domingo, 13 de julho de 2014

PROCESSOS ADVINHATÓRIOS




"Todos os processos advinhatórios têm sua origem num primeiro mecanismo de interpretação que foi perdido e ocultado com o passar das eras. Nos dias de hoje, por isso tanto faz o material usado nos processos de contato com o Divino, sejam cartas, ou os búzios ou os dendês; o que importa realmente é a interpretação correta dos Arcanos expressos nos signos configurados em determinada posição do jogo e não o material, questão essa secundária pois, se o suposto Sacerdote não conhece os segredos das combinações, de nada adianta usar-se isto ou aquilo para se obter um resultado satisfatório.

Além disso, aquele que se aventurar em jogar búzios ou tarô ou qualquer coisa, tem de ter ordens e direitos para isso. Estas ordens e direitos devem ser fruto de um convívio intenso com Mestres ou profundos conhecedores do assunto.

É preciso, ainda, um profundo estudo do Oráculo ao qual se quer dedicar e mais importante: há a real necessidade de se ter trazido no “Karma” a outorga para se manipular as forças que qualquer método advinhatório gera, pois todos são coisas seríssimas, apesar de estarem fragmentados.

Mexer com destinos e com os sentimentos dos consulentes é estar se compromentendo seriamente com os Tribunais Kármicos regentes dos destinos coletivos.

Entendam os irmãos que direcionar, aconselhar alguém a tomar um rumo é o mesmo que tomar para si próprio as responsabilidades que esta pessoa terá, ou as decisões que terá que tomar, de bom ou ruim para sua própria vida. A cautela é sempre necessária ao direcionar-se um consulente, pois isto exige um tato muito especial, uma consciência correta e diretamente voltada para o bem e para a luz.

Ao se revelar o passado ou o futuro de alguém, está se ligando e praticamente assumindo para si problemas da outra pessoa, pois de que adianta desvendar-se e  “adivinhar” o problema do consulente sem dar-lhe o caminho adequado sem resolver-lhe a situação?

Muitos dizem resolver cobrando fortunas, ou pedindo dinheiro para que sejam comprados uma lista interminável de materiais, que em verdade nunca são adquiridos e se é o consulente quem compra, vão para o estoque de tal “Pai de Santo”, sendo que o problema só será resolvido mesmo no pé do pobre Pai Preto em algum terreiro de Umbanda.

Aproveitando-se da Lei de Amasara ou Lei de Salva,  na qual o verdadeiro Mago se alicerça para estipular preço pela realização de trabalhos é que muitos resolvem viver do sacerdócio e explorar mais e mais seu semelhante, sem resolver o problema de ninguém. Mas dia virá em que estes terão de responder aos Tribunais Kármicos, pois talvez não saibam ou nem cogitem de que todos desencarnamos um dia e aí ...

Os mistérios estão ligados diretamente ao trabalho e ao merecimento ...

O trabalho deve vir do coração, diziam antigos Patriarcas. E com certeza, os trabalhadores do coração encontrarão as verdades que seu merecimento lhes couber. “


















Resumo de Artigo de autoria de Wilian Carmo Oliveira
APOSTILA AELA

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