CALENDÁRIO DE ATENDIMENTO AELA 2020
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
AUTO CONHECIMENTO E DISCIPLINA
Toda tenda de Umbanda,
possui um ritual e embora estes rituais se modifiquem de terreiro a terreiro, é
preciso que se norteie estes modos de se realizar uma gira, uma disciplina, ou
seja, devem haver normas conhecidas por todos os integrantes do Templo, desde o
Dirigente até o Iniciado que acabou de ingressar na Umbanda. Este deve ser
orientado o máximo possível com relação a sua postura dentro do terreiro, bem
como de suas obrigações e deveres para com seus irmãos e, claro, sobre as
normas básicas de respeito, tratamento e conhecimento correto de quem são
nossos mentores espirituais.
O primeiro a ter respeito
por tudo e por todos dentro de uma tenda de Umbanda não é o médium que se
achega, que desconhece quase tudo o que acontece no interior de um terreiro. O
maior respeito, atenção e firmeza de caráter deve vir, inicialmente, do
Dirigente e dos filhos mais velhos.
Num terreiro de Umbanda,
cada um deve ser o que é, não devem existir máscaras ou meias intenções. Aquele
que acorre a um terreiro pela primeira vez, deve ser ele mesmo, pois só assim
poderá sentir, de fato, as mudanças que se processarão para melhor em sua vida,
à medida que for se auto conhecendo, é claro, pois não faz sentido existir um
terreiro de Umbanda se não tiver por meta superior proporcionar a melhora de
seus integrantes, bem como daqueles que acorrem às suas giras de caridade.
A Umbanda ensina que cada
um é o que é. Cada pessoa, em seu íntimo, sabe perfeitamente quais são seus
processos de ação e reação para com o mundo que o cerca. É verdade que existem
pessoas que precisam de uma direção, precisam de alguém que lhes mostre o
caminho. Infelizmente, quase todos procuramos nos esconder de nós mesmos, pois
falta-nos coragem para se olhar no espelho. Poucos de nós têm consciência plena
de quem somos fisicamente, emocionalmente e a nível de pensamentos.
Devemos nos esforçar para
saber quem somos na realidade, assumindo nossos defeitos e assim darmos o
primeiro passo para a mudança. Para isso, dentro de um terreiro de Umbanda,
podemos contar com o auxílio fraterno das Entidades e também com os conselhos
de irmãos mais experientes e sinceros. Mas dar e mostrar uma alternativa melhor
para se viver não quer dizer “modificar” atitudes e consciências à força, como
se, alguém acostumado a determinados hábitos, repentinamente mudasse de
opinião, ou passasse a acreditar em algo.
A Umbanda não agride
consciências, não visa tornar ninguém infeliz ou vazio de religiosidade. Ela é
grande o bastante para mostrar a que todos os caminhos levam ao mesmo destino,
e que, na realidade, não são os caminhos que importam, mas antes o aprendizado
que se tem quando anda por eles.
O verdadeiro Umbandista respeita todos os
credos e todas as filosofias, e sabe, mesmo que interiormente, que a mesma fé
que o faz amar seus Guias e Protetores, faz católico amar sua igreja ou um
muçulmano amar a Alá.
Se existem distorções
desta fé, é porque existem distorções do que faz esta fé existir. O que
pretendemos dizer é que para o Caboclo, o Pai Velho, a Fé é o mais importante e
para que esta fé seja pura, coerente e sincera, o indivíduo deve não mascará-la
com intenções ou floreios.
A fé não deve ser
superficializada, como se fosse um verniz, ela deve ser constantemente burilada
com amor, paciência e sabedoria; sendo que tanto o médium chefe ou dirigente e
o médium que acaba de entrar devem estar cônscios da eternidade desse
burilamento, sendo o respeito, a compreensão e a tranquilidade, os temperos
para que a fé mal direcionada se canalize e se transmute em vontade, ação e
felicidade.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
OS DEMÔNIOS SEGUNDO A UMBANDA
Segundo a Umbanda, nem
Anjos nem Demônios são entidades distintas, por isso que a criação de seres
inteligentes é uma só.
Unidos a corpos materiais,
esses seres constituem a humanidade que povoa a Terra e as outras esferas
habitadas; uma vez libertos do corpo material, constituem o mundo espiritual ou
dos Espíritos, que povoam as faixas dimensionais correspondentes.
Deus criou-os perfectíveis
e deu-lhes por escopo a perfeição, com a felicidade que dela decorre. Não lhes
deu, contudo, a perfeição, pois quis que a obtivessem por seu próprio esforço,
a fim de que também e realmente lhes pertencesse o mérito. Desde o momento da
sua criação que os seres progridem, quer encarnados, quer no estado espiritual.
Atingido o apogeu, tornam-se puros Espíritos ou Anjos ou mesmo Orixás segundo a
expressão vulgar, de sorte que, a partir do embrião do ser inteligente até ao
Anjo ou Orixá, há uma cadeia na qual cada um dos elos assinala um grau de
progresso. Do expresso resulta que há Espíritos em todos os graus de
adiantamento, moral e intelectual, conforme a posição em que se acham, na
imensa escala do progresso.
Em todos os graus existe,
portanto, ignorância e saber, bondade e maldade. Nas classes inferiores
destacam- se Espíritos ainda profundamente propensos ao mal e comprazendo-se
com o mal. A estes pode-se denominar “Demônios”, pois são capazes de todos os
malefícios aos ditos atribuídos.
A Umbanda não lhes dá tal
nome por se prender ele à ideia de uma criação distinta do gênero humano, como
seres de natureza essencialmente perversa, votados ao mal eternamente e
incapazes de qualquer progresso para o bem.
Segundo a doutrina das Igrejas
os Demônios foram criados bons e tornaram-se maus por sua desobediência: são
Anjos colocados primitivamente por Deus no ápice da escala, tendo dela decaído.
Segundo a Umbanda os Demônios são Espíritos imperfeitos, suscetíveis de
regeneração e que, colocados na base da escala, hão de nela graduar-se. Os que
por apatia, negligência, obstinação ou má vontade persistem em ficar, por mais
tempo, nas classes inferiores, sofrem as consequências dessa atitude, e o
hábito do mal dificulta-lhes a regeneração.
Chega-lhes, porém, um dia
a fadiga dessa vida penosa e das suas respectivas consequências; eles comparam
a sua situação à dos bons Espíritos e compreendem que o seu interesse está no
bem, procurando então melhorarem-se, mas por ato de espontânea vontade, sem que
haja nisso o mínimo constrangimento.
Submetidos à lei geral do
progresso, em virtude da sua aptidão para o mesmo, não progridem, ainda assim,
contra a vontade. Deus fornece-lhes constantemente os meios, porém, com a
faculdade de aceitá-los ou recusá-los. Se o progresso fosse obrigatório não
haveria mérito, e Deus quer que todos tenhamos o mérito de nossas obras.
Ninguém é colocado em primeiro lugar por privilégio; mas o primeiro lugar a
todos é franqueado à custa do esforço próprio. Os Anjos mais elevados
conquistaram a sua graduação, passando, como os demais, pela rota comum.
Chegados a certo grau de
pureza, os Espíritos têm missões adequadas ao seu progresso; preenchem assim
todas as funções atribuídas aos Anjos de diferentes categorias. E como Deus
criou de toda a eternidade, segue-se que de toda a eternidade houve número
suficiente para satisfazer às necessidades do governo universal. Deste modo uma
só espécie de seres inteligentes, submetida à lei de progresso, satisfaz todos
os fins da Criação. Por fim, a unidade da Criação, aliada à ideia de uma origem
comum, tendo o mesmo ponto de partida e trajetória, elevando-se pelo próprio
mérito, corresponde melhor à justiça de Deus do que a criação de espécies
diferentes, mais ou menos favorecidas de dotes naturais, que seriam outros
tantos privilégios.
