A quaresma é um período
entendido e tratado de maneira peculiar na visão de diversas religiões, mas na
sua essência representa um processo necessário na vida de todo ser humano, a
reflexão buscando auto conhecimento.
Todo espiritualista sabe e
se prepara para as alterações energéticas geradas durante os três ciclos de
grandes egrégoras (Carnaval, Quaresma, Semana Santa).
Cada umbandista sabe que a
mudança faz parte do aprendizado e crescimento espiritual, devemos vencer os
demônios da vaidade, inveja, egoísmo e tantos outros, para merecer a
oportunidade de trabalhar na corrente de um terreiro.
Umbandista, entre nesta
vibração que está sendo gerada pelos seguidores de várias religiões e retire o
melhor que puder para sair renovado e ter condição de assumir a grande e
difícil responsabilidade de ajudar o próximo, sem julgamentos, sem preconceito,
seguindo mais uma vez o exemplo do mestre.
Quem sabe assim, com
resignação e disciplina você também não deixe sua marca na história.
A Sexta Feira Santa, ou
‘Sexta Feira da Paixão’, é lembrada por muitos cristãos como o dia do
julgamento, da crucificação, da dor e da morte. No entanto nós, umbandistas,
podemos marcar e viver essa data como o dia do AMOR PLENO, da RENOVAÇÃO, da
PLENITUDE DA FÉ e do PERDÃO VIVO E MANISFESTADO PLENAMENTE.
A Páscoa é renascer, e com
ela devemos refletir e reavaliar os nossos atos, o nosso amor ao próximo, a
caridade e a nossa capacidade de entender e aceitar os desígnios do Nosso Pai.
É o momento em que devemos tentar de alguma forma preencher os novos dias com
muita PAZ e HARMONIA.
Para a Umbanda, Jesus
Cristo, ou em seu sincretismo, Pai Oxalá, que energeticamente representa a
atmosfera e os céus, apenas ressurgiu em espírito para consolar seus irmãos e
lhes falar sobre suas missões, além de lhes mostrar que a vida é eterna, apenas
o que muda são as roupagens que vestimos e onde as vestimos.
Na Páscoa, devemos
comemorar o ressurgir de nós mesmos, nosso recriar, nosso reinventar e, no
melhor dos termos, nosso reconstruir. É isto que Oxalá veio avisar que após a
quaresma, período onde as trevas tem permissão de estarem mais atuantes,
período onde nossas fraquezas estão acentuadas, este seria o momento de
pararmos para prestar atenção em nós mesmos, em nossas atitudes e em nossa
evolução para seguirmos em frente fortalecidos e confiantes no propósito da
caridade em geral.