quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

OS ESPÍRITOS ELEMENTARES NA UMBANDA







Para que os Espíritos encarnassem no Planeta, foi necessário que tivesse o veículo apropriado. Esse veículo apropriado é o corpo astral (nota do autor: também conhecido como Perispírito) que serve como uma espécie de “molde” para o corpo físico. Para a constituição e organização deste corpo, foi necessário passar por adaptações e preparo com a natureza eletromagnética da Terra. Este preparo foi feito através dos reinos mineral, vegetal, animal, e daí até o reino hominal.

Enquanto cumprem essa preparação, são chamados “Espírito Elementares”, também conhecidos como “Espírito da Natureza”.

Em alguns segmentos são chamados Espíritos Elementais, em uma referência aos elementos (Ar, Fogo, Terra, Ar). Em outros, como na Umbanda Esotérica, são chamados de Espíritos Elementares, pois a palavra Elementar expressa àquilo que denominamos de básico, já que estão em seus primeiros estágios no Planeta.

Ainda não participaram de nenhuma encarnação; são Espíritos cumprindo ciclos de evolução e preparação.

Para a Umbanda Esotérica, Elementais não são Espíritos reais; são formas pensamentos, ou seja, são vibrações do pensamento que se atraem, tomando determinadas formas, constituídos pela qualidade dos pensamentos emitidos.
Independente do nome com que são conhecidos, os Elementares são seres sempre presentes na Natureza.

Sua existência é constatada por muitos e ignorada pela maioria.

O homem não percebe a dimensão existencial destes seres porque seus sentidos, sua percepção física é insuficiente, não adequada a outra realidade, que não a realidade física.

Encontramos referencia aos Espíritos Elementares na Wicca, no Martinismo, na Teosofia, na Sociedade Rosa Cruz, nas literaturas de Papus, Eliphas Levi, Paracelso, etc. Também encontramos o seguinte texto no Livro dos Espíritos: “Compreendemos então que existem “princípios inteligentes” que auxiliam no controle dos  fenômenos da Natureza, sob a supervisão de Espíritos mais elevados. Na escala da evolução eles estariam entre a fase animal e a hominal”.
Os Espíritos Elementares vivem da natureza astral até se ligarem à condição humana, sendo Espíritos, em essência, como nós, eternos, faltando-lhes somente a experiência no mundo humano. Isso implica dizer que grande parte da humanidade já foi um dia um Espírito Elementar, pois antes da chegada ao estágio atual, foi necessário o ingresso no sistema evolutivo do Planeta, através desses reinos, a fim de que houvesse a adequada imantação dos elementos vibratórios e propriedades dos minerais, vegetais e animais a fim de formar suas linhas de força, os chacras e o próprio corpo astral, pois sem esse, não seria possível a encarnação.

Neste estágio de adaptações e preparo para a constituição e organização do corpo astral, o Espírito já tinha os primeiros elementos simples dos canais de sua inteligência e de suas primeiras sensações, surgindo o corpo mental. Este corpo mental recebeu as impressões do Espírito e se tornou o veículo de propagação para toda natureza exterior. Dessa fase é que passou para a propagação do pensamento.

Ao longo dos milênios o Espírito foi agregando sobre si mesmo, vários elementos da Natureza. Ao estagias no reino mineral, imantou os processos coesivos e estruturais e os elementos necessários à constituição do sistema ósseo. Ele não incorporou os elementos formativos próprios que se densificam, endurecem ou cristalizam como rocha ou pedra, cristal ou diamante ou outro mineral qualquer. Apenas sorveu, aspirou os elementos desses reinos, sem com isso ser o próprio elementos.

No reino vegetal imantou os elementos necessários à formação da sensibilidade e funções importantes para a futura organização física.

