O Amor é a energia que
mantém o universo e tudo o que nele existe. Sem o amor do Criador, nada
existiria, nada se sustentaria, não haveria transformação. Sem o amor
incondicional de Deus por nós, nada seríamos e nada poderíamos realizar.
É na força do Amor, o
Amor-Deus, o Amor que É, o Amor que existe sem ter sido criado, que todos nos
movemos, que todos existimos, vivemos, pensamos e sentimos. Tudo que
experimentamos é o Amor Maior agindo em nós, por nós e para nós. Somente pelo
amor podemos realizar com Deus, podemos agir no mundo de Deus, em sua criação.
O médium é também obra e,
ao mesmo tempo, ferramenta de Deus, pois é através dele que Deus se revela um
pouco mais à consciência humana, tão presa à ilusão que a cerca neste mundo
material.
No médium, tem Deus mais
um caminho para o coração humano. E pelo médium, podemos todos entender um
pouco melhor o Deus que vive em nós, mas não enxergamos, o Deus que nos ama
tanto que nos deu também a mediunidade para que pudéssemos nos aprofundar em
seus mistérios.
Todo médium deve ter
consciência de que é também um pouco médium de Deus, da Vida, do Amor que É e
tudo permeia. Todo médium precisa saber-se efeito de Deus, da vontade divina,
da sabedoria infinita, para compreender que sua missão na mediunidade nada mais
é do que expressar esse
Amor que a todos envolve,
nutre, sustenta e transforma, sendo imutável e constante em si mesmo.
Para ser fiel à sua
missão, portanto, deve o médium viver mergulhado em amor. Amor por Deus, pela
criação, pelas criaturas e por si mesmo. Amor que se revela em respeito, em
virtude, em fraternidade.
Amor que se apoia também
em estudo, em conhecimento, em razão. Amor que se equilibra, serenamente, entre
o êxtase da fé e a concepção do intelecto.
Sem este Amor, a
mediunidade torna-se estéril e fria, pois nada inspira à vida a não ser
arrogância e desencanto. Sem este amor que alimenta a razão e nela se apoia, o
médium nada percebe de si mesmo e de sua tarefa. Nada sabe dos propósitos de
sua missão e nada intui da verdadeira Vida, a Vida que representa.
Sem conhecimento, a
mediunidade torna-se cega, irresponsável e fanática, e nada acrescenta à
humanidade a não ser medo, ignorância e superstição. Sem o conhecimento que
ilumina o coração, o médium pouco compreende de si e de Deus, pois age às
cegas, sem poder entender os fenômenos que o alcançam e não pode controlar.
Cabe ao médium, portanto,
ser instrumento preciso e fiel do amor de Deus pelos homens, estudando sempre,
aprendendo cada vez mais, para se fazer mais e mais amoroso em sua mediunidade.
Cabe ao médium sintetizar,
em si mesmo, amor e conhecimento, levando não somente técnica ao seu trabalho,
mas também sabedoria, equilíbrio, discernimento, serenidade, para que no
exercício de sua mediunidade reflita-se somente a melhor técnica, a essência de
tudo: o AMOR.
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