Sabemos que não estamos à
toa num grupo Umbandista, ou pelo menos deveríamos ter essa noção. Para cada
médium que trabalha num terreiro, tem pelo menos uns cem espíritos trabalhando
no plano espiritual. E não estou exagerando. Basta a gente pensar nos guias que
atuam em nossa coroa, fora os espíritos que estão aqui para auxiliar nos
trabalhos, os espíritos que estão aprendendo a doutrina da seara umbandista,
sem contar também os espíritos que precisam ser socorridos, e que são levados
ao terreiro com a ajuda de espíritos socorristas.
Por outro lado sabemos que
há também aquela falange de espíritos que não quer que o trabalho evolua, que
não quer que o bem se propague, que não quer que a caridade seja praticada,
pois isso coloca a Casa Umbandista e todos que dela participam num padrão
vibratório elevado, resistindo às investidas dos menos evoluídos.
O médium de Umbanda deve
sempre programar da melhor forma os seus dias de trabalho. Para isso, o
dirigente do terreiro se incumbe de passar todo o calendário para que seus
médiuns se programem, porque do lado espiritual, os guias também se programarão
para estarem presentes no terreiro. No dia programado, o médium Umbandista
procura sempre manter o seu equilíbrio e a sua serenidade para os trabalhos.
Mas há aqueles que colocam
diversos empecilhos para comparecer ao terreiro: um mal estar, uma briga em
casa, o cansaço, dores físicas aqui e ali, o excesso de trabalho, uma festinha
que seria imperdível, o dia chuvoso ou muito quente, etc. E é aí que os
espíritos contrários ao trabalho de Umbanda atuam. Pois sabem que aquele
aparelho mediúnico vai desfalcar a equipe em pelo menos cem espíritos. E ainda
vai sobrecarregar aqueles médiuns que conseguem superar as dificuldades do
cotidiano para estarem presentes na Gira, renovando sua fé, e trabalhando a
caridade na Umbanda.
O médium que não valoriza
o dia de Gira ou Sessão como um dia sagrado, não dá valor à importância do seu
próprio trabalho no terreiro. Dia de Gira para ele passa a ser um dia como
outro qualquer. Que mal há em faltar um dia ou outro? Com isso ele falta uma,
duas, três semanas, dois meses, três meses... e quando se percebe, ele já está
completamente afastado da corrente mediúnica, prejudicando seu desenvolvimento
e se entregando à sua própria “sorte espiritual”. Mas na Espiritualidade não
existe sorte. Existe CAUSA e EFEITO.
E aí, quando esse EFEITO
aperta-lhe os calos, o médium procura se reintegrar a corrente. Mas por quanto
tempo? Até os próximos empecilhos?
Nós sabemos que fazer a
caridade exige dedicação e, algumas vezes, sacrifício por parte dos médiuns,
porque trabalhamos sem receber nenhuma paga material. Mas o que se ganha no
astral é algo que nada na Terra vai pagar. E isso vai ajudar o médium a trilhar
seus caminhos. Portanto, médium de Umbanda, antes de esmorecer na primeira
dificuldade, tenha fé na religião que abraçou, nos guias da Casa, nos seus
guias. Se você acha que já está se esforçando muito para ir ao terreiro e não
está adiantando, faça aquele esforcinho a mais.
Quanto mais o mundo
“conspirar” para você não ir ao terreiro, acredite, maior será a sua
necessidade de você estar no terreiro. E depois de ajudar irmãos que vêm na
assistência porque tem problemas maiores que os seus, após receber as bênçãos e
a energia do Congá de sua Casa, você voltará para casa mais pleno. Os problemas
podem não desaparecer por completo. Mas você saberá que, se o mundo material
“conspira” contra você, o mundo espiritual está vibrando por você.
Ah, independentemente de
quando será a próxima sessão no seu terreiro, comece a pensar nisso agora.
CCT Cristiano Queiroz
Tupixaba da Seara
Espiritualista Falangeiros da Aru
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