior de um terreiro. O maior respeito, atenção e firmeza de caráter deve vir, inicialmente, do Dirigente e dos filhos mais velhos.

Num terreiro de Umbanda, cada um deve ser o que é, não devem existir máscaras ou meias intenções. Aquele que acorre a um terreiro pela primeira vez, deve ser ele mesmo, pois só assim poderá sentir, de fato, as mudanças que se processarão para melhor em sua vida, à medida que for se auto conhecendo, é claro, pois não faz sentido existir um terreiro de Umbanda se não tiver por meta superior proporcionar a melhora de seus integrantes, bem como daqueles que acorrem às suas giras de caridade.

A Umbanda ensina que cada um é o que é. Cada pessoa, em seu íntimo, sabe perfeitamente quais são seus processos de ação e reação para com o mundo que o cerca. É verdade que existem pessoas que precisam de uma direção, precisam de alguém que lhes mostre o caminho. Infelizmente, quase todos procuramos nos esconder de nós mesmos, pois falta-nos coragem para se olhar no espelho. Poucos de nós têm consciência plena de quem somos fisicamente, emocionalmente e a nível de pensamentos.

Devemos nos esforçar para saber quem somos na realidade, assumindo nossos defeitos e assim darmos o primeiro passo para a mudança. Para isso, dentro de um terreiro de Umbanda, podemos contar com o auxílio fraterno das Entidades e também com os conselhos de irmãos mais experientes e sinceros. Mas dar e mostrar uma alternativa melhor para se viver não quer dizer “modificar” atitudes e consciências à força, como se, alguém acostumado a determinados hábitos, repentinamente mudasse de opinião, ou passasse a acreditar em algo.

A Umbanda não agride consciências, não visa tornar ninguém infeliz ou vazio de religiosidade. Ela é grande o bastante para mostrar a que todos os caminhos levam ao mesmo destino, e que, na realidade, não são os caminhos que importam, mas antes o aprendizado que se tem quando anda por eles.

O verdadeiro Umbandista respeita todos os credos e todas as filosofias, e sabe, mesmo que interiormente, que a mesma fé que o faz amar seus Guias e Protetores, faz católico amar sua igreja ou um muçulmano amar a Alá.

Se existem distorções desta fé, é porque existem distorções do que faz esta fé existir. O que pretendemos dizer é que para o Caboclo, o Pai Velho, a Fé é o mais importante e para que esta fé seja pura, coerente e sincera, o indivíduo deve não mascará-la com intenções ou floreios.

A fé não deve ser superficializada, como se fosse um verniz, ela deve ser constantemente burilada com amor, paciência e sabedoria; sendo que tanto o médium chefe ou dirigente e o médium que acaba de entrar devem estar cônscios da eternidade desse burilamento, sendo o respeito, a compreensão e a tranquilidade, os temperos para que a fé mal direcionada se canalize e se transmute em vontade, ação e felicidade.











sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

OS DEMÔNIOS SEGUNDO A UMBANDA




  
Segundo a Umbanda, nem Anjos nem Demônios são entidades distintas, por isso que a criação de seres inteligentes é uma só. 

Unidos a corpos materiais, esses seres constituem a humanidade que povoa a Terra e as outras esferas habitadas; uma vez libertos do corpo material, constituem o mundo espiritual ou dos Espíritos, que povoam as faixas dimensionais correspondentes.  

Deus criou-os perfectíveis e deu-lhes por escopo a perfeição, com a felicidade que dela decorre. Não lhes deu, contudo, a perfeição, pois quis que a obtivessem por seu próprio esforço, a fim de que também e realmente lhes pertencesse o mérito. Desde o momento da sua criação que os seres progridem, quer encarnados, quer no estado espiritual. Atingido o apogeu, tornam-se puros Espíritos ou Anjos ou mesmo Orixás segundo a expressão vulgar, de sorte que, a partir do embrião do ser inteligente até ao Anjo ou Orixá, há uma cadeia na qual cada um dos elos assinala um grau de progresso. Do expresso resulta que há Espíritos em todos os graus de adiantamento, moral e intelectual, conforme a posição em que se acham, na imensa escala do progresso. 
 
Em todos os graus existe, portanto, ignorância e saber, bondade e maldade. Nas classes inferiores destacam- se Espíritos ainda profundamente propensos ao mal e comprazendo-se com o mal. A estes pode-se denominar “Demônios”, pois são capazes de todos os malefícios aos ditos atribuídos.  

