terça-feira, 1 de novembro de 2016

MEDIUNIDADE E A VIDA SOCIAL, PROFISSIONAL E FAMILIAR




Ramatis, no livro Mediunismo, nos diz que, “considerando que a faculdade mediúnica “de prova” ou “de obrigação” é sempre o acréscimo que o Alto concede ao espírito endividado para conseguir a sua reabilitação espiritual, sob hipótese nenhuma deve ela ser negociada ou vilipendiada.

É o serviço de confiança que o médium exerce em favor alheio sem deixar de cumprir todas as suas obrigações para com a família, a sociedade e os poderes públicos. Os mentores siderais não lhe exigem o sacrifício econômico da família, a negligência educativa da prole, o descuido com as necessidades justas da parentela, para só atender indiscriminadamente ao exercício de sua faculdade.

“Cada médium, como espírito em evolução, conduz o seu próprio fardo cármico, gerado no pretérito delituoso, o que também lhe determina as obrigações em comum no lar, onde vítimas e algozes, amigos e adversários de ontem empreendem o curso de aproximação espiritual definitiva. Assim é que, em última hipótese, deve prevalecer sobre o serviço mediúnico o cumprimento exato das determinações cármicas que lhe deram origem à existência na matéria”.

Mediunidade como capacidade permanente, não ocasional.

Infelizmente, a mediunidade não vem equipada com botão “liga-desliga” e SER médium é muito diferente de apenas ESTAR médium. O que isso quer dizer? Quer dizer que mediunidade não é uma capacidade que podemos escolher quando ativar e desativar.

É exatamente como qualquer sentido físico: não podemos escolher quando enxergar ou ouvir.

Do mesmo modo, não podemos escolher quando ser médiuns e quando não ser médiuns. Somos médiuns 24 h por dia, sete dias por semana, durante toda a nossa vida.

E isso tem implicações muito importantes para o médium responsável e consciente do seu trabalho, pois, como diz Maria Aparecida Martins, “somos médiuns uns dos outros, compramos, muitas vezes, o mau humor do pai, o vitimismo da mãe, o desânimo do marido.”

Além disso, como já vimos, o trabalho mediúnico não se restringe à atuação do médium no grupo que frequenta, nem se limita ao dia em que este grupo se reúne para trabalhar. Ele vai além, ocupando toda a vida do médium, e está presente em todas as atividades que desempenha.















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