Fiel aos princípios com os quais foi idealizada pelo Plano
Astral desde a sua fundação, a AELA vem crescendo espiritualmente e
materialmente ao longo dos tempos.
Nesse processo, fortemente ligado a toda a sua história
vemos hoje, 23 de maio, que já se
passaram 45 anos de sua fundação como instituição religiosa de caráter
filantrópico.
A materialização daquilo que foi, em primeiro lugar
idealizado pelo Plano Astral, e posteriormente por nós seres encarnados, somente tornou-se possível pela união de todos, num único
propósito e objetivo.
O que hoje vemos concretizado a nível material, somente
reforça o entendimento de que numa comunidade, se não houver a colaboração e
dedicação de todos que a compõe nada se consegue.
Nesse período, muitos são e foram os confrades e
colaboradores e a todos rendemos graças e nossa eterna gratidão.
Em se tratando de um núcleo espiritualista, de nada vale
existir uma edificação bem estruturada e organizada, se não existirem pessoas
de boa vontade, íntegras, honestas e de firmes propósitos, em primeiro lugar
com elas mesmas, para que se pratique a Umbanda.
Se hoje, após decorridos 45 anos, contamos com uma
Instituição e um Templo materialmente bem estruturado e organizado é porque
nossos Mentores Espirituais depositaram confiança em todos os que por aqui
passaram e, principalmente naqueles que, ao longo desse tempo, ainda permanecem
trilharmos os caminhos da Umbanda com muito amor e fé, assumindo
responsabilidades ainda maiores, pois maior tem sido o número de frequentadores
a aportar na AELA na ânsia de obter ajuda.
Se as pessoas deixarem a instituição, sua missão mediúnica
ou se vierem a ruir não existirá Templo, não existirá Instituição, não existirá
Umbanda, porque não haverá pessoas para que haja o intercâmbio entre o plano
material e o espiritual.
Durante todo esse período, muitos foram os que ingressaram e
deixaram a AELA espontaneamente, optando por seguir outros caminhos.
Consciente da importância que muitas pessoas tiveram e tem
na concretização da AELA, não posso negar que minha pessoa confunde-se com
esta casa de caridade.
Quando fui escolhido para ser o instrumento do Mentor
Espiritual que dirige este Templo, sem que eu tivesse consciência plena, o
Plano Astral foi me induzido no
desenvolvimento de ações materiais que viessem a concretizar o que estava
planejado.
Sem lisonjear-me contar a história da AELA é contar a minha
historia. São mais de 50 anos, sem interrupção, trilhando os caminhos da
Umbanda.
Muitas foram as intempéries e ingratidões por mim
enfrentadas em relação às questões materiais que envolvem uma instituição e,
principalmente, em relação a um grupo de pessoas com diversos níveis de
consciência e personalidades.
Se hoje somos uma instituição que completa 45 anos de
fundação sem interrupção de suas atividades é porque, mesmo em meio a tantos
dissabores e ingratidões, as Entidades sempre me deram forças para continuar
desempenhando a tarefa que me foi confiada.
Isso talvez porque, nesse caminho, sempre me mantive firme
na fé e confiante nas Entidades, sem nunca sequer deixar de cumprir com suas
determinações e orientações pois, tenho consciência de que para a prática
mediúnica e para a manutenção de um grupo espiritualista é necessário muita
humildade, disciplina e dedicação.
Finalizando, não existiria um Templo, não existiria a AELA e
não existiria uma corrente mediúnica, se não existisse seres astralizados que
assumiram a responsabilidade de comandar nosso núcleo espiritualista.
Saravá nosso querido Preto-velho Nhô Benedito"!
Saravá nosso querido Caboclo “Pena Branca"!
Saravá nosso querido Tranca-rua “Mário"!
Sarava a Umbanda!
Ivan Crocetti
A trajetória que estás incitando a seguir, homem, é
fascinante. É uma estrada que se vai alongando à proporção que desbravador
valente, destemido te lances a ela. Vai se inundando de luz como hábil
garimpeiro. Saibas valorizar a pedra chamada “amor”.
Na tua jornada a cada passo que avances vão se aformoseando
as veredas, se assim quiseres com teus gestos, com teus atos.
