Quando te vejas defrontado
pela penúria de um irmão de caminhada, não te digas impotente de ajuda. Recorre
ao arquivo da alma, e encontraras inconfundível a receita para toda dor, que o
amor de alguém te legou, na infância ou na mocidade e aplica para o irmão
sofredor os ingredientes da ternura e da bondade que te curaram quando a dor
surgiu em ti. Embora a ignorância se faça sentir em ti pela falta de cultura
que desconheces, não te digas incapaz de orientar ao que te procura em
sofrimento. Recorda as lições sábias da mamãe expressas na fortaleza da fé,
dando-te a coragem de enfrentar o novo dia, sem outra preocupação, a não ser a
de servir obedecendo com humildade e, transmite esperança sem temor de errar.
Para toda dor da alma humana, encontraras recursos para servir e socorrer,
orientar e amparar se tens a capacidade de ouvir e aplicar as lições de amor
que recebeste até aqui. Acoberta o triste, com o sorriso, que te acobertou na
hora da tristeza, através da tua mãe. Abraça ao irmão em desespero e sem fé ,lembrando
da fé e da esperança que alguém depositou em ti, para que jamais caísses em
desespero. Fala aos que nada esperam da vida, dos tesouros recebidos na hora em
que o desanimo te visitou. Transmite a herança de alegria e paz que recebes
constantemente do eterno amor, como filho. Não guardes apenas para ti, o que
pertence a outros também. Lembra que és um veiculo ao serviço do Senhor para
distribuir-lhe , as alegrias da alma que te confia em benefícios de todos. Não
te detenhas na paz que desfrutas, se desejas que esta te acoberte para sempre.
Não descansa enquanto haja penúria e dor em torno de ti. Atende ao chamamento
de socorro que o céu te envia, socorrendo em distinção. Abre as portas do
coração para a piedade e a beneficência a fim de que, as pernas e os braços, o
cérebro e o coração que te abençoam a presença na terra, sejam as ferramentas
constantes de que o Pai se serve para dizer aos homens que somos todos irmãos,
e que devemos amar no amparo e no socorro mútuo, para que desapareça duma vez
por todas, a imagem degradante da indiferença, na forma de orgulho e da vaidade
que nos separam quais seres diferentes uns dos outros, a procura de um Pai para
cada um.
Paz, muita paz, filhos!
BEZERRA DE MENEZES
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