sábado, 8 de abril de 2017

ACOLHER





Quando uma pessoa procura um templo religioso, normalmente o faz com o Espírito – e não raras vezes também o corpo – alquebrado pelas promessas e esperanças que lhe foram alimentadas e, depois, desacreditadas.

E se a vida fora do templo foi dura e ríspida com ela, nosso dever, como religiosos e mesmo humanos, é acolhê-la. Se ela já foi julgada, excluída, taxada, humilhada, é nossa missão confortá-la. Sem perguntas que não “O que podemos fazer por você?”. Sem olhares senão os de compaixão de verdadeiros irmãos na caminhada rumo ao Criador.

Não nos cabe o papel de acusadores, juízes ou carcereiros do alheio. Esses, já os há suficientes do lado de fora do templo. A nós, aqui dentro, cabe estender as mãos e ajudar a todos quantos o desejem de verdade a sair das trevas e do lamaçal do erro e da ignorância.

Pouco importam as preferências pessoais de cada um. Vegetarianos, veganos, ou não. Capitalistas, socialistas, ou apolíticos. Igualmente sem relevância as origens sociais, a condição financeira, a cor de pele, a etnia, a raça ou sexualidade – heterossexual, homossexual, bissexual, pansexual, ou mesmo sexualidade alguma.

O que realmente importa é o que a pessoa traz no coração. Importantes são as escolhas entre boas e más ações, entre bons e maus pensamentos.

Pouco importa se, pessoalmente, condenemos essa ou aquela atitude. Essa ou aquela escolha. Esse ou aquele proceder. O atual chefe da Igreja Católica Apostólica Romana tem dado belíssimos exemplos disso.
Esse, a meu ver, o bom procedimento de um templo, de um sacerdote. Acolher, entre fiéis e membros internos, pessoas das mais variadas origens, condições sociais, raças, preferências e sexualidades.

A todas elas, Amor. Caridade. Auxílio.


Havendo fé, retidão de caráter, comprometimento e responsabilidade, as mãos devem estar sempre estendidas.












Nenhum comentário:

Postar um comentário