Muitos espíritas arrecadam
alimento, fazem sopa aos carentes, dão passe, trabalham na desobsessão, fazem
palestras maravilhosas e etc. mas, como tem feito caridade fora da casa
espírita?
Como o espírita se comporta
no lar?
É um bom ou mau marido ou
esposa, filho ou filha, mãe ou pai, cunhado ou cunhada, nora ou genro, sogra ou
sogro, etc.?
Como está se comportando no
trabalho?
Está sendo um bom
funcionário ou patrão?
Na escola está respeitando
os colegas, professores e outros funcionários? E no trânsito, nas filas, nas
redes sociais...?
Faz sopa aos carentes, mas
em casa não descasca uma batata para ajudar a esposa?
Visita o asilo, mas não
visita ou cuida dos pais ou dos sogros idosos?
Arrecada alimento ou doa
cesta básica aos carentes, mas não ajuda o familiar que está passando por
dificuldade?
Os jovens cantam ou tocam no
coral da mocidade, são idealizadores de um mundo melhor, mas como se comportam
no lar?
Respeitam os familiares?
Será que organizam pelo
menos, seu quarto?
Como estamos nos comportando
nas festas, como verdadeiros cristãos ou estamos deixando nosso rótulo
religioso lá fora e nos permitindo a tudo que não é cristão lá dentro?
Como convivemos com nossos
vizinhos?
Como nos comportamos nas
praias, nas praças, nos locais públicos?
Respeitamos os bens públicos
e privados?
Estamos nos esforçando para
fazer ao nosso próximo o que queremos que ele nos faça?
Enfim, como estamos agindo
fora da casa espírita?
Emmanuel disse que a melhor
caridade que podemos fazer ao Espiritismo é divulgá-lo, mas divulgar não é
apenas fazer palestras, compartilhar frases e mensagens bonitas, mas também e,
principalmente, com o nosso exemplo nos lugares que estivermos.
Allan Kardec disse que:
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela transformação moral e pelos esforços
que faz para domar suas más inclinações.” Então, entendemos que, para ser
espírita não precisa ser perfeito, basta ser ESFORÇADO, “esforçar-se para domar
suas más inclinações”. Afinal, se temos algo a corrigir é sinal que não somos
perfeitos. Mas, é preciso começar e que se comece pelo lar e depois nos demais
locais que frequentarmos.
Joamar Zanolini disse:
"O Espiritismo é uma doutrina que nos coloca no dever de sempre caminhar.
Não nos pede santidade, pede-nos apenas caminhar e, a cada passo dado ao rumo
do progresso, surge o convite ao trabalho dentro do que já conquistamos,
atribuindo oportunidades de adquirir as virtudes que ainda não trazemos na
alma.
E no Terrreiro de Umbanda ?
Obviamente não se espera de
nenhum ser humano que ele se torne um anjo-de-candura, simplesmente por fazer
parte de uma religião. Este é um trabalho delicado, demorado e muito difícil
que se chama reforma íntima. Contudo é um trabalho e um exame de consciência
importante e que deverá nortear o trabalhador de Umbanda, dentro das Leis e
Princípios que regem essa religião espiritualista.
Não adianta ter atitudes
antagônicas dentro do terreiro e fora dele, pois, a cobrança (da sua própria
consciência) estará sempre presente. Além disto, seus mentores espirituais
estão sempre tentando de alguma forma lhe inspirar bons pensamentos para que você
tome boas decisões na sua vida. Isso não quer dizer que eles estão ao seu lado
o tempo todo, como babás espirituais.
Somos humanos e, justamente
por isso, teremos muitas falhas e erraremos, porém, isso não pode servir de
desculpa para nossa conveniência e nossa preguiça. Devemos lutar contra essas
falsas sensações de segurança na ofensa, na agressividade e na falta de
compaixão. Devemos lutar contra essa mentira de que somos assim porque somos
falhos! Oras, isso nós sabemos, mas justamente por isso devemos nos aprimorar.
O erro não está em ter imperfeições, mas em
algemar-se à preguiça e não buscar melhorar-se."
Então, que esta reflexão
sirva, não só para os espíritas, mas a todos os cristãos de outras religiões.
Pensemos nisso!.
Nenhum comentário:
Postar um comentário