No reino animal agrega as funções instintivas automáticas e mecânicas. Absorve as  experiências dos vários filos animais, dos mais simples aos mais complexos.
Certamente ele não encarnou em cada animal, pedra ou árvore, e nem sequer ficou a seu lado. Imantou dos reinos os elementos necessários às suas próprias experiências e necessidades, ou seja, se apropriou da energia peculiar a cada um desses reinos, passando a sentir em torno de si e aglutinação de certos elementos que começam a lhe dar forma e certos contornos, produzindo nele uma série de sensações e também vibrando segundo suas próprias impressões.
Participa indiretamente da vida instintiva dos animais, através das ondulações vibratórias de suas sensações, das correntes eletromagnéticas que lhes mantém a vida orgânica.

Na espécie animal de pelo, por via de contato vibratório, como o elemento sanguíneo, passa por todas as sensações instintivas.

Na passagem pelos reinos, principalmente no reino animal, o Espírito demora muito tempo, por essa razão é que a idade de certos animais é longa, justamente para dar o tempo necessário ao Espírito, no aprimoramento ou na manifestação de certa classe de sensações em relação com o elemento sanguíneo.

Nesta fase possui o corpo astral já bastante adiantado, porém necessitando complementá-lo ainda mais, sensibilizando seus chacras, especialmente o laríngeo, o qual comanda as cordas vocais, é então encaminhado à espécie animal de pena, como a ultima etapa de sua passagem por esse reino animal.

O chacra laríngeo dos animais de pelo não passou pela fase rudimentar em que se encontra até hoje, por essa razão os sons que emitem são grosseiros, primam pela falta de variação e de harmonia.

Nos animais de pena quase todos apresentam uma variação infinita de sons, ricos de harmonia, melodia e beleza, sinal de que o chacra laríngeo neles já se encontra adiantadíssimo, quase pronto para os primeiros ensaios no setor do som articulado, ou seja, da palavra. Exemplo disso é o papagaio, que consegue formular palavras e até frases, quando ensinados pelos humanos.

Nessa altura, já possui um corpo astral melhor delineado, embora rústico, e impregnado de vibrações e sensações variadas e confusas. Já possui sensibilidade e instinto, sendo necessário proceder sobre ele a revitalização, o equilíbrio e aprimoramento do seu sistema de chacras.

Nessa fase iniciam o último estágio com as forças da Natureza situadas na órbita vibratória das cachoeiras, matas, pedreiras, mares, praia, campos, rios, etc., onde aperfeiçoarão e darão formas belas e humanas aos seus corpos astrais.

Nesta fase são chamados de Elementares Superiores, agrupando-se em quatro classes, de acordo com os campos magnéticos em que limitam, adquirindo dessas mesmas vibrações, as qualidades que os caracterizam, como sejam:


 Elementares do Ar: quando estagiarem no conhecimento de certos elementos expansivos.

 Elementares do Fogo: quando estagiarem no conhecimento dos elementos ígneos.

 Elementares da Água: quando estagiarem no conhecimento dos líquidos.

 Elementares da Terra: quando estagiarem no conhecimento dos elementos sólidos.


Os Espíritos Elementares forma-se em coletividades dentro de seus vários estágios de evolução e tudo fazem para constituir um carma próprio.

Eles se integram no movimento mágico da Corrente Astral de Umbanda, por lhes oferecer amplos meios de contato e trabalho nessa trajetória evolutiva, pois entram em constante relação com o elemento humano, e isso para eles é de vital importância.



Na Umbanda, através de certas operações da magia branca, é facultada aos Espíritos Elementares, intensa atividade que lhes traz benefícios diversos.

Eles atendem a certos sinais da Lei de Pemba, bem como a sons básicos da própria Natureza, que devem ser movimentados por quem saiba fazê-lo.

“Vemos a forma progredir om os instintos até a inteligência e a beleza, são os esforços da Luz atraída pelosatrativos do Espírito, é o mistério da geração progressiva e universal” (Matta e Silva)










(Trecho de: Yacyamara (Neta de: Wilson Woodorn da Matta e Silva))

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