Vamos falar um pouco sobre
a Linha do Oriente, para trazer alguns esclarecimentos.
Lembro que, na Umbanda
trabalhamos com diversas linhas e que nem todos os terreiros realizam trabalho
com todas elas, como é o caso da Linha do Oriente.
Cada casa de Umbanda é um
posto de socorro que melhor atende aos necessitados daquele local, ao perfil
dos trabalhadores da casa e ao compromisso de trabalho principalmente do
dirigente da casa.
Como disse acima, uma casa
não necessariamente terá todas as linhas de trabalho atuando no plano físico, o
que não quer dizer que elas não existam, ou que não façam parte da Corrente
Astral do local.
A linha do Oriente
apresenta um trabalho bastante diferente, mesmo sendo realizado nos terreiros,
normalmente é feito em dia separado do restante dos outros trabalhos, pelo
simples motivo do tipo de energia que é trabalhada nesse dia, para a cura dos
enfermos.
Quando falo do tipo de
energia não falo de energia melhor nem pior, mas de energia menos densa, mais
sutil.
Para dar um exemplo,
nenhum médico ou enfermeiro fará um curativo ou cirurgia na calçada do
hospital, ou em qualquer outro lugar que não tenha o preparo e assepsia
adequados para tal. Claro que em uma EMERGÊNCIA, os primeiros socorros serão
prestados no lugar que o doente estiver, mas emergências não acontecem todos os
dias, e para ter melhor resultado no tratamento e uso dessa energia, é
necessário alguns preparos dos médiuns e do local.
A Linha do Oriente é
dividida em 07 falanges e composta em sua maioria por entidades de origem
oriental é nessa linha que se encontram as falanges dos hindus, árabes,
japoneses, chineses, mongóis, egípcios romanos, etc. Compõem-se estas falanges
de espíritos que tiveram encarnação nesses povos e que através do ensino das
ciências ocultas, praticam a caridade pregada na Umbanda.
Esta Linha procurou
abrigar as mais diversas entidades, que a princípio não se encaixavam na matriz
formadora do brasileiro (índio, português e africano). Podendo, a Linha do
Oriente vir representada por entidades da linha de caboclo ou pretos-velhos.
As entidades que compõem
esta linha são discretas, falando pouco, com linguajar perfeito e bastante
correto, sendo que não gostam de dar consultas, e se precisam passar algum
ensinamento ao consulente, o fazem através de frases curtas e cheias de significados.
Os mais altos
conhecimentos esotéricos da antiguidade são conhecidos, no plano astral, pelas
entidades que se manifestam nessa Linha, já que nela estão representados
Grandes Mestres do Ocultismo (Esoterismo – Cartomancia – Quiromancia –
Astrologia – Numerologia – Grafologia – etc.). Aqui me chamou a atenção por eu
ser Grafóloga e conseguir perceber e sentir a energia da pessoa pela escrita,
sendo que vai além da técnica aprendida, eu não sabia porque a Grafologia me
causava tanto fascínio, mas que agora faz bastante sentido.
Atuando com a arte da
cura, as entidades da Linha do Oriente buscam fazer o encarnado compreender bem
as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem
como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. São entidades
que vêm com a missão de humanizar corações endurecidos e fecundar a fé, os
valores espirituais, morais e éticos no mental humano.
A Linha do Oriente é
regida por Oxalá, e por Pai Xangô, fogo e calor divino, sendo que as entidades
dessa Linha atuam nas irradiações dos diversos orixás, conforme as demais
falanges da Umbanda.
É chefiada por São João
Batista, que tem o comando dos povos do oriente, onde se manifestam espíritos
de profetas, apóstolos, iniciados, cabalistas, anacoretas, ascetas, pastores,
santos, instrutores e peregrinos.