A doutrina vulgar sobre a
natureza dos Anjos, dos Demônios e das almas, não admitindo a lei do progresso,
mas vendo, todavia, seres de diversos graus, concluiu que seriam produto de
outras tantas criações especiais. E assim foi que chegou a fazer de Deus um pai
parcial, tudo concedendo a alguns de seus filhos, e a outros impondo o mais
rude trabalho. Não admira que por muito tempo os homens achassem justificação
para tais preferências, quando eles próprios delas usavam em relação aos
filhos, estabelecendo direitos de primogenitura e outros privilégios de
nascimento.
Podia tais homens
acreditar que andavam mais errados que Deus? Hoje, porém, alargou-se o circulo
das ideias: o homem vê mais claro e tem noções mais precisas de justiça;
desejando-a para si e nem sempre encontrando-a na Terra, ele quer pelo menos
encontrá-la mais perfeita no Céu. E aqui está por que lhe repugna à razão toda
e qualquer doutrina, na qual não resplenda a Justiça Divina na plenitude
integral da sua pureza. Agora, uma coisa é a mais pura verdade: O mal é produto
do humano. Nasce, cresce, se desenvolve, amadurece e é colocado em prática com
o humano. Somente o humano causa sofrimento, pratica crueldades, mente, mata.
Estamos encarnados nesse
abençoado Planeta a fim de exercitarmos nosso livre arbítrio, e a cada dia,
através das vivenciações virtuosas, vamos galgando a cada dia degraus de
felicidade, nos afastando do mal, produzido pelas nossas próprias imperfeições.
(Texto baseado no livro “O Céu e o Inferno – A
Justiça Divina Segundo o Espiritismo” – Allan Kardec)
domingo, 5 de janeiro de 2020
É PRECISO PENSAR NA REFORMA ÍNTIMA
Quando Sócrates (um dos
precursores da mensagem de Jesus) nos recomendou o conhecimento de nós mesmos,
talvez não imaginasse o alcance atual da proposta. Jesus deixou claro quem
somos nós e a que viemos; bem como o caminho mais fácil para atingir nosso objetivo
maior: a plenitude do amor; após cumprirmos todas as etapas evolutivas, passo a
passo.
A Doutrina dos Espíritos
tão bem formatada por Kardec e depois complementada por vários Espíritos como
Emmanuel e André Luiz, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, nos
trouxe notícias a respeito de onde nos localizaremos e como viveremos no Plano
Espiritual. O Espiritismo veio agregar novas; mas já pálidas e algumas até
defasadas atribuições ao postulado de Sócrates.
Somos seres em constante
evolução.
Na empreitada do progresso
é preciso responder a algumas questões básicas que o Espiritismo quase elucida
com simplicidade e precisão:
QUEM SOMOS NÓS?
Uma vez definido que somos
espíritos eternos filhos de um mesmo Pai, luz da mesma Luz e sujeitos às mesmas
Leis, direitos e obrigações; e que partimos do mesmo princípio, usando o dom do
livre arbítrio nos definimos como individualidade vida após vida – somos hoje o
que nos fizemos ontem; nós somos nossa própria continuidade.
Estamos destinados à
felicidade e à perfeição progressiva segundo nosso desejo e esforço – em
concordância com as Leis de Trabalho, Amor e Justiça.
O QUE FAZEMOS AQUI?
Reconhecidamente somos
seres imperfeitos, endividados perante nós mesmos e os outros, doentes,
insanos.
Buscamos a cura através da
Reforma Interior.
Mas antes é preciso fazer
o diagnóstico.
QUEM SOU EU?
Mesmo na atualidade não há
pessoa mais desconhecida para nós do que nós mesmos. E para piorar; nossa
percepção a respeito da nossa pessoa é deveras deturpada:
imaginamos ser uma
criatura que tem pouco a ver conosco. Diagnóstico errado conduz a tratamento ineficiente
e perigoso.