A Umbanda não lhes dá tal nome por se prender ele à ideia de uma criação distinta do gênero humano, como seres de natureza essencialmente perversa, votados ao mal eternamente e incapazes de qualquer progresso para o bem. 
 
Segundo a doutrina das Igrejas os Demônios foram criados bons e tornaram-se maus por sua desobediência: são Anjos colocados primitivamente por Deus no ápice da escala, tendo dela decaído. Segundo a Umbanda os Demônios são Espíritos imperfeitos, suscetíveis de regeneração e que, colocados na base da escala, hão de nela graduar-se. Os que por apatia, negligência, obstinação ou má vontade persistem em ficar, por mais tempo, nas classes inferiores, sofrem as consequências dessa atitude, e o hábito do mal dificulta-lhes a regeneração.   
Chega-lhes, porém, um dia a fadiga dessa vida penosa e das suas respectivas consequências; eles comparam a sua situação à dos bons Espíritos e compreendem que o seu interesse está no bem, procurando então melhorarem-se, mas por ato de espontânea vontade, sem que haja nisso o mínimo constrangimento.  

Submetidos à lei geral do progresso, em virtude da sua aptidão para o mesmo, não progridem, ainda assim, contra a vontade. Deus fornece-lhes constantemente os meios, porém, com a faculdade de aceitá-los ou recusá-los. Se o progresso fosse obrigatório não haveria mérito, e Deus quer que todos tenhamos o mérito de nossas obras. Ninguém é colocado em primeiro lugar por privilégio; mas o primeiro lugar a todos é franqueado à custa do esforço próprio. Os Anjos mais elevados conquistaram a sua graduação, passando, como os demais, pela rota comum. 

Chegados a certo grau de pureza, os Espíritos têm missões adequadas ao seu progresso; preenchem assim todas as funções atribuídas aos Anjos de diferentes categorias. E como Deus criou de toda a eternidade, segue-se que de toda a eternidade houve número suficiente para satisfazer às necessidades do governo universal. Deste modo uma só espécie de seres inteligentes, submetida à lei de progresso, satisfaz todos os fins da Criação. Por fim, a unidade da Criação, aliada à ideia de uma origem comum, tendo o mesmo ponto de partida e trajetória, elevando-se pelo próprio mérito, corresponde melhor à justiça de Deus do que a criação de espécies diferentes, mais ou menos favorecidas de dotes naturais, que seriam outros tantos privilégios. 

A doutrina vulgar sobre a natureza dos Anjos, dos Demônios e das almas, não admitindo a lei do progresso, mas vendo, todavia, seres de diversos graus, concluiu que seriam produto de outras tantas criações especiais. E assim foi que chegou a fazer de Deus um pai parcial, tudo concedendo a alguns de seus filhos, e a outros impondo o mais rude trabalho. Não admira que por muito tempo os homens achassem justificação para tais preferências, quando eles próprios delas usavam em relação aos filhos, estabelecendo direitos de primogenitura e outros privilégios de nascimento.  

Podia tais homens acreditar que andavam mais errados que Deus? Hoje, porém, alargou-se o circulo das ideias: o homem vê mais claro e tem noções mais precisas de justiça; desejando-a para si e nem sempre encontrando-a na Terra, ele quer pelo menos encontrá-la mais perfeita no Céu. E aqui está por que lhe repugna à razão toda e qualquer doutrina, na qual não resplenda a Justiça Divina na plenitude integral da sua pureza. Agora, uma coisa é a mais pura verdade: O mal é produto do humano. Nasce, cresce, se desenvolve, amadurece e é colocado em prática com o humano. Somente o humano causa sofrimento, pratica crueldades, mente, mata.  

Estamos encarnados nesse abençoado Planeta a fim de exercitarmos nosso livre arbítrio, e a cada dia, através das vivenciações virtuosas, vamos galgando a cada dia degraus de felicidade, nos afastando do mal, produzido pelas nossas próprias imperfeições. 





 (Texto baseado no livro “O Céu e o Inferno – A Justiça Divina Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec)

domingo, 5 de janeiro de 2020

É PRECISO PENSAR NA REFORMA ÍNTIMA







Quando Sócrates (um dos precursores da mensagem de Jesus) nos recomendou o conhecimento de nós mesmos, talvez não imaginasse o alcance atual da proposta. Jesus deixou claro quem somos nós e a que viemos; bem como o caminho mais fácil para atingir nosso objetivo maior: a plenitude do amor; após cumprirmos todas as etapas evolutivas, passo a passo.

