ASSISTENCIA: é o nome dado
para os trabalhos de atendimento ao público em geral.
Podeis descrever-nos, sob
o ponto de vista do Plano Astral, a movimentação invisível aos nossos olhos
carnais que ocorre nessas giras de caridade praticadas nas casas de Umbanda?
Toda casa de Umbanda que é
séria e faz a caridade gratuita e desinteressada é um grande hospital das
almas, tendo o apoio de falanges espirituais do Astral Superior. Essas giras de
caridade são grandes prontos-socorros espirituais, onde não se escolhe o tipo
de atendimento, estabelecendo enormes demandas no Além. Os consulentes que
procuram os pretos velhos e caboclos para a palavra amiga e o passe avançam
trazendo os mais diversos tipos de problemas: doenças, dores, sofrimentos,
obsessões, desesperos etc. Processa-se a caridade sem alarde, pura, assim como
o Cristo-Jesus procedia, atendendo a todos que o procuravam.
É indispensável um
ambiente harmonioso e de energias positivas no grupo de médiuns que formarão a
corrente vibratória. Para se conseguir as vibrações elevadas, são cantados
pontos, que são verdadeiros mantras, faz-se a defumação com ervas de limpeza
físico-etérea e espargem-se essências aromáticas que auxiliam a elevar as
vibrações.
No Plano Astral,
estabelece-se um campo vibratório de proteção espiritual. A vários quarteirões
em volta do local da gira ou templo, os caboclos e guardiões já se colocam com
seus arcos e flechas com dardos paralisantes e soníferos. Bandos de desocupados
e malfeitores tentam passar por esse cordão de isolamento, mas são repelidos
com espécie de choque por uma imperceptível malha magnética. Outros espíritos
que acompanham os consulentes não são barrados e, ao adentrar a casa, são
colocadas em local apropriado de espera e várias entidades auxiliares lhes
prestam socorro e preparação inicial. Por isso os consulentes sentem muita paz
quando entram na casa e aguardam seu momento de consulta.
No ato da consulta, o Guia
ou Protetor está trabalhando junto ao ‘aparelho’, ou ‘cavalo’ e dirige os
trabalhos, tendo vários auxiliares invisíveis que ainda não
"incorporam". Havendo necessidade, é dada passagem para as entidades
obsessoras ou sofredoras que estão acompanhando os consulentes. Manipulam com
grande destreza o ectoplasma do médium, que é "macerado" com
princípios ativos eterizados de ervas e plantas, fitoterápicos astralizados
usados para a cura. Os Espíritos da Natureza trabalham ativamente buscando
esses medicamentos naturais nos sítios vibratórios que lhes são afins, bem como
buscam, para a manipulação perfeita do caboclo ou preto velho, as energias ou
elementais do fogo, ar, terra e água, e que sempre estão em semelhança
vibratória com os consulentes, refazendo as carências energéticas localizadas.
É a magia dos quatro elementos utilizada para amenizar os sofrimentos dos
homens.
Nos casos em que se requer
atendimento à distância, nas casas dos consulentes, ficam programados trabalhos
para a mesma noite ou noites posteriores, dependendo da urgência. Há intensa
movimentação, e praticamente nunca descansamos. Numa casa grande, bem
estruturada, chegamos a atender 500 a 600 consulentes, sendo que a população de
espíritos desencarnados socorridos numa gira com essa demanda pode chegar a
4.000. Os chefes de falanges "anotam" todos os serviços que serão
realizados durante e após a gira, pois as remoções e socorros continuam
ininterruptamente, sendo o dia de caridade pública aos encarnados o cume da
grande montanha que se chama caridade.
O que os umbandistas
chamam de "gira da caridade", seja de caboclos ou pretos velhos,
parece-nos algo indisciplinado, uma algazarra. Cada entidade
"incorporada" ou cada médium trabalhando a seu modo, não existindo
uma padronização no tipo de atendimento ou consulta. O que tendes a dizer a
respeito?
Não é nenhum tipo de
padronização que garantirá a curativa assistência espiritual aos consulentes.
Gestos diferentes, um tipo de benzedura aqui, um passe localizado ali, uma
maceração de erva lá, um assobio ou sopro acolá, todos são recursos de cura
utilizados. Ao contrário das impressões deixadas nos apressados olhos humanos,
a disciplina é enorme e rígida, existindo forte amparo astral hierarquizado nas
casas sérias e moralizadas, embora cada entidade tenha a sua liberdade de
manifestação na prática que lhe é mais peculiar. E, nessa aparente algazarra e
burburinho, vão os homens se modificando para melhor e todos continuam
evoluindo juntos, tanto na carne como no Plano Astral.
Poderíeis dar-nos maiores
esclarecimentos sobre esses atendimentos à distância nas casas dos consulentes?
Quais são os tipos de serviços "anotados" pelos chefes de falanges e
o que ocorre nessas remoções socorristas?
Esses atendimentos são em
geral de remoção de comunidades de espíritos sofredores que ficam habitando
junto à casa do filho doente e que procurou auxílio espiritual. Os chefes de
falanges organizam os socorros que serão realizados em espécie de ronda que vão
dirigir. Como são espíritos experientes nessas lides, já sabem antecipadamente
os imprevistos com que se depararão: vampiros, torturadores de aluguel, irmãos
com aparências animalescas, resíduos e fluidos pútridos, drogados e viciados em
sexo, enfim, verdadeiras comunidades sofredoras e maldosas habitando a mesma
área etérea. Os caciques vão à frente liderando os comandados. É montada rede
magnética de detenção à volta do local a ser higienizado. As falanges de apoio
ficam em guarda em torno do local alvejado, e esse bolsão de miséria é removido
para localidades hospitalares do Astral que comportam a densidade espiritual de
cada envolvido, onde os socorristas aguardam para o atendimento de urgência de
todos esses filhos.
(Livro SAMADHI, espírito
Ramatis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário