quinta-feira, 13 de julho de 2017

UM POUCO SOBRE A AURA







A aura humana mostra-se à visão do clarividente semelhante a um  enorme ovo evanescente, resultante da própria irradiação psíquica do indivíduo. A sua forma característica, comumente oval, circunda o homem até 80 a 90 centímetros, esfericamente, em  torno do seu corpo. A aura humana não é o próprio indivíduo, mas apenas a sua irradiação a  síntese dos eflúvios de vários princípios energéticos que funcionam em diversos planos, inclusive a soma das radiações do desgaste e resíduos do próprio duplo etérico.

Todas as coisas e seres criados por Deus são centros de energia condensada e comprimida, conforme aventou Einstein. Porém, essa energia, condensada no estágio material da vida, acha-se  num estado "antinatural"; ela forceja continuamente por retomar ao seu plano original de energia  livre, onde, realmente, se manifesta em sua plenitude integral. Deste modo, o mundo exterior ou físico desmaterializa-se, segundo por segundo, ante a fuga incessante dessa energia, inerente à aura  de cada objeto, planta, ave, animal ou homem, variando apenas quanto ao tempo ou prazo de sua  libertação. Como outros minerais, o rádio extingue-se mais cedo no cenário físico, pois decorrido certo tempo, ele será apenas energia desintegrada e perde a sua forma transitória no mundo físico.

Mas continua a existir ainda mais vivo e poderoso no seu verdadeiro reino oculto do Cosmo! Todas as substâncias, coisas e seres têm uma aura de irradiação oriunda dos seus princípios elementares constitutivos, pois a expansividade e a fuga energética é seu determinismo de vida. A matéria, figuradamente, é uma coisa "anormal"; todas as formas do mundo palpitam em alta tensão, pois não passam de prisões transitórias de energia, a qual se esforça incessantemente para retomar ao seu plano de origem.

O conteúdo íntimo de qualquer objeto, forma ou ser, no mundo físico, vibra numa reação rebelde e constante para fugir da sua condição incômoda e anormal de matéria! É um esforço expansivo e incessante para regresso à sua autenticidade energética. Por isso, os hindus aconselham o homem a libertar-se de "Maya", a grande ilusão representada pelo mundo material, efêmero e instável, onde os mais atraentes aspectos e fascinantes prazeres não passam de formas transitórias a caminho de sua dissolução em energia!

A desintegração atômica é somente a libertação prematura da energia prisioneira da condição matéria; isto é, graças à intervenção violenta da ciência humana no campo da força nuclear, então é feito de modo apressado aquilo que seria feito a longo prazo! A configuração exterior do Cosmo é apenas energia comprimida, a qual escapa ou sublima-se sem descanso, para retomar à sua fonte real. Disso resulta a aura esferoide ou ovalada que se irradia de tudo, ultrapassando sempre o espaço ocupado pelas coisas e pelos seres vivos. A aura lembra a chama que se evola esfericamente do pavio da vela, o calor irradiado de uma estufa, o perfume evolado de uma flor ou a luz de uma lâmpada!

A aura é somente a irradiação de um núcleo, veículo ou corpo central, que gera ou mobiliza as energias em incessante desgaste. Todos os seres vivos, inclusive os vegetais, são dotados de um duplo que lhes configura a forma e também traça os limites do seu crescimento e expansividade. Assim como o homem é portador de um perispírito, que lhe dá a forma humana e o mantém equilibradamente no meio onde habita, as espécies vegetais também possuem um corpo etérico provisório nutrido pelo prana ou vitalidade, o qual se desata da semente e expande-se até um limite peculiar.

Se o homem não fosse um perispírito limitado na sua configuração humana, é óbvio que ele cresceria indeterminadamente em todos os sentidos e durante a sua existência física, tornando-se a humanidade terrena um conjunto de gigantes em relação à sua estatura tradicional por nós  conhecida. Em breve, o orbe terráqueo estaria saturado e superpovoado por tais gigantes e coberto por uma vegetação em incessante crescimento. No entanto, graças ao perispírito, que funciona à guisa de um "cartucho" ou "molde" invisível a impedir o crescimento anormal do homem e do animal, e o duplo etérico que contém os vegetais, a Terra ainda é planeta suficiente para ser povoado e cultivado por incontáveis milênios.

 Evidentemente, se não fosse o perispírito, o homem que cresce 1,70 m. em 20 anos, então deveria atingir 3,40 aos 40 anos, 5,10 aos 60 anos e 6,80 caso chegasse aos 80 anos! Isso é a prova suficiente da imortalidade da alma, que situada no mundo oculto disciplina e sustém o corpo físico.














Magia de Redenção       Hercílio Maes         Ramatís

Nenhum comentário:

Postar um comentário