A Doutrina dos Espíritos tão bem formatada por Kardec e depois complementada por vários Espíritos como Emmanuel e André Luiz, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, nos trouxe notícias a respeito de onde nos localizaremos e como viveremos no Plano Espiritual. O Espiritismo veio agregar novas; mas já pálidas e algumas até defasadas atribuições ao postulado de Sócrates.

Somos seres em constante evolução.

Na empreitada do progresso é preciso responder a algumas questões básicas que o Espiritismo quase elucida com simplicidade e precisão:

QUEM SOMOS NÓS?

Uma vez definido que somos espíritos eternos filhos de um mesmo Pai, luz da mesma Luz e sujeitos às mesmas Leis, direitos e obrigações; e que partimos do mesmo princípio, usando o dom do livre arbítrio nos definimos como individualidade vida após vida – somos hoje o que nos fizemos ontem; nós somos nossa própria continuidade.

Estamos destinados à felicidade e à perfeição progressiva segundo nosso desejo e esforço – em concordância com as Leis de Trabalho, Amor e Justiça.

O QUE FAZEMOS AQUI?

Reconhecidamente somos seres imperfeitos, endividados perante nós mesmos e os outros, doentes, insanos.

Buscamos a cura através da Reforma Interior.

Mas antes é preciso fazer o diagnóstico.

QUEM SOU EU?

Mesmo na atualidade não há pessoa mais desconhecida para nós do que nós mesmos. E para piorar; nossa percepção a respeito da nossa pessoa é deveras deturpada:

imaginamos ser uma criatura que tem pouco a ver conosco. Diagnóstico errado conduz a tratamento ineficiente e perigoso.

QUAL MINHA TAREFA DE VIDA?

Todos nós temos um projeto de vida física consciente ou não. Para algumas pessoas a reencarnaçao foi compulsória baseada na Lei de Causa e Efeito com alguns ajustes feitos por Espíritos que coordenam esses Projetos de Vida. Outros de nós já participamos ativamente do Projeto de Vida; como nos relata o espírito André Luiz no livro Missionários Da Luz – psicografia de Francisco C. Xavier – editado pela FEB; no caso de Segismundo um dos protagonistas em fase de preparo para reencarnação.

Identificar e definir a tarefa de vida não é tão fácil; mas, com a simples observação e estudo dos acontecimentos em nossa atual existência é possível uma visão clara.

DIFICULDADES A SEREM TRANSPOSTAS

Além das íntimas decorrentes da própria evolução tais como: Preguiça de todos os tipos. Pouca maturidade psicológica.

Há os impedimentos externos, dentre eles:

  O  sistema  de educação em  andamento  que  leva  á formação  de  múltiplas personalidades.

– A vida de competição e seus valores egoístas, que nos deixa sem tempo para olhar para nós mesmos. Estamos sempre vigiando os outros; na ânsia de ultrapassá-los.

  Boa parte das crenças religiosas que iludem a respeito do que nos aguarda no pós-morte.

Claro que muitas outras dificuldades a serem transpostas nos acompanham no dia a dia. A reforma interior apenas começa de fato a se tornar eficiente quando alinhamos nossa existência ao conhecimento de quem somos nós e a que cada um de nós veio.

FONTES DO CONHECIMENTO DE NÓS MESMOS

Para descobrir quem somos basta apenas boa vontade e humildade. Muitos são os caminhos e as fontes para quem já busca.

Estudo das ocorrências do dia a dia.

Somos tal e qual uma estação de rádio ou de TV, vinte e quatro horas ao dia espalhamos ao universo quem somos.

Cada pensamento, sentimento e atitude têm um padrão vibratório específico.

Irradiamos e recebemos de volta; Lei do Retorno e a de Sintonia.

Quando em desarmonia o que recebemos de volta recebe o nome de dor, sofrer, pena, castigo, sorte, azar, destino, Deus quis ou deixou de querer…

Exemplos:

Para o impaciente que se acha o dono do mundo: demora; complicações. Está sempre rodeado de pessoas mais lerdas; quando próximo de alguns, sua simples presença trava-lhes o raciocínio.

O orgulhoso recebe a ajuda das humilhações, uma após outra, vindas de pessoas, situações, acontecimentos.

