quarta-feira, 25 de outubro de 2017

GIRA DE CARIDADE: ATENDIMENTO Á ASSISTÊNCIA ( PÚBLICO).






ASSISTENCIA: é o nome dado para os trabalhos de atendimento ao público em geral.

Podeis descrever-nos, sob o ponto de vista do Plano Astral, a movimentação invisível aos nossos olhos carnais que ocorre nessas giras de caridade praticadas nas casas de Umbanda?

Toda casa de Umbanda que é séria e faz a caridade gratuita e desinteressada é um grande hospital das almas, tendo o apoio de falanges espirituais do Astral Superior. Essas giras de caridade são grandes prontos-socorros espirituais, onde não se escolhe o tipo de atendimento, estabelecendo enormes demandas no Além. Os consulentes que procuram os pretos velhos e caboclos para a palavra amiga e o passe avançam trazendo os mais diversos tipos de problemas: doenças, dores, sofrimentos, obsessões, desesperos etc. Processa-se a caridade sem alarde, pura, assim como o Cristo-Jesus procedia, atendendo a todos que o procuravam.

É indispensável um ambiente harmonioso e de energias positivas no grupo de médiuns que formarão a corrente vibratória. Para se conseguir as vibrações elevadas, são cantados pontos, que são verdadeiros mantras, faz-se a defumação com ervas de limpeza físico-etérea e espargem-se essências aromáticas que auxiliam a elevar as vibrações.

No Plano Astral, estabelece-se um campo vibratório de proteção espiritual. A vários quarteirões em volta do local da gira ou templo, os caboclos e guardiões já se colocam com seus arcos e flechas com dardos paralisantes e soníferos. Bandos de desocupados e malfeitores tentam passar por esse cordão de isolamento, mas são repelidos com espécie de choque por uma imperceptível malha magnética. Outros espíritos que acompanham os consulentes não são barrados e, ao adentrar a casa, são colocadas em local apropriado de espera e várias entidades auxiliares lhes prestam socorro e preparação inicial. Por isso os consulentes sentem muita paz quando entram na casa e aguardam seu momento de consulta.

No ato da consulta, o Guia ou Protetor está trabalhando junto ao ‘aparelho’, ou ‘cavalo’ e dirige os trabalhos, tendo vários auxiliares invisíveis que ainda não "incorporam". Havendo necessidade, é dada passagem para as entidades obsessoras ou sofredoras que estão acompanhando os consulentes. Manipulam com grande destreza o ectoplasma do médium, que é "macerado" com princípios ativos eterizados de ervas e plantas, fitoterápicos astralizados usados para a cura. Os Espíritos da Natureza trabalham ativamente buscando esses medicamentos naturais nos sítios vibratórios que lhes são afins, bem como buscam, para a manipulação perfeita do caboclo ou preto velho, as energias ou elementais do fogo, ar, terra e água, e que sempre estão em semelhança vibratória com os consulentes, refazendo as carências energéticas localizadas. É a magia dos quatro elementos utilizada para amenizar os sofrimentos dos homens.

Nos casos em que se requer atendimento à distância, nas casas dos consulentes, ficam programados trabalhos para a mesma noite ou noites posteriores, dependendo da urgência. Há intensa movimentação, e praticamente nunca descansamos. Numa casa grande, bem estruturada, chegamos a atender 500 a 600 consulentes, sendo que a população de espíritos desencarnados socorridos numa gira com essa demanda pode chegar a 4.000. Os chefes de falanges "anotam" todos os serviços que serão realizados durante e após a gira, pois as remoções e socorros continuam ininterruptamente, sendo o dia de caridade pública aos encarnados o cume da grande montanha que se chama caridade.

O que os umbandistas chamam de "gira da caridade", seja de caboclos ou pretos velhos, parece-nos algo indisciplinado, uma algazarra. Cada entidade "incorporada" ou cada médium trabalhando a seu modo, não existindo uma padronização no tipo de atendimento ou consulta. O que tendes a dizer a respeito?

Não é nenhum tipo de padronização que garantirá a curativa assistência espiritual aos consulentes. Gestos diferentes, um tipo de benzedura aqui, um passe localizado ali, uma maceração de erva lá, um assobio ou sopro acolá, todos são recursos de cura utilizados. Ao contrário das impressões deixadas nos apressados olhos humanos, a disciplina é enorme e rígida, existindo forte amparo astral hierarquizado nas casas sérias e moralizadas, embora cada entidade tenha a sua liberdade de manifestação na prática que lhe é mais peculiar. E, nessa aparente algazarra e burburinho, vão os homens se modificando para melhor e todos continuam evoluindo juntos, tanto na carne como no Plano Astral.

Poderíeis dar-nos maiores esclarecimentos sobre esses atendimentos à distância nas casas dos consulentes? Quais são os tipos de serviços "anotados" pelos chefes de falanges e o que ocorre nessas remoções socorristas?

Esses atendimentos são em geral de remoção de comunidades de espíritos sofredores que ficam habitando junto à casa do filho doente e que procurou auxílio espiritual. Os chefes de falanges organizam os socorros que serão realizados em espécie de ronda que vão dirigir. Como são espíritos experientes nessas lides, já sabem antecipadamente os imprevistos com que se depararão: vampiros, torturadores de aluguel, irmãos com aparências animalescas, resíduos e fluidos pútridos, drogados e viciados em sexo, enfim, verdadeiras comunidades sofredoras e maldosas habitando a mesma área etérea. Os caciques vão à frente liderando os comandados. É montada rede magnética de detenção à volta do local a ser higienizado. As falanges de apoio ficam em guarda em torno do local alvejado, e esse bolsão de miséria é removido para localidades hospitalares do Astral que comportam a densidade espiritual de cada envolvido, onde os socorristas aguardam para o atendimento de urgência de todos esses filhos.











(Livro SAMADHI, espírito Ramatis)

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