domingo, 28 de janeiro de 2018

ATIVIDADES DOUTRINÁRIAS E DE DESENVOLVIMENTO NOS TERREIROS




A opção religiosa pela UMBANDA quase sempre é precedida de muitas manifestações de preconceito, de ignorância e de intolerância. Em todos os campos de nossa vida em algum momento veremos pessoas se manifestando contra nossa opção ou querendo entender PORQUE nos tornamos MACUMBEIROS.

A nossa trajetória espiritual é individual e intransferível e mesmo assim afeta direta e indiretamente tantas pessoas e por isso acabamos tendo que nos justificar, nos defender, tentar explicar essa opção, de foro tão intimo e que nos faz pensar em nosso livre arbítrio. O criador nos manda a TERRA para sermos felizes e a busca pela FELICIDADE é uma caminhada onde teremos nossos tropeços, erros, acertos, duvidas e a UMBANDA não é diferente das outras religiões quando tem como objetivo levar o ser humano ao seu AUTOCONHECIMENTO, as respostas espirituais de nossa origem e nossa missão enquanto encarnados. Poderíamos simplesmente fechar a cara, abrir a boca e dizer “SOU MACUMBEIRO, SOU UMBANDISTA, É UM ASSUNTO MEU E ISSO NÃO LHE DIZ RESPEITO” e ainda assim não colaboraríamos em nada na construção da tão sonhada IDENTIDADE UMBANDISTA. Outros não conseguem se justificar e irão usar o mesmo expediente. Mas aí estão as duas questões importantes?

Porque temos de justificar nossa opção?

Porque as vezes não conseguimos justificá-la e ajudar na construção de uma identidade Umbandista?

Porque nos faltam os ARGUMENTOS! Porque nos falta o DISCURSO POLÍTICO!

Somos considerados como RELIGIÃO há mais de 100 anos e nesses mais de 100 anos somos perseguidos. Por sermos médiuns, por sermos uma religião que mescla influências africanas, por nos pautarmos pela tolerância e pelo amor fraternal incondicional sem preconceitos, por não segregarmos, por acolher a todos. Representamos uma ameaça. Estamos adormecidos. Não reconhecemos a nossa força. E a nossa força está na nossa organização, está no desenvolvimento e na doutrina de nossos iniciantes, de nossos jovens para que amanhã, devidamente esclarecidos tenhamos um panorama mais favorável.

Porém o desconhecimento de nossa filosofia, de nossos dogmas e da nossa religião beneficia a muitos. Aos nossos inimigos reais, aos nossos perseguidores e aos FALSOS UMBANDISTAS, AOS FALSOS SACERDOTES que se utilizam do saber que NÃO TEM para prender na ignorância e na fé cega aqueles que amedrontados estão na religião por entender que a MEDIUNIDADE É UM ESTIGMA, UMA DOENÇA, UM PROBLEMA e somos obrigados a compartilhar de nossa energia numa casa de Umbanda ou Candomblé sob a ameaça de nossos ZELADORES, ORIXÁS , GUIAS E PROTETORES. Quantos em sua caminhada não ouviram de algum dirigente mal intencionado a frase” VOCÊ TEM QUE BOTAR BRANCO OU ENTÃO SUA VIDA NÃO VAI ANDAR, OU SEU GUIA VAI TE CASTIGAR” É preciso buscar pela VERDADE.

A verdade LIBERTA e nos possibilita o poder de análise, o senso crítico e a escolha pela direção correta. A necessidade do estudo religioso é um fato real e isso está latente em todas as outras religiões, doutrinas e filosofias de vida como a Seicho No Ie, o kardecismo, a Igreja católica, protestante, etc.

Será que só na Umbanda o estudo não é necessário?

Será que o umbandista tem maior capacidade religiosa, cultural, humana, social e espiritual que as pessoas seguidoras de outras religiões por isso não lhe é necessário o estudo religioso? Nossa crença por sua origem ancestral e tradição ORAL pauta se na transmissão de conhecimento, na prática religiosa dentro do templo, vendo, vivendo e aprendendo tudo. Porém o mundo mudou e a informação hoje está acessível a todos em todos os níveis. Essa quantidade de informação apenas INFORMA, portanto não FORMA ninguém e por isso não aceito a forma como EMPRESAS comercializam o conhecimento espiritual via INTERNET e outros já oferecem CURSOS SUPERIORES DE FORMAÇÃO DE PAIS DE SANTO. Precisamos repensar a religião como PROCESSO como CAMINHADA na construção de um saber real e não VIRTUAL.

Por outro lado entendo que hoje só está na ignorância quem quer.


E VOCÊ? CONHECE SUA RELIGIÃO? ESTUDA SOBRE ELA?











segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

PERSISTIR NA MISSÃO






Por que às vezes parece tão difícil e até mesmo impossível cumprir com aquilo que nos parece ser parte de nossa missão enquanto encarnados na terra?

Os obstáculos e di sabores aos quais somos submetidos vêm com forma de nos proporcionar a evolução e testar nossa força, perseverança e fé.

Sucumbir mediante as provocações, por menores que sejam, é falhar em parte com aquilo que se tem a cumprir.

Permanecer sereno e firme nos preceitos de fé, amor e caridade incondicional em tais situações é meio eficaz para que se saia delas fortalecido e vitorioso.

Vitória esta que consiste não em méritos terrenos, mas sim em alcançar a primazia de manter-se vibrando em consonância aos guias e mensageiros de luz de nosso PAI; ao invés de descer seu padrão vibratório e ceder às perturbações (físicas, emocionais e espirituais) advindas das :tormentas terrenas.

Para que isto seja possível é necessário contemplarmos tais eventos com os olhos do amor e da caridade, de forma a encontrar o melhor em cada situação e em cada ser e entender que todos os eventos e pessoas que cruzam nossa jornada terrena têm algo a contribuir na edificação de nossa missão.

Negar ou omitir participação na vida daqueles que surgem em nosso caminho, ou simplesmente desistir mediante as barreiras encontradas nas mais diversas esferas de convivência social é abrir mão de parte da missão maior a qual, acima de tudo, todos nos estamos destinados a de tentar pelos meios que dispomos prestar caridade aos nossos irmãos.

Entenda-se caridade não como uma esmola, mas sim como gestos, atitudes e palavras de luz, que tem a capacidade de abrir mentes, caminhos e corações e modificar vidas.

Tal caridade deve ser uma experiência incorporada ao nosso cotidiano. Deve ser tão natural e vital quanto nossa respiração. Deve ser destinada a todos de forma incondicional, independente de qualquer fator ou valor mundano.

Lembremos sempre que fora da caridade não há salvação.
Essa é a máxima da doutrina espírita!


















Paula dos Reis Moita

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A INTEGRIDADE VIBRATÓRIA DE UM TERREIRO








Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior.

O que parece, às vezes, exagero do dirigente no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas e conversas fúteis, intrigas e maledicências, constitui-se, na verdade, no grande pára-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista.

Todo cuidado é pouco.

Não importa quem agrade ou desagrade.

Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério, e a verdadeira espiritualidade que conduz à evolução compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade, os ciúmes e a ignorância de si mesmo são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para desmoralização de um Grupo Espiritualista.


A corrente é a grande força do Templo Umbandista.

Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo.

Tudo gira em torno dela.

Se um elo dessa corrente estiver fraco, obsediado, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas mais amplas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a casa espiritual.

Devemos sempre lembrar:
"Ninguém é tão forte como todos nós juntos".

Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia.

O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-á problemas futuros mais graves, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.


Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que :


"Caridade sem disciplina é perda de tempo".











terça-feira, 9 de janeiro de 2018

ALIMENTAÇÃO DO MÉDIUM



"Bastante discutidos, os alimentos interferem diretamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso duplo e em nossa aura, afetando, consequentemente, também o nosso psicossoma (corpo astral). Sendo a mediunidade uma hipersensibilização energética provocada em nosso perispírito antes da nossa encarnação, e sendo esta hipersensibilização transferida para o corpo físico no momento do reencarne, é natural que o organismo do médium seja ainda mais sensível às energias dos alimentos do que a média das outras pessoas.

Considerando ainda que o perispírito, o duplo e a aura são os principais elementos de contacto do espírito comunicante com o médium, como se fossem «órgãos do sentido mediúnico», é natural que qualquer coisa que interfira na sua vibração, tornando-a mais lenta e mais densa e que deixe suas energias mais “pegajosas” ou “oleosas”, interferirá diretamente também no seu grau de sensibilidade, dificultando a percepção e a sintonia do médium com as entidades desencarnadas, especialmente as mais elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso e subtil.

É por este motivo que o médium deve ter atenção especial à sua alimentação, evitando tudo aquilo que exija esforço exagerado do organismo para ser digerido e também aquilo que, com o tempo, ele perceba que não lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho de intercâmbio, amortecendo sua sensibilidade mediúnica e energética, especialmente no dia de trabalho ou de reunião.


Por se tratar de algo individualizado, não há regras ou receitas prontas e cada um deve estabelecer o que melhor lhe convém em termos de alimentos, procurando observar suas próprias reações físicas, psíquicas e espirituais a cada um deles, lembrando sempre que estas reações podem mudar, e muito, com o tempo, à medida que sua sensibilidade for aumentando ou mudando. De qualquer forma, existem, como já dito inúmeras vezes, alguns alimentos que a experiência de vários médiuns e trabalhadores espiritualistas indica como prejudiciais à sensibilidade mediúnica, por terem características energéticas mais densas ou excitantes.


Esses alimentos são as carnes vermelhas, os grãos mais gordurosos (amendoim, amêndoas, nozes, etc.), café, chocolate e alguns chás (por serem estimulantes ou excitantes); e os doces (em excesso) que devem ser evitados, pelo menos nas 24hs que antecedem o trabalho mediúnico ou energético. Isto, sem falar, é claro, do álcool e do tabaco, em geral. Além disso, o médium deve ter sempre a preocupação de manter uma alimentação o mais equilibrada possível, variando bastante os alimentos, para garantir também uma variedade suficiente de nutrientes físicos e energéticos que possam atender a todas as suas necessidades, garantindo também a sua saúde física e energética.” 
















quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

DEVEMOS NOS ESPIRITUALIZAR





A condição temporária de médium é apenas mais uma tarefa, mais um trabalho a ser cumprido, que não o exonera de todas as outras tarefas comuns a todos os outros seres humanos. Ao contrário, como médium, ou seja, como intermediário entre os homens encarnados e os homens desencarnados, ele deve conhecer bem a natureza humana e, para isso, deve viver bem NO mundo, sem viver PARA o mundo.

A mediunidade é condição que nos coloca em contato direto com o mundo espiritual, o mundo de onde viemos e para onde voltaremos quando esta vida terminar, mas, sendo neutra em si mesma, da mesma forma que nos dá a possibilidade do contato com seres elevados, também pode nos colocar em contato com seres desequilibrados e perturbados.

O que determina a qualidade dos contatos a serem feitos por seu intermédio é a intenção do contato e, principalmente, o nível espiritual de quem a possui e exerce.

Quanto mais espiritualizado for o médium, no sentido de ter consciência de sua condição de espírito em experiência na carne, aprendendo e corrigindo-se para crescer, mais elevados serão seus contatos e mais positivos os frutos desses contatos, mesmo quando manifestando entidades desequilibradas, desorientadas e perturbadas, pois estarão sempre voltados para a espiritualização da humanidade como um todo.

De nada adianta ser médium sem essa consciência, pois não estamos aqui para sermos apenas bons médiuns, mas para sermos espíritos melhores, mais éticos e amorosos, e a mediunidade é apenas mais um recurso que Deus nos proporciona para termos sucesso nessa empreitada.

O contato com o mundo dos espíritos, por si só, não atribui a nenhum médium qualidades morais que ele não tenha em si, que ele mesmo não tenha conquistado como consciência, que ele mesmo não possua, como herança de seus próprios esforços ao longo de sua vida espiritual.

Ninguém se torna digno de confiança e respeito apenas por ser médium.

E o médium só será considerado digno de confiança e respeito quando já o for como indivíduo.















Fonte: Jornal do Axé

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

UMBANDA – HOSPITAL DA ALMA



É assim que a Umbanda deve ser vista, considerada e reconhecida por todos como um " Pronto Socorro espiritual e de utilidade pública".

A Umbanda como religião, inicialmente, quando veio a mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque a Umbanda é uma religião?

- Porque se baseia em credo; ela crê que o espírito, sobreviva à matéria e isso, aliás, é um ponto filosófico, pertinente a muitas outras manifestações religiosas, quer ocidentais, quer orientais; ela crê na lei Kármica, não na lei do Karma (fundamento Hinduísta, de que há um Deus que cobra do espírito encarnado os erros de outra encanações). Nós Umbandistas não cremos nesta cobrança por Deus, porque “pagamos” erros que cometemos através do nosso livre arbítrio. E devido a isto, no momento em que cometemos este erros, ferimos uma Lei Universal - a lei do retorno contraindo neste momento uma “dívida”. A lei do retorno quer dizer que toda ação tem uma reação contrária no mesmo sentido, com o mesmo volume. Então na reação do espírito encarnado, cuja presença da cobrança independe de qualquer outro fato, a não ser a nossa própria vontade, é que abrimos um canal pelo nosso próprio erro, pela nossa falha, pela nossa omissão, estando num plano muito mais baixo de Deus, um criador, uma força divina.

A Umbanda surgida deste movimento que ultrapassou a condição de culto para uma religião, agora deve ser considerada também, como "Hospital da Almas" - a prática da caridade, no sentido do amor fraterno em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja sua raça, seu credo e sua condição social. Não podendo haver ambiciosos, vaidosos, mistificadores, pois estes, mais cedo ou mais tarde , serão afastados da Umbanda pelos espíritos de Luz.

A prática do bem, somente o bem seguindo a ordem de que “fora da caridade não há salvação”. Nós atendemos as criaturas que são portadoras de desequilíbrios, pessoas desanimadas, desorientadas, propensas ao suicídio, traumatizadas. Pessoas que chegam à vida humana portadoras de anomalias que a medicina e a ciência convencional não explicam. Outras que chegam as nossas portas pela curiosidades de falar com um "Espírito", tirar uma consulta, como por exemplo para saber sobre o futuro, resolver seus problemas, os mais variados possíveis nunca pensando em que: "Melhorar de vida não è melhorar A vida."

Pensam os inconscientes que é só dirigir-se a uma Entidade, pedir e conseguir aquilo que deseja? Puro engano. Quando a Umbanda é praticada em sã consciência e o médium é íntegro na sua missão de ser o intermediário entre um Guia, nada pode temer. Caso contrário, suas manifestações mediúnicas não passarão de chantagens e puras mistificações, aí sim, mais cedo ou mais tarde, receberão o castigo merecido.


O Umbandismo veio para orientar, doutrinar, desenvolver e explicar que a mediunidade uma faculdade, é um desequilíbrio que marca até organicamente a pessoa. Para atender e dar aquela assistência espiritual aos necessitados, desamparados, sofridos e carentes de um alívio e até uma possível cura dos seus males físicos, espirituais e sociais.