Para o avarento, o melhor remédio são as perdas.

O ciumento para curar-se não abre mão de todo tipo de traição – até que entenda que não é dono de nada nem de ninguém; além de sua própria vida e destino.

O com tendência a mágoa recebe “coices” até das Madres Teresas da vida.

Enfim, para cada um de nossos distúrbios de caráter a vida possui o remédio específico.

A análise de cada uma das ocorrências do cotidiano é um dos aplicativos da dica do Mestre Jesus: Vigia e ora.

Estudo dos modelos familiares.

Ao nascer trazemos inscrito no DNA físico e espiritual o conjunto de nossas tendências para todas as ocorrências possíveis durante esta existência; além das características do esboço da nossa personalidade a serem aprimoradas. Isso é o nosso Projeto de Vida desta vez.

Quando os pais dizem: Seria tão bom que as crianças viessem com manual de instrução! – Conforme colocamos em nosso livro:   A Reforma íntima Começa no Berço – Ed. EBM – . Nos primeiros anos da atual existência nosso Espírito está na Vitrine da Vida para quem tiver olhos de ver e ouvidos de ouvir –  basta atenção e querer.

Nosso progresso nesta existência depende do meio em que fomos criados e educados; pois às tendências do nosso espírito soma-se a influência do meio ambiente, em especial a família – maior oficina no aprendizado da Lei do Amor.

Nos primeiros anos de vida tudo é subconsciente. Ele funciona como um scanner de computador a captar e absorver tudo que se passa ao redor; para depois exteriorizar na forma de atitudes, comportamentos.

O mecanismo se processa através da energia e padrão vibratório.

Inicialmente os registros são feitos no DNA espiritual – depois, via centros de força, meridianos de acupuntura, mitocôndrias, células e órgãos há manifestação no DNA físico. Isso explica a semelhança física e de comportamento em filhos adotivos.

Em virtude de mesmo quando adultos levarmos uma vida muito subconsciente, casais de longa data juntos tornam-se parecidos, como se fossem irmãos, embora fotos antigas mostrem que não havia semelhança no passado.

Absorvemos qualidades e não qualidades.

As posturas e os comportamentos adequados nós temos o dever de melhorar – a parte inadequada que copiamos deve ser reformada para não repetir doenças, desvios de comportamentos, problemas e dificuldades que enfrentam ou enfrentaram nossos modelos familiares ao longo de suas vidas.

Na atualidade, na maioria de nós, ainda predomina características e comportamentos inadequados; daí, nós temos mais a reformar do que ajustar, no que copiamos.

Quando analisamos nossos modelos o intuito deve ser apenas de aprendizado, sem julgamentos ou recriminações.

Quem deve mudar é sempre aquele que já percebeu a inadequação.

Tentar mudar os outros com palavras e críticas é falta de respeito. Cada qual apenas reforma aquilo que percebe, deseja e lhe é possível em cada momento.

Mil palavras não valem uma atitude; o exemplo longamente trabalhado é quase tudo.

Efeito espelho.

Não aceitamos nosso lado “sombra” da personalidade.

Para que nos reconheçamos a vida nos mostra quem somos nós através dos outros.

Usando o mecanismo da sintonia atraímos pessoas que são a nossa cara espiritual.

As que detestamos; as que não suportamos ver na frente nos representam.

É a vida nos apontando: Olha você aí! – Não as aceitamos nem gostamos delas; pela razão de apontarem nosso lado da personalidade e do caráter mais negado.

Essa fase para que se torne útil e eficiente no conhecimento de nós mesmos exige um pouco mais de humildade, inteligência e aceitação; daí deve ser analisada e praticada quando as outras já estão em treinamento.

Colecionar opiniões sobre nós.

As pessoas que imaginamos não gostar de nós são importantes para que nos conheçamos melhor. Pois, apontam nossa falta de qualidade pessoal, ás vezes, com precisão cirúrgica. Algumas de nossas características da personalidade e alguns padrões de atitudes que imaginamos não ser bem aceitas pela sociedade são ignoradas por nós; agimos como se elas não nos pertencessem.

Somos carentes de afeto; e a vontade em sermos aceitos pela sociedade nos faz usarmos várias personalidades no dia a dia que funcionam á maneira de máscaras; essa atitude nos leva a desperdiçar lições valiosas para progredir.

Na ânsia de sermos amados distorcemos nossa realidade.

