Sentindo dificuldade em
encontrar médiuns realmente bem preparados para o trabalho, sem desequilíbrios
ou desvios teóricos e práticos no exercício da mediunidade, Edgard Armond
desenvolveu, ainda na década de 50, na FEESP, um método para o desenvolvimento
e aperfeiçoamento de médiuns, que chamou “Método das Cinco Fases”. Ao que
parece, este foi o primeiro e, talvez, o único método de aprendizado mediúnico
sistematicamente desenvolvido com base no estudo, no acompanhamento e na observação
prática de médiuns em atuação.
Percepção de fluidos
Nesta fase, os amparadores
encarregados da instrução do grupo estudam o organismo dos médiuns e registram
os seus pontos mais sensíveis, medindo o grau de sensibilidade de cada um.
Em seguida, os amparadores
que projetem jatos de fluidos sobre os pontos observados em cada um dos
médiuns, os quais devem, então, perceber, sentir esta projeção.
Aproximação
Nesta fase, os amparadores
interrompem a projeção de fluidos e se aproximam dos médiuns, fazendo-se
pessoalmente sentidos. Os médiuns devem, portanto, sentir, perceber a
aproximação e/ou a presença das entidades à sua volta.
A diferença aqui está no
fato de, como os fluidos não estão mais sendo projetados sobre os pontos
sensíveis, os médiuns terem que perceber a “movimentação” das entidades de
forma mais abrangente, sem estar focados em um ou dois pontos específicos. É
como se os médiuns passassem a sentir, ver e perceber com todo o corpo,
registrando a presença dos amparadores ao seu lado.
Desta vez os médiuns não
estão recebendo qualquer estímulo de sensibilidade, cabendo unicamente a eles
perceber a aproximação e o afastamento das entidades, de maneira geral.
Esta capacidade bem
desenvolvida permite aos médiuns prever e até evitar aproximações e contatos
com pessoas, encarnadas e desencarnadas, negativas, hostis ou desequilibradas.
Contato
Nesta fase, os instrutores
espirituais, já tendo se aproximado dos médiuns, tocam, estabelecem contato com
os mesmos, atuando sobre os chacras e a aura, de forma a serem realmente
sentidos pelo tato psíquico ou energético.
Este contato pode ser
feito com as mãos ou em áreas maiores, interpenetrando parcialmente a aura e o
perispírito do médium. Pode também ser feito nos chacras do duplo, nos plexos
nervosos e glândulas do físico ou nos pontos mais sensíveis, anteriormente
observados.
Quando o contato se dá
pelos chacras, o médium sentirá breve manifestação de sua mediunidade, uma vez
que os amparadores estarão agindo sobre o duplo.
Quando o contato ocorre
pelos plexos e glândulas do físico, as manifestações serão reflexas, como
tremores, espasmos e repuxamentos nas áreas atingidas pelo plexo e a glândula
acionados.
Quando, no entanto, o
contato ocorre nos pontos mais sensíveis, as sensações serão muito mais nítidas
e localizadas que pelos modos anteriores, e serão também mais intensas que nas
fases de percepção e aproximação.
Envolvimento
Esta fase é o mesmo que o
acoplamento áurico. Nela, os amparadores
“envolvem”, energeticamente, a mente dos médiuns, expandindo este envolvimento,
na medida do possível, para todo o perispírito, “abraçando-o” com a sua aura.
Quanto maior o
envolvimento, menor será o grau de consciência do médium durante o transe.
Assim, nas comunicações puramente telepáticas, o envolvimento não passa da
mente espiritual, não havendo qualquer contato áurico ou perispiritual mais
intenso, podendo, inclusive, as entidades se comunicar a distância, sem estar
“presentes” no ambiente do trabalho.
Já nas comunicações
inconscientes ou mecânicas, o envolvimento se dá diretamente sobre o órgão ou
parte do corpo físico a ser utilizada para a manifestação, estendendo-se, em
seguida, a todo o corpo e a aura do médium.
E nas comunicações
semiconscientes ou semi mecânicas, o envolvimento acontece tanto na mente, como
no órgão ou área do corpo físico relacionada com o tipo de manifestação.
Já nesta fase pode haver
comunicação ou transmissão de mensagens, sem que seja necessário chegar à fase
seguinte.
Manifestação
Esta fase é a finalização
do processo, a comunicação propriamente dita e direta da entidade em nosso
plano.
Pode ser verbal ou
escrita; consciente, semiconsciente ou inconsciente; mecânica ou semimecânica,
conforme o tipo de faculdade do médium.
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