Quando uma pessoa procura
um templo religioso, normalmente o faz com o Espírito – e não raras vezes
também o corpo – alquebrado pelas promessas e esperanças que lhe foram
alimentadas e, depois, desacreditadas.
E se a vida fora do templo
foi dura e ríspida com ela, nosso dever, como religiosos e mesmo humanos, é
acolhê-la. Se ela já foi julgada, excluída, taxada, humilhada, é nossa missão
confortá-la. Sem perguntas que não “O que podemos fazer por você?”. Sem olhares
senão os de compaixão de verdadeiros irmãos na caminhada rumo ao Criador.
Não nos cabe o papel de
acusadores, juízes ou carcereiros do alheio. Esses, já os há suficientes do
lado de fora do templo. A nós, aqui dentro, cabe estender as mãos e ajudar a
todos quantos o desejem de verdade a sair das trevas e do lamaçal do erro e da
ignorância.
Pouco importam as
preferências pessoais de cada um. Vegetarianos, veganos, ou não. Capitalistas,
socialistas, ou apolíticos. Igualmente sem relevância as origens sociais, a
condição financeira, a cor de pele, a etnia, a raça ou sexualidade –
heterossexual, homossexual, bissexual, pansexual, ou mesmo sexualidade alguma.
O que realmente importa é
o que a pessoa traz no coração. Importantes são as escolhas entre boas e más
ações, entre bons e maus pensamentos.
Pouco importa se,
pessoalmente, condenemos essa ou aquela atitude. Essa ou aquela escolha. Esse
ou aquele proceder. O atual chefe da Igreja Católica Apostólica Romana tem dado
belíssimos exemplos disso.
Esse, a meu ver, o bom
procedimento de um templo, de um sacerdote. Acolher, entre fiéis e membros
internos, pessoas das mais variadas origens, condições sociais, raças,
preferências e sexualidades.
A todas elas, Amor.
Caridade. Auxílio.
Havendo fé, retidão de
caráter, comprometimento e responsabilidade, as mãos devem estar sempre
estendidas.
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