Existem situações em que
nós, infelizmente, nos deixamos levar pelo outro. Assumimos a responsabilidade
por terceiros e nossos centros de força passam a trabalhar para eles. Chamo
esse fenômeno de vampirismo. Você não imagina como isso é péssimo para sua evolução.
Você fica estagnada e se anula, abastecendo o outro com a sua energia.
É possível, sim, ir contra
essa influência. Como sempre digo, deixar-se influenciar depende somente de sua
postura, atitude e modo de encarar a vida. Porque não existe essa história de
vítima. Ninguém vai sugar sua energia se você não deixar. O vampiro só existe
se a pessoa for “vampirizável“.
Preste atenção. Cada vez
que você se depara com um vampiro, seu sistema sente e dá um sinal de alerta. E
ele tem a capacidade de expulsar essas interferências. Então, assuma seu sexto
sentido para dar um chega pra lá na negatividade. Só assim você conquistará a
paz e chegará aonde quer. Mas prepare-se, pois existem várias versões de
vampiros, que podem estar entre os amigos, no trabalho ou mesmo na família. Até
você pode se identificar com alguns deles. Olha só:
Vampiro cobrador.
Ele já chega cobrando,
antes de cumprimentar: “Pôxa, você nem me telefonou!”. E, se você é cobrável,
começa a se desculpar e acaba sob o domínio dele. Cede de primeira e ele
rapidinho a coloca na condição de devedora. Pronto, é o suficiente para a aura
dele engatar na sua. Resultado: bate uma sensação de fraqueza, perda de
energia. Chega a dar tontura. E como cortar essa influência? Reagindo! Não dê
atenção às cobranças. A defesa é questão de posse. A melhor tática para lidar
com vampiro é encará-lo e falar a verdade, ainda que seja deselegante. Não se
deixe constranger.
Vampiro crítico.
É todo questionador: “Mas
você vai sair assim?”, “Menina, como você fez aquilo?”. Ele critica, e você,
para agradar, se justifica, permitindo que ele seja seu juiz. É impressionante,
qualquer crítica nos afeta! Não queremos que pensem mal da gente, e isso é uma
dificuldade de se impor. Pense: “Tenho minha visão e é ela que vale. O que o
outro pensa não importa”. Assuma e se banque já, para que o outro não roube seu
entusiasmo.
O vampiro reclamador se
queixa de tudo e quer sua atenção. Você comenta qualquer coisa, diz que precisa
ir, mas ele te segura e insiste em reclamar. Daí, você se coloca no lugar dele
e dá dicas de como ser otimista. É isso o que ele quer. O coitadinho precisa de
seu socorro, sua companhia, sua vida. Esse tipo é comum entre os idosos.
Reclamam que se doaram a vida toda para os outros, mas pagaram caro. E fazem
joguinho: “Vai sair e me deixar sozinho?”. Com pena e achando que é sua responsabilidade,
você cede. Grande tolice!
Tem também o vampiro
desesperado, o mais comum, mimado, mas não “ajudável”, pois nunca faz nada por
si. Ele quer que você faça tudo por ele e ainda arma escândalo, faz barulho e
se desespera tanto que acaba te deixando aflita. Daí, ele fica aliviado, e
você, agitada e ansiosa, com a aura dominada pela energia negativa.
O vampiro adulador vem
cheio de elogios: “Obrigado por existir. Você é a pessoa mais maravilhosa que
conheço!”. Logo em seguida, vem a dentada. E por que ele quer pôr o seu ego lá
em cima? Porque, quando mexe com sua vaidade, você não enxerga mais nada e se
rende a qualquer pedido. Cuidado!
A frase típica do vampiro
impotente é: “Eu não consigo”. Ele já chega com um ar de que nada dá certo. Se
você tenta levantá-lo, ele reforça sua impotência. Uma vez, eu estava com uma
pessoa assim e, logo que percebi sua postura, disse: “Sua vida está uma droga e
acho que você não quer melhorá-la. Está falando isso com tanto prazer!”. Quando
você bate de frente, o sujeito empalidece, perde o rumo. É o que basta para não
se deixar sugar.
Por fim, há o vampiro
desencarnado, ou o encosto. Você está superbem e, do nada, fica irritada,
crítica, começa a se cobrar ou sente outro desconforto. Se acontecer algo
assim, pare e se pergunte: “Por que estou sentindo isso?”. Quando você descobre
que se trata de um vampiro desencarnado, a questão está quase resolvida. Alguns
encostos percebem que você se ligou e vão embora. Uma pena que, na maioria das
vezes, a gente não se dê conta da existência deles. Por isso, antena ligada.
Para se defender, entenda que esse estado de ânimo não é seu.
LUIZ GASPARETTO
TEXTO COLABORAÇÃO DENISE
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