Ah! Se plantares, ensombrarás o caminho e farás de lugares
ermos pomares fartos e lindos. Se semeares como bom semeador a caridade, verás
o trigo louro transformado em moreno pão mitigando infelizes famélidos. Se
ainda te prontificares a usar as mãos pensando às feridas do corpo e da alma,
distribuindo o que colheste, verás em tua trajetória lenços brancos e luminosos
acenos para ti.
Se, homem, ao passares recolhestes uma lágrima, um lamento
de um moribundo, poderás com o potencial que em ti existe transformá-los em
valiosa e cintilante gema de nuances
multicoloridas que guardarás em teu coração. Mas se tal qual um garimpeiro
indolente perderes a oportunidade de servir esta pedra valiosa deixará de
iluminar teu coração e rolará inútil de mistura ao cascalho sem valor.
Ah! Homem, se tomado de inércia te acomodares em tua
estrada, ela será tomada pelas ervas daninhas de teu orgulho, de tua vaidade,
de tua descrença. Ai de ti, porque de desbravador valente te transformará
apenas num projeto informe.
Se teus gestos e teus bons atos reservares só para aqueles
que te puderem retribuir, pobre de ti, serás apenas um mercenário trocando o
que simplesmente deverias dar.
Se esqueceres a caridade e nunca lembrares o quanto contigo
foi caridoso o Pai e arrastares, a duras penas os teus tesouros para que
contigo continuem até o fim, verás o quanto és pobre!
Se nada quiseres plantar à margem de tua estrada, não
esqueças que por ela poderás voltar procurando um fruto que sacie a tua fome ou
uma sombra para que cansados tua cabeça e teu corpo repousem. Aí nada verás
porque a terra calcinada será a resposta que mereces.
Se tuas mãos perfeitas na hora não estiverem prontas para substituir
as mãos do aleijão, a do homem manietado, as trêmulas mãos de um ancião, as
frágeis mãozinhas de uma criança indefesa. Ah! Se elas não ampararem quando e
como devem, um dia hás de querer usá-las, mas a paralisação que tu impusestes a
esse par maravilhoso de mãos, de braços que foram teus, te impedirão. Tuas
mãos, braços, coração serão apenas um amontoado de carnes inúteis.
Em vez de lenços que para ti acenam de risos, de preces de
amor da pedra rútila refulgindo em teu coração, na senda escura de teu caminho,
punhos hirtos para ti se erguerão, vozes imprecando a tua passagem de espectro
pesado e indolente soarão. E tu, cansado, arrastando sacos de ouro e haveres em
uma árida e triste viela escura, nada iluminará teu coração.
Esvazia o teu celeiro enquanto se faz tempo!
Se nem uma lágrima recolheres em teu caminho, se teus
ouvidos se fecharem aos lamentos, se não tiveres aprendido a repartir o pão, se
negares a emprestar teus braços, mãos, corpo e coração a serviço de teu
Cristo, pobre de ti
homem, chorarás amargo pranto, teu pão será o fel. Tanto tiveres para te ires
transformando num anjo de luz e não passas agora de um escuro duende.
Mas, se apesar de tudo, de todos, da vida e do tempo
perdido, restar em ti um vislumbre de fé, a íntima capacidade de ouvir, de
amar, o mais tênue de voz, para humilde e vencido murmurar um:
“Pai, me ouves? “
Rasgar-se-ão os céus e o sol brilhará sobre a tua cabeça, de
força será tomado o teu ser, a túnica rota será num gesto rápido arrebatada de
teu corpo e em seu lugar alvas vestes se farão sentir, teus olhos terão o
brilho da esperança, luminoso será teu coração. Vozes angelicais cantarão para
ti, pequeninas flores brotarão em tua estrada outrora fria e nua. Arbustos se
farão árvores, o trigo será o pão. Serás o pródigo, aquele que voltou.
A mão do Pai
estará sobre a tua cabeça, o coração Dele em ti.
Por isso torno
a dizer-te.
A trajetória
que estás incitando a seguir, homem, é fascinante!
Mensagem psicografada pela
Médium Ieda Passos Bandeira
A AELA é onde encontro carinho, paz, amor e descubro a razão
da minha existência.
MUITA GRATIDÃO AS ENTIDADES DE UMBANDA
Parabéns AELA
“Trouxeste sol para a minha vida e luz para o meu caminho.
Se eu me perder na estrada sei que não estarei sozinho!
Para você a minha gratidão e todo o meu carinho!”