A Umbanda vivencia o
Evangelho de Jesus em sua essência através da manifestação do amor e da
caridade prestada pela orientação dos guias e protetores que recebem a
irradiação dos Orixás. Encontramos no terreiro da verdadeira Umbanda entidades
que trabalham com humildade, de forma serena, caritativa e gratuita; espíritos
bondosos que não fazem distinção de raça, cor ou religião, e acolhem todos que
buscam amparo e auxílio espiritual, conforto para dores, aflições e
desequilíbrios das mais variadas ordens.
A Umbanda convida o homem
a se transformar. Assim sendo, o consulente recebe esclarecimento sobre sua
real condição de espírito imortal, ou seja, é levado a entender que é o único
responsável pelas próprias escolhas, e que deve procurar progredir na escala evolutiva
da vida, superando a si mesmo. Mas para transformar- se é preciso estar pronto
para compreender as energias que serão manipuladas, porque elas trabalham com o
ritmo interno. Ouvir a intuição é, portanto, ouvir a si próprio; é saber
utilizar os recursos necessários que estão disponíveis para efetuar a mudança
do estado de consciência.
Por isso, transformar
significa reverter o apego em desapego, as faltas em fartura, a ingratidão e o
ressentimento em perdão.. É não revidar o mal, mas sempre praticar o bem.
Dar sem esperar
reconhecimento ou gratidão. A beleza da vida está justamente na
“individualidade” , no ser único, criado por Deus para amar. E este ser único
está ligado à coletividade pelos laços do coração e da evolução, a fim de
aprender a compartilhar, respeitar, educar e ser feliz.
Somos o somatório dos
nossos atos de ontem: por ter cometido inúmeros excessos, estamos conhecendo a
escassez, ou melhor, sempre atuamos à margem, não conseguindo nos equilibrar no
caminho reto, pois o processo de evolução é lento, não dá saltos, respeita o
livre arbítrio, o grau de consciência e o merecimento de cada um.
A Umbanda pratica o Jesus
consolador, e, silenciosamente, vai evangelizando pelo Brasil afora, levando
Suas máximas: “A água mais límpida é a que corre no centro do rio, pois as
margens sempre contêm impurezas”. “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã,
porque o amanhã cuidará de si mesmo”, pois Ele nos envia o Seu amor
incondicional, que não impõe condições, porque não julga, não cobra, apenas Se
doa e espera pelo nosso despertar para as verdades espirituais, para o homem de
bem que existe dentro de cada um de nós.
Quando Jesus se aproximou
de João Batista, que, com os joelhos encobertos pela água do Rio Jordão, mais
uma vez falava do Messias, ao olharem-se um ao outro, uma força poderosa
instalou-se sobre todos os circunstantes. Jesus então aproximou-Se de João
Batista, e este ajoelhou-se aos pés do cordeiro de Cristo. Mansamente Ele o
levantou e agachou-Se sinalizando para que João O batizasse. Nesse instante
único, vibraram intensamente sobre Jesus, no centro do seu chacra coronário, o
Cristo Cósmico e todos os Orixás. Foi preciso que o Messias fosse “iniciado”
por um mestre do amor na Terra, para que se completasse Sua união com o Pai, e
ambos fossem um. Esse é um dos quadros históricos mais expressivos e simbólicos
que avalizam os amacis na Umbanda.
Texto extraído do livro
“Umbanda Pé no Chão – Um guia de estudos orientados pelo espírito Ramatís (
Editora Conhecimento) - recebido por e-mail enviado em 18/03/2009 por Mãe
Vanessa Cabral - Dirigente do Templo Universalista Pena Branca (Filiada da
T.U.Caboclo Pery)
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