Se uma pessoa tem que trabalhar e se a mesma não entrar para o Centro, ela pode receber algum dia na rua , no trabalho ou em qualquer lugar?
Acredito que seja muito difícil que a pessoa receba um guia, um protetor ou entidade de luz em lugares públicos, expondo-a ao ridículo ou a situações constrangedoras.
O fato é que a pessoa sendo médium e não desenvolvendo a mediunidade não faz com que deixe de ser médium. O que ocorre é que sua mediunidade ficará "embrutecida" e desamparada, expondo-a a ação de espíritos trevosos, que , esses sim, podem se manifestar em lugares públicos expondo a pessoa a situações embaraçosas.
Importante ressaltar é que ser médium é uma oportunidade que recebemos de Zambi ( DEUS ) para expurgar parte de nosso Karma. Negar ou fugir disso não ajuda em nada. O importante é aprender a lidar com isso, sendo a melhor maneira o desenvolvimento mediúnico.
A religião ou a Umbanda deve entrar em nossas vidas para o nosso crescimento enquanto pessoas. Nunca deve ser imposta. Não concordo com formulas impostas, entretanto sabemos que existem pessoas e pessoas. Cada um com seu Karma, merecimento, missão e vontade. Claro que todo ato nosso tem conseqüências, resta saber se estamos dispostos a arcar com elas.
É obvio também que se acreditamos que antes de encarnar assumimos alguns compromissos com o objetivo de resgatarmos o nosso Karma, e se nesses compromissos assumimos estão envolvidas entidades de Umbanda que nos auxiliarão nesse processo, ao nos recusarmos a trabalhar num terreiro de Umbanda, ao nos recusarmos a ouvir convites feitos por nossas entidades para obrarmos o bem, estaremos nos expondo a não cumprirmos com o prometido.
É claro que existem outras formas de fazermos a caridade. É bem verdade que o concurso de um terreiro, de uma corrente essa tarefa fica facilitada, já que isso é que estava combinado.
Fazer parte de uma corrente facilita nossa comunhão com Deus e com os espíritos do bem, mas não adiantará de nada o médium estar dentro de uma corrente contrariado.
Ser umbandista deve ser uma opção e não uma imposição. Como disse anteriormente, nossos atos geram conseqüências, resta saber se estamos dispostos a arcar com elas.
Umbanda- Mitos e Realidade – Mãe Iassan
Retirado INFORMATIVO AELA N.66 Setembro 2010
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