sábado, 5 de setembro de 2015

SALVEM AS CRIANÇAS



É impossível olhar para a humanidade
Sem sentir medo, vertigem ou calafrio
Pois que se vê tanto horror e impunidade
E inocentes sucumbindo ao desvario

Do terror não se poupa nem crianças...
Pois há tantas com os membros mutilados
E mutiladas também são as esperanças
Dessas crianças que têm os sonhos roubados

Pobres crianças, tão pequenas e inocentes...
Que culpa têm da maldade deste mundo?
Que se agiganta e as engole ferozmente
Impondo dor e sofrimento profundos

Além da fome, da seca, da enfermidade...
Que as infligem de tristeza e agonia
No lar enfrentam a grande perversidade
A violência: o monstro da covardia...

Imoralmente no tráfico são inseridas
E presas fáceis da torpe pedofilia
Tão infelizes, inocentes, desvalidas...
Perdem por certo a natural alegria

A trabalhar por vezes são obrigadas...
E se cansadas, não concluírem o serviço...
São rudemente por adultos espancadas
Será que o mundo não enxerga nada disso?

Mas por direito deveriam ser felizes
E aproveitar a tenra idade pra estudar
Pra da vida aprender as diretrizes...
E concorrer para o mundo melhorar

Criança deve ter prazer pela aventura...
E rir alegre ao ver palhaço engraçado
Fazer lambança misturada à travessura
E acarinhar o animalzinho estimado

Deve imitar o seu herói preferido...
Brincar de pega, e também de profissão
Pintar a vida de alegre colorido
Dançar na chuva, e fazer bolhas de sabão...

Que a nossa voz se faça ouvir neste deserto
Pra que possamos vencer a vil arrogância
Que destrói vidas, tanto longe quanto perto...
Desperta, ó gente, vamos socorrer a infância!
















Por Socorro Melo

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