O que você faz fala tão
alto, que não consigo ouvir o que você diz.
O pensamento do filósofo e
escritor americano, Ralph Waldo Emerson, precisa de nossa atenção.
Ações falam muito mais de
nós mesmos do que nossas palavras.
Nossas palavras
articulam-se por conveniência, por convenções e podem ser muito bem
dissimuladas por força de nossa vontade, isto é, nem sempre contarão a verdade.
As ações mostram o que há
em nossa alma, nossa índole, nossos valores.
É muito fácil falar. Mais
difícil agir.
Francisco de Assis,
missionário que resgatou a essência da mensagem do Cristo na Terra, em uma de
suas pregações, afirmou:
A paz proclamada por vós
com palavras deve habitar de modo mais abundante em vossos corações.
Isso significa que
precisamos vivenciar algo para que nossas palavras e opiniões tenham peso. É a
chamada autoridade moral.
Ela é válida na educação
dos filhos, por exemplo.
Esses precisam
identificar, nos genitores, o mesmo comportamento que estão exigindo deles.
Caso não encontrem essa
referência, dificilmente seguirão qualquer recomendação educacional.
Os filhos poderão até
obedecer, mas por medo, por ascendência da força, naquele momento.
Esse tipo de ascendência,
porém, não dura. Tão logo se desvencilhem dos pais ou desenvolvam uma
independência maior, voltarão a repetir as mesmas atitudes do ontem equivocado.
Resumindo: não aprenderam.
Simplesmente atenderam a uma recomendação, por determinado tempo.
Por isso ouvimos falar na
força do exemplo.
Os filhos copiam os pais
em muitos aspectos. Imitam suas ações, sua forma de lidar com isso ou aquilo na
vida. Seus conselhos só serão ouvidos se perceberem a força da autoridade moral
embasando as falas.
A sabedoria de alguém não
é medida pelo quanto ela sabe, conhece, mas pela qualidade de suas ações.
Vemos assim, no mundo,
grandes vozes, de retórica impecável, mas cujas ações, no dia a dia, não
condizem com seu verbo afiado.
Sobem nas tribunas do
mundo, cantando a igualdade, a justiça, a defesa da população, quando em seu
coração há apenas a busca pela satisfação de sua vaidade e egoísmo, tirando
vantagem de tudo e de todos.
E muitas consciências de
hoje estão tão doentes, tão obnubiladas, que nem sequer sentem algum tipo de
remorso, culpa ou responsabilidade.
Despertarão mais tarde,
possivelmente com a dor, com a força da lei de causa e efeito, colocando tudo
de volta nos trilhos da alma descarrilhada.
Assim, cuidemos de nossas
palavras e cuidemos de nossas ações.
O que fazemos fala muito
mais alto do que aquilo que dizemos.
Lembremos do pensamento do
filósofo:
O que você faz fala tão
alto, que não consigo ouvir o que você diz.
Redação do Momento
Espírita.
Em 15.8.2012.
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