A aura humana mostra-se à
visão do clarividente semelhante a um enorme
ovo evanescente, resultante da própria irradiação psíquica do indivíduo. A sua
forma característica, comumente oval,
circunda o homem até 80 a 90 centímetros, esfericamente, em torno do seu corpo. A aura humana não é o
próprio indivíduo, mas apenas a sua irradiação a síntese dos eflúvios de vários princípios
energéticos que funcionam em diversos planos, inclusive a soma das radiações do
desgaste e resíduos do próprio duplo etérico.
Todas as coisas e seres
criados por Deus são centros de energia condensada e comprimida, conforme
aventou Einstein. Porém, essa energia, condensada no estágio material da vida,
acha-se num estado
"antinatural"; ela forceja continuamente por retomar ao seu plano
original de energia livre, onde,
realmente, se manifesta em sua plenitude integral. Deste modo, o mundo exterior
ou físico desmaterializa-se, segundo por segundo, ante a fuga incessante dessa
energia, inerente à aura de cada objeto,
planta, ave, animal ou homem, variando apenas quanto ao tempo ou prazo de sua libertação. Como outros minerais, o rádio
extingue-se mais cedo no cenário físico, pois decorrido certo tempo, ele será
apenas energia desintegrada e perde a sua forma transitória no mundo físico.
Mas continua a existir
ainda mais vivo e poderoso no seu verdadeiro reino oculto do Cosmo! Todas as
substâncias, coisas e seres têm uma aura de irradiação oriunda dos seus
princípios elementares constitutivos, pois a expansividade e a fuga energética
é seu determinismo de vida. A matéria, figuradamente, é uma coisa
"anormal"; todas as formas do mundo palpitam em alta tensão, pois não
passam de prisões transitórias de energia, a qual se esforça incessantemente
para retomar ao seu plano de origem.
O conteúdo íntimo de qualquer objeto,
forma ou ser, no mundo físico, vibra numa reação rebelde e constante para fugir
da sua condição incômoda e anormal de matéria! É um esforço expansivo e
incessante para regresso à sua autenticidade energética. Por isso, os hindus
aconselham o homem a libertar-se de "Maya", a grande ilusão
representada pelo mundo material, efêmero e instável, onde os mais atraentes
aspectos e fascinantes prazeres não passam de formas transitórias a caminho de
sua dissolução em energia!
A desintegração atômica é
somente a libertação prematura da energia prisioneira da condição matéria; isto
é, graças à intervenção violenta da ciência humana no campo da força nuclear,
então é feito de modo apressado aquilo que seria feito a longo prazo! A
configuração exterior do Cosmo é apenas energia comprimida, a qual escapa ou
sublima-se sem descanso, para retomar à sua fonte real. Disso resulta a aura esferoide
ou ovalada que se irradia de tudo, ultrapassando sempre o espaço ocupado pelas
coisas e pelos seres vivos. A aura lembra a chama que se evola esfericamente do
pavio da vela, o calor irradiado de uma estufa, o perfume evolado de uma flor
ou a luz de uma lâmpada!
A aura é somente a
irradiação de um núcleo, veículo ou corpo central, que gera ou mobiliza as
energias em incessante desgaste. Todos os seres vivos, inclusive os vegetais,
são dotados de um duplo que lhes configura a forma e também traça os limites do
seu crescimento e expansividade. Assim como o homem é portador de um
perispírito, que lhe dá a forma humana e o mantém equilibradamente no meio onde
habita, as espécies vegetais também possuem um corpo etérico provisório nutrido
pelo prana ou vitalidade, o qual se desata da semente e expande-se até um
limite peculiar.
Se o homem não fosse um
perispírito limitado na sua configuração humana, é óbvio que ele cresceria
indeterminadamente em todos os sentidos e durante a sua existência física,
tornando-se a humanidade terrena um conjunto de gigantes em relação à sua
estatura tradicional por nós conhecida.
Em breve, o orbe terráqueo estaria saturado e superpovoado por tais gigantes e
coberto por uma vegetação em incessante crescimento. No entanto, graças ao
perispírito, que funciona à guisa de um "cartucho" ou
"molde" invisível a impedir o crescimento anormal do homem e do animal,
e o duplo etérico que contém os vegetais, a Terra ainda é planeta suficiente
para ser povoado e cultivado por incontáveis milênios.
Evidentemente, se não fosse o perispírito, o
homem que cresce 1,70 m. em 20 anos, então deveria atingir 3,40 aos 40 anos,
5,10 aos 60 anos e 6,80 caso chegasse aos 80 anos! Isso é a prova suficiente da
imortalidade da alma, que situada no mundo oculto disciplina e sustém o corpo
físico.
Magia de Redenção Hercílio Maes Ramatís
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