Muitos amigos pelo medo de nos ofender não costumam dizer o que realmente pensam e sentem a nosso respeito; daí eles não se tornam muito úteis para a tarefa de conhecimento de nós mesmos.

Análise das doenças.

Nossas doenças espelham nossa condição evolutiva, em especial, as que se repetem. Não há a rigor doenças físicas; elas se originam no sistema mental, emocional, afetivo; depois se transferem para o corpo físico, que devolve o processo ao terreno psicológico através das sensações, fechando o circuito.

A dor e a doença têm uma linguagem própria e clara para quem desejar ouvir.

As de repetição, pela insistência, são as que se oferecem como recurso pedagógico mais claro.

Cada dificuldade do caráter tem um órgão alvo no corpo físico; inveja dá um tipo de doença, intolerância outra, ansiedade outra…

Estudo das Projeções.

O que achamos de inadequado no comportamento e na forma de ser dos outros costuma estar em nós á espreita da primeira oportunidade de se manifestar.

Medimos os outros com nossa régua.

Catalogar os impulsos.

A força que supera a capacidade de contenção gerando tendências, pulsos e impulsos, é a realidade da nossa situação evolutiva.

Nossa mente racional embora tenha uma importância fundamental no progredir;

camufla muitas tendências e mente demais através das desculpas e justificativas.

Nossos impulsos devem ser cuidadosamente catalogados; já que podem determinar nossa qualidade de vida atual, e especialmente a futura. Pois, pela força que trazem em si podem provocar reações que podem levar séculos para serem ajustadas.

Atenção para processos obsessivos.

Muitas vezes, com nossa permissão através do descuido, nós apresentamos durante largo tempo, posturas e características que não nos pertencem integralmente.

Nessa ocasião, nós estamos sendo vítimas da influência de mentes externas através de processo obsessivo.

Com treino podemos perceber com facilidade o que nos pertence e o que não faz parte de nosso acervo da personalidade e de comportamentos psicológicos.

Aplicação prática.

É vital e urgente ANOTAR TUDO para que não desperdicemos lições valiosas, especialmente as que envolvem dor e sofrer.

A vida na atualidade exige planejamento para que nossa existência não entre no rol das falidas.

Não se compare a outras pessoas – cada um de nós é um universo único.

Metodologia:

Analisar e anotar nossas características apontadas pela repetição de situações do cotidiano.

Catalogar as observações a respeito dos modelos familiares.

Avaliar as relacionadas ao efeito espelho.

Estudar as opiniões a nosso respeito.

Procurar compreender os recados das doenças.

Observar as projeções ajuda a perceber o lado negado.

Catalogar os impulsos é da maior importância.

Buscar ajuda para diagnóstico de influências espirituais e se preciso nos tratamentos de desobsessão.

Um ponto importante é passar tudo pelo crivo da Ética proposta por Jesus.

Muitas posturas hoje consideradas normais, pelo fato da maioria apresentar-se dessa forma, nos induz a pensar que não é preciso reformá-las. Exemplo: Ansiedade doentia e Medo mórbido, sinalizam problemas psicológicos do espírito e que precisam ser corrigidos – não com remédios; assim como não há remédio para intolerância, ganância, inveja…; ansiedade e medo serão corrigidos de forma definitiva apenas pela atitude de Reforma íntima.

Conclusão.

Conforme nos mostra a Doutrina Espírita, com critério, estudo e trabalho perseverante, é possível montar o diagnóstico uma imagem muito mais próxima da realidade evolutiva do nosso espírito.

Não é necessário que nos preocupemos de forma exagerada com relação às mudanças – essa atitude gera culpa e remorso que tendem a travar o progresso – a tendência é que o conhecimento induza à transformação de forma progressiva e natural.

O conhecimento de nós mesmos deve ser um trabalho bem humorado, alegre e devemos nos sentir felizes ao realizá-lo.

Sem conhecimento de nós mesmos não há Reforma intima – Sem diagnóstico preciso e correio não há cura.

A cura não será milagrosa – as recaídas serão inevitáveis.

Somos seres ainda com pouca consciência a respeito de quem somos nós e o que fazemos aqui. Mais reagimos a situações externas do que agimos de forma proativa – inevitável que nos surpreendamos a pensar, sentir e agir como antes do esforço da mudança.

O que fazer? Recomeçar. Recomeçar. Recomeçar.

DR. AMÉRICO MARQUES CANHOTO