Caminhava cabisbaixo pelas
estradas da solidão, confuso, perdido, quando encontrei meu Pai Ogum! Logo me
ajoelhei e saudei aquela Força Divina, irradiando em meu caminho. Me ergueu do
chão, me abraçou e antes de partir, deixou a meus pés, envoltas em sua capa
vermelha, espadas que brilhavam como raios de sol no entardecer!
Foram sete as espadas que
me ofereceu! E de todas elas me servi para me curar!
A primeira eu usei para
desbravar caminhos, limpá-los das ervas daninhas que cresciam desenfreadamente,
alimentando-se da preguiça, da falta de vontade, da culpa;
com a segunda, desbravei
todas as raízes da ignorância, do preconceito, da insegurança, que não me
deixavam caminhar, por medo do desconhecido, da escuridão;
a terceira eu usei como
verdadeiro reflexo de mim mesmo, podendo ver em mim todas as falhas que via nos
outros, todas as dores, todas as dúvidas que me impediam de ser quem um dia eu
sonhei;
com a quarta, criei o Fogo
Divino que me transformou e fez brotar em mim a semente da Vida, me impulsionando
a seguir em frente, com Força, com Fé, com Verdade;
a quinta eu empunhei para
combater todos os meus dragões interiores, varrendo todas as investidas da
falsidade, da inveja, do ego;
a sexta eu usei como
cajado para me ajoelhar, agradecendo a meu Pai por ter me ajudado a vencer a
minha luta pessoal e a conquistar a maior de todas as vitórias: a minha batalha
interior!
A sétima espada eu ergui
bem alto e, vestido com a capa de meu Pai, montado em meu cavalo, preparado
para a batalha, parti, sendo mais um guerreiro de Ogum, percorrendo os campos
da vida, pronto para lutar por todos os filhos de Oxalá!
Fonte:
Instagram.com/uniaodaluz
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