Ibeijada,
Yori, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas
entidades que se apresentam de maneira infantil.Quando chegam no terreiro
transformam o ambiente em pura alegria.
YORI: um
dos raros termos sagrados que se manteve sem nenhuma alteração. Esse termo,
assim como Yorimá, era de pleno conhecimento da pura Raça Vermelha, só se
apagando do mental do Ser humano após a catástrofe da Atlântida. Ele ressurgiu
através do Movimento Umbandista, em sua mais alta pureza e expressão.
Traduzindo este vocábulo através do alfabeto Adâmico, temos: A Potência Divina
Manifestando-se; A Potência dos Puros.
BEIJADA: Nome
dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme
a crença geral, nos cultos afro-brasileiros e na Umbanda, as falanges dos
Orixás gêmeos africanos IBEJIS
IBEJI : (ib:
“nascer”; eji: “dois”) Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo
afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião. Ibeji na nação Keto, ou
Vunji nas nações Angola e Congo.
DOIS DOIS: Nome
pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiniano; os santos
Cosme e Damião; o Orixá africano IBEJI e a falange das crianças na Umbanda.
ERÊ: Vem
do yorubá iré que significa “brincadeira, divertimento”. Existe uma confusão
latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não
se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente
sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Erês, Crianças,
Ibejada, Dois-Dois, são Guias ou Entidades de caráter infantil que incorporam
na Umbanda.
No decorrer
das consultas vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente,
modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de
energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois
identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam
quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Por apresentarem aspecto
infantil podem não ser levadas muito a sério, porém o seu poder de ação
fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e
Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. O elemento e força
da natureza correspondente a Ibeji são todos, pois ele poderá, de acordo com a
necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias
elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios
Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da
honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e
conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. Embora as crianças
brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás
dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários
conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a
experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria
dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de
criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude,
doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos
como tio e vô.
A festa
das Crianças na Umbanda, conhecida como Festa de São Cosme, Damião e Doun, tem
duração de um mês, iniciando em 27 de setembro (Cosme e Damião) e terminando em
25 de outubro (Crispim e Crispiniano).
Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às
representações de São Cosme e São Damião é que junto aos dois santos católicos
aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm ou
Idowu, que personifica as crianças com até sete (7) anos, sendo ele o protetor
das crianças nessa faixa de idade.
Entre os adeptos da Umbanda, reza a crença de que para cada dois gêmeos
que nascem, um terceiro não encarna neste mundo. Mas, embora não apareça de
forma física, Doum também é venerado e respeitado como parte da família dos
Ibejis, considerado “aquele que não veio”. Por isso, o mito de Doum também
serve de consolo quando uma criança morre bebê ou ainda no ventre materno.
Nesses casos, a partida é entendida como o retorno de um desses seres divinos
ao mundo do qual não conseguiu se despedir. Mas por serem considerados espíritos
infantis, os ibejis são muito confundidos com os erês, que na verdade são
espíritos intermediários, mensageiros.
Existe também a crença popular, de que COSME E DAMIÃO. QUEM É DOUM? era
filho de uma empregada da família dos gêmeos, Cosme e Damião e que morreu no
dia seguinte ao martírio dos irmãos, e foi levado por eles que o amavam muito.
É comum nas estampas de Cosme e Damião se incluir a figura de uma outra
criança, que representa Doum.
E,
se for à uma festa de Cosme e Damião em um Terreiro de Umbanda, aproveite ao
maximo a oportunidade e todos os ensinamentos e leve para casa, além dos doces
e bolos, o exemplo de alegria dessa encantadora falange de Yori!
Salve as Crianças! Salve os Erês!
Salve Cosme e Damião!
Salve Oni beijada!
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