QUAL MINHA TAREFA DE VIDA?
Todos nós temos um projeto
de vida física consciente ou não. Para algumas pessoas a reencarnaçao foi
compulsória baseada na Lei de Causa e Efeito com alguns ajustes feitos por
Espíritos que coordenam esses Projetos de Vida. Outros de nós já participamos ativamente
do Projeto de Vida; como nos relata o espírito André Luiz no livro Missionários
Da Luz – psicografia de Francisco C. Xavier – editado pela FEB; no caso de
Segismundo um dos protagonistas em fase de preparo para reencarnação.
Identificar e definir a
tarefa de vida não é tão fácil; mas, com a simples observação e estudo dos
acontecimentos em nossa atual existência é possível uma visão clara.
DIFICULDADES A SEREM TRANSPOSTAS
Além das íntimas
decorrentes da própria evolução tais como: Preguiça de todos os tipos. Pouca
maturidade psicológica.
Há os impedimentos
externos, dentre eles:
– O
sistema de educação em andamento
que leva á formação
de múltiplas personalidades.
– A vida de competição e
seus valores egoístas, que nos deixa sem tempo para olhar para nós mesmos.
Estamos sempre vigiando os outros; na ânsia de ultrapassá-los.
– Boa parte das crenças religiosas que iludem a
respeito do que nos aguarda no pós-morte.
Claro que muitas outras
dificuldades a serem transpostas nos acompanham no dia a dia. A reforma
interior apenas começa de fato a se tornar eficiente quando alinhamos nossa
existência ao conhecimento de quem somos nós e a que cada um de nós veio.
FONTES DO CONHECIMENTO DE NÓS MESMOS
Para descobrir quem somos
basta apenas boa vontade e humildade. Muitos são os caminhos e as fontes para
quem já busca.
Estudo das ocorrências do
dia a dia.
Somos tal e qual uma
estação de rádio ou de TV, vinte e quatro horas ao dia espalhamos ao universo
quem somos.
Cada pensamento,
sentimento e atitude têm um padrão vibratório específico.
Irradiamos e recebemos de
volta; Lei do Retorno e a de Sintonia.
Quando em desarmonia o que
recebemos de volta recebe o nome de dor, sofrer, pena, castigo, sorte, azar,
destino, Deus quis ou deixou de querer…
Exemplos:
Para o impaciente que se
acha o dono do mundo: demora; complicações. Está sempre rodeado de pessoas mais
lerdas; quando próximo de alguns, sua simples presença trava-lhes o raciocínio.
O orgulhoso recebe a ajuda
das humilhações, uma após outra, vindas de pessoas, situações, acontecimentos.
Para o avarento, o melhor
remédio são as perdas.
O ciumento para curar-se
não abre mão de todo tipo de traição – até que entenda que não é dono de nada
nem de ninguém; além de sua própria vida e destino.
O com tendência a mágoa
recebe “coices” até das Madres Teresas da vida.
Enfim, para cada um de
nossos distúrbios de caráter a vida possui o remédio específico.
A análise de cada uma das
ocorrências do cotidiano é um dos aplicativos da dica do Mestre Jesus: Vigia e
ora.
Estudo dos modelos
familiares.
Ao nascer trazemos
inscrito no DNA físico e espiritual o conjunto de nossas tendências para todas
as ocorrências possíveis durante esta existência; além das características do
esboço da nossa personalidade a serem aprimoradas. Isso é o nosso Projeto de
Vida desta vez.
Quando os pais dizem:
Seria tão bom que as crianças viessem com manual de instrução! – Conforme
colocamos em nosso livro: A Reforma
íntima Começa no Berço – Ed. EBM – . Nos primeiros anos da atual existência
nosso Espírito está na Vitrine da Vida para quem tiver olhos de ver e ouvidos
de ouvir – basta atenção e querer.
