Os templos são os locais
criados pelos homens para cultuarem Deus e suas divindades, pois no decorrer
dos tempos, os antigos cultos às divindades naturais foram tornando-se
difíceis, justamente por causa do crescimento populacional, que foi deslocando
as pessoas para longe dos lugares onde eram cultuadas: os pontos de forças ou santuários naturais.
Saibam que os povos
antigos realizavam seus cultos a céu aberto, onde aconteciam cerimônias e
festividades religiosas. Mas, devido às longas distâncias, não era possível
manter uma assiduidade aos cultos e aí começaram a criar uma alternativa que
respondesse aos anseios das pessoas que sentiam a falta do contato frequente
com suas divindades. E surgiram os
templos!
Sim, os templos atendem
essa necessidade dos seres, e são tão positivos que onde houver um, ali está um
local onde as pessoas se colocam de frente para Deus e suas divindades. O fato concreto é que um templo é consagrado
às praticas religiosas e dentro dele existe um campo eletromagnético que o
diferencia, pois este campo é criado pelas irradiações que descem até ele desde
o alto do altíssimo, inundando-o de essências religiosas despertadoras da fé.
O campo eletromagnético
interno de um templo não deve ser medido ou comparado com o seu espaço físico,
pois localiza-se na dimensão espiritual, onde os parâmetros são outros. Assim
sendo, saibam que se no espaço físico de um templo cabem cem pessoas, no seu
campo eletromagnético caberão todos os espíritos que adentrarem nele. E se
entrarem um milhão de espíritos, todos serão acomodados, pois o lado espiritual
da vida é regido por outros princípios e outros parâmetros, que são divinos (de
Deus). O campo eletromagnético de um
templo expande-se caso precise acomodar mais espíritos, ou contrai-se após
recolhê-los e direcioná-los para moradas espirituais localizadas no astral.
Saibam também que todo
espírito que for acolhido, religiosamente, no campo de um templo,
automaticamente e imediatamente começa a ser amparado pela divindade que rege o
templo, e que ativa suas hierarquias para auxiliá-lo, curá-lo, doutriná-lo, e
recolocá-lo na senda luminosa da evolução.
Mas, se um espírito não
for acolhido religiosamente, então os espíritos guardiões do templo o colocam
para fora ou o enviam à alguma faixa vibratória negativa onde, junto com seus
afins, também viciados, terá todo o tempo que precisar para repensar sua vida
desregrada. Por isso a Umbanda adotou o
assentamento de Exu e Pombagira no lado de fora dos seus templos: são estes
guardiões cósmicos que enviam para as faixas negativas os espíritos ainda
petrificados nos vícios e ainda vibrando sentimentos de ódio, vingança, etc.
Mas, ao par da atração dos
espíritos guardiões, todo templo tem o recurso da Lei Maior, que cria no espaço
interno dele um polo magnético bipolar, que puxa para o “alto” os espíritos que
já forem merecedores de um amparo efetivo, e envia para o “embaixo” aqueles que
precisam descarregar seus vícios emocionais.
Portanto, não importa a
que religião um templo pertence, pois nele Deus está presente e ativo, assim
como ali está presente uma ou várias de suas divindades. Logo, caso adentrem
num, peçam antes licença, e depois comportem-se religiosamente, pois senão
estarão profanando um local consagrado e mostrando-se indignos de quem os
recebeu com amor e boa vontade, assim como estarão sendo vistos de frente tanto
por Deus e suas divindades, como pelos espíritos que ali atuam em benefício de
todos que ali vão, porque creem no poder da religião que o erigiu como mais uma
casa do Pai.
A Fé e Religiosidade — Fé
é o ato de crermos em Deus e suas divindades. Religiosidade é a forma como
manifestamos nossa fé, que envolve nossos sentimentos íntimos e nossa postura
diante de Deus e suas divindades, assim como, diante da vida e de nossos
semelhantes. De nada adianta crermos em
Deus se nossa religiosidade é nula ou negativa.
Sim, quantos não têm fé na existência de Deus e de suas divindades e
creem que atuam em nossa vida e em nosso favor nos momentos difíceis, mas só
buscam esse amparo divino quando chegam ao desespero?
Muitos, não?
Pois é. Estes tem fé, mas
não a cultivam com uma religiosidade em suas vidas e suas posturas no dia a
dia. Saibam que fé é a crença no poder
divino. Já a15 religiosidade, é o ato de trazermos para nossa vida e nosso dia
a dia o comportamento e a postura preconizados como qualidades superiores pela
nossa religião e sua doutrina.
Se nossa doutrina prega
que somos filhos de um mesmo pai (Deus), então o nosso comportamento diante de
nossos semelhantes deve pautar-se por este sentimento fraterno que congrega e
irmana os seres. E nossa postura diante de um nosso semelhantes deve ser de
respeito e de confiança.
A nossa religiosidade nos
distingue perante nossos semelhantes e nos qualifica como seres regidos por
Deus e suas divindades, e todos esperam de nós uma conduta e uma postura
condizente com o que nossa religião prega:
amor e fraternidade para e com nossos semelhantes.
Meditem e reflitam se
vossa fé é forte e se vosso comportamento e postura a refletem, ou se vossa
religiosidade está precisando aperfeiçoar-se e vossa fé está necessitando de um
reforço extra, pois está fragilizada pelas vossas dificuldades do dia a dia.
Extraído do Livro
“Doutrina e Teologia de Umbanda” Editora Madras
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