A morte, examinada do
ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da
esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens.
Interrompendo os programas
estabelecidos, propicia frustração e amargura, naqueles que permanecem no
corpo, em razão das conjunturas em que se encontram.
Não possuindo, os homens,
a visão correta sobre a realidade da vida, investem, no corpo, os objetivos
imediatos da existência física, o máximo de valores, esquecendo-se de colocar
na sua planificação a inevitável ocorrência da desencarnação.
Anestesiando a razão,
mediante processo automatista, quase inconsciente, a fim de ignorar-lhe a
presença, evitam a abordagem do fenômeno biológico de transformação, assim
evadindo-se do dever de uma análise mais profunda em torno do ser e da vida.
Como consequência, quando
se deparam com essa fatalidade, são tomados, quase sempre, de estupor ou
desespero, de amargura ou revolta.
O egoísmo, que lhes
predomina em a natureza, fá-los anelar pela permanência física dos seres
queridos, mesmo quando enfermos ou limitados, sem que sejam consideradas as
bênçãos que os aguardam após a libertação.
Eis por que, do ponto de
vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede,
antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de
breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Desse modo, em expressivo
número de vezes, para morrer é necessário possuir merecimento.
Livro Loucura e Obsessão, Cap. 21, Manoel Philomeno de
Miranda, Divaldo Franco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário