"Todos os processos advinhatórios têm sua origem num primeiro
mecanismo de interpretação que foi perdido e ocultado com o passar das eras.
Nos dias de hoje, por isso tanto faz o material usado nos processos de contato
com o Divino, sejam cartas, ou os búzios ou os dendês; o que importa realmente
é a interpretação correta dos Arcanos expressos nos signos configurados em
determinada posição do jogo e não o material, questão essa secundária pois, se
o suposto Sacerdote não conhece os segredos das combinações, de nada adianta
usar-se isto ou aquilo para se obter um resultado satisfatório.
Além disso, aquele que se aventurar em jogar búzios ou tarô
ou qualquer coisa, tem de ter ordens e direitos para isso. Estas ordens e
direitos devem ser fruto de um convívio intenso com Mestres ou profundos
conhecedores do assunto.
É preciso, ainda, um profundo
estudo do Oráculo ao qual se quer dedicar e mais importante: há a real
necessidade de se ter trazido no “Karma” a outorga para se manipular as forças
que qualquer método advinhatório gera, pois todos são coisas seríssimas, apesar
de estarem fragmentados.
Mexer com destinos e com
os sentimentos dos consulentes é estar se compromentendo seriamente com os
Tribunais Kármicos regentes dos destinos coletivos.
Entendam os irmãos que
direcionar, aconselhar alguém a tomar um rumo é o mesmo que tomar para si próprio
as responsabilidades que esta pessoa terá, ou as decisões que terá que tomar,
de bom ou ruim para sua própria vida. A cautela é sempre necessária ao
direcionar-se um consulente, pois isto exige um tato muito especial, uma
consciência correta e diretamente voltada para o bem e para a luz.
Ao se revelar o passado ou
o futuro de alguém, está se ligando e praticamente assumindo para si problemas
da outra pessoa, pois de que adianta desvendar-se e “adivinhar” o problema do consulente sem
dar-lhe o caminho adequado sem resolver-lhe a situação?
Muitos dizem resolver
cobrando fortunas, ou pedindo dinheiro para que sejam comprados uma lista
interminável de materiais, que em verdade nunca são adquiridos e se é o
consulente quem compra, vão para o estoque de tal “Pai de Santo”, sendo que o
problema só será resolvido mesmo no pé do pobre Pai Preto em algum terreiro de
Umbanda.
Aproveitando-se da Lei de
Amasara ou Lei de Salva, na qual o
verdadeiro Mago se alicerça para estipular preço pela realização de trabalhos é
que muitos resolvem viver do sacerdócio e explorar mais e mais seu semelhante,
sem resolver o problema de ninguém. Mas dia virá em que estes terão de
responder aos Tribunais Kármicos, pois talvez não saibam ou nem cogitem de que
todos desencarnamos um dia e aí ...
Os mistérios estão ligados
diretamente ao trabalho e ao merecimento ...
O trabalho deve vir do
coração, diziam antigos Patriarcas. E com certeza, os trabalhadores do coração
encontrarão as verdades que seu merecimento lhes couber. “
Resumo de Artigo de
autoria de Wilian Carmo Oliveira
APOSTILA AELA
Nenhum comentário:
Postar um comentário