Nosso progresso nesta
existência depende do meio em que fomos criados e educados; pois às tendências
do nosso espírito soma-se a influência do meio ambiente, em especial a família
– maior oficina no aprendizado da Lei do Amor.
Nos primeiros anos de vida
tudo é subconsciente. Ele funciona como um scanner de computador a captar e
absorver tudo que se passa ao redor; para depois exteriorizar na forma de
atitudes, comportamentos.
O mecanismo se processa
através da energia e padrão vibratório.
Inicialmente os registros
são feitos no DNA espiritual – depois, via centros de força, meridianos de
acupuntura, mitocôndrias, células e órgãos há manifestação no DNA físico. Isso
explica a semelhança física e de comportamento em filhos adotivos.
Em virtude de mesmo quando
adultos levarmos uma vida muito subconsciente, casais de longa data juntos
tornam-se parecidos, como se fossem irmãos, embora fotos antigas mostrem que
não havia semelhança no passado.
Absorvemos qualidades e
não qualidades.
As posturas e os
comportamentos adequados nós temos o dever de melhorar – a parte inadequada que
copiamos deve ser reformada para não repetir doenças, desvios de
comportamentos, problemas e dificuldades que enfrentam ou enfrentaram nossos
modelos familiares ao longo de suas vidas.
Na atualidade, na maioria
de nós, ainda predomina características e comportamentos inadequados; daí, nós
temos mais a reformar do que ajustar, no que copiamos.
Quando analisamos nossos
modelos o intuito deve ser apenas de aprendizado, sem julgamentos ou
recriminações.
Quem deve mudar é sempre
aquele que já percebeu a inadequação.
Tentar mudar os outros com
palavras e críticas é falta de respeito. Cada qual apenas reforma aquilo que
percebe, deseja e lhe é possível em cada momento.
Mil palavras não valem uma
atitude; o exemplo longamente trabalhado é quase tudo.
Efeito espelho.
Não aceitamos nosso lado
“sombra” da personalidade.
Para que nos reconheçamos
a vida nos mostra quem somos nós através dos outros.
Usando o mecanismo da
sintonia atraímos pessoas que são a nossa cara espiritual.
As que detestamos; as que
não suportamos ver na frente nos representam.
É a vida nos apontando:
Olha você aí! – Não as aceitamos nem gostamos delas; pela razão de apontarem
nosso lado da personalidade e do caráter mais negado.
Essa fase para que se
torne útil e eficiente no conhecimento de nós mesmos exige um pouco mais de humildade,
inteligência e aceitação; daí deve ser analisada e praticada quando as outras
já estão em treinamento.
Colecionar opiniões sobre
nós.
As pessoas que imaginamos
não gostar de nós são importantes para que nos conheçamos melhor. Pois, apontam
nossa falta de qualidade pessoal, ás vezes, com precisão cirúrgica. Algumas de
nossas características da personalidade e alguns padrões de atitudes que
imaginamos não ser bem aceitas pela sociedade são ignoradas por nós; agimos
como se elas não nos pertencessem.
Somos carentes de afeto; e
a vontade em sermos aceitos pela sociedade nos faz usarmos várias
personalidades no dia a dia que funcionam á maneira de máscaras; essa atitude
nos leva a desperdiçar lições valiosas para progredir.
Na ânsia de sermos amados distorcemos
nossa realidade.
Muitos amigos pelo medo de
nos ofender não costumam dizer o que realmente pensam e sentem a nosso
respeito; daí eles não se tornam muito úteis para a tarefa de conhecimento de
nós mesmos.
Análise das doenças.
Nossas doenças espelham
nossa condição evolutiva, em especial, as que se repetem. Não há a rigor
doenças físicas; elas se originam no sistema mental, emocional, afetivo; depois
se transferem para o corpo físico, que devolve o processo ao terreno
psicológico através das sensações, fechando o circuito.
A dor e a doença têm uma
linguagem própria e clara para quem desejar ouvir.
