Não é fácil conceituar a
intuição. Se pesquisarmos nos dicionários, encontraremos algo do tipo: a
intuição é o ato de ver, perceber, discernir, pressentir. Fica-nos, então,
aquela impressão de que a intuição é o ato de ver algum objeto ou fenômeno de
maneira diferente daquela normalmente vista pela maioria das pessoas que olham
para esse objeto ou fenômeno. Por exemplo: bilhões de pessoas, no decorrer de
milhares de anos, já devem ter se deparado com um cenário, ao cair da tarde,
onde, por trás de uma macieira repleta de frutos suspensos por pedúnculos,
visualiza-se a Lua, fixa no firmamento. Quantos viram algo além de maçãs e da
Lua? Pois é bem possível que num cenário como este e em seu sítio, em
Woolsthorpe, o jovem Isaac Newton, com apenas 24 anos de idade, tenha
visualizado, além de maçãs e da Lua, a inércia retilínea e a atração entre
corpos com massa. Entre a visão normal, ou o ato puro e simples de olhar, e a
visão sofisticada, qual seja, o ato de ver, de perceber, de discernir, de
pressentir, reside o segredo da intuição, também descrita como a contemplação
pela qual se atinge a verdade por meio não racional.
Vamos, então, trabalhar um
pouco mais este conceito no sentido de esclarecer o que aqui entendemos por
verdade e por que o processo intuitivo seria não racional.
O cientista é,
diferentemente dos outros, um homem que procura pela verdade e que, portanto,
assume a existência dessa verdade. Nessa procura, admite como certo o que
poderíamos chamar de verdade provisória. Digamos, então, que esta última seja o
que consideramos como verdade científica, e o que a distingue das demais
verdades provisórias, encontradas pelos que não são cientistas, seria o seu
acoplamento ao método científico ou à experimentação. Para resumir, poderíamos
dizer que a verdade científica é uma verdade provisória tomada por empréstimo
da natureza e da forma como ela aparenta ser. As hipóteses e conjecturas
científicas assumem, com frequência, esse papel de verdades científicas.
Digamos, então, que o primeiro passo, mas não o único e/ou o derradeiro, para
chegarmos às verdades científicas seria a contemplação da natureza.
A não racionalidade,
atribuída à intuição, retrata o seu caráter essencial, mas não engloba,
propriamente, todo o processo intuitivo. Digamos que se refere ao insight ou
estalo ou, ainda, à percepção de alguma coisa estranha, não notada nas outras
vezes em que se observou o mesmo objeto ou fenômeno. É óbvio que esta
percepção, ao ser trabalhada racionalmente, poderá vir a se constituir numa
conjectura ou hipótese. No entanto, mesmo antes de formularmos uma conjectura
ou hipótese, já estamos frente a algo a que podemos associar o conceito de
verdade provisória. Existe um conceito popular a dizer: Gato escaldado tem medo
de água fria. Seria isto equivalente a admitir que o gato raciocina? Seria isto
coerente com a afirmação de que o gato formula hipóteses (a água queima) e as
generaliza (as próximas águas queimarão)?
Provavelmente não!
Podemos, pelo exemplo, simplesmente inferir que o gato está dotado de uma
intuição primitiva e da capacidade de memorizar fatos e, em consequência disso,
em condições de aprender por um meio não racional.
Se a ciência experimental
começa pela intuição, poderíamos concluir que o intuitivismo é a base
fundamental de todos os conhecimentos humanos oriundos das ciências empíricas.
É importante não confundir intuitivismo com intuicionismo. Este último
relaciona-se à doutrina que faz da intuição o instrumento próprio do
conhecimento da verdade: ver para crer. Mesmo porque o cientista parte da contemplação
do que realmente existe, e interpreta esta verdade seguindo um raciocínio
lógico aprisionado ao método científico. O cientista, então, parte da verdade
(intuitivismo) e procura por novas verdades científicas por meio da construção
e da corroboração de teorias. Afirmar que a ciência começa pela intuição é,
portanto, bem diferente de dizer que a ciência começa pela observação.
É comum contemplarmos a
natureza por vias indiretas. Newton, por exemplo, conhecedor da inércia
circular de Galileu, viu a Lua em movimento e deve ter associado este movimento
à desnecessidade de um pedúnculo para que a Lua permanecesse a uma distância fixa
da Terra, o que não acontecia com as maçãs. Ou seja, Newton contemplou a
natureza com conhecimentos adquiridos em seus estudos, o que é diferente de
observar um fenômeno sem conhecimento algum.
É sabido que o "nosso
raciocínio não começa pela dedução". Isso porém não é o mesmo que dizer
que o "nosso raciocínio começa de forma indutiva", já que o que nos
leva à "dedução de hipóteses" não é a indução e sim a intuição. A
intuição, como diz o dicionário do Aurélio, é "o ato de ver, de perceber,
de discernir, de pressentir"; é a contemplação pela qual se atinge a
verdade por meio não racional.
Sem dúvida, a intuição é
bastante complexa, por vezes simula a utilização de um raciocínio indutivo, o
que gera confusões homéricas, e é de difícil definição, razão pela qual foi
retirada do método científico. Não obstante, e poucos se dão conta disso, todo
progresso científico começa pela intuição. E é por isso que é difícil de se
acreditar que o computador venha um dia a substituir o homem na atividade
criativa, pois falta ao computador o principal fermento da criatividade, a
intuição."
Os pensamentos das
criaturas se reúnem vibratoriamente em determinados pontos ai permanecendo
gravados. Quem conseguir sintonizá-los com sua mente, pode, através destas
gravações, chegar até o autor do pensamento e dele obter maiores
esclarecimentos. Conscientemente podemos fazê-lo se tivermos suficiente
evolução para isso. Inconscientemente isto ocorre com certas pessoas que
atingem o centro mental, e são impressionadas por algumas ideias e, a vibração
mental, ao regressar ao cérebro físico, manifestam sua descoberta. E esta, por
vezes, aparece inteiramente idêntica em dois ou três cérebros, por mais
distantes que geograficamente se encontrem no planeta.
Pelo corpo pineal pode
tudo isso ser recebido em nosso plano, quando proveniente de outros espíritos
ou de nossa própria mente. Depois de captar as ideias é que a criatura poderá,
se tiver capacidade, transmiti-las da ligação física da mente para o corpo
pineal. Daí passam a ser racionalizadas e traduzidas em palavras. Essa é a
transformação do que é vertical ( intuição, individualidade ) em horizontal (
raciocínio, personalidade ).
Pelo chakra coronário, os
médiuns recebem as comunicações por ondas mentais, isto é, intuitivas,
telepáticas. O Espírito comunicante pensa (em qualquer Idioma) e através do
chakra coronário e do corpo pineal o médium capta esse pensamento (em sua
própria língua) e o transforma em palavras e frases (com seu próprio
vocabulário).
Se houver SINTONIA, haverá
recebimento de comunicação mediúnica. Mas as palavras, os termos, o
vocabulário, o sotaque, as frases serão do MÉDIUM que recebe as ideias e as
veste de forma e não o ditado de frases construídas pelo Espírito.
Devemos distinguir
cuidadosamente a intuição, que provém do espirito e o impulso, de fazer ou
deixar de fazer algo, que nasce no corpo astral ( emoções e desejos ): a
intuição permanece e se fortifica com o passar do tempo, ao passo que o impulso
vai enfraquecendo e morre.
Por meio do átomo monádico
consegue a criatura ligar-se às correntes de pensamento (noures), que formam a
noosfera superior do planeta e lá captar ideias novas, conceitos elevados e a
tônica da beleza sublime, seja em pintura, escultura, música ou qualquer outra
expressão artística genial.
O momento que vivemos é de
pleno domínio da razão, em que as forças intelectivas se sobressaem; porém
algumas pessoas mais evoluídas já se governam, mais ou menos conscientemente,
pelo uso desta faculdade mais perfeita.
A intuição é a percepção
da verdade universal, total, e qualquer vislumbre que dela se tenha é uma
partícula dessa verdade inteiriça, muito embora quando manifestada em relação a
um caso particular ou isolado. A obediência às manifestações da intuição é uma
das condições fundamentais do desenvolvimento e ampliação dessa faculdade no
indivíduo.
Um conhecimento mental
pode ser adquirido pelo estudo, pela aplicação, pelo raciocínio, pela
observação, pela experimentação; a intuição, porém, não depende de nada disso:
é unicamente um conhecimento infuso, ou melhor, é um discernimento espontâneo
de uma verdade pacifica e única.
O homem é um ser limitado
pelos seus corpos orgânicos e fluídicos, mas o ponto que não atinge com o
braço, atinge-o com a inteligência e onde esta não alcança, o faz a intuição. O
conhecimento vindo pelo intelecto nos faz conhecer o mundo ambiente, ao passo
que a intuição nos dá discernimento das coisas divinas; o primeiro se estriba
na razão que mediu, pesou, dividiu, analisou, concluiu; a segunda, porém, se
apóia na fé, porque somente crê e confia. "A razão é metódica, mecânica,
limitada, mas a intuição é intrínseca, ilimitada, independente, acima de
qualquer lei.
O homem funciona em três
planos: o físico, o mental e o espiritual, que correspondem, respectivamente,
ao instinto, à razão e intuição; mas a verdade total, só é percebida pelo homem
de intuição.
O homem do futuro, isto é,
o homem renovado, que venceu a si mesmo, vencendo a dominação da matéria
grosseira, será um homem de intuição.
O homem de intuição
resolve seus problemas com elementos que obtém do plano divino, ao passo que o
da razão os resolve segundo os recursos da própria inteligência humana, ligada
às coisas do mundo.
Diz Alexis Carrel, um dos
mais acatados expoentes da ciência oficial, a respeito desta maravilhosa
faculdade: "É evidente que as grandes descobertas científicas não são
unicamente obras de inteligência. Os sábios de gênio, além do dom de observar e
de compreender, possuem outras qualidades, como a intuição e a imaginação
criadora. Por meio da intuição, aprendem o que os outros homens não vêm,
percebem a relação entre fenômenos aparentemente isolados, sentem
inconscientemente a presença do tesouro ignorado. Todos os grandes homens são
dotados do poder intuitivo. Sabem sem raciocínio e sem análise o que lhes
importa saber. As descobertas da intuição devem ser sempre desenvolvidas pela
lógica. Tanto na vida corrente como na ciência, a intuição é um meio de
adquirir conhecimentos de grande poder, mas perigosos. Por vezes, é difícil
distingui-la da ilusão. Aqueles que só por ela se deixam guiar estão expostos
ao erro. Mas aos grandes homens ou aos simples, de coração puro, pode ela
conduzir aos mais elevados cumes da vida mental ou espiritual".