As informações sobre as
falanges espirituais das 7 linhas que trabalham na Umbanda, são extremamente
raras e divergentes. Esses mistérios vêm se abrindo aos poucos, e o nosso
acesso a eles é algo ainda muito restrito. As tentativas de codificações
sistematizadas da religião, ainda engatinham e temos então “UMBANDAS”, com uma
enorme variedade de verdades absolutas, que apenas limitam e confundem.
Mas penso que se os
Mentores Espirituais responsáveis por essa maravilhosa manifestação religiosa,
permitem tal situação, sabem por que e o que estão fazendo. É uma religião nova
e crescente, não só entre os encarnados, mas também na erraticidade.
As chamadas Linhas
auxiliares, compostas pelos Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos e Povo do
Oriente, não faziam parte da constituição inicial apresentada pelo Caboclo das
Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio de Moraes. Mas representam hoje,
importantes e atuantes falanges dentro dos trabalhos regulares das Giras de
Umbanda. Nem os Guardiões Exús e Pombas Giras, estavam presentes, de modo
explícito, na organização espiritual inicial da Umbanda.
“O Povo do Oriente” é
composto de espíritos que atuam de modo efetivo nos processos de curas físicas,
emocionais e espirituais. Formado por espíritos chamados de médicos do astral.
Esses médicos do astral, não são necessariamente espíritos de médicos
convencionais, como podemos pensar. Mas espíritos muito, muito evoluídos de
grandes sábios, profundos conhecedores de química, biologia, psicologia,
física, medicina oriental, técnicas de curas milenares com uso e domínio da
energia mental e espiritual sobre energia condensada da matéria.
Essa linha, também,
trabalha na Umbanda, mas está presente em muitos outras manifestações
espirituais como Centros kardecistas e outras Fraternidades, sendo denominados
de “Mestres” e “Mestras”, pois são conhecedores, zeladores e guardiões de
grande sabedoria ancestral, revelada apenas aos “escolhidos iniciados”.
Embora chamada de Oriente,
agrega espíritos que tenham encarnado em diversos continentes de nosso planeta
e ainda de outros sistemas do Cosmos, ou seja, algo que está muito além de
nossa limitada capacidade de elaboração intelectual.
É a Linha de trabalho com
o poder de acessar as egrégoras de pura luz de mestres ascencionados, profetas,
santos e tronos angelicais.
Usam como elemento
principal em seus trabalhos, o ectoplasma dos médiuns e assistentes presentes,
raramente usam os elementos materiais convencionais utilizados por entidades de
outras linhas da Umbanda. Quando o fazem, servem-se de luzes e cores, cristais
e materiais de radiestesia, contas e rosários budistas e hindus, ou outros
objetos específicos ao trabalho daquela entidade especificamente, ou ao caso
que estejam tratando.
Suas manifestações
mediúnicas, em seus médiuns podem se dar em forma de incorporação (quando na
Umbanda) psicofônia; psicografia mecânica, semi mecânica, intuitiva; efeitos
físicos (cura, materialização, transfiguração, transporte…), atuam através de
seus médiuns passistas, também nos passes aplicados nas sessões de Centros
kardecistas.
O médium ativo dessa
linha, não deve fumar ou consumir bebidas alcoólicas com frequência, pois além
da vibração perispiritual das entidades ser muito sutil, precisam manter uma
qualidade pura de ectoplasma, para os trabalhos de passes magnéticos, e os de
“efeitos físicos”, entre eles os de energia de cura.
Todas as pessoas que
trabalham com a cura, em qualquer seguimento, têm sempre por perto como mentor,
um espírito da Linha do Oriente. Naturalmente que 90% delas não tem consciência
dessa aproximação e orientação. Sua influência estende-se ainda a educadores,
terapeutas, , sacerdotes, místicos, religiosos.
Os médiuns que não tem
conhecimento de sua condição mediúnica e não a exercem de modo formal, também
podem ser beneficiados pelos Mentores, através de intuições e sonhos.
São Seres de pura Luz,
“literalmente falando” que nos transmitem sensações de profunda paz, quietude
mental, amor universal, fé e confiança.