As de repetição, pela
insistência, são as que se oferecem como recurso pedagógico mais claro.
Cada dificuldade do
caráter tem um órgão alvo no corpo físico; inveja dá um tipo de doença,
intolerância outra, ansiedade outra…
Estudo das Projeções.
O que achamos de
inadequado no comportamento e na forma de ser dos outros costuma estar em nós á
espreita da primeira oportunidade de se manifestar.
Medimos os outros com
nossa régua.
Catalogar os impulsos.
A força que supera a
capacidade de contenção gerando tendências, pulsos e impulsos, é a realidade da
nossa situação evolutiva.
Nossa mente racional
embora tenha uma importância fundamental no progredir;
camufla muitas tendências
e mente demais através das desculpas e justificativas.
Nossos impulsos devem ser
cuidadosamente catalogados; já que podem determinar nossa qualidade de vida
atual, e especialmente a futura. Pois, pela força que trazem em si podem
provocar reações que podem levar séculos para serem ajustadas.
Atenção para processos
obsessivos.
Muitas vezes, com nossa
permissão através do descuido, nós apresentamos durante largo tempo, posturas e
características que não nos pertencem integralmente.
Nessa ocasião, nós estamos
sendo vítimas da influência de mentes externas através de processo obsessivo.
Com treino podemos
perceber com facilidade o que nos pertence e o que não faz parte de nosso
acervo da personalidade e de comportamentos psicológicos.
Aplicação prática.
É vital e urgente ANOTAR
TUDO para que não desperdicemos lições valiosas, especialmente as que envolvem
dor e sofrer.
A vida na atualidade exige
planejamento para que nossa existência não entre no rol das falidas.
Não se compare a outras
pessoas – cada um de nós é um universo único.
Metodologia:
Analisar e anotar nossas
características apontadas pela repetição de situações do cotidiano.
Catalogar as observações a
respeito dos modelos familiares.
Avaliar as relacionadas ao
efeito espelho.
Estudar as opiniões a
nosso respeito.
Procurar compreender os
recados das doenças.
Observar as projeções
ajuda a perceber o lado negado.
Catalogar os impulsos é da
maior importância.
Buscar ajuda para diagnóstico
de influências espirituais e se preciso nos tratamentos de desobsessão.
Um ponto importante é
passar tudo pelo crivo da Ética proposta por Jesus.
Muitas posturas hoje
consideradas normais, pelo fato da maioria apresentar-se dessa forma, nos induz
a pensar que não é preciso reformá-las. Exemplo: Ansiedade doentia e Medo
mórbido, sinalizam problemas psicológicos do espírito e que precisam ser
corrigidos – não com remédios; assim como não há remédio para intolerância,
ganância, inveja…; ansiedade e medo serão corrigidos de forma definitiva apenas
pela atitude de Reforma íntima.
Conclusão.
Conforme nos mostra a
Doutrina Espírita, com critério, estudo e trabalho perseverante, é possível
montar o diagnóstico uma imagem muito mais próxima da realidade evolutiva do
nosso espírito.
Não é necessário que nos
preocupemos de forma exagerada com relação às mudanças – essa atitude gera
culpa e remorso que tendem a travar o progresso – a tendência é que o
conhecimento induza à transformação de forma progressiva e natural.
O conhecimento de nós
mesmos deve ser um trabalho bem humorado, alegre e devemos nos sentir felizes
ao realizá-lo.
Sem conhecimento de nós
mesmos não há Reforma intima – Sem diagnóstico preciso e correio não há cura.
A cura não será milagrosa
– as recaídas serão inevitáveis.
Somos seres ainda com
pouca consciência a respeito de quem somos nós e o que fazemos aqui. Mais
reagimos a situações externas do que agimos de forma proativa – inevitável que
nos surpreendamos a pensar, sentir e agir como antes do esforço da mudança.
O que fazer? Recomeçar.
Recomeçar. Recomeçar.
DR. AMÉRICO MARQUES
CANHOTO
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