sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A FAMÍLIA ANCESTRAL



Aos entrarmos nesta vida somos uma trindade de passado, presente e futuro. Trazemos do passado uma bagagem de erros e acertos. Nossos erros de vidas passadas estariam gravados naquilo que chamamos de átomos registro dos corpos inferiores. Quando uma criança nasce, o catolicismo lhe atribui um pecado original que ela traria do pecado de seu pai Adão. Para nós, espiritualistas, o pecado original são as bagagens negativas que trazemos de outras vidas.

    Quanto a bagagem positiva, a traríamos gravada num corpo superior chamado Momentum (Algoides já trabalhado). A gravação que temos neste corpo superior permanente teria sofrido já uma triagem para separar e reter nele só aquilo, instintos, emoções e pensamentos que estivessem em acordo ao nosso dharma (princípios divinos) que favorecem a nossa evolução. Enfim, o que está sendo trabalhado estaria retido nos átomos registros dos corpos transitórios inferiores, e  o que já está pronto, trabalhado, está retido  no corpo permanente superior, no Momentum.

     Quanto ao presente, é aqui que entra nossos relacionamentos com os nossos ancestrais.  Recebemos deles nossos genes, nossos fatores hereditários.

     A carga referente a nosso futuro, que trazemos, corresponde ao modelo de perfeição individual que chamamos também de átomo crístico, modelo que todos temos que alcançar, nossa meta futura a totalidade do nosso Eu Sou, da nossa individualidade. Trazemos enfim uma trindade de: bagagem cármica, fatores hereditários e arquétipo individual cuja fonte  original é o que chamamos de centelha divina, Deus em nós.

     Podemos então afirmar que nossa colocação cármica familiar e racial nos vai fornecer o instrumental físico, emocional e mental com que trabalharemos nossos instintos, sentimentos e pensamentos. Nossos corpos inferiores sendo então  nossos instrumentos nos dado pelos nossos antepassados, nossa parte genética. Nosso livre arbítrio individual está portanto limitado tanto por uma bagagem cármica como por uma carga genética.

Família ancestral: grupo formador dos nossos fatores hereditários.
   
       A gratidão à antepassados, é importante em primeiro lugar porque este nosso relacionamento com eles é regido pela lei da unicidade entre seres, onde cada um auxilia o outro a evoluir. Se nós como indivíduos, estamos por exemplo desenvolvendo o senso musical, será uma família com uma constituição física nervosa apropriada, com uma sensibilidade tanto física como emocional para sons que nos dará o gene necessário para alcançá-lo. Se fossem as potências  do 1º raio da governança do poder que estivermos desenvolvendo seremos atraídos a grupos familiares cujos genes nos dê intrepidez, audácia, liderança.  A cada indivíduo será dado então o gene ancestral que necessita para aquilo que está desenvolvendo no momento de tornar a nascer.

       Os fatores hereditários nos ajudarão a purificar aquela bagagem cármica que trazemos, transformando cada erro na sua virtude correspondente. Isto é importante, prioridade de entendermos em estudos sobre carma.  Todos os erros possuem uma virtude correspondente. Isto é, aonde está o nosso erro, ali também está a energia de uma das nossas virtudes. É perguntado: se um antepassado nos dá um gene  que consideramos negativo, como teimosia timidez, etc, deveríamos ser ainda assim agradecidos a este antepassado? Sim porque seu gene  está igualmente nos beneficiando. O fator que alguém nos passa, chegamos a ele por uma lei de afinidade, de atração por aquele tipo de energia que estamos trabalhando.  Vejam bem: em nossos estudos sobre energias já ficamos sabendo que as energias se desenvolvem em graus. Por exemplo, o ódio é o grau mais baixo da energia do amor. A teimosia  o grau mais baixo da persistência . São todos apenas graus de uma mesma energia. Então, se no momento de reencarnarmos estamos desenvolvendo a energia da humildade, possivelmente seremos atraídos geneticamente a uma família que sempre tiveram orgulho de seu nome e que por erros deixaram como herança a seus filhos e netos apenas limitações financeiras.

       Até podemos acusar um ancestral de não ter sabido preservar seus bens, mas o que não sabemos é que estão inconscientemente nos ajudando a alcançar aquilo que viemos desenvolver: a humildade. Chegamos ao grupo familiar atraídos por qualquer resquício  de orgulho que há ainda em nós para transformar-lo em humildade.

     Um antepassado nosso  dentro desta faixa de energia pode não ter conseguido vencê-la, mas nós poderemos vencê-la.

        Na época dos Beatles, os jovens costumavam ir viver em pobreza, renunciar a riqueza dos pais porque achavam que seus ancestrais a tinham ganho ilicitamente ou explorando. Erravam. Eles teriam sido atraídos ao grupo familiar para purificar a energia do dinheiro que é uma energia de troca, de multiplicação, um bem divino. Quando eles dessem um bom uso ao dinheiro  eles não só evoluiriam individualmente mas purificariam a egrégora familiar.

A egrégora familiar é regida pela lei da unicidade entre os seres.




