É impossível olhar para a
humanidade
Sem sentir medo, vertigem
ou calafrio
Pois que se vê tanto
horror e impunidade
E inocentes sucumbindo ao
desvario
Do terror não se poupa nem
crianças...
Pois há tantas com os
membros mutilados
E mutiladas também são as
esperanças
Dessas crianças que têm os
sonhos roubados
Pobres crianças, tão
pequenas e inocentes...
Que culpa têm da maldade
deste mundo?
Que se agiganta e as
engole ferozmente
Impondo dor e sofrimento
profundos
Além da fome, da seca, da
enfermidade...
Que as infligem de
tristeza e agonia
No lar enfrentam a grande
perversidade
A violência: o monstro da
covardia...
Imoralmente no tráfico são
inseridas
E presas fáceis da torpe
pedofilia
Tão infelizes, inocentes,
desvalidas...
Perdem por certo a natural
alegria
A trabalhar por vezes são
obrigadas...
E se cansadas, não
concluírem o serviço...
São rudemente por adultos
espancadas
Será que o mundo não
enxerga nada disso?
Mas por direito deveriam
ser felizes
E aproveitar a tenra idade
pra estudar
Pra da vida aprender as
diretrizes...
E concorrer para o mundo
melhorar
Criança deve ter prazer
pela aventura...
E rir alegre ao ver
palhaço engraçado
Fazer lambança misturada à
travessura
E acarinhar o animalzinho
estimado
Deve imitar o seu herói
preferido...
Brincar de pega, e também
de profissão
Pintar a vida de alegre
colorido
Dançar na chuva, e fazer
bolhas de sabão...
Que a nossa voz se faça
ouvir neste deserto
Pra que possamos vencer a
vil arrogância
Que destrói vidas, tanto
longe quanto perto...
Desperta, ó gente, vamos
socorrer a infância!
Por Socorro Melo
Nenhum comentário:
Postar um comentário