segunda-feira, 15 de novembro de 2021
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
terça-feira, 2 de novembro de 2021
FINADOS NA VISÃO ESPÍRITA
O hábito de visitar os mortos, como se o cemitério fosse sala de visitas do Além, é cultivado desde as culturas mais remotas. Mostra a tendência em confundir o indivíduo com seu corpo. Há pessoas que, em desespero ante a morte de um ente querido, o "VISITAM" diariamente. Chegam a deitar-se no túmulo. Desejam estar perto do familiar. Católicos, budistas, protestantes, muçulmanos, espíritas - somos todos espiritualistas, acreditamos na existência e sobrevivência do Espírito.
Obviamente, o ser etéreo não reside no cemitério. Muitos preferem dizer que
perderam o familiar, algo que mostra falta de convicção na sobrevivência do
Espírito. Quem admite que a vida continua jamais afirmará que perdeu alguém.
Ele simplesmente partiu. Quando dizemos "perdi um ente querido",
estamos registrando sérios prejuízos emocionais. Se afirmarmos que ele partiu,
haverá apenas o imposto da saudade, abençoada saudade, a mostrar que há amor em
nosso coração, o sentimento supremo que nos realiza como filhos de Deus. Em
datas significativas, envolvendo aniversário de casamento, de morte, finados,
Natal, Ano Novo, dia dos Pais, dia das Mães, sempre pensamos neles.
COMO PODEMOS AJUDAR OS QUE
PARTIRAM ANTES DE NÓS?
Envolvendo o ser querido em
vibrações de carinho, evocando as lembranças felizes, nunca as infelizes;
enviando clichês mentais otimistas; fazendo o bem em memória dele, porque nos
vinculamos com os Espíritos através do pensamento. Além disso, orando por ele,
realizando caridade em sua homenagem, tudo isso lhe chegará como sendo a nossa
contribuição para a sua felicidade; a prece dá-lhe paz, diminui-lhe a dor e
anima-o para o reencontro futuro que nos aguarda.
PODEMOS CHORAR?
Podemos chorar, é claro. Mas
saibamos chorar. Que seja um choro de saudade e não de inconformação e revolta.
O choro, a lamentação exagerada dos que ficaram causam sofrimento para quem
partiu, porque eles precisam da nossa prece, da nossa ajuda para terem fé no
futuro e confiança em Deus. Tal comportamento pode atrapalhar o reencontro com
os que foram antes de nós. Porque se eles nos visitar ou se nós os visitarmos
(através do sono) nosso desequilíbrio os perturbará. Se soubermos sofrer, ao
chegar a nossa vez, nos reuniremos a eles, não há dúvida nenhuma.
ENTÃO OS ESPÍRITAS NÃO
VISITAM O CEMITÉRIO?
Nós espíritas não visitamos
os cemitérios, porque homenageamos os “vivos desencarnados” todos os dias. Mas
a posição da Doutrina Espírita, quanto as homenagens (dos não espíritas),
prestadas aos "MORTOS" neste Dia de Finados, ao contrário do que
geralmente se pensa, é favorável, DESDE QUE SINCERAS E NÃO APENAS
CONVENCIONAIS.
Os Espíritos, respondendo a perguntas de
Kardec a respeito (em O Livro dos Espíritos), mostraram que os laços de amor
existentes entre os que partiram e os que ficaram na Terra justificam esses
atos. E declaram que no Dia de Finados os cemitérios ficam repletos de
Espíritos que se alegram com a lembrança dos parentes e amigos. Há espíritos
que só são lembrados nesta data, por isso, gostam da homenagem; há espíritos
que gostariam de serem lembrados no recinto do lar. Porque, se ele desencarnou
recentemente e ainda não está perfeitamente adaptado às novas realidades, irá
sentir-se pouco à vontade na contemplação de seus despojos carnais; Espíritos
com maior entendimento, pedem que usemos o dinheiro das flores em alimento aos
pobres. Portanto, usemos o bom senso em nossas homenagens. Com a certeza que
ELES VIVEM. E se eles vivem, nós também viveremos. E é nessa certeza que
devemos aproveitar integralmente o tempo que estivermos encarnados, nos
esforçando para oferecer o melhor de nós em favor da edificação humana. Só
assim, teremos um feliz retorno à pátria espiritual.
Na Umbanda, dia 02 de novembro é o dia das Almas Benditas. É o dia dedicado para homenagear as Santas Almas que trabalham anonimamente na espiritualidade, nos bastidores, fazendo caridade e auxiliando aos encarnados e desencarnados em muitas missões e tarefas. E também para orar pelas almas sofredoras e, muitas vezes, errantes.
Fonte: - Portal do Espírito