       A egrégora é um tipo de energia liberada por um grupo  seja familiar, racial, nacional. A egrégora atrai pessoas que estão desenvolvendo um mesmo tipo de energia. É uma  outra forma de unicidade entre os seres. Por exemplo, o nosso próprio grupo  atrai pessoas cujo raio cria uma característica grupal  indêntica. Essa característica se torna a egrégora grupal, seja ela formada por  devoção,  disciplina,  harmonia, etc.

     Todo grupo familiar tem uma egrégora, também os  países a têm, e os antepassados fornecem o mesmo tipo de energia através dos fatores legados.

     Para que a nossa individualidade vença a sua bagagem cármica negativa, precisamos  as vezes atrair fatores hereditários que nos limitem. Em situações genéticas limitativas vamos viver uma situação de polaridade entre o livre arbítrio de nossa individualidade e o determinismo genético. Porém, certos determinismos genéticos, nos limitando, vão nos fazer desenvolver humildade, paciência, perseverança, solidariedade, etc.

     Discordamos de alguns astrólogos de linha determinista quando acham que a  conjunção de astros na hora do nascimento, seu mapa astral determinará as tendências do homem, como ele agirá e será em sua vida. Na verdade, as tendências do homem, aquilo que ele já era antes de nascer é o que atrai e determina a conjunção de astros que encontrará no seu nascimento. Seu mapa natal não determina necessariamente como ele agirá dali para a frente. Seu mapa natal é válido como uma ilustração reveladora do que ele necessita trabalhar, sejam positividades ou negatividades. Seu livre arbítrio individual impulsionando-o à evolução, jamais o deixaria amarrado a um mapa natal. Também os fatores hereditários o ajudarão a vencer e desenvolver o seu mapa natal. Do contrário, ele nunca chegaria à meta futura, ao seu arquétipo.

     Os momentos mais difíceis para a nossa evolução são aqueles em que nossas limitações são todas retiradas. São aqueles em que ficamos em meio ao poder, ao renome, a lisonja, a riqueza. Por isso, se diz que se passarmos pelo 1ºraio, a energia do poder, sem criar muito carma negativo teremos conseguido a maior vitória em nossa evolução. Porém, serão muitos os antepassados que nos darão esta oportunidade de passar pelo raio do poder nos legando fatores genéticos de intrepidez, liderança e vitalidade. As vezes isto acontecendo, surpreendentemente, em situações sociais nada propícias.

     Hoje a genética está sendo muito estudada, a teoria de alguns psicólogos de que o homem é fruto de educação social já está mais fraca, pois se está descobrindo a força dos genes em nós.

     Nós  e os antepassados formamos na realidade uma grande corrente mútua entre seres. A relação bagagem cármica e fatores genéticos é bastante complexa  pois só somos  atraídos por fatores que nos é possível atrair. As doenças hereditárias geralmente são atraídas por uma fraqueza daquele que está nascendo Então uma das diferenças entre o espiritualista de linha reencarnacionista que dá ao homem já um passado e religiosos não reencarnacionistas  é esta: enquanto estes últimos dizem que o gene determina o que o homem é, o primeiro diz que  aquilo que o homem já é na hora de seu nascimento é o que determina o gene que receberá. Porque naturalmente os que não  crêem na reencarnação, não contam com a bagagem de outras vidas com a qual o nascituro inicia uma vida.

     A contribuição de nossos antepassados não diz respeito apenas aquela dada ao nosso corpo físico, mas principalmente através de dos pensamentos, planos e ideais que nos legaram.

     No chamado inconsciente coletivo, grande força mental que liga os seres pela força telepática, ali estão também os planos e idéias de nossos antepassados, que eventualmente  realizamos. Alguns romances fantasiosos sobre reencarnações nos falam em almas desencarnadas a fazerem, antes do nascimento, planos para se encarnarem em determinada família para se vingarem de desafetos. Tais fantasias estão em desacordo com os estudos esotéricos. Segundo estes, o retorno dos desencarnados não se dá por escolha de ninguém mas obedecem afinidades e atrações para com os grupos com os quais irá conviver. Obedece o estagio evolutivo em que se encontra no momento a nossa individualidade. As vezes, para completar algum trabalho em algum raio ao qual pertença. No caso de missões o ascensionado nasce num grupo genético a que pertence o seu raio.

     Quando alguém reencarna, ele entra na vida inocente, mesmo que na outra encarnação haja sido um transgressor. No período de repouso da morte, ele não retorna ao reencarne sem ter feito um intercâmbio com sua centelha divina. Isto é bem ilustrado em ritos de batismo  quando é dito “Eis aqui a branca vestimenta dos anjos, símbolo da pureza com que entrastes nesta vida”. Apenas quando a criança começa a tomar posse de sua bagagem cármica, ele começa a manifestar aquilo que entendemos por pecado original, volta a ser o que era, entra naquilo que chamamos de ”noite da vida”, mas auxiliado sempre pelos genes dos ancestrais.

















Fonte:odespertardaespiritualidade.blogspot.com.br

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