Quando vamos a centros
religiosos, sejam eles quais forem, sempre percebemos a presença de trabalhadores
da casa que parecem dedicar sua vida toda a esse propósito.
De certa maneira,
admiramos tais pessoas, nos perguntamos como é possível tanta dedicação para um
único propósito. E isso pode se repetir em outras áreas de nossa vida. Um bom
chefe, que sabe realizar o verdadeiro papel de um líder; um bom professor, que
vê em cada aluno o seu grande potencial e sabe como trabalhar com isso; um
chefe de família que sabe como exercer suas obrigações com maestria.
Com essa admiração,
acabamos por ver somente esse lado bom das pessoas. Devemos sim, ter bons
exemplos para nos guiar, porém, não devemos cair no engano de tornar nossos
irmãos perfeitos deuses.
Todos nós temos nossos
pontos fortes e fracos, e estamos juntos neste mundo, justamente para nos
amarmos e aprendermos uns com os outros.
Talvez, aquela tarefa que
nosso irmão encare com maestria, para ele seja algo banal, relativamente fácil,
devido às suas experiências anteriores, dessa vida ou de outras.
O que devemos perceber, em
nós mesmos, é quais são esses pontos, e no que devemos melhorar. Enxergando
nossos pontos fortes, seremos capazes de trabalhá-los de maneira muito mais
eficaz. Enxergando nossos pontos fracos, saberemos identificá-los e
aprimorá-los.
Nossos pontos fracos,
geralmente, se escondem atrás de escudos que criamos para as situações de nosso
dia a dia. Talvez por algum trauma que passamos ou uma cicatriz que trazemos de
outras existências, não nos damos a possibilidade de passar por certas situações
por puro medo.
Uma decepção amorosa pode
fazer com que criemos um escudo que não permita que outras pessoas se aproximem
de nós. Sempre ficando com o pé atrás, não se permitindo conhecer uma nova
paixão, que talvez seja a das nossas vidas.
Uma decepção no trabalho,
que nos deixa sem motivação e crença em um futuro melhor, fazendo assim nos
fecharmos para novas possibilidades, perdendo cada vez mais a vontade de
crescer.
Infinitos são os exemplos
que poderíamos citar aqui. O mais importante, contudo, é termos a coragem de
identificarmos os escudos que criamos, para assim aprendermos a baixá-los e nos
permitir sentir novas sensações e oportunidades.
Isso se chama Fé. Fé em
nosso Pai, no futuro que escolhemos para nós mesmos.
Por Vinicius Takacs
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